novembro 07, 2025

SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE A BIBLIA E O ALCORÃO - Denizart Silveira de Oliveira Filho


A Bíblia Cristã (Bíblia hebraica, ou Tanah, acrescida do Novo 

Testamento) é o Livro Sagrado do Cristianismo e o Alcorão (ou Corão), o 

Livro Sagrado do Islamismo e, portanto, dos mulçumanos. 

Os mulçumanos creem que o Alcorão, escrito originalmente em árabe,

é uma revelação de Deus (Alá) que começou a ser transmitida verbalmente 

por meio do anjo Gabriel a Muhammad ou Maomé (570-632 d.C.) quando 

tinha 40 anos de idade (610 d.C.). Eles dizem que, durante um período de 23 

anos, Maomé recebeu essas mensagens, as quais memorizou com exatidão. 

Logo após sua morte, aos 62 anos (632 d.C.), elas foram compiladas num 

único livro, o Alcorão. Hoje, ele é dividido em 114 capítulos ou suras e tem 

aproximadamente o mesmo tamanho do Novo Testamento cristão. Em suma, 

os mulçumanos consideram o Alcorão como a palavra literal de Deus e Sua 

revelação final a todos nós.

Em linhas gerais, o Alcorão sustenta as seguintes doutrinas básicas:

(1) Monoteísmo e Adoração a Deus: O ensino central do Alcorão é a 

crença no monoteísmo absoluto. Existe um e somente um Deus (Alá),

onipotente, onisciente e misericordioso. Enfatiza a necessidade de adorar 

somente a esse Deus e viver uma vida de submissão à Sua vontade.

(2) Profetas, Revelações e Existência de anjos: O Alcorão reconhece 

vários profetas de Deus, na tradição judaico-cristã, incluindo Abraão, 

Moisés, Davi, Jesus e Maomé. Porém, Maomé é considerado o último, 

aquele que trouxe a revelação completa e final de Deus, através do Alcorão.

Também afirma que Alá criou os anjos (jinn), alguns bons e outros maus.

(3) Vida após a Morte e Juízo Final: O Alcorão ensina que todos os 

seres humanos serão ressuscitados e julgados por suas ações. O dia do juízo 

para todos está próximo. Os fiéis, aqueles que acreditam em Deus e vivem 

de acordo com Seus mandamentos, serão recompensados com o Paraíso, o 

céu, enquanto os infiéis, os descrentes e aqueles que praticaram o mal 

enfrentarão punição no inferno.

(4) Onisciência Divina: Deus tem pleno conhecimento de todas as 

coisas e exerce a predestinação (qadar) sobre tudo o que ocorre na vida.

(5) Orientação Moral e Ética: O Alcorão fornece um código de 

conduta que abrange tanto aspectos espirituais quanto sociais. Ensina 

virtudes como justiça, compaixão, honestidade, paciência e perdão. Os 

muçulmanos são incentivados a agir com retidão e a evitar práticas imorais, 

como mentira, roubo, injustiça e opressão.

(6) Regras Sociais e Jurídicas: O Alcorão contém diretrizes para 

aspectos da vida comunitária e pessoal, incluindo casamento, divórcio, 

herança e relações comerciais. Essas regras visam manter a ordem e a justiça 

na sociedade

novembro 06, 2025

VITOR FRANKL- A Vida com significado

 



No campo da morte, deram-lhe um número: 119104.

Mas o que tentaram destruir tornou-se precisamente o que salvaria milhões.

1942. Viena.

Viktor Frankl tinha 37 anos — um psiquiatra respeitado, uma clínica em ascensão, um manuscrito quase completo e uma esposa, Tilly, cujo riso podia encher o mundo.

Ele tinha um visto para a América — um bilhete para a liberdade.

Mas os pais idosos não podiam ir.

Então ele ficou.

Meses depois, os nazis vieram.

Theresienstadt. Depois Auschwitz. Depois Dachau.

O manuscrito que ele passara anos a escrever, escondido no forro do casaco, foi arrancado poucas horas após a chegada.

A obra da sua vida. O seu propósito. Reduzido a cinzas.

As roupas tiradas. O cabelo raspado. O nome apagado.

No papel de registo, restou apenas um número: 119104.

Mas os guardas nunca entenderam isto:

Podes tirar tudo de um homem — o nome, os bens, a liberdade.

Mas não podes tirar o que ele sabe.

E Viktor Frankl sabia algo que mudaria a humanidade.

Ele percebeu um padrão terrível:

Nos campos, os homens não morriam apenas de fome ou doença.

Muitos morriam por desistir.

Quando um prisioneiro perdia o seu “porquê” — a razão para viver — o corpo seguia logo depois.

Os médicos chamavam-lhe “desistiritis”.

Mas os que mantinham um motivo — uma esposa a reencontrar, um filho a abraçar, um livro a terminar, uma promessa a cumprir — esses resistiam ao impossível.

A diferença não era força física.

Era significado.

Então Frankl começou uma experiência — não num laboratório, mas no inferno.

Aproximava-se dos homens à beira do desespero e perguntava:

“Quem te espera lá fora?”

“Que trabalho ficou por fazer?”

“O que dirias ao teu filho sobre sobreviver a isto?”

Ele não podia oferecer pão nem liberdade.

Mas oferecia algo que nem os guardas podiam confiscar: um motivo para ver o amanhã.

Um lembrou-se da filha — sobreviveu para a encontrar.

Outro do seu trabalho científico — sobreviveu para o concluir.

O próprio Frankl sobreviveu reconstruindo, mentalmente, o manuscrito perdido — linha por linha, noite após noite, na escuridão do quartel.

Abril de 1945. Libertação.

Pesava 38 quilos.

Tilly — morta.

A mãe — morta.

O irmão — morto.

Tudo o que amava, destruído.

Mas ele não se rendeu.

Em nove dias, reescreveu o manuscrito de memória.

Desta vez, com provas.

Provas vivas de que o ser humano pode resistir ao impensável — se tiver um porquê.

Nasceu a Logoterapia — a terapia através do significado.

Sua base:

 “Quem tem um porquê para viver pode suportar quase qualquer coisa.”

