setembro 19, 2025

A RENOVAÇÃO COM A LUZ - Jorge Gonçalves


No próximo 23 de setembro, data em que a natureza se renova com o equinócio de primavera, a *Loja Maçônica Constâncio Vieira nº 3300* realizará, às 19h30, a regularização do Irmão *Hildebrando Vieira Filho*.

A Luz em uma Loja Maçônica é símbolo da busca pelo conhecimento, e cada maçom deve descobri-la por si mesmo. A Ordem não oferece verdades prontas, mas inspira o Irmão a trilhar seu próprio caminho em direção à sabedoria.

Na Maçonaria, o ingresso é fruto de uma escolha livre e consciente. Contudo, quando um Irmão retorna, é porque a chama da Maçonaria jamais deixou de brilhar em sua vida. Esse reencontro, essa renovação com a Luz, é para nós um momento muito especial.

Portanto, convidamos você, sim, você, meu Irmão, a participar desta noite memorável. Juntos somos mais fortes.


*Jorge Gonçalves*

ARLS PEDRO ALBA - Peruíbe e ARLS FRATERNIDADE DE ITARIRI

 



Em sessão conjunta realizada na noite de ontem. A ARLS Pedro Alba 189 de Peruíbe (VM Luis Paulo de Souza Correa)  e ARLS Fraternidade de Itariri 293 (VM Marcos Antonio Camara Abelha) homenagearam o Delegado Distrital João Roberto da Silva, membro de minha Loja, que entrega o 12o Distrito para assumir o 11o, e o Delegado Distrital Valter Sanches Fernandes, que assume agora o Distrito, renomeado para 13o.

A minha Loja, ARLS Tríplice Aliança 341, de Mongaguá. esteve representada em peso, através do seu VM Alexandre Lucena e comitiva.

Foi uma bela sessão de homenagem, na qual diversos irmãos usaram da palavra e os Delegados receberam mimos. Um delicioso ágape encerrou a noite.

LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE - Redaelli


Famoso lema francês de origem revolucionária, ele se confunde com a história da ideia republicana, depois com a da República, a ponto de se tornar um de seus principais símbolos.

Em uso entre 1793 e   o Consulado, depois durante a Segunda República (1848-1851), a tríade foi o lema não oficial e depois oficial da República Francesa desde 1871.

Para o maçom, esse lema tem uma força simbólica intrínseca que ele aprecia quando o pronuncia na loja após a aclamação escocesa.

Longe de se imporem naturalmente, os valores da liberdade, igualdade e fraternidade só foram afirmados após longa luta. De fato, antes de serem consagrados no lema da República e de nossas lojas, eles tinham legitimidade diferente.

É mérito da Maçonaria tê-los nutrido, ter sido a primeira a perceber seu caráter fundador e ter encorajado sua síntese no templo e no mundo profano.

Trazidos pelo Renascimento, esses três valores foram encontrados em diferentes escolas de pensamento humanista preocupadas em combater a injustiça e a arbitrariedade. A máxima "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" tem suas origens no século XVIII (Iluminismo).

Em 1755, em uma ode à glória do governo suíço, Voltaire associa implicitamente   os três termos: "Liberdade! Eu vi essa deusa altiva com igualdade distribuindo todos os seus bens... Os Estados são iguais e os homens são irmãos." Mas é Rousseau quem, em seu Discurso sobre a Economia (1855), propõe essa tríade como uma das bases do contrato social.

No entanto, o lema não foi oficialmente estabelecido em 1789 e, ao contrário da crença popular, não se tornou uma criação oficial da Revolução, embora incorporasse certos valores-chave. Apenas os dois primeiros termos foram combinados na Declaração dos Direitos do Homem de  26/06/1789: "  Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos  ."

A primeira associação tríplice é atribuída a Robespierre em seu discurso proferido em dezembro de 1790, durante a criação da Guarda Nacional. Essa expressão acompanhou a aventura revolucionária de junho de 1793 até o Consulado (1799). Embora não fosse um lema oficial, a expressão causou impacto e se estabeleceu como símbolo das conquistas políticas e sociais revolucionárias, como programa político e, em última análise, como ponto de convergência dos republicanos.

De 1790 a 1830, o lema não foi mais usado; 1846 e 1847 se seguiram, anos de grande tensão social e política que levaram à Revolução de Fevereiro de 1848.

A Segunda República estabeleceu a expressão depois que o governo provisório a utilizou em sua primeira declaração (24 de fevereiro de 1848).

A Terceira República coincidiu com o renascimento da experiência republicana e a reativação do lema do tríptico em 1871. No entanto, foi somente com a revisão constitucional de 1879 que se decidiu reinscrever as três palavras nos frontões dos edifícios oficiais. A jornada da tríade terminou gloriosamente, pois a Constituição de 4 de outubro de 1958 a impôs como lema constitucional da República Francesa.

