outubro 05, 2025

VERBO, PRINCÍPIO... - Adilson Zotovici


Prescrito ao irmão aprendiz

Desse Rito Antigo e Aceito

De nome Escocês sujeito

Ao francês, qual digo a matriz


Do Evangelho insuspeito

“João Um” sua diretriz

De “ um a cinco ” que bendiz

Das trevas à Luz que o preito


Qual precedeu Salmo que diz

Da união fraterna, o preceito

Por David, ternas odes, sutis


Ao Aprendiz quão perfeito

Vez que em ambos a raiz

Se ao “Verbo e Princípio” afeito !!





AUDE SAPERE" -EXPRESSÃO LATINA - Newton Agrella


Esta inquietante expressão filosófica, originalmente atribuída ao poeta romano HORÁCIO, pode ser traduzida para o Português como: "Ouse saber" ou "Atreva-se a conhecer".

Cabe no entanto, registrar que esta expressão ganhou maior notoriedade e tornou-se mais popular, através do célebre  filósofo alemão Immanuel Kant, como uma espécie de lema do Iluminismo.

E é exatamente neste período da história da nossa civilização e da cultura humanística, que a Maçonaria, passou a ganhar um caráter eminentemente Filosófico Especulativo.

A frase AUDE SAPERE constitui-se num convite à autonomia intelectual, incentivando as pessoas a usarem sua própria razão e a pensarem por si mesmas, libertando-se do jugo da ignorância e dos preconceitos. 

A expressão pode ser legítimamente interpretada como um chamado à coragem para questionar, buscar conhecimento e desenvolver o pensamento crítico. 

Ou seja, tudo aquilo que a Maçonaria propõe, através do contínuo exercício especulativo com o objetivo de

questionar e buscar a Verdade, leia-se o  Conhecimento - e a privilegiar a autonomia intelectual, como fonte para o aprimoramento da consciência.

A locução verbal AUDE SAPERE aparece na segunda carta do Livro I das Epístolas de Horácio (por volta de 20 a.C.), onde ele incentiva e estimula o leitor a iniciar um processo de autoconhecimento e a enfrentar e buscar a superação diante das dificuldades que a vida impõe.

Encerrando profundo significado, a expressão estimula o homem a se desvencilhar da dependência de ideias e  dogmas estabelecidos, incitando-o a trabalhar na sua própria capacidade de raciocínio. 

Ainda que revestida de reconhecidas e justificáveis influências históricas, lendárias e espirituais, bem como dotada de uma relevante dose de esoterismo e de uma instigante aura de segredos e de augustos mistérios, a Maçonaria é, e sempre será uma instituição "iniciática" de inequívoco caráter filosófico, que a tornam perene e diferenciada de toda e qualquer outra instituição.



outubro 04, 2025

DIA DE S. FRANCISCO DE ASSIS - Adilson Zotovici


Homem comum em verdade

Que infringia do PAI sua Lei

Giovanni, de Assis a cidade

Que por sua Fé torna Frei


Por religiosidade bem sei

Renunciou a toda riqueza

Como o conforto dum rei

Na sua humildade a nobreza


Fez seus votos de pobreza

Serviu seus iguais com mestria

Protegeu animais, natureza,

Com amor, com alegria


Missionário de grande valia

Que lá dos céus oriundo

Relicário de sabedoria

Que do seu ser tão fecundo


Disse “Dante” em tom profundo

Assertivo a ele, sem sofismo,

“Luz que brilhou sobre o mundo”

Referência do Cristianismo


Seráfico, no catolicismo,

Francisco de Assis, o Frade

Do SENHOR, por altruísmo,

Recebeu sua Santidade!



