Havia, na segunda quinzena do mês de junho, quando ocorria o solstício de verão na Europa, o culto a deuses da natureza, das plantações, colheitas etc. Um desses deuses era Adônis, que, segundo o mito grego, foi disputado por Afrodite (deusa do amor) e Perséfone (deusa dos infernos). A disputa foi apaziguada por Zeus, que determinou que Adônis passaria metade do ano com Afrodite, no mundo superior, à luz do Sol, e a outra metade com Perséfone, no mundo inferior, nas trevas.
Essa disputa entre deusas acabou sendo associada aos ciclos naturais da vegetação, que morre no inverno e renasce e vigora na primavera e verão. O culto a Adônis, cujo dia específico era 24 de junho, tinha por objetivo a celebração dessa renovação, da “boa-nova” do renascer da natureza. Essa ideia foi assimilada pelo cristianismo, que substituiu Adônis por São João Batista.espiritualizada da luz sombria da matéria para a pura luz.”
A fogueira traduz o simbolismo pirofagico representando a chama ardente, a procura de conhecimento filosófico, que nunca deverá ser apagada, pois o verdadeiro maçom é aquele que mantém a sua chama acesa na busca da verdade.
“Podemos perceber que a vida tem um propósito, que a luz que tem sido preservada através das eras pode ser alcançada”.
São João Batista, na tradição cristã, anunciou a “boa-nova” (boa notícia) da vinda do Grande Mestre Jesus , filho de Deus, salvador da humanidade, que “renovaria todas as coisas”.
A vida se regeneração integralmente pelo fogo .
Foi ele também que batizou Jesus no rio Jordão.
Da história de São João, a cultura popular europeia retirou vários símbolos, que passaram a se mesclar com os tradicionais ritos de colheita remanescentes do culto a Adônis. Um dos símbolos mais importantes é a fogueira.a prática do acendimento da fogueira na noite de 23 para 24 de junho foi trazida pelos jesuítas. Tal prática foi com o tempo associada a outras tradições populares, como o forrobodó africano (espécie de dança de arrasta-pé), que daria no forró nordestino, e a quadrilha caipira, que herdou elementos de bailes populares da Europa – palavras como “anarriê”, “alavantú” e “balancê”, por exemplo, são adaptações de termos de bailes populares da França.
Fogo é descrito pelos sábios como princípio ativo, germinativo e originador da geração. Os maçons definem-no como o fervor e o zelo dos militantes da Ordem.
A totalidade dos maçons tem-no como elemento que faz queimar todo o resíduo possível de impureza, destruindo, ao mesmo tempo, todos os traços de ilusão que porventura continue dominando o espírito na sua trajetória de evolução. Segundo a fábula, foi Prometeu, conhecido como o Gênio do Fogo, quem ensinou aos homens o manejo das chamas.
As chamas simbolizam a parte positiva como as aspirações, o zelo, o fervor, a fé e, sobretudo, o desejo de evoluir, conhecer e crescer. A Água purifica a Alma, mas o Fogo destrói as nódoas do vício.
Quando passamos a entender que a criação é um processo contínuo; que ela não ocorreu instantaneamente, mas, por estágios e, que ainda fazemos parte desse processo. Só então compreendemos o verdadeiro significado da primeira criação:
“Das trevas do abismo, o invisível e incognoscível Deus moveu-se sobre a face das águas e disse: “Faça-se a Luz.”
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