O livro foi publicado em 1946:

Em alemão, … trotzdem Ja zum Leben sagen —

em inglês, Man’s Search for Meaning.

Rejeitado no início. Chamado de mórbido.

Mas a verdade encontrou o seu caminho.

Os terapeutas leram e choraram.

Os prisioneiros leram e acreditaram.

Milhões encontraram nas suas páginas um novo motivo para viver.

Hoje, Em Busca de Sentido é um dos livros mais influentes da história.

Traduzido em mais de 50 idiomas.

Mais de 16 milhões de cópias vendidas.

Mas o seu verdadeiro impacto não se mede em números.

Está nas vidas que salvou em silêncio — pessoas à beira do abismo que, ao lerem Frankl, escolheram não desistir.

Porque ele provou o que os nazis tentaram negar:

Podem tirar-te tudo — família, liberdade, esperança.

Mas nunca a última das liberdades humanas:

 A liberdade de escolher o que tudo isso significa.

Viktor Frankl partiu, mas a sua voz permanece:

 “Quando já não somos capazes de mudar uma situação, somos desafiados a mudar a nós mesmos.”

“Tudo pode ser tirado de um homem, menos uma coisa — a última das liberdades humanas: escolher a atitude diante de qualquer circunstância.”

Deram-lhe um número.

A história deu-lhe eternidade.

Porque o homem que perdeu tudo ensinou ao mundo que o significado é a única coisa que ninguém jamais poderá roubar.

O prisioneiro 119104 não sobreviveu apenas — ele venceu a própria morte.

Sobre literatura? (Página do Facebook)

A EXPRESSÃO DO RESPEITO - Newton Agrella




*(reminder)*

Sempre interessante lembrar que o Respeito se constitui num dos principais valores da civilização humana para que se viva uma relação de harmonia e equilíbrio numa sociedade. 

Sejam nas relações interpessoais, ou naquelas que implicam em regras, normas ou princípios éticos, morais ou filosóficos.

Relevante registrar a etimologia da palavra "respeito" em Português, cuja origem, advém do Latim "respectus".

Em Latim "respectus" é a flexão na forma do tempo particípio passado do verbo *"respicere"*.

Este verbo significa 

 "olhar para trás" ou "olhar de novo". 

O referido verbo compõe-se da partícula *"re"*(de novo) e de *"specere"* (olhar). 

O que vale dizer que a ideia original de "respeito" remete a um olhar mais atento, uma segunda análise, bem como uma consideração mais profunda sobre algo ou alguém.

Deste conceito preliminar de "olhar para trás ou considerar alguma coisa mais detidamente e com maior atenção", evoluiu-se  para o significado atual de "respeito"  que remete a admiração, consideração e deferência por algo ou alguém. 

Assim sendo, este imprescindível substantivo abstrato, dentre tantas outras coisas, encerra em sí a idéia de disciplina, obediência e até mesmo de comportamento diante dos mais variados ambientes e circunstâncias sócio-culturais.

Diga-se de passagem, que "Respeito" não se compra, não se vende e nem se negocia, sob condição alguma.

Neste breve exercício, cabe por fim destacar que o Respeito, sob um olhar dialético, consiste em reconhecer o objeto de discussão (seja um postulado, um princípio, uma regra ou um regulamento) não segundo as distorções da subjetividade, mas sim, no conteúdo e em sua própria essência e dignidade, valorizando sua natureza e suas legítimas particularidades. 

Respeito não é mais, nem menos, é simplesmente a proporção acurada de uma realidade.

novembro 05, 2025

DIA NACIONAL DA LÍNGUA PORTUGUESA - Joab Nascimento


Volta e meia alguém me olha,

com olhar atravessado,

quando escrevo uma palavra,

com meu jeito, acanhado,

originária do inglês,

traduzo pro português,

como é pronunciado.

II

As palavras importadas,

fazem parte da rotina,

nosso velho português,

hoje ninguém mais domina,

é mais fácil, escrever,

inglês, mesmo sem saber,

qual o fim que se destina.

III

Críticas, só porque escrevo,

cofebreique ou leiaute, 

esmartefone e popestar,

fanque, baique e blecaute, 

frizer, feique, feicebuque,

festefuder, drinque e luque,

bleiser, chipe e checaute.

IV

Com certeza é uma pessoa,

que escreve naturalmente,

futebol e sanduíche,

Upgrade, normalmente,

bangalô, basquetebol,

quitinete, voleibol,

e chantili docemente.

V

Deve se achar um craque,

no idioma, me esnobando,

se esnobar vêm de "snob"

ele vive ignorando,

não entende o que escreve

se for inglês, subscreve,

em silêncio vai acatando.

VI

Todas as línguas do mundo,

se tocam, ao se falar,

quem é contra essa invasão,

parece depreciar,

como um beijo planetário,

fica no imaginário,

como vou pronunciar.

VII

São palavras que circulam,

com gotículas de salivas,

de uma língua para outra,

com palavras sempre vivas,

circulando entre beijos,

tão ardentes de desejos,

normalmente explicativas.

VIII

Sem querer falamos árabe,

em nosso cotidiano

quando falamos “azul”, 

todo instante, todo ano,

folheando um "almanaque",

não importa qual sotaque,

em qualquer setor urbano.

IX

Procurando um "alfaiate",

espetando um "alfinete",

anotando um "algarismo",

colocando um fio de "azeite",

pra conter selvageria,

subindo uma "alvenaria",

adornando com enfeite.

X

Falamos francês também,

ao sentarmos no "bidê",

quando vamos ao "balé",

ou usamos vidro "fumê",

saboreando um "espaguete",

ao comermos "omelete",

sem oferecer a você.

XI

Viajamos na "maionese",

sob a guarda do "edredom",

a mulher de "sutiã",

que nos causa um "frisson",

mesmo acompanhado ou só,

quando usamos "paletó",

que seja na cor "marrom".

XII

Ao pedir uma "champanhe",

quando vamos para um bar,

ao fazermos um "croqui",

um esboço pra mostrar,

nos lábios, leve "batom",

ao chamarmos um "garçom",

pra nossa conta pagar.

