“A Maçonaria é uma Instituição que tem por objetivo tornar feliz a Humanidade, pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade, pelo respeito à autoridade e a crença de cada um. Ela não é regional, ela é universal e as suas Oficinas se espalham por todos os recantos da Terra, sem preocupação de fronteiras e de raças”.
Creio não haver Maçom no Brasil, ou fora dele, que não conheça essa definição da Maçonaria, posto constante de nossos Rituais, e lida em todas as suas Sessões.
Porém, para melhor compreensão do texto, segue sua versão, na forma de um ensaio, com linguagem reflexiva e fluidez argumentativa, mantendo o mesmo sentido.
A Maçonaria se apresenta como uma das mais antigas e persistentes instituições dedicadas à elevação moral e espiritual do ser humano. Seu propósito maior é contribuir para a felicidade da humanidade por meio do amor, da tolerância e do aperfeiçoamento dos costumes. Não se trata de uma doutrina sectária ou restrita, mas de um caminho simbólico e filosófico que estimula o homem a conhecer a si mesmo e a construir uma sociedade mais justa e harmônica, o que está longe de acontecer.
A fraternidade maçônica nasce da convicção de que o verdadeiro progresso não está apenas na ciência ou na técnica, mas na formação de indivíduos conscientes de seus deveres, cívicos, éticos e sociais. O amor ao próximo e o respeito às diferenças são pilares fundamentais dessa visão. A Maçonaria ensina que, para que haja paz e entendimento entre os homens, é preciso cultivar a compreensão mútua e a busca constante da verdade, ou, verdades, que nos são constantemente negadas, omitidas e transformadas em narrativas apenas, pelas nossas autoridades, parlamentares e governança.
Outro princípio essencial é o da igualdade, compreendida não como uniformidade, mas como reconhecimento da dignidade de cada ser humano, independentemente de origem, crença ou posição social. Nesse sentido, o respeito à autoridade e à fé individual tornam-se expressões de liberdade e maturidade moral. O Maçom é chamado a exercer sua cidadania de forma plena, comprometendo-se com o bem comum e com a construção de um mundo mais solidário, o que também não se têm realizado.
Universal em sua essência, a Maçonaria ultrapassa fronteiras geográficas, políticas e culturais. Suas Lojas estão espalhadas pelos mais diversos povos e nações, unidas por ideais comuns que transcendem raças e fronteiras. Essa universalidade expressa o espírito de união que a Instituição propaga: o de que toda a humanidade, apesar de suas diferenças, forma uma única e grande família. Assim, a Maçonaria continua a cumprir sua missão de aperfeiçoar o homem para aperfeiçoar o mundo. Infelizmente essa grande família não tem passado de utopia.
É muito linda essa definição da, também tão linda, Instituição, a Maçonaria. Mas como tornar, na prática, mais feliz a Humanidade, com base neste texto? No ensaio abaixo, procuramos responder a essa questão.
Tornar a humanidade mais feliz é uma aspiração antiga, mas que exige atitudes concretas e permanentes. A Maçonaria, como instituição filosófica e humanista, propõe caminhos que vão além das palavras e das intenções. Seu ensinamento fundamental é o de que o aperfeiçoamento do mundo começa no aperfeiçoamento de cada indivíduo. Assim, a prática diária do amor, da tolerância, da igualdade e do respeito mútuo deve ser o alicerce de uma convivência verdadeiramente fraterna. Falhamos muitas vezes nesses ideais. É comum, ao expressarmos nossos pensamentos e ideias, sermos imediatamente rechaçados, recriminados, quando não, humilhados, sob as mais ridículas narrativas.
O amor, na perspectiva maçônica, não deve ser um sentimento passivo, mas uma força ativa que se manifeste em gestos de solidariedade, empatia e generosidade. Amar o próximo deve implicar em reconhecer nele o mesmo valor essencial que habita em nós. Deve ser compreender que a dor do outro também nos pertence e que o bem comum depende da soma das nossas pequenas ações de cuidado e compaixão. Infelizmente, não é isso que vemos, inclusive na esfera governamental.
A tolerância é outro pilar indispensável. Num mundo marcado por diferenças de opinião, fé, cultura e origem, a convivência pacífica só é possível quando aprendemos a ouvir e respeitar o que é diverso. Ser tolerante não significa concordar com tudo, mas aceitar que cada ser humano tem o direito de pensar e crer de modo próprio. A verdadeira sabedoria está em conviver com a diferença sem transformar a discordância em ódio. Devemos, sim, como Maçons, defender nossos pontos de vista, compartilhá-los, e, até mesmo, com, o devido respeito, apontar e criticar construtivamente os dos outros, e mesmo assim, ser respeitados.
O aperfeiçoamento dos costumes representa o esforço pessoal e coletivo de elevar os padrões morais da sociedade. Isso deve se traduzir na honestidade nas relações, na responsabilidade cívica e no combate à indiferença. Um povo ético e consciente deve ser capaz de construir instituições mais justas e humanas. Da mesma forma, a igualdade deve ser praticada não apenas como ideal, mas como atitude: oferecer oportunidades, respeitar as limitações e valorizar as potencialidades de cada indivíduo.
Por fim, o respeito à autoridade e à crença alheia sustenta a harmonia social. Autoridade, aqui, deve ser entendida como o exercício responsável do poder, guiado pela justiça e pela razão, e não pela imposição, opressão, tirania e corrupção, especialmente, de valores. Quanto à fé, cada pessoa deve ter liberdade para expressar sua espiritualidade, pois o verdadeiro progresso humano se realiza quando razão e crença coexistem em equilíbrio, paz e harmonia.
Em síntese, tornar mais feliz a humanidade não deve ser tarefa de poucos nem meta distante. Deve ser o resultado do esforço diário de muitos que, guiados pelo amor e pela ética, devem construir pontes em vez de muros. Quando cada um de nós se comprometer com o bem, a fraternidade deixará de ser um ideal abstrato e se transformará em realidade viva. Essa é, em essência, a lição prática que a Maçonaria oferece ao mundo.
Que Deus, o Grande Arquiteto do Universo, nos abençoe a todos!

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