Da revisão bibliográfica, conclui-se que é impossível estabelecer claramente a origem maçônica ou republicana do lema. De fato, a pesquisa mais recente gerada pelo Bicentenário da Revolução mostra que a anterioridade maçônica do lema Liberdade, Igualdade, Fraternidade não tem base concertada nas obediências e ritos maçônicos do período considerado, ou seja, de 1770 a 1848. 1848: aparecimento do lema na bandeira francesa; 1849: no nível da GODF, a aclamação passa a ser L, E, F em vez de vivat, vivat, semper vivat.

Muitas anedotas podem explicar as rivalidades em torno da origem do lema. Um vestígio da criação, pelo GO, de uma loja militar com o título distintivo "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", localizada a leste da Legião Estrangeira Francesa, foi encontrado na Biblioteca Nacional. Esta loja foi instalada em 14/03/1793 pela Respeitável Loja "Amizade e Fraternidade" (Oriente de Dunquerque). Certamente, trata-se de um título distintivo, um nome de loja; no entanto, este título da loja é mencionado em cada reunião, pelo menos duas vezes, na abertura e no encerramento dos trabalhos, como hoje.  Daí até torná-lo um lema... a coisa é ainda mais fácil, pois uma loja militar se muda e recebe muitos visitantes.

Em 1848, quando Lamartine, que não era maçom (mas aderia ao ideal maçônico) proclamou a Segunda República, ele declarou: "  na bandeira nacional estão escritas estas palavras: República Francesa, Liberdade, Igualdade, Fraternidade, três palavras que explicam o significado mais amplo das doutrinas democráticas, das quais a bandeira é o símbolo, ao mesmo tempo em que suas cores dão continuidade à tradição  ."

Poucos dias depois, Adolphe Crémieux, maçom e membro do Governo Provisório, recebeu uma delegação de Lojas Maçônicas e pronunciou a seguinte frase em nome do Governo: "  Em todos os tempos, em todas as circunstâncias, sob a opressão do pensamento como sob a tirania do poder, a Maçonaria repetiu constantemente estas palavras sublimes: Liberdade, Igualdade, Fraternidade!  "

Jules Barbier, da delegação maçônica, acrescentou: "Saudamos com as mais vivas aclamações o governo republicano que inscreveu na bandeira da França este triplo lema que sempre foi o da Maçonaria: Liberdade, Igualdade, Fraternidade."

Para o Rito Escocês, Adolphe Crémieux, que se tornou Soberano Grande Comendador do Rito Escocês Antigo e Aceito em 1869, comprometeu-se a reescrever o Regulamento Geral do Rito, que datava de 1846. Entre outras propostas, ele queria incluir no final do Artigo II a frase: "  A Ordem Maçônica tem como lema Liberdade, Igualdade, Fraternidade...  ". Neste   ponto específico, não houve oposição; o bloqueio dizia respeito à invocação à GADLU. Este bloqueio, seguido pela Guerra Franco-Prussiana, pela vigilância policial das lojas (1874) e pelo início de ações anticlericais, desviou as preocupações dos maçons do Rito Escocês. Finalmente, o lema maçônico foi afirmado em um decreto datado de 2/12/1873, com efeito a partir de 1/05/1874.

A discussão se concentra no significado a ser dado às três palavras e sua conjunção em uma fórmula: a liberdade é limitada? Se sim, por quê? Igualdade de direitos ou igualdade econômica? Igualdade ou equidade? O que a fraternidade traz para as duas primeiras noções? Os valores políticos devem orientar e mensurar o valor de um sistema de organização social.

Liberdade. Dela emergem duas noções: uma liberdade do chamado "estado selvagem da natureza" e uma liberdade regulada e policiada, definida por regras sociais como "o que não prejudica os outros" ou "o que não é proibido por lei". A chamada liberdade selvagem institui a lei da violência mais forte e generalizada. Liberdade regulada é aquela compatível com a vida em sociedade. A liberdade deve ser o resultado de uma conquista e de uma construção progressiva. O homem livre não é o bruto que segue seus instintos e paixões, mas aquele que pensa, sente e age de acordo com o pensamento. A partir daí, a liberdade do indivíduo não é limitada pela dos outros, mas, ao contrário, ampliada por ela.

