Braço direito estendido horizontalmente e mão espalmada para baixo.
Esse gesto parece ter se originado de vários costumes antigos em civilizações diversas.
A mão espalmada para baixo, nas ciências que estudam o comportamento corporal, significa um ar de superioridade de quem o pratica. Assim, defendem os estudiosos da linguagem corporal que quem cumprimenta outrem de mãos espalmadas para baixo, inconsientemente se sente mais seguro e até superior. Também é com as mãos espalmadas para baixo que se abençoa pessoas ou consagra objetos, numa óbvia transferência de energia vital ou cósmica superior.
Da mesma forma, porém em contraposto, a mão espalmada para o alto, muito vista nas posições de meditação das culturas orientais,
tem a função de receber voluntariamente tais energias, assim como a mão dada em palmatória se submete ao castigo merecido.
Na cadeia de união essas posições de doar e receber se alternam para garantir o ciclo virtuoso.
Para o gesto usado em juramentos e votações, a mão espalmada para baixo intenciona submeter-se ou subscrever-se diante de uma verdade ou opinião. Significa que diante de uma decisão importante você optou por sim/acredito.
Neste contexto, este ato pode ter se originado na expressão "pôr a mão no fogo." Não se sabe ao certo a origem mais antiga do costume, mas consiste de confiar muito em alguém, a ponto de jurar pela sua inocência, como na "prova do ferro caldo", muito utilizada durante a Idade Média. Consistia submeter à prova uma pessoa que alegava inocência, e para tal submetia-se caminhar por alguns metros com uma barra de ferro encandecente sobre as próprias mãos, apenas envolvidas em trapos e embebidas em cêra. Três dias depois, abria-se a atadura e, se a mão estivesse ilesa, sem sinal de queimadura, era provada a inocência. Caso se queimasse, a pessoa era culpada e seria enforcada. Uma variação desta mesma prova, também praticada entre os povos bárbaros era, de boa fé, colocar a mão no fogo, espalmada para baixo, até que a pessoa a quem se almejava convencer se desse por satisfeita.
Daí quem jura ou vota com o braço estendido e a mão espalmada para baixo, instintivamente afirma acreditar, apoiar, sub-escrever e garantir o que está sendo proposto.
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