XIII

Todo dia nós falamos,

o velho idioma tupi,

ao consumir "mandioca",

com pato no "tucupi",

até fazendo "muganga",

quando comemos "pitanga",

ou suco de "abacaxi".

XIV

Numa tarde na Bahia

degustamos "tacacá",

se ficamos de "tocaia",

para ouvir um "sabiá", 

não ficamos "jururu",

deliciando um "sururu",

ou também um "mucunzá"

XV

Desfrutando uma "muqueca",

na bela praia de "Ipanema",

"vatapá" e "acarajé",

é uma coisa de cinema,

"axé", "babalorixás",

mandingas dos "orixás",

tudo isso inda vale a pena.

XVI 

Com o braço na "tipóia",

tratado com "tiririca",

"agogôs" e "atabaques",

sob o som duma "cuíca",

regando uma "samambaia",

sem poder fugir da raia,

nossa língua é muito rica.

XVII

As palavras estrangeiras,

entram sem pedir licença,

feitas como um "tsunami",

Não há nada que as vença,

pegando-nos de surpresa, 

nossa língua portuguesa,

tem imensa diferença.

XVIII

Posso estar falando grego, 

ou posso ser criticado,

não consigo imaginar,

qual nome seria dado,

"pizza", "risoto", "lasanha",

curiosidade tamanha,

pra esse idioma falado.

XIX

Se essa língua italiana,

não tivesse aqui chegado,

qual o nome que daríamos,

a todo termo importado,

através da culinária,

de forma extraordinária,

no Brasil, tá espalhado.

XX

Mas há certos exageros,

que não tem explicação,

não precisa de "delivery"

se uma "entrega" é a opção,

quando for anunciar,

um bom preço pra comprar,

"sale" é igual "liquidação".

XXI

Para que sair pra "night",

ou correr feito um "athleta",

pedalando numa "bike",

ou andar de bicicleta,

comer "temaki" e "sushi"

"yakisoba" ou "shimeji",

para fazer boa dieta.

XXII

Outras palavras estranhas,

Também vem do oriente,

Capitão, é "kapitan",

Copo é "koppu", diferente,

"shabon" se chama sabão,

"Pan" nós chamamos de pão,

a culpa é nossa, evidente.

XXIII

O café deixou de ser,

somente bebida ou grão,

pra ser também um lugar,

onde existe a diversão,

banana é pra degustar,

com gesto pode xingar,

substitui um palavrão.

XXIV

E o caju, virou “cashew”,

caju, não sabem falar,

“mandarim”, em Portugal,

termo do verbo "mandar",

outdoor e notebook,

download e facebook,

hoje é fácil de chamar.

XXV

Nossa língua brasileira,

é cada vez mais inculta,

nem por isso menos bela,

variedade nos faculta,

de todas fontes bebendo,

o que ela ver vai lambendo,

vibrante, promíscua e oculta.



INDIFERENÇA - Sidnei Godinho

 


O alemão Martin Niemöller, um pastor luterano, foi preciso em uma de suas citações pós - guerra, onde aborda o risco de ser indiferente com o que, aparentemente, não nos atinge.

• ...“Primeiro eles vieram buscar os socialistas, e eu fiquei calado — porque não era socialista.

• Então, vieram buscar os sindicalistas, e eu fiquei calado — porque não era sindicalista.

• Em seguida, vieram buscar os judeus, e eu fiquei calado — porque não era judeu.

• Foi então que eles vieram me buscar, e já não havia mais ninguém para me defender."... 

Algo interessante neste contexto é que, como patriota, Martin foi adepto do programa nazista no início, mas os desdobramentos dos meios empregados deturparam a motivação e tornou-se opositor, cumprindo 2 anos na prisão.

Todos nós temos nossos conceitos sobre o que julgamos ser o certo ou o errado e por eles deveríamos nos posicionar sem questionar o óbice.

Infelizmente, ainda há quem se valha da posição confortável que ocupa, em qualquer cargo ou função, e se aquiete frente às injustiças que observa.

Ainda que não tenha a ação direta, a omissão no permitir torna-o cúmplice passivo e, na verdade, um covarde, porquê é consciente.

E aqui não se classifica o ato, não precisa ser um crime, basta a isenção em qualquer situação adversa que ocorre nos grupos dos quais participa. 

E mesmo no ambiente familiar, quando, por vezes, o silêncio não é sinônimo de aceitação, mas de comodismo pela fuga do debate, quando não lhe condiz o desgaste. 

É preciso coragem para ser justo e esta perfeição só se alcança com o sentimento de cumplicidade para com o que é certo, não importando os agentes.

Aproveite o dia para tomar posição racionais e defender o que acredita.

Não seja extremista, pois, como o pastor Martin, sua crença é no conceito e não em quem se manifesta e muito menos em seus meios empregados.

E jamais seja um omisso, pois a INDIFERENÇA há de lhe custar a liberdade e a Solidão..



ARLS TRÍPLICE ALIANÇA 341 - Mongaguá, SP





Na noite de ontem, terça feira, minha querida ARLS Tríplice Aliança 341 de Mongaguá, recebeu ilustres visitas, entre as quais o irmão Adolfo Costa Dominguez, Venerável Mestre da ARLS Ideal e Trabalho n. 150 de Praia Grande, que veio convidar os irmãos para a sessão magna de aniversário de 54 anos da sua Loja na próxima segunda feira, dia 17, quando serão prestadas diversas homenagens e irão culminar ao com a palestra do irmão Roberto Taboada intitulada "A importância da família na maçonaria".

Esteve acompanhado do Delegado Distrital Renato Aparecido Monteiro da Silva do 12o Distrito da 8a região e outros irmãos. Também estavam presentes, de minha Loja. o Delegado Distrital João Roberto da Silva do 11o Distrito e do Membro da Comissão de Assuntos Gerais da GLESP, irmão Osvaldo Takakura.

Ao final. seguindo a orientação do SGM Jorge Anysio Haddad, para homenagear as Lojas visitadas com medalhas históricas da GLESP em seu aproximando o seu centenário solicitei ao irmão Renato que fizesse a entrega ao meu Venerável Mestre Alexandre de Oliveira Lucena.