Em relação à igualdade, o debate mais comum opõe a igualdade de direitos à igualdade econômica. Outra posição introduz a igualdade de oportunidades, que seria uma espécie de direito ao sucesso econômico. Cada ser humano não cria o mesmo valor por meio de suas ações, mas cada um possui o mesmo valor como ser humano, a sede da liberdade. Outra tendência é substituir a igualdade pela equidade, com dois cenários: ou igualdade de oportunidades, e quaisquer desigualdades são justificadas apenas se resultarem das desigualdades naturais ou congênitas dos indivíduos. Ou desigualdade social que contrabalança as desigualdades naturais ou congênitas dos indivíduos. Qualquer que seja a resposta considerada, a noção-chave diz respeito ao valor igual dos seres humanos. A fraternidade resume todos os deveres dos homens uns para com os outros. Significa: devoção, abnegação, tolerância, benevolência, indulgência. É frequentemente apresentada como a cereja do bolo da fórmula, como uma espécie de adoçante ou flor decorativa que suaviza a secura dos dois primeiros termos. A fraternidade é um vínculo muito forte entre indivíduos que inclui reconhecimento mútuo e uma comunidade essencial de valores, de tal forma que pequenas pontes rompem a compartimentalização da nossa sociedade moderna. O bem não é bom apenas para mim, mas para todos.

Todos os fundadores da Segunda República insistiram na natureza lógica e inseparável dos três componentes do lema. Eles são interdependentes e se apoiam mutuamente. A liberdade associada à desigualdade e ao ódio estabelece uma relação fraco/forte e termina em tirania. Quando a igualdade opera com ditadura e ódio, emerge uma relação dominante/dominado. A fraternidade exercida com tirania e desigualdade resulta em ressentimento e/ou desespero. Nenhum regime político incorpora plenamente o ideal do lema: caso contrário, este regime asseguraria a liberdade absoluta baseada unicamente nos pensamentos dos indivíduos, a igualdade perfeita sem hierarquia, sem privilégios, uma fraternidade franca e espontânea sem cálculos, sem exceção, sem limites. Este regime seria uma utopia anarquista, sugerindo que poder, hierarquia, desigualdade e ódio são males inevitáveis ​​ou necessários.

As ideias contidas na tríade têm um valor próprio, que deve ser examinado à luz do que pretendem fazer: explicar a realidade, justificar as ações humanas e harmonizar as sociedades segundo normas. Querer ancorar valores em ideais absolutos equivale a querer dar-lhes uma força usurpada e, nessa mesma medida, enfraquecê-los se a usurpação for descoberta. O lema republicano visa não tanto a reconquista de uma fraternidade original supostamente anterior à sociedade, mas sim o advento de uma nova fraternidade.

Para nós, maçons, adotar certos valores como lema não significa que pretendemos incorporá-los, mas que pretendemos ser julgados por sua medida.

Em 1875, Victor Hugo publicou uma obra intitulada "Le droit et la Loi" (A Lei e o Direito), da qual se destaca um trecho: "Liberdade, Igualdade, Fraternidade... estes são os três degraus da suprema humanidade. Liberdade é o direito; igualdade é o fato; fraternidade é a visão. Todo o homem está ali..."

"...E ASSIM VAI..." - Newton Agrella


Por mais prosaico ou ortodoxo que possa parecer, mas a "Ignorância" coadjuvada pela despreocupação com a legitimidade das fontes de informação tem sido inequívocas protagonistas na vida do brasileiro.

Sua algoz performance e sua subreptícia presença no universo intelectual de nossa gente, tem se pautado como plena justificativa para as mais diversas situações que envolvam comportamento, juízo de valores e praticamente quase todas as relações sociais.

A Ignorância se intensifica, à medida em que avalanches de informações chegam até nós, sejam pelas mídias sociais, pelos veículos de comunicação,  ou por quaisquer outros instrumentos.  

Ela se torna uma onda insurfável, especialmente quando reverbera "fake news" impiedosamente.

Ainda nessa esteira a Ignorância torna-se irrefreável e ganha requintes de perversidade ao passar a inverter valores humanamente consagrados, códigos de costumes, princípios éticos e morais e quando arroga para si, uma legitimidade política.

Aí,  "a vaca realmente vai pro brejo";  pois fica quase impossível desalimentar conceitos que nascem viciados e torpes, em nome de uma pretensa "contracultura".

Aliás, nosso povo tem ganho grande destaque quando a questão é "ser do contra". 

Afinal "ser gratuitamente oposicionista"   para uma significativa parcela da  população, constitui-se em "vanguardismo e modernidade..." , mesmo que se desconheçam seus significados.

A Maçonaria, em tese,  filosoficamente está aí pra isso.

Uma de suas principais pilastras e finalidades é o "Combate à Ignorância".

Porém, por razões um tanto ocultas, talvez mais ocultas que os próprios Augustos Mistérios da Ordem - ela, a famigerada "Santa Ignorância"  - continue dando as cartas e viralizando nos mais diferentes ambientes do universo humano.

Que venham melhores dias e que a cada desfraldar  de "vendas" sejam possíveis revelarem-se novas Luzes que cultivem cada vez mais a Sabedoria e ampliem os horizontes do Conhecimento sustentados pelo Discernimento.

