Este desgoverno que estamos vivendo está nos abrindo as portas de um tempo de recessão. Recessões são cíclicas e não escolhem suas vítimas. Tanto faz que sejam países ricos ou pobres e são processos invariavelmente dolorosos, como podem testemunhar neste momento os Estados Unidos e os prósperos países da Europa Ocidental além dos miseráveis países africanos.
Um exemplo doméstico para explicar como funciona uma recessão é a faxina doméstica das segundas-feiras, que felizmente poucos chefes de família chegam a conhecer em sua cruel realidade. Os moveis fora do lugar, os tapetes enrolados, as roupas arejando fora dos armários, as panelas e utilidades pousadas sobre todas as mesas da casa, baldes, vassouras e panos imundos espalhados por todos os lugares e a linda esposa, com um lenço na cabeça, roupa de feira da pechincha e os pés imundos de sujeira. Mas se esposa (e os governos) forem competentes, ao final dessa epopeia a casa (e o país) estarão um brinco. Se não, vai acontecer o que já está acontecendo no Brasil (e no mundo): uma crise politica, dentro de uma crise econômica, dentro de uma crise ética e moral, e só Senhor sabe o que mais vem por aí.
Quem trabalhar direito neste período, à semelhança da faxina, sairá fortalecido, e para isso iremos apresentar nesta série de postagens algumas sugestões, baseadas nos meus estudos e na minha experiência pessoal de mais de 50 anos de barriga atrás do balcão. A primeira coisa a fazer é uma completa mudança de postura do empresário.
Os mais antigos lembram-se dos pesados telefones de ebonite preta discados. Ou ainda dos plásticos de 3 cores colocados à frente das TVs para dar a impressão de TV colorida. Ou das máquinas de escrever Olivetti e Remington. Tudo completamente ultrapassado embora relativamente recente. Ninguém mais pensa em adquirir uma máquina de datilografia para preencher formulários embora elas ainda funcionem bem. As técnicas e procedimentos do passado não funcionam mais em tempos pós pandemia.
CONHEÇA BEM O SEU NEGÓCIO
No meu tempo de menino o bazar do seu Salim vendia de tudo, de agulhas e cordas de violão a feijão e querosene. A maior parte da mercadoria podia ficar estocada por anos, coberta por grossa capa de poeira, mas quando o cliente a pedia com uma rápida espanada estava nova, à disposição. Esse tipo de negócio está em franca extinção. A não ser para as gigantescas lojas de departamentos a moda hoje, para os pequenos e médios empresários, é a exploração de nichos de mercado. Há que se procurar ser o melhor possível naquilo que se vende, seja brigadeiros gourmet ou calçados masculinos. Restringir o estoque ao nicho, procurar o nível de excelência no atendimento e conhecer minuciosamente o cliente. Se você tem de tudo no estoque repense o seu negócio e fique apenas com aquilo que lhe dá mais lucro e prazer em negociar. Parece estranho falar em prazer, mas quando a gente gosta do que faz, faz melhor. Na próxima postagem daremos algumas dicas a respeito de conhecer o cliente.
Lembre-se, se quiser trocar algumas ideias comigo para o seu negócio, ou quiser compartilhar meus artigos com algum amigo empresário, não vai custar nada a não ser talvez, a doação de algumas cestas básicas para instituições de beneficência. Meu contato está no título aí acima.
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