Na foto aparecem o irmão Adolfinho, o irmão Renato fazendo a entrega da medalha ao VM Lucena e eu. 

novembro 04, 2025

PRINCÍPIO MAÇÔNICO DA IGUALDADE - Yassin Taha


Que bom momento para falar sobre igualdade

Que bom momento para falar sobre igualdade. E eu vou levar essa questão para ser um observador do meu ambiente e me referir um pouco sobre o nosso papel nesta era de desigualdade, injustiça, traição e opressão, durante essa Pandemia.

Os princípios dos bons maçons (não nos esqueçamos de que vivemos em um mundo de opostos) são seu pilar em sua escala de valores.

Nossa essência não tem nome, sobrenome, idade, status social, religião ou dogma ou doutrina pendente que perturbem a compreensão da verdade.

Lembre-se de que a nossa essência é livre e, desde o início, somos todos iguais.

Eu adoraria citar literatura e escritos de outros autores sobre a igualdade, mas quando o assunto me atribuído eu senti um pouco sobrecarregado recordando os casos de xenofobia, racismo e opressão de viver todo o nosso mundo.

Eu adoraria cantar ou contar histórias românticas sobre igualdade e transcrever as palavras dos outros, mas a realidade me bate com esse tema todos os dias.

Que responsabilidade todos nós temos como cidadãos do mundo para respeitar as diferenças e a diversidade que nós, como espécie humana Temos?

A questão me domina, mas não sei até onde a resposta pode ir.

É nossa responsabilidade evoluir como raça humana, mas no qual coletivamente falhamos.

POVOS TÊM OS OPRESSORES QUE MERECEM

Conheço o princípio da igualdade, mas tenho a responsabilidade de praticá-la todos os dias com meus irmãos em cada ato de compaixão e em cada doação sem receber nada em troca.

A igualdade não tem raça ou cor, nem estrato ou religião.

Não tem dogma ou doutrina, é simplesmente liberdade, respeito e compaixão para tratar o próximo como você gostaria que tratassem você.

SOMOS TODOS FILHOS DO MESMO CRIADOR, com o mesmo princípio e com o mesmo fim, mas a questão não é apenas conhecê-lo.

A igualdade é igual e o equilíbrio curativo predomina em todas as situações fundamentais da vida.

A igualdade une, constrói e oferece bem coletivo.

Nós não só temos a responsabilidade como cidadãos do mundo, mas também como maçons livres para praticar o princípio que nos governa da nossa consciência em espírito e verdade para sermos honrados às nossas convicções cumprindo o caminho do polimento da nossa pedra.

Aquilo que é polido com malho e cinzel toda vez que a vida nos dá uma lição.

Essa igualdade é o princípio que governa a transformação coletiva de nossa raça.

Por que acabamos pagando por um planeta que nos dá tudo de graça?

Um planeta sem fronteiras, sem países divididos, sem governos e em absoluta liberdade.

A igualdade não é apenas um princípio maçônico, é a parte fundamental de sustentar uma sociedade equitativa e solidária.

SEM IGUALDADE HAVERÁ SEMPRE POBREZA

Minha responsabilidade como maçom dentro da prática da igualdade é aplicar todos os dias da minha rotina com pequenos atos de compaixão que favoreçam equitativamente os outros em todas as situações vividas conscientes durante o dia.

Uma grande transformação nunca será alcançada se não for alcançada primeiro a rotina diária que estabelece a mudança de hábitos.

…”Pequenas mudanças alcançam grandes transformações”…

Eu conscientemente pratico a igualdade da minha convicção maçônica.






AMÉM! - Alferio Di Giaimo Neto


 

Apesar de muitos pensarem (inclusive eu) que a origem da palavra “Amém” fosse latina, é um engano. Na verdade essa expressão é de origem hebraica e tem o significado de “realmente”; “verdadeiro”; “certamente”. Pelo seu uso, uma pessoa pode confirmar a palavra, ou afirmativa, de outra pessoa e expressar seu desejo para o sucesso daquela palavra ou afirmativa.

A expressão que substitui a palavra “Amém”, em inglês, é “So Mote It Be” e, em português, é “Assim Seja”. Em italiano é “Cosí Sia”

Essas 04 expressões, de modo geral, são empregadas para fechar uma prece, uma reza ou súplica, por aqueles que confirmam ou aprovam a tal prece ou súplica.

Quanto a expressão “So Mote It Be” ela é muito usada nas Lojas Inglesas e é, também, muito antiga na Maçonaria Inglesa, pois aparece no “Poema Regius” que é um dos mais antigos documentos maçônicos, na era Operativa.

A palavra “Mote” é anglo saxônica, derivada do verbo anômalo “Motan”.

Na Maçonaria brasileira, no R.E.A.A., está se tornando comum, apesar de não pertencer a esse Rito, um Maçom, a pedido do Mestre de Cerimônias, fazer uma pequena prece, no Atrio do Templo, e no final todos confirmam, dizendo “Assim Seja!”



novembro 03, 2025

MEU IRMÃO, ONDE É SUA ÍTACA - Sérgio Quirino





Primeiro, vamos recordar as aulas de Geografia, as quais a maioria de nós teve no século passado. Abro um parêntese para manifestar minha alegria ao dizer que foi no século XX. Afinal, como escrito por Luca Jordão: “Envelhecer é inevitável; ficar velho, uma opção”.

Retornando, então, à paradisíaca Ítaca, ela é tratada como uma ilha grega. Porém, caracteriza-se por um conjunto de 7 ilhas principais, 5 médias e outras 3 pequenas, que demonstram clamor natural, cultural e mítico da Grécia.

É justamente na mítica que nos interessa Ítaca, terra do herói Ulisses, cuja história tomamos conhecimento pela Odisseia, de Homero, e cujos detalhes, para além do belíssimo texto, são muito interessantes. A aventura é composta por 24 cantos, divididos em 3 partes que se seguem gradualmente.

A primeira parte é voltada para Telêmaco, o jovem filho de Ulisses. Na ausência do pai, defendeu o reino das intrigas políticas e sua mãe, considerada viúva, pois havia mais de 10 anos que Ulisses estava nos campos de batalha sem dar notícias. Muitos eram os que pretendiam desposar Penélope e tornar-se o reinante.

