julho 04, 2025

O OLHO QUE TUDO VÊ E O AMOR DIVINO EM NÓS - Bruno Bezerra de Macedo


O Olho que Tudo Vê é um lembrete de que sempre somos observados pelo Grande Arquiteto do Universo. Portanto, “sempre que fizer algo, mesmo que ninguém venha a saber, faça como se o mundo estivesse olhando para você”, fulcra Thomas Jefferson, pois, este agir alicerça com sólida honradez as relações humanas, que são o conjunto de interações que realizamos com quem orbita ao nosso redor, durante nosso viver em Terra. 

Assim, quando falamos em "olho de águia" descrevemos pessoas com grande capacidade de observação, atenção aos detalhes e discernimento. Cabe aqui destacar que a busca pela felicidade passa frequentemente pela habilidade de discernir entre opções, priorizando aquelas que trazem bem-estar a longo prazo e alinhadas com valores pessoais, conquistando conexões sociais significativas e relações familiares e amorosas saudáveis.

No entanto, desde a infância aprendemos que uma vida de realização, sucesso e felicidade é alcançada por meio do status, poder, popularidade, beleza e, principalmente, da riqueza. Esse padrão estabelecido pela sociedade refere-se ao contexto externo, sendo ele determinante do que somos. Entretanto, quando essas referências nos movem, agimos como seres irracionais, motivados somente pelos prazeres e emoções efêmeras.

A mitologia grega demonstra esse condicionamento por meio da história do Rei Midas. Ele acreditava que seria mais feliz ao se tornar o homem mais rico do mundo. Motivado pela riqueza, Midas pediu ao deus Dionísio, que lhe devia um favor, que tudo por ele tocado se transformasse em ouro. Se desejo foi prontamente atendido. Porém, a felicidade de Midas, baseada no externo, durou pouco.

Midas, logo descobriu que não podia comer ou beber já que tudo se transformava em ouro ao seu toque, sendo impedido de se alimentar. Assim, faminto e exausto, implorou a Dionísio que retirasse o dom concedido. Novamente foi atendido. Para curar-se, o deus instruiu o rei a “esfriar” literalmente, sua cabeça nas águas do rio Pactolo (ou Sarte), na Turquia. Isso equivale a ter Inteligência Emocional. Há outros Midas surgindo a cada dia?

É fato que cultivar a felicidade envolve práticas como gratidão, otimismo, autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Filósofos como Aristóteles viam a felicidade (eudaimonia) como um estado de realização pessoal, alcançado através do exercício da virtude e da busca pela excelência. A felicidade não é vista como um mero prazer passageiro, mas como um estado duradouro resultante de uma vida bem vivida. 

Psicólogos e cientistas sociais abordam a felicidade como um estado emocional caracterizado por satisfação e equilíbrio. Estudos científicos têm investigado os fatores que contribuem para a felicidade, como a capacidade de adaptação, relacionamentos positivos e uma visão otimista da vida. Felicidade é um estado de espírito que gera paz, harmonia, alegria e amor por ser e não por ter.

A verdadeira felicidade é uma sensação de plenitude e satisfação que vem de dentro de nós. Ela está enraizada na autenticidade, na conexão com nossos valores e propósito de vida. O segredo da felicidade não é único e universal, mas, sim uma combinação de fatores pessoais e externos que variam de pessoa para pessoa. A felicidade se alicerça nestes cinco princípios basilares: significado, espiritualidade, amor, viver no presente e maestria da mente. 

Quando dizemos que a felicidade nos define, constatamos que a felicidade nos caracteriza e nos identifica, já que, a alegria e o contentamento são elementos fundamentais do nosso ser, que nos incorpora e se faz refletida em nossas ações e atitudes, indicando claramente que não dependemos de fatores externos para alcança a felicidade, pois, esta vem de dentro. Nossa felicidade vetoriza positivamente tudo e todos ao nosso redor. 

A felicidade é cultivada através de hábitos saudáveis e mudanças de atitude. Sendo fundamental compreender emoções e valores, pois, isto traz verdadeira satisfação. Buscar coerência entre o que se pensa, fala e faz é essencial para evitar conflitos internos. Bons princípios e boas crenças ajudam a construir uma vida mais autêntica e feliz. Para isto, cultivar laços com pessoas que apoiam, inspiram e fazem (o) bem é crucial.

A conexão humana e o senso de pertencimento são componentes importantes da felicidade. Sentir-se parte de algo, seja uma família, um grupo social ou profissional, promove segurança, autoestima, fortalece os laços e reduz o estresse, contribuindo para uma vida mais feliz e satisfatória. Lembremos sempre que a felicidade não é algo imposto, mas, algo que se constrói a partir do conhecimento de si mesmo.

Em suma: O olho que tudo vê é a observância que incita a prática de seguir e respeitar o que é estabelecido, seja por meio de leis, regras, preceitos ou costumes, com o fito de manter a ordem, a disciplina e o bom funcionamento deste status quo in voga, já que este virtuoso hábito nos conduz ao desenvolvimento de um convívio feliz, a partir do qual alcançamos a felicidade plena, que transfigura nosso amor humano em amor divino. 


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