O substantivo Arte, tem sua origem no Latim, a partir da palavra "Ars, Artis", cujo significado remete à elaboração consciente de objetos, trabalhos e formas com o propósito de expressar um conceito de estética, beleza e estilo.
Há que se destacar no entanto, que a Arte se pronuncia a partir da subjetividade humana.
É inegável porém, que aliada a esta subjetividade a Arte implica na capacidade e habilidade para que se materialize no intuito de satisfazer a uma necessidade prática ou teórica, empreendida de maneira consciente, controlada e racional.
Não foi por acaso, que na amplitude do campo semântico, a Maçonaria, ao longo da história, ganhou a titulação de "Arte Real".
O motivo pontual deste codinome deve-se à sua finalidade precípua filosófica, que se volta ao aprimoramento na construção do caráter humano.
Não há arte mais desafiadora que esta.
A relação intima do termo "maçom" (pedreiro) ou metaforicamente "construtor social" e a obra a que se dedica, contribuíram para que a Arte Real adotasse como base da sua filosofia o Simbolismo, ou seja, a ciência mais antiga que o homem conhece.
Além dos fundamentos e as ferramentas da arte de construir, ou seja, a Arquitetura, a Geometria e por conseguinte a Gnose (conhecimento).
Reside aí, o motivo pelo qual, a maioria dos símbolos, alegorias, lendas, analogias e arquétipos presentes na Arte Real estarem todos intimamente conectados à idéia da construção.
Ou se preferir, do aprimoramento interior espiritual, intelectual do templo ético e moral do homem.
A arte da construção, sob o ponto de vista "simbólico", constitui-se portanto no principal arquétipo maçônico.
Entender o codinome Arte Real, significa dar-se conta da entrega a um exercício especulativo, que faz do pensamento o instrumento mais legítimo na busca da Consciência.
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