A segunda parte narra as aventuras e viagens de Ulisses, em que enfrentou Poseidon, Polifemo, Hades, sereias, Circe e, por fim, passou 7 anos aprisionado pela ninfa Calipso, quem lhe implorava amor e lhe daria a imortalidade em troca.

Após 20 anos, como relatado na terceira parte da Odisseia, Ulisses retorna ao lar, a princípio disfarçado de mendigo para tomar ciência do que acontecera em seu reino durante sua ausência. Sua fiel esposa, sob muita pressão, prepara uma disputa entre os pretendentes e traidores do reino.

Aquele que fosse capaz de armar o arco que Ulisses havia deixado e passar uma flecha pelo buraco de 12 machados, ela o desposaria. Tudo preparado, somente Ulisses foi bem-sucedido e, além disso, matou todos os seus inimigos.

Entretanto, onde essa história se encaixa em nossos estudos maçônicos.

Nas viagens e nos percalços de Ulisses, visualizamos grandes instruções. É uma jornada de autoconhecimento, na qual, em vários momentos, ele substitui a força bruta pela razão; ele procura se entender e busca motivos para o que possa estar acontecendo. Ele tem a clara noção do passar do tempo, mas persevera e é resiliente.

Em diversos episódios, ele foge do padrão clássico de herói que tudo vence pelo braço. Apresenta uma mente clara e reflexiva e o mais importante: mesmo ante tantas oportunidades de desistir, de temer o presente, da angústia do que pode encontrar no futuro, ele não desanima de sua jornada.

Ele se lembra do filho a quem tem muito o que ensinar; da esposa, com quem tem muito a compartilhar; e de seus pares, a quem deve contribuir para a felicidade. Ítaca é seu paraíso, é seu lugar no mundo, e foram necessários enormes desafios para ele lá chegar.

Contudo, ele não conseguiu sozinho. Teve ajuda da deusa Atena, divindade grega da sabedoria, da inteligência e da justiça. Recordando, ainda, as aulas de Geografia, curiosamente a Ilha Ítaca está no Mar Jônico.

Retorno, pois, à pergunta do título. 

MEU IRMÃO, ONDE É SUA ÍTACA?

ONDE ESTÃO OS JOVENS QUE VOCÊ TEM O COMPROMISSO DE ENSINAR?

NÃO DEIXE SEUS COMPANHEIROS DE JORNADA A ESPERÁ-LO.

SUAS EXPERIÊNCIAS PESSOAIS PODEM SER A BASE DA MAESTRIA DO PRÓXIMO!

APESAR DE TANTOS DESAFIOS MAÇÔNICOS, ÍTACA É A NOSSA LOJA MAÇÔNICA.



FALANDO E CONVENCENDO - Michael Winetzki






Coloco neste post um capítulo de meu livro FALANDO E CONVENCENDO, UM MANUAL DE ORATÓRIA E PERSUASÃO, considerado, sem falta modéstia, um dos melhores livros sobre o tema já editados no país, e utilizado como material didático num curso de pós graduação numa Faculdade do DF. Os leitores que o desejarem adquirir entrem em contato comigo e envio autografado. O valor é R$ 80,00 mais postagem.

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CAPÍTULO 3

Primeiros passos: preparando o discurso

A linguagem deve exprimir com clareza o pensamento.

Isso é tudo. Confúcio

Antes da apresentação

·  Separe as fontes de todo o material que irá utilizar (livros, impressos, gráficos, estatísticas, slides); assegure-se que os dados você vai utilizar são exatos e verdadeiros;

· Se houver material audiovisual prepare-o de forma que seja legível, atraente e pertinente, reforçando e esclarecendo pontos importantes; se não tiver facilidade com os programas de apresentação é melhor pedir a um profissional;

· Anote os mais dados importantes em fichas ou cartões, para lhe servirem de guia durante a elaboração e de suporte ou memória na palestra (não tente decorar todo o discurso);            

· É importante conhecer o local e testar o equipamento com antecedência;

· Procure antecipar as perguntas que poderão ser feitas.

Planeje a sua palestra

· Planeje para ter palestra pronta pelo menos três dias antes da apresentação, vai lhe dar folga para ensaiar e se familiarizar;

· Saiba qual é o tempo que você tem para falar, já vimos que quanto menor é o tempo, mais difícil será a elaboração, (é possível apresentar qualquer assunto, com sucesso, em no máximo 50 minutos)

· Defina seu tema e seu objetivo, aquilo que você quer de sua audiência: informar, convencer, comemorar, persuadir;

· Comece anotando as ideias principais com frases curtas utilizando um vocabulário simples, porém correto, evitando palavras desnecessárias, jargão técnico, siglas e abreviações, advérbios vagos (muito, pouco) e adjetivos;

· Fuja de clichês ou de bordões humorísticos da TV (tô pagaando);

· Organize um roteiro ligando as ideias principais de maneira que as partes se integrem ao todo de maneira lógica e natural. Coloque a ideia principal e anote algumas ideias secundárias que podem enriquecer o contexto. Sempre caminhe no sentido do menos importante para o mais importante, que deve ser o ponto alto, o fecho da palestra (facilita quando se usa algum padrão como: cronológico, espacial, de causa e efeito, de problema - solução);

· Cuidado com a gramática. Erros gramaticais podem arruinar a sua apresentação e comprometer a sua imagem. Revise cuidadosamente a construção das frases, a concordância e a conjugação dos verbos.

· Tente apresentar uma nova visão sobre o assunto;

· Não aceite falar sobre algo de que não entende;

· Quando não souber algo sobre o assunto, diga “não sei”, nunca “chute”.

Conheça sua plateia

· Procure se informar sobre a natureza da sua audiência (sexo, idade, instrução), porque estão reunidos, o que esperam ouvir, o quanto conhecem sobre o assunto e qual a opinião deles quanto ao que será apresentado, para relacioná-los com o tema. Assim você fará o discurso certo para as pessoas certas.

· Explore o fato de que as pessoas internalizam mensagens de diferentes maneiras: algumas são auditivas (motivadas pelo som), outros visuais (motivadas por imagens) ou sinestésicas (atingidas no seu emocional pelos movimentos). Por isso utilize todos os recursos de voz, imagens e gesticulação.