Ler mais, Pensar mais e Achar menos !!!



setembro 18, 2025

LIVROS DO IRMÃO ROQUE CORTES PEREIRA




                                                                                                                                                                         

                                                                                                                                              A cidade de São Paulo viveu na última sexta-feira (dia 12) uma noite histórica de cultura, esporte e reflexão. 

          O lançamento de três obras inéditas do Professor e Mestre Roque Cortes Pereira reuniu empresários, representantes do meio artístico, esportivo e musical, além de professores, mestres de artes marciais e lideranças políticas que prestigiaram o autor em um evento de grande destaque.

*A IMPACIÊNCIA É UM HÁBITO, A PACIÊNCIA, TAMBÉM - Barbosa Nunes


O mundo entrou em ritmo desenfreado. 

Ninguém consegue aguardar. 

Tudo tem que ser feito com rapidez e agilidade. 

A paciência é cada vez mais preciosa. 

A frase “aquela pessoa tem Paciência de Jó”, é pouco ouvida.

Paciência é uma palavra derivada do latim “pace“, que significa paz e “scientia“, conhecimento. 

Então, paciência é o “conhecimento da paz”. 

Arnaldo Jabor num dos seus artigos diz:

• “Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados… Muita gente iria gastar boa parte do seu salário nesta mercadoria tão rara hoje em dia… 

• O “cavalheiro” transforma-se numa “besta selvagem” no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar… 

• A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta… 

• Vi uma garota a abrir um e-mail com um texto maravilhoso e ela apagou-o sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais“.

É raro encontrar seres humanos que tenham a capacidade da espera, que aguardam a sua vez e que perante dificuldades ou descontentamentos, têm uma disciplina de espera, capaz de lhes dar resistência diante de situações que não merecem acção imediata. 

Paciência é resistência, domínio do seu ímpeto e controlo. 

A essência da paciência é disciplina, domínio próprio, capacidade de esperar a hora certa.

Pesquisas mostram que entre uma barreira electrónica e outra nas estradas, exigindo redução de velocidade, poucos segundos serão adiantados no seu deslocamento. 

Mas a pressa e a incompreensão do ser humano ao volante, causa desmoronamentos de famílias, com trágicos acidentes, resultando em lesões gravíssimas e milhares de mortes, exactamente pela falta de paciência.

A vida é mais feliz para quem tem paciência. 

Jó, conhecido na Bíblia pelo seu sofrimento, perdendo os seus filhos, sustento financeiro e saúde numa mesma ocasião, foi um homem paciente e sobretudo, perseverante.

Na letra da música “Paciência”, de Lenine e Dudu Falcão, sucesso na voz de Lenine, também interpretada por outros cantores, encontramos afirmações muito verdadeiras sobre este mundo impaciente, senão vejamos, absorvendo a mensagem.

“Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não para. 

• Enquanto todo mundo espera a cura do mal, e a loucura finge que isto tudo é normal, eu finjo ter paciência. 

• E o mundo vai girando cada vez mais veloz, a gente espera do mundo e o mundo espera de nós, um pouco mais de paciência“.

Esta letra foi composta quando Lenine estava num grande congestionamento de trânsito e a inspiração lhe veio em conhecimento da paz e não da revolta pelo trânsito, que não é violento; quem é violento são os condutores indisciplinados e irresponsáveis que fazem dos seus veículos armas perigosas.

Lenine adverte no final da sua poesia: 

• “Será que é tempo que lhe falta para perceber? Será que temos este tempo para perder? E quem quer saber? A vida é tão rara, tão rara”.

Leio no momento, e sugiro o livro “O Poder da Paciência”, de M. J Ryan, uma orientação para diminuir a pressa, ter mais felicidade, sucesso e paz no seu dia a dia. 

É uma publicação que contribui para o leitor diminuir o ritmo, relaxar e encarar a rotina de uma forma mais tranquila, mostrando que a paciência, uma das virtudes mais ignoradas nos dias de hoje, ajuda a aproveitar talentos, administrar a raiva e usufruir o prazer de cada momento.

O autor estimula a reflexão sobre actos, hábitos, sentimentos e ensina que a impaciência envenena a alma, tornando as pessoas grosseiras e mal humoradas, mostrando que a paciência pode ser hábito, cultivada e exercitada. 

Diz ele que a fúria no trânsito, violência de todos os tipos, explosões de raiva no trabalho, discussões familiares, geram doenças outras, em parte, pela falta de paciência.

Na verdade, parece que quanto mais depressa tudo anda, mais impaciente ficamos. 

Sem paciência, não podemos aprender as lições que a vida nos ensina e não conseguimos amadurecer. 

