outubro 10, 2025

O LEGADO MAÇÔNICO - Newton Agrella

 



Quando a religião, o sectarismo, as repetidas passagens bíblicas e o nome de Deus são tão recorrentemente citados nos grupos sociais, pretensamente maçônicos, é sinal de que alguma coisa anda errada.

Afinal de contas, a Maçonaria Especulativa nos oferece ferramentas para pensar, para elaborar ideias, estudar e investir em nossa  capacidade intelectual de modo que possamos aprimorar o nosso nível de consciência crítica, bem como de nossa própria evolução da condição humana, e possamos compreender e explorar toda a nossa capacidade cognitiva, sem que nos tornemos meros agentes passivos do Dogmatismo.

Não é tão difícil entender que a Maçonaria se pauta por um caráter eminentemente "filosófico" que impõe aos seus obreiros a se valerem de Símbolos e de Alegorias para compreender a relação do Homem com o Universo, especialmente através de seus atributos hominais e antropocêntricos, aliados à suas naturais disposições anímicas.

Ainda que o reconhecimento da existência de DEUS seja uma prerrogativa de inteligência como um paradigma de nossa origem, e como uma condição para que sejamos admitidos na Sublime Ordem, isto não significa que o Maçom precise afirmar, reafirmar e proclamar aos quatro ventos seu instrumento de fé a cada pouco.

Há um arsenal desmedido de temas e assuntos, a serem estudados na Maçonaria, que não parece lógico debruçar-se a cada pouco, sobre temas transcendentais, metafísicos e sobretudo divinais, cujo ambiente condizente são os incontáveis Templos Religiosos de todos os tipos, onde promessas de Revelação, Curas, Alívio da Alma e Amortecedores para diminuir os sofrimentos e vicissitudes estão de portas abertas em todos os lugares.

É inequívoco que o exercício permanente do raciocínio, do intelecto e da especulação tornam o ser humano mais aquiescente para a compreensão de sua existência na busca infinita da Verdade.

Neste caso, leia-se Verdade, como sinônimo de Conhecimento.



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