outubro 31, 2025

A VIA APIA - Fabio Monteiro

 



Elas não apenas guiavam viajantes, elas unificavam o Império... 

A Via Ápia, conhecida como Regina Viarum, a Rainha das Estradas, era mais do que um simples caminho. Ela era uma artéria que pulsava vida, cultura e poder. Conectava Roma ao sul da península Itálica, permitindo que povos se encontrassem, ideias florescessem e a civilização se expandisse. 

E ao longo desse trajeto, surgiam os miliários, os “marcos quilométricos” da antiguidade. Essas colunas de pedra eram as placas de sinalização romanas. A cada milha romana (aprox. 1,48 km), lá estava um desses marcos indicando a distância, o nome do imperador que mandou construir ou restaurar a estrada e, muitas vezes, orgulhosas mensagens de grandeza. Era a propaganda oficial de Roma ao ar livre, lembrando a todos quem governava aquelas terras. 

Com mais de 120 mil marcos espalhados por estradas imperiais, Roma criou um sistema logístico.

Por eles, era possível saber onde estava, para onde seguir e quem era o responsável pela obra: o Imperador.

O marco da imagem, ligado à gloriosa Via Ápia, é um desses sobreviventes do tempo. Um testemunho silencioso que viu senadores em carruagens elegantes, escravos em correntes, comerciantes esperançosos e soldados que partiam para conquistar ou defender fronteiras. Cada nome inscrito na pedra é um fragmento de história que atravessou séculos.

A Via Ápia não era só uma estrada, era um símbolo da eficiência, organização e ambição de Roma. Ao olhar para esse marco hoje, vemos mais que pedra: vemos uma civilização que entendeu que o poder também se constrói com caminhos, conexões e direção.

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