Sabe por que muitas pessoas têm preguiça de ler ?
Uma das respostas mais verdadeiras se deve ao fato de que quando se está lendo, a pessoa precisa criar imagens em sua mente, elaborar ideias sobre os sons dos diálogos, os ruídos dos cenários em que se ambienta o texto, dentre tantos outros aspectos sensoriais que a leitura obriga o leitor a experienciar.
Vez por outra, ter que buscar no dicionário o significado de alguma palavra ou expressão.
E talvez por isso, mais desalentador e cansativo seja o fato do leitor se ver obrigado a "interpretar" o texto conforme seu conteúdo ou narrativa.
Tudo isso, concorre para que a leitura em muitos casos, se torne um verdadeiro fardo para muita gente.
Afora isso, há um outro aspecto crucial que contribui largamente para que a pessoa não se entusiasme pela leitura.
Trata-se da "concorrência".
Ou seja, outros veículos de comunicação como a televisão, os computadores e smartphones que já trazem tudo mastigado, sem que se precise ler para se inteirar sobre as coisas.
Ler impõe um mínimo de foco e atenção, exige um raciocínio mais detido e depurado .
Enquanto os outros meios permitem um relaxamento; uma forma mais descontraída de atenção, a leitura por sua vez, requer um vínculo mais intenso entre o livro e o leitor.
Ao manuseá-lo, sentir a textura de suas folhas e o próprio cheiro que ele exala, o leitor meio que se torna um cúmplice do livro.
Há uma interação muito mais profunda entre o Leitor e o Livro do que entre a Pessoa e um Instrumento de Mídia.
E para dar números finais a esta tênue crônica, desnecessário registrar que a falta de incentivo na própria formação escolar - e neste caso referimo-nos particularmente ao nosso país - é algo que não pode e nem deve passar inc
De modo geral, a Educação no Brasil, que deveria se ocupar de estimular o estudante ao hábito da leitura desde a mais tenra idade, simplesmente ignora esta condição.
Ler faz com que a capacidade crítica de uma pessoa se desenvolva quase que imperceptivelmente.
A leitura produz um terreno mais fértil para a argumentação e contra-argumentação no campo das ideias.
Além disso, proporciona um alastramento do território vocabular, tornando a pessoa cada vez mais fluida e versátil no exercício do raciocínio.
Apenas a título de observação, lembre-se que fontes de referência não são "googlegráficas".
Elas são legitimamente "bibliográficas".
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