A presença do celular no templo maçônico representa um profundo paradoxo moderno: uma ferramenta de conexão que, ironicamente, nos afasta do que é essencial. Em sua natureza padrão, ele é uma grande distração. Seu zumbido silencioso e a luz piscante são faróis que puxam nossa consciência para fora do ambiente sagrado, diluindo a concentração e sabotando a imersão necessária para o ritual. Ele promete conexão com o mundo exterior, mas à custa da desconexão de nós mesmos e dos irmãos ao nosso redor.
No entanto, categorizá-lo apenas como um vilão é uma simplificação. Quando intencionalmente domado e redirecionado, o mesmo aparelho pode se tornar um auxiliar valioso. Ele pode garantir acessibilidade, apoiar a memória de um orador ou servir como um elo crítico em situações de emergência. O seu potencial como ajuda reside exclusivamente na nossa capacidade de impor limites rígidos e transformar seu uso em um ato deliberado, e não impulsivo.
Assim, a pergunta "ajuda ou atrapalha?" não possui uma resposta única, mas sim uma resposta condicional. O celular atrapalha por natureza, por sua designação de interromper. Ele só se torna uma ajuda através de um esforço consciente e coletivo para redefinir sua função dentro daquele espaço. A conclusão é que o celular não é bom nem mau; ele é um espelho da nossa própria disciplina. Cabe a nós decidir se ele será um malhete que quebra a concentração ou um esquadro que auxilia na construção.
Fonte: Curiosidades da Maçonaria

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