_“ Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado..._

_Resignação para aceitar o que não pode ser mudado..._

_E sabedoria para distinguir uma coisa da outra !”._

( do Estoico)  *São Francisco de Assis*

OS BONS COSTUMES NA MAÇONARIA



Ao pensarmos em Maçonaria, o que vem à nossa mente, quase de imediato, é a figura do Maçom. Esta imagem é projetada na nossa sociedade atual, pela postura dos nossos antecessores, que consolidaram o seu caráter, hábitos e costumes irrepreensíveis junto as mais diversas questões políticas e sociais das quais fizeram parte.

Neste sentido, o nosso objetivo é o de reforçar o quanto os bons costumes que são indissociáveis da Maçonaria, pois, através deles, o Maçom consolida-se como paradigma da sociedade a que pertence.

Assim, é importante destacar que entendemos costume como o hábito ou a prática reiterada associada à moralidade, geralmente observada pela sociedade, ou seja, procedimentos ou comportamentos que são prescritos do ponto de vista moral. São atitudes ou valores sociais consagrados pela tradição. “Costume é a regra aceita como obrigatória pela tradição ou consequência do povo, sem que o poder público a tenha estabelecido”.

Vale a pena lembrar que, a retidão, a honestidade, a lealdade, o respeito, a tolerância e a justiça são imprescindíveis ao Maçom, uma vez que é visto como paradigma da sociedade, significando que ele é possuidor de bons costumes e reputação ilibada.

Na Maçonaria, os bons costumes são entendidos como valores morais indispensáveis ao Maçom, os quais representam o somatório das suas ações e comportamentos do passado e do presente.

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Nesta esteira, a Maçonaria pode ser entendida como um centro de união fraternal, onde a retidão, a responsabilidade, a honestidade, a bondade, a tolerância, a justiça, a busca pela verdade e pelo aperfeiçoamento devem ser permanentes. Além disto, defende e propaga o respeito e a prática da ética e da moral.

Os bons costumes referem-se, portanto, como foi dito acima, tanto ao passado quanto ao presente, isto é, correspondem ao somatório dos dois. Quando a conduta, o comportamento, a postura e as atitudes positivas são reconhecidas pelos que estão mais próximos ou pela sociedade em geral, podemos dizer que se trata de alguém de bons costumes e, consequentemente, de reputação ilibada.

Desta forma, podemos dizer que o objecto principal deste trabalho é despertar no Maçom o interesse pelo verdadeiro significado daquilo que nós chamamos de “Bons Costumes”. Entretanto, há aqueles que acreditam que “os bons costumes” se referem tão somente ao estado atual de uma pessoa, o que não corresponde à verdade, esse entendimento é equivocado, uma vez que, os “bons costumes” podem ser compreendidos como a prática reiterada de boas ações, abrangendo passado e presente.

A Maçonaria é uma sociedade que, acertadamente, só admite no seu quadro, homens retos, de bons costumes e possuidores de comportamento ético, moral e humanístico compatíveis com a sua finalidade, isto é, que vise alcançar o ápice do aperfeiçoamento humano, razão pela qual, para ingressar nos seus quadros exige-se o preenchimento de requisitos que contemplem a retidão do seu pretendente.

Deve ser ressaltado que, a Constituição do Grande Oriente do Brasil, logo no seu artigo 1º corrobora o objetivo deste trabalho, dando balizamento para várias situações. Diz o dispositivo legal que, a Maçonaria é uma instituição essencialmente iniciática, filosófica, filantrópica, progressista e evolucionista, proclamando a prevalência do espírito sobre a matéria. Além disto, estabelece que os seus fins supremos são a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, pugnando pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade. Assim, acreditamos que, a possibilidade de alcançarmos o aperfeiçoamento humano deve ser precedido pelos bons costumes.

Desta forma, a Maçonaria, através da observância dos seus princípios e valores, acima enumerados, aliado à prática da beneficência e do cumprimento inflexível dos deveres e responsabilidades, quer parecer-nos que, por si só, poderia justificar a repulsa que os maçons devem sentir em face da corrupção, ao mesmo tempo em que defende e propaga o respeito e a prática da ética, da moral e dos bons costumes.

