Queridos Irmãos,
Hoje, esta Loja se reveste de um brilho ainda mais intenso. As colunas se alinham, o silêncio respeitoso é instaurado, e cada coração aqui presente vibra com a certeza de que testemunhamos mais um passo na grande jornada de autoconhecimento e da transformação.
Irmãos agora elevados ao grau de Companheiro, esta etapa representa muito mais que uma simples ascensão hierárquica. É o reconhecimento simbólico de que a pedra bruta, que um dia adentrou este Templo com fé e disposição, começa a revelar seus contornos mais nobres, resultado da lapidação constante operada pelo cinzel da sabedoria, do compasso da disciplina e do esquadro da retidão.
Permitam-me, neste instante, invocar um ensinamento ancestral, legado do filósofo Platão, que em sua célebre “Alegoria da Caverna” nos mostra o caminho daquele que se liberta das sombras e, com coragem, busca a luz do verdadeiro saber. Assim como o prisioneiro que deixa as correntes e passa a enxergar a realidade com novos olhos, também vocês deixam para trás antigas limitações, ampliando horizontes com os instrumentos da reflexão, do trabalho e da fraternidade.
O grau de Companheiro é a fase do caminho onde se aprende a edificar com consciência, a equilibrar força e forma, e a entender que o verdadeiro crescimento vem do esforço paciente, tal como o escultor que, dia após dia, trabalha sua pedra até que ela se torne digna de integrar a mais sagrada arquitetura.
É também nesta etapa que o Irmão percebe que não caminha mais só: ele se torna parte ativa da obra coletiva, colaborando para o Templo Moral e Espiritual da Humanidade. A elevação é, pois, um chamado: para o serviço, para a construção, para o exemplo.
Queridos irmãos, sigam firmes, mas humildes. Lembrem-se: a sabedoria não grita, ela sussurra; o verdadeiro poder não domina, ele inspira. Que cada passo de vocês ecoe não apenas dentro destas colunas, mas no mundo profano, como reflexo da retidão e da luz que aqui cultivamos.
E que a Pedra que representam, continue sendo polida — não apenas pela mão do tempo ou do ofício, mas sobretudo pela luz interior que, com disciplina e amor, cada Maçom deve alimentar.
Assim seja, hoje e sempre.
Salve vossa elevação. Salve a Maçonaria
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