Há alguns anos, em um debate acalorado um amigo, ao perceber o intuito oculto dos que se intitulavam irmãos, pausou sua fala e disse:
_Você é inteligente, mas eu não sou burro.
O austríaco Alfred Adler é considerado o pai da psicologia individual e conceituou o Complexo de Superioridade como uma mazela comportamental, quando a pessoa tenta se projetar sobre outra.
É uma autodefesa para encobrir sua incapacidade de ser aceita em um grupo.
Vale-se então da posição social, patente, título, status financeiro para impingir, de forma leviana, suas idéias como únicas, desprezando e mesmo condenando quem se posicione à discordar.
Adler revolucionou a psicologia com abordagens sobre os complexos de Inferioridade e Superioridade.
Ele definiu que o ser humano é motivado pela necessidade de se sentir parte de um grupo e está em constante comparação.
O modo como cada um faz esta auto-análise é que vai moldar seu comportamento e definir seu complexo.
E principalmente definir sua aceitação pelos demais.
A máxima do meu amigo se aplica muito além daquela resposta aos seus algozes que se diziam irmãos.
_ Você é inteligente, mas eu não sou burro.
_ Você é o provedor, mas eu também contribuo.
_ Você é o Comandante, mas eu sei voar.
_ Você é meu Pai, mas eu sou seu Filho.
_ Você é meu Marido, então não se esqueça que sou sua Esposa.
_ Você pode estar certo, mas eu também posso ter razão...
Não deixe aflorar uma falsa Superioridade que mascara sua angústia da rejeição por seus próprios atos.
Aproveite o dia para melhor compreender que você é tão importante quanto quem se assenta à direita ou à esquerda.
Tudo é uma questão de tempo para a igualdade se tornar real, não espere então as cinzas para esta constatação.

O pior é que esta pseudo superioridade é revestida por viés de confirmação, na maioria dos casos, o que limita qualquer discussão.
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