Por outro lado, quer parecer-nos ainda que, a Maçonaria deseja, em primeiro lugar, proporcionar o encontro do Homem Maçom consigo mesmo, transformando-o no seu próprio paradigma. Assim sendo, faz-se necessário que, o Maçom esteja sempre atento à aprendizagem e à prática correta dos princípios maçónicos, ao mesmo tempo em que procura evitar que um Irmão desavisado seja levado a praticar o que chamamos de “Heresia Maçónica”, desviando-se do verdadeiro objetivo da Ordem, que é a busca pela evolução maçónica.

O Maçom ao ser iniciado ingressa num “sistema”, no qual se exige que os seus membros devem, necessariamente, percorrer o que podemos chamar de “Via Mística”, com vista a conduzi-lo a um determinado lugar, geralmente, oculto para os não iniciados, mas podendo ser visível ao verdadeiro Maçom.

Este entendimento, leva-nos a acreditar que a Maçonaria é um sistema de conhecimento extremamente importante e eficiente, uma vez que tem como meta principal o aperfeiçoamento do homem no Mundo Espiritual, mas ao mesmo tempo não abandona e nem ignora o Mundo Material. A justificativa talvez seja que a saúde material se faz necessária, sobretudo quando da prática da filantropia ou beneficência, uma das ações básicas da Ordem.

Como já foi dito anteriormente, a filantropia é, também, dentre tantas, uma das finalidades da Maçonaria. A sua terminologia pode ser traduzida como a “Mão da Maçonaria” estendida aos necessitados, Irmãos ou não, mas “dando com a mão direita sem que a esquerda saiba”. Todavia, modernamente, a solidariedade deve, a nosso ver e com razão, sobrepor-se à filantropia, uma vez que esta, simplesmente, “dá o peixe”, ao passo que aquela, “ensina a pescá-lo”, ou seja, numa delas a fome é saciada por um dia, já na outra, a fome pode ser afastada não por um dia apenas, mas para sempre.

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Vale a pena lembrar que, o progresso que a Maçonaria admite como essencial, pode ser definido como melhoramento da humanidade, calcado no aperfeiçoamento ético, moral, intelectual e social dos seus membros. Além do mais, ela tem como alguns dos seus símbolos o Cinzel e o Malho que, juntos, servem de instrumentos para desbastar a Pedra Bruta que somos e, ao mesmo tempo, construir o nosso Edifício Moral ou Espiritual. Esta é a verdadeira evolução humana, mesmo porque o Maçom deve, necessariamente, buscar a perfeição humana, até se tornar um Mestre de facto, não se deixando confundir com um profano de avental.

É bem possível que, para muitas pessoas, ser livre significa não ter limites. Contudo, para o Maçom, a liberdade deve consistir numa via de mão dupla, ou seja, a liberdade exigirá sempre uma correlata responsabilidade. Isto porque a liberdade não exclui a disciplina, nem pode sobrepor-se à liberdade de outrem.

Assim sendo, “ser livre e de bons costumes”, tem um significado extremamente importante para a Maçonaria, uma vez que se presume que todo homem que preencha tais requisitos estaria, em princípio, em condições de ser iniciado na Arte Real e poderia, até mesmo, transformar-se num bom Maçom, observador atento das tradições da Ordem. Entretanto, para melhor compreender a frase acima, faz-se necessário entender que ela seja interpretada à luz da ética e da moral.

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A terminologia “Livre” expressa o momento presente e diz respeito ao cidadão em pleno gozo dos seus direitos civis, os quais guardam limites ao direito alheio. Já a expressão “Bons Costumes”, refere-se não só ao presente, mas também ao passado, por tratar-se de um somatório de condutas, alcançando até os dias de hoje, ou seja, comportamentos e atitudes positivas reconhecidas pelos que estão próximos e pela sociedade em geral.