Ensaie

· Pratique em voz alta, várias vezes; treinar nunca é demais;

· Se for ler algum texto, ensaie para se familiarizar e se possível grave e ouça a gravação para achar o tom e o ritmo certos;

· Faça a apresentação para outra pessoa ou algum amigo e peça-lhe uma avaliação sincera; como as vezes é difícil para um amigo fazer uma observação crítica, faça perguntas: - “você acha que ficou o tema claro?” ou “estou usando palavras difíceis demais?”

· Administre o tempo da palestra, dividindo-o conforme já vimos, determinando o começo, meio e fim (reserve alguns minutos para eventuais imprevistos ou perguntas). É sempre preferível falar de menos do que demais.

Procure estar bem equilibrado, emocional e fisicamente

· Apresente-se de maneira natural, relaxada, autoconfiante. Qualquer tipo de tensão emocional ou problema fisiológico pode perturbar a apresentação, portanto se estiver com dor de cabeça ou no nervo ciático ou excessivamente nervoso, procure antes se cuidar.

· Evite alimentos pesados, água gelada e especialmente bebidas alcoólicas, antes da apresentação (já vi palestrantes de renome darem vexame por causa de apenas um uísque);

· Entenda que a ansiedade de falar em público é natural (a maioria das pessoas se sente insegura no início);

     Há cerca de 40 anos entrevistei antes de um show o cantor que se tornaria um dos maiores ídolos desta geração e uma das perguntas que lhe fiz foi: - “o que você sente antes de entrar para cantar?” – A resposta surpreendente: “fico apavorado”. - “E o que você faz então?” - “Escolho uma pessoa na plateia e olhando-a fixamente canto para ela. Se ela me sorri começo a relaxar e aí dá tudo certo”. É uma simples e eficaz receita para qualquer orador.

· Se conhecer profundamente o assunto sobre o qual irá falar, será mais fácil controlar o nervosismo;

· Pratique exercícios de relaxamento e respiração antes da apresentação (veremos alguns desses exercícios na parte 2)

· Mantenha a garganta hidratada com água, em temperatura ambiente;

· Mande mensagens positivas a si mesmo (farei uma excelente apresentação, serei muito aplaudido, vou ficar muito feliz);

Iniciando a palestra

· Seja pontual. Comece no horário previsto mesmo que o auditório esteja “meio vazio” (aguardar a chegada dos retardatários é falta de consideração com aqueles que foram pontuais);

· Esteja vestido de maneira formal, discreta e elegante (exceto se você for falar em agências de publicidade ou no mundo do "show-business");

· Mantenha uma postura ereta, descontraída, natural, confortável; não fique imóvel, não gesticule exageradamente;

· Crie um clima agradável; sendo natural e sincero. Sorria;

· Procure ser modesto. Esta é uma qualidade que cativa a assistência. Apresente-se como “sou um jornalista", e não como "sou redator-chefe do mais importante jornal do estado"

· Crie um clima agradável; sendo natural e sincero. Sorria;

· Tome cuidado com cacoetes ou tiques como coçar a cabeça, tamborilar os dedos ou pigarrear

· Preste atenção às reações do público, são elas que lhe dirão o quanto sua apresentação está agradando, ou não;

Alice e eu assistimos a uma palestra no Senado na qual o apresentador se perdeu e o público manifestava ruidosamente seu desconforto. Na tentativa de reencontrar o eixo o palestrante abriu um espaço de cinco minutos para um café. Das mais de 60 pessoas presentes retornaram apenas seis.

· Olhe alternadamente para os papeis e para os ouvintes. Jamais volte as costas para a plateia. Se houver projeção decore ou tenha em mãos cópias dos slides, mas fale olhando para a plateia.

Durante a apresentação

· Fale com clareza, pronunciando bem todas as palavras, sem omitir letra alguma (diga janeiro e não janero, problema e não poblema, falar e não falá);

Quem fala: vamo percisá resorve um poblema é quase um caso perdido, mas é muito mais comum do que parece.

· A impostação (respiração diafragmática) acalma, obriga a concentração, aumenta a potência vocal e facilita a entonação (veremos como se faz adiante);

· Use diferentes inflexões vocais, modulando a voz, variando o ritmo, o tom da voz e velocidade da fala. A modulação é a melodia da voz.

Tom de voz ou altura: não grite nem sussurre, fale para a última fila da plateia.

Velocidade: falar rápido demais prejudica o entendimento, devagar demais entedia. Ritmo ou “cor”: alterne altura e velocidade e use as pausas para dar um ritmo gostoso.

· Coloque ênfase nas partes importantes. A ênfase altera a compreensão e reforça a mensagem.

 

Eu não peguei o seu bombom (quem pegou?)

Eu não peguei o seu bombom (fez o que então?)

Eu não peguei o seu bombom (pegou o bombom de quem?)

Eu não peguei o seu bombom (pegou o que?)

· Mantenha constante contato visual com os presentes, olhe para todos, alternadamente, como se estivesse conversando com cada assistente.

· Faça pausas para respiração durante o discurso; na construção das frases, marque no texto as pausas para respirar.

· Coloque emoção naquilo que diz. Conte histórias emocionantes e experiências humanas, próprias ou alheias, o público adora histórias e retribui com atenção.

· As inflexões vocais, que são a musicalidade da voz, juntamente com a expressão corporal é que vão proporcionar beleza, colorido e expressividade para a fala.

Exemplos de inflexões vocais:

Emergencial: Olhe o perigo! Pare! Cuidado!

Tom de voz forte, de comando, postura do corpo ereta, expressão facial séria, gestos firmes         

Sensitivo: Você é linda! Eu amo você.

Tom de voz espontâneo, postura e gestos totalmente descontraídos, expressão facial aberta.

Informativo: Por favor, que horas são?

Tom de voz normal, postura e gestos neutros, expressão facial descontraída, palavras de indagação.

Diretivo: Anote o seu endereço no formulário.

Tom de voz forte firme, postura e gestos mais suaves, expressão facial descontraída.

Nutritivo: Que delicia este almoço.

