Como Grande Bibliotecário da GLESP e Presidente da Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras tenho o prazer de compartilhar este belo texto do Confrade Bruno Bezerra de Macedo da Academia Internacional de Maçons Imortais, que é afilhada de nossa Academia. Celebrado em 29 de outubro, o Dia Nacional do Livro marca o aniversário da Biblioteca Nacional, fundada em 1810, quando o acervo da Real Biblioteca Portuguesa foi transferido para o Rio de Janeiro
O livro é formidável, pois, além de despertar admiração, é excelente e/ou imenso em sua qualidade e impacto. Sem um título específico, a resposta pode apresentar exemplos de livros notáveis e altamente elogiados que se encaixam nessa descrição. O livro é graça do escritor, já que, como um artista molda uma escultura, "cria" o livro, que impacta efusivamente na formação do homem e do mundo.
A escrita de um livro é uma forma de registrar e compartilhar o que o escritor sabe, sente e/ou pensa, permitindo que essas ideias sejam acessadas por muito tempo após a sua criação. Diferente de outras formas de expressão que se perdem com o tempo, o livro confere uma forma de imortalidade ao escritor.
Homens que viveram há milênios ainda são lembrados e lidos hoje por causa de seus livros. A longevidade da obra literária permite que a influência de um escritor se estenda por gerações, moldando a cultura, a sociedade e a forma de pensar de inúmeras pessoas. Cada palavra é um tijolo na construção do porvir melhor para todos.
A escrita se torna um registro permanente do pensamento do autor, capaz de influenciar e inspirar leitores muito depois de sua morte, é o legado mais concreto de um escritor. Mesmo que suas outras realizações sejam esquecidas, seus livros continuam a ser lidos, estudados e discutidos, mantendo sua contribuição para a cultura vivos.
O livro homônimo de Milan Kundera explora justamente essa ideia de como figuras históricas e literárias buscam a imortalidade e o que as pessoas fazem com suas vidas diante da finitude. Ele aborda o receio de desaparecer sem deixar uma marca no mundo, ao passo, que aponta para o exemplo como edificador de legados.
O livro atua como um construtor social ao influenciar, moldar e refletir a sociedade em que está inserido. Ele não é apenas um repositório de histórias e informações, mas uma ferramenta poderosa que impacta a cultura, a identidade nacional, o pensamento crítico e a própria percepção da realidade.
No Brasil, por exemplo, a literatura é fundamental para a construção da identidade nacional, ao passo que dá voz a grupos diversos, amplia a empatia e quebra barreiras e desigualdades. Ao expor leitores a diferentes realidades e perspectivas, ela ajuda a construir uma sociedade mais consciente e igualitária.
O livro, além de muito mais, é um instrumento poderoso para a inventividade, atuando como um catalisador da criatividade e da inovação humana. Ele não apenas preserva o conhecimento e a cultura, mas também oferece ferramentas e estímulos para que o leitor construa novas ideias e soluções.
A exposição a novas palavras e construções textuais melhora a comunicação e o vocabulário, o que é fundamental para expressar ideias de forma clara e elaborada. Além disso, a leitura de diferentes pontos de vista estimula o pensamento crítico, ensinando o leitor a questionar e analisar a informação, e não apenas aceitá-la passivamente.
Livros sobre criatividade, como Regras da criatividade, e estudos de casos, como em Como o Peixe de Papel Aprendeu a Nadar, explicam e exemplificam como transformar a imaginação em soluções únicas. A inventividade é, em grande parte, a capacidade de dar sentido ao mundo e reinventá-lo.
Mário Quintana dizia que "Os livros não mudam o Mundo, quem muda o Mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas". Essa transformação interna, alimentada pela leitura, é o que impulsiona a inventividade humana para gerar novos projetos, negócios e inovações que, de fato, transformam o mundo.
Em um sentido mais amplo, os livros em geral contribuem para a reinvenção das pessoas através do estímulo do raciocínio, da imaginação, da criatividade, o que por sua vez pode levar à reinvenção do mundo. Os livros abrem novas perspectivas e emoções, inspirando mudanças individuais que se estendem para a coletividade.
Dizer que a Terra do futuro não é uma herança, mas sim, uma criação humana reforça a ideia de que a sustentabilidade não é um problema de um único indivíduo, mas uma questão coletiva. Cada pequena decisão, somada, contribui para a construção do futuro, que se ergue da sinergia conhecimentos veiculados pelo livro.
Por tudo o que livro representa, move e erige, os “homens de letras” desempenham um papel fundamental no desenvolvimento cultural, social e econômico, ajudando a moldar o pensamento e a consciência da sociedade, atuando como agentes de transformação para uma sociedade mais justa e equitativa.
Aos "homens de letras" compete abrir caminhos para novas perspectivas e soluções inovadoras, contribuindo para um futuro mais promissor, reunidos em Egrégios Silogeus como esta Academia Internacional de Maçons Imortais - aimi, não apenas reproduzindo o conhecimento, mas sim, questionando e desafiando o status quo in voga, inaugurando a felicidade e o progresso da humanidade, a partir do livro que instrui o homem.

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