Conclama que o mundo nunca precisou tanto de paciência como agora, e nunca o estoque esteve tão baixo.

Deixo neste fim de artigo minha mensagem pessoal a cada Maçon, que nos distingue com as leituras, sugestões e comentários. 

Eu que também sou às vezes impaciente, mas aprendendo na escola da paciência que, ao aceitarmos os outros como são, e a vida como ela se apresenta a cada momento, damos prova da nossa força e da nossa paz interior. 

É fácil ser tolerante quando tudo está bem. 

Mas ao demonstrar impaciência quando as coisas não são do jeito que queremos, revelamos a nossa condição autoritária. 

Que todos nós paremos para reflectir quando conseguimos acalmar uma situação que poderia ser explosiva na nossa loja maçónica, orientes estaduais e geral.

Este é o verdadeiro sentido do ser humano integrante e praticante dos nossos preceitos maçónicos, na revelação da nossa melhor dimensão como pessoas.

No livro “O Poder da Paciência”, encontro que ela: “É uma virtude tão valiosa, que todas as religiões nos oferecem exemplos a seguir. 

Os seguidores do Buda aprendem que a prática da paciência é uma das maneiras de alcançar a sabedoria. 

No Antigo Testamento, Jó é a personificação da paciência e no Novo, somos inspirados pela vida e pelo sacrifício de Jesus Cristo”. 

Na maçonaria, o fundamento sagrado é o da Fraternidade, ideia que mostra o homem, na vida em sociedade, estabelecendo, com os seus semelhantes, uma relação de igualdade, pois, na essência, não há nada que hierarquicamente os diferencie. 

São como irmãos, ou seja, fraternos.

..."A impaciência é um hábito, a paciência, também"...


Barbosa Nunes – Ex-Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil 

AS SEIS GRANDES LOJAS DA INGLATERRA - Alfério Di Giaimo Neto


Nos séculos XVIII e inicio do século XIX ocorreu na Inglaterra uma formação simultânea de “Grandes Lojas”, começando pela primeira em todo o mundo, que foi a Grande Loja de Londres e Westminster, em 1717. Posteriormente, algo semelhante ocorreria, também, nos demais países.

Baseando-me em livros de origem inglesa, inclusive um pequeno livro (The History of English Freemasonry),  editado pela Grande Loja Unida da Inglaterra, vou expor abaixo um resumo das seis Grandes Lojas que apareceram na Inglaterra naquela época.

A primeira delas foi a “Grande Loja de Londres e Westminster”, de 1717, a mãe de todas as Grandes Lojas do mundo, que permaneceu ativa ao longo dos anos, transformando-se, em 1813, na Grande Loja Unida da Inglaterra (GLUI).

A segunda delas, apareceu em 1725: a antiga Loja da cidade de York, norte da Inglaterra, transformou-se na “Grande Loja de Toda a Inglaterra”. Entretanto, sua influencia se restringia nas províncias de York, Cheshire, e Lancashire. Ela existiu por algumas décadas, elegendo seus próprios Grãos Mestres, erigindo também suas próprias oficinas de Royal Arch e Cavaleiros Templários.

Dessa Grande Loja apareceu uma outra em 1779, que será a 4ª em nossa     seqüência.. 

A terceira Grande Loja foi a “Grande Loja dos Antigos” em 1751, a qual, juntando-se, em 1813, com a primeira mencionada acima, também conhecida como a dos “Modernos”, formou a “Grande Loja Unida da Inglaterra” (GLUI).

A quarta foi formada em 1779.  Com a responsabilidade e autoridade da Grande Loja de Toda Inglaterra foi formada a “Grande Loja do Sul do Rio Trent”, constituída de antigas Lojas que estavam em desacordo com as diretrizes da primeira Grande Loja.

Em 1788, ajuntou-se com a terceira das Grandes Lojas, a “Grande Loja dos Antigos” e parou de existir.

A quinta delas, e é a que existe hoje, foi formada em 1813. A primeira Grande Loja juntou-se com a “Grande Loja dos Antigos” para dar ao mundo maçônico a “Grande Loja Unida dos Antigos Maçons, Livres e Aceitos da Inglaterra”, conhecida por todos hoje em dia como a “Grande Loja Unida da Inglaterra” (GLUI)

A sexta e ultima apareceu e sumiu da seguinte forma: após a união, descrita acima, em 1813, houve dificuldades com algumas Lojas e quatro delas, afastadas da GLUI, formaram em 1823, estabelecida em Wigan, a “Grande Loja dos Maçons Livres e Aceitos da Inglaterra de acordo com as Antigas Constituições” depois de dois anos ficou inativa até 1838. Em 1844, teve uma aceleração das atividades até 1858, e depois foi decaindo aos poucos, sendo que em 1866 foi o ano em que suas ultimas Atas foram registradas.