Tom de voz confortante, palavras de apoio, expressão facial amiga, gestos de aproximação.

novembro 02, 2025

A Maçonaria e seu Ideal de Tornar Feliz a Humanidade - Denizart Silveira de Oliveira Filho


A Maçonaria é uma Instituição que tem por objetivo tornar feliz a Humanidade, pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade, pelo respeito à autoridade e a crença de cada um. Ela não é regional, ela é universal e as suas Oficinas se espalham por todos os recantos da Terra, sem preocupação de fronteiras e de raças”.

Creio não haver Maçom no Brasil, ou fora dele, que não conheça essa definição da Maçonaria, posto constante de nossos Rituais, e lida em todas as suas Sessões.

Porém, para melhor compreensão do texto, segue sua versão, na forma de um ensaio, com linguagem reflexiva e fluidez argumentativa, mantendo o mesmo sentido. 

A Maçonaria se apresenta como uma das mais antigas e persistentes instituições dedicadas à elevação moral e espiritual do ser humano. Seu propósito maior é contribuir para a felicidade da humanidade por meio do amor, da tolerância e do aperfeiçoamento dos costumes. Não se trata de uma doutrina sectária ou restrita, mas de um caminho simbólico e filosófico que estimula o homem a conhecer a si mesmo e a construir uma sociedade mais justa e harmônica, o que está longe de acontecer.

A fraternidade maçônica nasce da convicção de que o verdadeiro progresso não está apenas na ciência ou na técnica, mas na formação de indivíduos conscientes de seus deveres, cívicos, éticos e sociais. O amor ao próximo e o respeito às diferenças são pilares fundamentais dessa visão. A Maçonaria ensina que, para que haja paz e entendimento entre os homens, é preciso cultivar a compreensão mútua e a busca constante da verdade, ou, verdades, que nos são constantemente negadas, omitidas e transformadas em narrativas apenas, pelas nossas autoridades, parlamentares e governança. 

Outro princípio essencial é o da igualdade, compreendida não como uniformidade, mas como reconhecimento da dignidade de cada ser humano, independentemente de origem, crença ou posição social. Nesse sentido, o respeito à autoridade e à fé individual tornam-se expressões de liberdade e maturidade moral. O Maçom é chamado a exercer sua cidadania de forma plena, comprometendo-se com o bem comum e com a construção de um mundo mais solidário, o que também não se têm realizado.

Universal em sua essência, a Maçonaria ultrapassa fronteiras geográficas, políticas e culturais. Suas Lojas estão espalhadas pelos mais diversos povos e nações, unidas por ideais comuns que transcendem raças e fronteiras. Essa universalidade expressa o espírito de união que a Instituição propaga: o de que toda a humanidade, apesar de suas diferenças, forma uma única e grande família. Assim, a Maçonaria continua a cumprir sua missão de aperfeiçoar o homem para aperfeiçoar o mundo. Infelizmente essa grande família não tem passado de utopia.

É muito linda essa definição da, também tão linda, Instituição, a Maçonaria. Mas como tornar, na prática, mais feliz a Humanidade, com base neste texto? No ensaio abaixo, procuramos responder a essa questão.

Tornar a humanidade mais feliz é uma aspiração antiga, mas que exige atitudes concretas e permanentes. A Maçonaria, como instituição filosófica e humanista, propõe caminhos que vão além das palavras e das intenções. Seu ensinamento fundamental é o de que o aperfeiçoamento do mundo começa no aperfeiçoamento de cada indivíduo. Assim, a prática diária do amor, da tolerância, da igualdade e do respeito mútuo deve ser o alicerce de uma convivência verdadeiramente fraterna. Falhamos muitas vezes nesses ideais. É comum, ao expressarmos nossos pensamentos e ideias, sermos imediatamente rechaçados, recriminados, quando não, humilhados, sob as mais ridículas narrativas. 

O amor, na perspectiva maçônica, não deve ser um sentimento passivo, mas uma força ativa que se manifeste em gestos de solidariedade, empatia e generosidade. Amar o próximo deve implicar em reconhecer nele o mesmo valor essencial que habita em nós. Deve ser compreender que a dor do outro também nos pertence e que o bem comum depende da soma das nossas pequenas ações de cuidado e compaixão. Infelizmente, não é isso que vemos, inclusive na esfera governamental. 

A tolerância é outro pilar indispensável. Num mundo marcado por diferenças de opinião, fé, cultura e origem, a convivência pacífica só é possível quando aprendemos a ouvir e respeitar o que é diverso. Ser tolerante não significa concordar com tudo, mas aceitar que cada ser humano tem o direito de pensar e crer de modo próprio. A verdadeira sabedoria está em conviver com a diferença sem transformar a discordância em ódio. Devemos, sim, como Maçons, defender nossos pontos de vista, compartilhá-los, e, até mesmo, com, o devido respeito, apontar e criticar construtivamente os dos outros, e mesmo assim, ser respeitados.

O aperfeiçoamento dos costumes representa o esforço pessoal e coletivo de elevar os padrões morais da sociedade. Isso deve se traduzir na honestidade nas relações, na responsabilidade cívica e no combate à indiferença. Um povo ético e consciente deve ser capaz de construir instituições mais justas e humanas. Da mesma forma, a igualdade deve ser praticada não apenas como ideal, mas como atitude: oferecer oportunidades, respeitar as limitações e valorizar as potencialidades de cada indivíduo.

Por fim, o respeito à autoridade e à crença alheia sustenta a harmonia social. Autoridade, aqui, deve ser entendida como o exercício responsável do poder, guiado pela justiça e pela razão, e não pela imposição, opressão, tirania e corrupção, especialmente, de valores. Quanto à fé, cada pessoa deve ter liberdade para expressar sua espiritualidade, pois o verdadeiro progresso humano se realiza quando razão e crença coexistem em equilíbrio, paz e harmonia.

Em síntese, tornar mais feliz a humanidade não deve ser tarefa de poucos nem meta distante. Deve ser o resultado do esforço diário de muitos que, guiados pelo amor e pela ética, devem construir pontes em vez de muros. Quando cada um de nós se comprometer com o bem, a fraternidade deixará de ser um ideal abstrato e se transformará em realidade viva. Essa é, em essência, a lição prática que a Maçonaria oferece ao mundo.

