Homenagem aos poetas da maçonaria
I
Ser poeta é ter o dom
É cumprir missão Divina
É trazer no pensamento
Mensagem como doutrina
É ter responsabilidade
Na sua criatividade
Com amor e disciplina
II
O poeta vende sonhos,
Gravados como utopia,
Realiza os seus desejos,
Materializa fantasia,
Transforma todo impossível,
Naquilo que é possível,
Em forma de terapia.
III
Ele passa pro papel,
O que diz seu pensamento,
Verdades e ficções,
Criadas em seu intento,
Faz seu leitor viajar
Sem sair de onde estar,
Vivencia seu sentimento.
IV
Todo poeta retrata,
A sua imaginação,
Põe palavras nas escritas,
Do fundo do coração,
Ele expõe seu sentimento,
A sua vida no momento,
Seu amor, sua emoção.
V
O poeta é mensageiro,
Das histórias de amor,
Alegria desilusões,
Ele expressa sem pudor,
Da vida cotidiana,
Com sabedoria explana,
Como mestre professor.
VI
A poesia é como filho
Que nasce da sua vivência
Vai crescendo devagar,
Adquirindo experiência,
Tem começo meio e fim,
Se transforma num jardim,
Espalhando sua essência.
VII
Como todo mensageiro,
Que divulga seus recados,
Vai expondo suas idéias,
Em poemas recitados,
Em todo e qualquer lugar,
O poeta sempre estar,
Com seus versos inspirados.
VIII
O poeta está presente,
Nas canções e melodias,
Nas histórias de amor,
Nos sonhos e fantasias,
Dos casais apaixonados,
Nos amores desprezados,
Nas tristezas e alegrias.
IX
Nos bares pelas cidades,
Ele sempre está presente,
Nas canções apaixonadas,
Nas cantorias e repente,
No aboio do aboiador,
No verso do trovador,
Com enredo envolvente.
X
Escrever seus pensamentos,
Em forma de poesia,
Tem que ter dádiva de Deus,
Como sol que irradia,
É uma luz que vem brilhar,
Na escuridão clarear,
Um mistério de magia.
XI
Nos corações machucados,
Pelo amor de certo alguém,
Ele sempre está presente,
Serve de bálsamo também,
Como antiinflamatório,
Tem efeito transitório,
Do jeito que lhe convém.
XII
Ele também pode ser,
Perito da medicina,
Pras dores do coração,
Ele serve de vacina,
Através de um poema,
Ele resolve o dilema,
Orienta e lhe ensina.
XIII
Uma poesia acalma,
Acalanta o coração,
Vai servir de companhia,
Afastando a solidão,
O poeta é companheiro,
Da relação é parceiro,
Faz curar a depressão.
XIV
O poeta voa distante,
Como voa um passarinho,
Pulando de galho em galho,
Para construir seu ninho,
Vai levando nas alturas,
Solidão e amarguras,
Qu'encontrou pelo caminho.
XV
O poeta escreve a lua,
As estrelas com o mar,
Versejando a natureza,
Faz o seu leitor sonhar,
Com orvalhos de amor,
O poeta é um emissor,
Tem o sol pra lhe guiar.
XVI
Ele narra as suas raízes,
Fala do sul e sudeste,
Do caboclo nordestino,
Que povoa todo agreste,
Das festas de vaquejadas,
Dos vaqueiros e boiadas,
Que existem no Nordeste.
XVII
O poeta escreve a aurora,
Canta o novo alvorecer,
Fala do tempo nublado,
O arco íris, descrever,
Fala da noite chegando,
Das aves se preparando,
Para um outro anoitecer.
XVIII
Poeta fala da seca,
Da dolorosa estiagem,
Fala do solo rachando,
Falta dágua na barragem,
Fala do gado com fome,
Só xique xique consome,
Pra poder criar coragem.
XIX
O poeta escreve o amor,
Dos casais de namorados,
Do elegante romantismo,
Quando estão apaixonados,
Dum alguém que foi traído,
Pelos bares, esquecido,
Com corações machucados.
XX
Poeta fala do corno,
Também fala da amante,
Do traído e traidor,
Daquele "amigo" farsante,
Que conquista sua mulher,
Faz amor quando quiser,
Bota chifre a todo instante.
XXI
Poeta fala de tudo,
Da política e economia,
Do esporte e da cultura,
Do espaço e astronomia,
Da vida do cidadão,
Que vive na contramão,
No sofrer do dia a dia.
XXII
Salve todos os poetas,
Cantadores repentistas,
Violeiros cantores,
Escritores e cronistas,
Salve os vates da cultura,
Berço da literatura,
Os poetas cordelistas.
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