Fonte: Pílula maçônica 56




setembro 17, 2025

VIVENCIAS QUE TRANSFORMAM - Michael Winetzki





Em Taguatinga, DF, visitei a empresa de uma amiga de muitos anos, casada com um querido irmão, Ricardo Gomide Castanheira. Há cerca de 20 anos dei consultoria à empresa que possuíam, de móveis modulados, e que por diversas razões não ia bem. Na análise achei que era melhor fechar do que tentar recuperar e lhe disse: - você pode ensinar a outras empresas a evitar os mesmos problemas .

Foi providencial. Nestes anos  investiram em um espetacular empreendimento de coworking muito bem sucedido, e Nadia tornou-se o exemplo de superação e vitória para toda uma geração de mulheres de meia idade que acham que no primeiro tropeço a vida acabo

Atualmente administra a Instituto Anima de Desenvolvimento Humano, a Anima Coworking, e é palestrante para grandes empresas. Conta a sua vitoriosa trajetória em um livro onde outras tantas mulheres relatam as "Vivências que transformam", e por delicadeza cita o pequeno estímulo que pude dar ao seu imenso talento. Fico agradecido e orgulhoso.

GRANDE BIBLIOTECÁRIO DA GLESP - Michael Winetzki


Caríssimos irmãos.

Através de ato do Sereníssimo Grão  Mestre Jorge Anysio Haddad, na data de ontem, 16/9, fui nomeado Grande Bibliotecário da GLESP, Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo. 

Minha intenção é criar uma biblioteca viva, na tradição das melhores bibliotecas do mundo, com sala de leitura, aquisição de novos títulos, edição de livros, concursos literários, apresentação de peças musicais e de teatro, palestras e conferências, uma Câmara do Tempo nos cem anos, para ser aberta nos 150 anos da GLESP, empréstimo de livros aos irmãos e visitação pública ao Templo Nobre.

Conto com o apoio dos irmãos para a realização deste plano. Agradeço ao Sereníssimo Grão Mestre a indicação e farei o possível para corresponder a confiança em mim depositada. Michael Winetzki

ALBERT PIKE


Foi com 41 anos de idade que Albert Pike se iniciou na Maçonaria, mais precisamente em julho de 1850, na Loja Western Star nº 2, em Little Rock, Arkansas. Ele ficou fascinado pela Ordem e logo começou a participar de tudo que podia encontrar da Maçonaria.

Dois anos depois de iniciado, Pike se juntou com 16 Irmãos e fundaram a Loja Magnolia nº 60, onde ele foi Venerável de 1853 a 1854. Ele recebeu os 10 Graus do Rito de York, tornou-se ativo na Grande Loja do Arkansas, no Grande Capítulo do Real Arco da mesma cidade e, até 1853, ele nunca tinha ouvido falar do Rito Escocês, mas, em março do mesmo ano, ele viajou para Carolina do Sul e recebeu desde o Grau 4º ao 32º deste Rito.

No ano que ele ingressou no Rito Escocês, foi nomeado Inspetor Adjunto de Arkansas para aquele Rito e foi aí que ele começou a ficar intrigado e insatisfeito com a forma como os graus foram apresentados. Pike começou então a pesquisar a fundo e copiou, à mão, todos os graus maçônicos arquivados na biblioteca do Supremo Conselho, dando início à tarefa que o tornou famoso no mundo maçônico.

 Em 1855, ele foi nomeado para um comitê encarregado de preparar versões novas e melhoradas dos rituais de grau. Apesar dele ser mais novo e menos experiente que a maioria dos Irmãos ali presentes, acabou realizando o trabalho. Depois disso, ele reescreveu todos os graus.

Pike foi eleito e instalado, seis anos depois de entrar para o Rito Escocês, como Grande Comendador do Supremo Conselho para a Jurisdição do Sul, no início de 1859 e ocupou este cargo até a data de sua morte, em 1891.

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Fonte: CURIOSIDADES DA MAÇONARIA

https://famososmacons.blogspot.com/

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setembro 16, 2025

TODAS AS GRANDES COISAS SAO SIMPLES - Winston Churchill

 


Não adianta dizer: "Estamos fazendo o melhor que podemos". Temos que conseguir o que quer que seja necessário. A vida dá lições que só se dão uma vez. 

Vivemos com o que recebemos, mas, marcamos a vida com o que damos. A sorte não existe. Aquilo a que chamas sorte é o cuidado com os pormenores. 

Eu não me preocupo com a atividade, mas sim com a inatividade. A coragem é a primeira das qualidades humanas, porque é a qualidade que garante as demais. 

Nunca se renda, exceto às convicções de honra e bom senso. Um homem com convicção pode superar uma centena que tem apenas opiniões. 