Que Deus, o Grande Arquiteto do Universo, nos abençoe a todos!

FINADOS - Adilson Zotovici



Grande força da fé, da oração,

Materializando as imagens

Gravadas n’alguma estação

Entre as tantas vividas passagens 


Saudades...de obras, mensagens,

D’algum legado ou semeadura,

De quem já em outras paragens,

Lembradas com amor e ternura 


Mas, uma espécie de amargura 

Invade silente, matreira, 

Esquecendo haver vida futura 

 Elevação inefável, certeira ! 


E a saudade então, sorrateira,

Toma o lugar da alegria

Numa escuridão tal cegueira

Brotando até...rebeldia


Mas a infinita sabedoria

Do PAI, que o Grande Arquiteto,

Vai livrando, dia a dia,

Esse estado descrente, abjeto !


Pois a “obra”, de amor e afeto,

Paulatina, mostra o caminho,

De tantas sendas  repleto

Qual jamais se caminha sozinho !


Fica aqui o pão, fica o vinho,

E tudo mais que material 

Não sabendo qualquer adivinho

A hora do desenlace carnal 


A Crença e a fé no PAI Celestial

Levar-nos-á  certamente 

Diante do espírito imortal

De cada querido ente !


Que a seu tempo, evidente,

Nos aguarda no futuro,

De braços abertos, contente,   

Ao reencontro, que seguro !


Prece, resignação, sorriso puro !

Sem prantos, aos sempre lembrados

Que vivem além do “ alto muro” 

Irmãos e  amigos....finados !


Adilson Zotovici

ARLS Chequer Nassif - 169














F   I   N   A   D   O   S


Grande força da fé, da oração,

Materializando as imagens

Gravadas n’alguma estação

Entre as tantas vividas passagens 


Saudades...de obras, mensagens,

D’algum legado ou semeadura,

De quem já em outras paragens,

Lembradas com amor e ternura 


Mas, uma espécie de amargura 

Invade silente, matreira, 

Esquecendo haver vida futura 

 Elevação inefável, certeira ! 


E a saudade então, sorrateira,

Toma o lugar da alegria

Numa escuridão tal cegueira

Brotando até...rebeldia


Mas a infinita sabedoria

Do PAI, que o Grande Arquiteto,

Vai livrando, dia a dia,

Esse estado descrente, abjeto !


Pois a “obra”, de amor e afeto,

Paulatina, mostra o caminho,

De tantas sendas  repleto

Qual jamais se caminha sozinho !


Fica aqui o pão, fica o vinho,

E tudo mais que material 

Não sabendo qualquer adivinho

A hora do desenlace carnal 


A Crença e a fé no PAI Celestial

Levar-nos-á  certamente 

Diante do espírito imortal

De cada querido ente !


Que a seu tempo, evidente,

Nos aguarda no futuro,

De braços abertos, contente,   

Ao reencontro, que seguro !


Prece, resignação, sorriso puro !

Sem prantos, aos sempre lembrados

Que vivem além do “ alto muro” 

Irmãos e  amigos....finados !



novembro 01, 2025

MOZART, NOSSO IRMÃO - Hanna Tales




Wolfgang Amadeus Mozart foi uma criança prodígio e realizou muitas façanhas notáveis em sua vida. Descrever todas as suas travessuras é impossível, então vamos destacar as mais interessantes:

O simples fato de ele ter composto um concerto para teclado aos 4 anos já mostrava a sorte que seus pais tiveram. Aliás, certa vez, um estudante perguntou a ele como escrever uma sinfonia, e Mozart respondeu que seria melhor começar com algo mais simples. O estudante retrucou: "Mas você escreveu uma sinfonia aos 9 anos!", ao que Mozart respondeu: "Eu não perguntei a ninguém como fazer isso."

É importante lembrar que, apesar de suas conquistas adultas (ele se tornou acadêmico aos 14 anos), ele ainda era uma criança. Em uma ocasião, durante um concerto, um gato subiu ao palco e Mozart, esquecendo-se do público, correu para pegá-lo nos braços. Quando seu pai, irritado, o repreendeu, o pequeno Mozart respondeu: "Ora, pai, o cravo não vai a lugar nenhum, mas o gato pode fugir."

Não era fácil ser um jovem prodígio! Passar a infância viajando pela Europa com concertos não é para qualquer um. Em um desses concertos, ele até tocou de olhos vendados.

Após terminar a academia, ele disse ao pai: "Pai, agora que sou acadêmico, posso pelo menos brincar um pouco?"

ALIÁS:

1. O nome completo de Mozart é Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Gottlieb Sigismundus Amadeus Mozart. Theophilus, Amadeus, Gottlieb e Sigismundus têm o mesmo significado em diferentes idiomas: "amado por Deus".

2. Wolfgang era o sétimo filho da família, mas quase todos os seus irmãos morreram na infância. Apenas uma irmã, Maria Anna, que era quatro anos e meio mais velha, sobreviveu.

3. A primeira turnê mundial de concertos de Mozart aconteceu quando ele tinha 7 anos e durou 3,5 anos. Mozart se apresentou em Paris, Londres, várias cidades da Suíça, Alemanha, Holanda, Flandres, entre outros.

4. Mozart tinha apenas 1,60 m de altura.

5. Mozart tinha uma paixão por bilhar. Ele gastava quase todo o dinheiro que ganhava no jogo.

6. Mozart é o autor da primeira cópia musical ilegal da história: após ouvir apenas uma vez o "Miserere" de Allegri na Capela Sistina, executado uma vez por ano, ele reproduziu quase perfeitamente essa propriedade musical do Vaticano (as partituras estavam disponíveis apenas para o Papa) de memória. Ao saber disso, o Papa ficou impressionado e premiou Mozart com a Ordem do Cavaleiro da Espora de Ouro.

7. As orelhas de Mozart eram diferentes: ele nasceu com um defeito na orelha esquerda.

8. Em quase todos os aeroportos, antes dos anúncios, tocam as primeiras notas da Missa Brevis em Ré Maior, composta por Mozart aos 18 anos.