Esta semana um grupo de amigos debatia o assunto sobre Tolerar, Perdoar, Esquecer, Seguir em Frente, etc...
Mas qual seria o limite para o cliché de que o Perdão é Divino e que assim devemos sempre agir?
Qual seria a lógica em ser sempre massacrado pela ignorância alheia e ainda assim se reerguer e permitir ser novamente agredido pelas mesmas pessoas e pelos mesmos comportamentos?
Mais uma vez eu me recordo do papai em uma de suas "máximas":
_... "Quem muito se abaixa mostra os fundos da calça"...
E assim se alimenta o dilema do limite do perdão ou a conivência com o erro alheio no subterfúgio da dita Tolerância.
Até Jesus expressou repúdio com o "pecado" deliberado e repetitivo dos fariseus na profanação do templo, ao distorcerem as escrituras para negociarem em lugar sagrado. (Ele os chicoteou!!!)
Também registrou, em parábolas, que o Perdão pode ser concedido 70 (setenta) vezes 7 (sete), em resposta à Pedro sobre o quanto se tem de ser tolerante.
Poderia ter dito que é infinito, mas não o fez, porque para tudo há um limite, inclusive para os que insistem em agredir sem compreensão.
E, por fim, no sermão da montanha, o Mestre bem esclarece que, ao ser agredido, deve oferecer a outra face, como atitude nobre na busca da resolução do problema sem o uso da força, como vingança.
Contudo, todo ser humano possui apenas duas faces, e se o abuso é frequente, uma resposta é necessária para interromper a agressão e permitir que a Justiça se faça.
Perdoar não é ser Submisso, assim como reagir não o torna agente da desordem.
Ao rebater a Calúnia / Difamação, o debate ideológico ou mesmo o destempero na relação conjugal, o ato não é de redenção (pelo perdão), mas sim de reeducação da parte ofensora. (pela Justiça).
Por vezes, as quatrocentos e noventa (70 X 7) chances de perdoar se esvaem rapidamente e o limite entre ser conivente (com o ignorante contumaz) ou ser JUSTO é atingido.
Então, pare de ficar se abaixando sempre e exerça seu direito de resposta.
Afinal, você só possui duas faces...
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