Melhor lutar por algo do que viver para nada. Um otimista vê uma oportunidade em cada calamidade. Um pessimista vê uma calamidade em cada oportunidade. 

Todas as grandes coisas são simples. E muitas podem ser expressas numa só palavra: liberdade; justiça; honra; dever; piedade; esperança. 

O preço da grandeza é a responsabilidade. Deixemos que as nossas preocupações antecipadas se transformem em pensamento e planeamento antecipados. 


*Winston Leonard Spencer-Churchill (Woodstock, 30 de novembro de 1874 – Londres, 24 de janeiro de 1965)*

DECIDIR EM LOJA - Rui Bandeira



O processo de tomada de decisão em Loja não tem necessariamente os mesmos trâmites e parâmetros da vida de relação em sociedade.

Claro que, quando a decisão a tomar se prende com uma eleição, as regras são as mesmas de uma sociedade democrática: um homem, um voto, voto secreto e é eleito quem tem mais votos. 

Mas, por exemplo, a admissão de um novo membro, também objeto de uma votação por voto secreto, não está sujeita à regra da maioria, antes de uma tendencial unanimidade. 

E digo tendencial, porque, em algumas Lojas, a existência de um ou dois votos contrários deve ser justificada, para se atribuir validade impeditiva da admissão do elemento sob escrutínio.

Mas a grande maioria das decisões não se toma por voto secreto, antes na sequência de debates abertos, em que cada um manifesta livremente a sua opinião. 

Procura-se, se possível, atingir um consenso. 

Mas, se não for possível, não é propriamente uma decisão por maioria que indica o caminho a tomar. 

Isto causará porventura perplexidade, nos dias de hoje, habituados como estamos a que a maioria decida e ponto final.

No entanto, o fato de uma maioria se inclinar para uma determinada opção não quer dizer necessariamente que essa posição é a correta. 

Nada nos assegura que não ocorre simplesmente uma situação em que se formou uma maioria de errados!!! 

Uma coisa é a maioria, a legitimidade conferida pela maioria, outra é o acerto. 

Na sociedade, confiamos, em regra, que a maioria erre menos vezes que a minoria. 

Mas, ao menos, quando o erro acontece, aceitamos as consequências desse erro, procurando consolar-nos com o pensamento de que, se se errou, ao menos foi a maioria que errou. 

Esquecemo-nos, ou fazemos por esquecer, que a tomada de decisão por maioria é vulnerável à demagogia, à ignorância, ao facilitismo.

Não querem estas palavras dizer que a Maçonaria recusa ou não defende os princípios democráticos. 

O passado da Maçonaria é bem demonstrativo de que esta preserva e luta por eles. 

Simplesmente, como um dia disse Winston Churchill, “a Democracia é o pior de todos os sistemas… excepto todos os outros!!!”. 

A Democracia não é perfeita mas, para uma sociedade ou grandes grupos, não há melhor sistema de decisão.

A Maçonaria, porém, funciona normalmente em grupos de dimensão reduzida ou média, em que todos os elementos se conhecem uns aos outros. 

Consegue assim manter uma dimensão personalizada de contactos entre os seus membros, que permite combinar as regras democráticas com regras tradicionais, que eu me atrevo a classificar de regras de bom-senso. 

É através desta amálgama que se procura chegar às melhores decisões possíveis, sem deixar de ter consciência de que é completamente impossível excluir de todo a possibilidade de erro.

Para melhor se compreender como funciona o processo decisório em Maçonaria, deve ter-se presente que a Maçonaria Especulativa tem as suas raízes na Maçonaria Operativa dos construtores em pedra e respectivas Lojas de regulação do exercício da profissão. 

E que a Maçonaria procura preservar, tanto quanto possível, a tradição que cada um recebeu dos seus antecessores.

Na Maçonaria Operativa, a Loja não era um espaço democrático. 

A Loja era dirigida pelo Mestre, que dirigia o trabalho, admitia e dirigia a aprendizagem dos Aprendizes e supervisionava o trabalho dos oficiais construtores (Companheiros). 

Em Loja, executava-se o que o Mestre dizia. Ponto final.

Este elemento de autoridade benigna, obviamente temperado pelas regras da democracia, permanece importante no processo de decisão em Loja.

Como se articulam então estes dois elementos aparentemente contraditórios? 

Conferindo-se legitimidade democrática a quem dirige a Loja!

Temos então que o processo de decisão em Loja resulta de se conferir poder autocrático a quem se elege democraticamente para tal, por um período determinado.

Traduzindo: o Venerável Mestre é democraticamente eleito, por voto secreto, para cumprir um mandato de duração determinada. 

Durante esse período, a Loja e todos os seus elementos delegam o direito de decidir sobre quaisquer assuntos que respeitem à Loja no Venerável Mestre em funções.

Daqui resulta que o objectivo de um debate em Loja não é vencer a discussão ou arregimentar maioria. 

O objetivo que cada um prossegue num debate em Loja é contribuir com a sua informação, com a sua análise, com a sua opinião, para fornecer o máximo de elementos relevantes possível para permitir ao Venerável Mestre tomar a melhor decisão possível, decisão esta que é assumida como a decisão da Loja.

Assim, cada debate consiste em uma intervenção, no máximo duas, por cada Mestre que deseje intervir sobre o assunto. 

Cada um deve procurar dar a sua opinião tão fundamentadamente quanto possível. 

No final, um oficial da Loja, o Orador, extrai as conclusões do debate, isto é, resume as posições expostas, os argumentos apresentados, podendo ou não opinar sobre se existiu consenso ou sobre a decisão que aconselha seja tomada. 

Finalmente, o Venerável Mestre decide e a sua decisão vincula a Loja.

Nenhum maçom é obrigado a executar a decisão, mas nenhum maçon a pode violar. Isto é, pode omitir o seu cumprimento (primado da liberdade individual), mas não pode ir CONTRA o decidido.

Com este método de decisão, procura-se limitar o erro com apelo ao bom-senso, sem esquecer a democracia.

Esta, está presente na escolha democrática daquele a quem é delegado o poder de decidir. 

Aquele decorre de o Venerável Mestre ouvir antes de decidir, ser aconselhado sobre a decisão a tomar antes de o fazer e, finalmente, saber que, se pode exigir que ninguém a desrespeite, só a valia e o acerto desta lhe garantem a execução dela (porque voluntária).

De tudo isto resulta, obviamente, por um lado que a margem de decisão do Venerável Mestre é mais reduzida do que aparenta. 

Não vale a pena o Venerável Mestre decidir branco se a generalidade dos obreiros opinou preto: ninguém executará o que não concorda. 

Havendo divisão de opiniões, ou é possível retirar das posições expostas o denominador comum exequível e então deverá ser esse o caminho por que se opta (pois é aquele que mais elementos executarão, senão total, ao menos parcialmente), ou não é, e então o Venerável Mestre optará segundo o seu prudente arbítrio. 

E considera-se que é a melhor forma, porque não há vencedores nem vencidos. 

Há a decisão tomada, o melhor possível, por alguém a quem se confiou a missão de tomar decisões, sempre que necessário. 

E, por essa legitimidade, será executada, porventura até por aqueles que dela discordem…

Não será um método de decisão perfeito. 

Mas seguramente procura evitar o erro e promover a harmonia e não nos temos dado mal com ele…




setembro 15, 2025

A SEMÂNTICA DA "FÉ" NA LÍNGUA PORTUGUESA* - Newton Agrella



Observe como pulsa de maneira tão intensa a vida das palavras.

Senão vejamos, como exemplo legítimo disto a palavra FÉ.

Antes de qualquer coisa, cabe registrar que este substantivo abstrato, não precisa estar necessariamente vinculado a uma religião.

O referido vocábulo tem sua raíz etimológica a partir de "FIDES" em Latim, que quer dizer "confiança" (cum fides).

Em outros contextos FÉ possui os significado de crença, promessa, juramento, sempre de acordo com as circunstâncias temáticas.

É inegável que esta palavra tão curta na nossa língua portuguesa, composta de duas letras, dois fonemas e uma única sílaba detém um expressivo significado na vida de cada pessoa.

O vínculo divinal que ela produz é tão intenso que na sua essência anímica e espiritual ela é traduzida como uma "crença inabalável", que denota uma relação que não exige provas concretas, materiais ou documentais entre o Homem e Deus.

A FÉ estabelece um vínculo irrefutável, dogmático e incontestável.

Trata-se do conceito de "verdade absoluta", interpretada e obedecida sob ritos e formas que cada religião apregoa.

Contudo, se por um lado a FÉ se revela sob a luz de um Princípio Criador e Incriado do Universo, fazendo com que o Ser Humano a cultive e faça dela um porto seguro e um amortecedor para o alívio de todas as suas dores e sofrimentos, por outro lado, ela de algum modo, tem o poder de constranger a muitos, a liberdade de buscar no legítimo exercício do pensamento, da especulação e do raciocínio a busca do conhecimento sob a égide filosófica ontológica e antropocêntrica, como é o caso da Maçonaria.

Parece claro que os caminhos para a evolução humana permitem que sejam percorridos através de duas paralelas que congregam identidades distintas:

Pela FÉ, como instrumento religioso de caráter divinal.

e

Pela RAZÃO, como ferramenta para o aprimoramento da consciência.

Ser livre significa ter a primazia de poder acreditar no transcendental que a alma oferece, bem como na própria condição hominal que o cérebro nos faculta