Neste sentido, anda bem a nossa Ordem ao exigir que, para se iniciar nos seus mistérios,  deve ser levado em conta o presente e o passado do candidato, de tal maneira que, seja visto e analisado como um todo indivisível. Só assim, será ele considerado apto ou não, isto é, livre e de bons costumes para receber permissão de ingresso na Ordem.

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Na verdade, homens de bons costumes são aqueles que têm valor social reconhecido ou consagrado, que se orientam pelas coisas justas, pela ética, pela moral, pela honestidade, pelas ideias mais elevadas, pela disciplina e pelo respeito. Eles não participam de grupos que sejam desprovidos de moral ou honestidade, além do mais, devem desfrutar de boa reputação e ter conduta irrepreensível em todos os seus aspectos.

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Portanto, podemos dizer que, o homem livre é aquele isento de preconceitos, de maledicências, ou seja, deve, necessariamente, ter a consciência livre e que não tome o mal pelo bem. Além disto, deve ser desprovido de quaisquer vícios. Isto permite-nos inferir que, a corrupção e a ausência de bons costumes afastam toda e qualquer evolução ou progresso moral do Maçom, enquanto que a observância à ética, à moral e aos bons costumes o aproxima da sua evolução e progresso, especialmente, no campo espiritual.

Finalmente, concluímos convidando a todos os maçons a buscarem atitudes compatíveis com os bons costumes, sobretudo, que sejam comprometidos com a moral, a ética e a evolução maçónica, pois, só assim conseguiremos ascender ao patamar de Mestre Maçom de fato.


Adaptado de texto escrito por Aildo Carolino https://www.freemason.pt/os-bons-costumes-na-maconaria/

EM PRIMEIRO LUGAR - Heitor Rodrigues Freire


O dom da vida é o bem mais precioso de que Deus nos dotou. Esse dom não se esgota no tempo e no espaço. Pelo contrário, é ad aeternum, para toda a eternidade, e é também a mais clara demonstração do amor que Ele tem por todas as suas criaturas.

O dom da vida não se manifesta por acaso. Ao nos conceder a vida, Ele também nos conferiu uma individualidade que nos representa por toda a eternidade.

Ao entender essa condição única, cada um de nós dentro da sua idiossincrasia deve manifestar a sua mais profunda gratidão. Somos únicos. A nossa existência se realiza por fases, em que nascemos e renascemos infinitamente.

Mas é indispensável que saibamos agir coerentemente com os ensinamentos que recebemos. O que mais importa? Sem dúvida, no meu entendimento, em primeiro lugar o essencial é buscar o reino de Deus. E onde estará esse reino misterioso e enigmático?

Há um preceito bíblico, registrado em Lucas 17:21, que diz o seguinte: 

“*Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós*”. No livro de Deuteronômio, 30, 11-14, Deus diz a Moisés que colocou seu mandamento no coração e na palavra do homem. O que de certa forma, corrobora o ensinamento acima, proferido por Jesus Cristo.

Isso significa que o reino de Deus é um estado interior de progresso moral e espiritual que se constrói a partir do próprio indivíduo, de dentro pra fora, através do aprimoramento de si mesmo e da prática dos ensinamentos de Jesus, culminando numa felicidade íntima e na manifestação de qualidades divinas como amor, justiça e caridade. 

Na visão kardecista, o reino de Deus é um estado interior, uma realidade espiritual que existe dentro de cada um de nós aguardando para ser desenvolvida e que se manifesta quando há um alinhamento com o amor. E é também a edificação da lei divina que se realiza por meio da fé – atributo intrínseco de cada ser, que não é crença, é fidelidade. A fé liberta, a crença fixa, prende. Outro atributo da fé é que ela é pessoal, individual. A fé revitaliza o ser humano e se fortalece pelo uso correto do livre-arbítrio.

Na mitologia grega há uma lenda interessante sobre este assunto: 

Conta-se que no Olimpo os deuses se reuniram sob a regência de Zeus para discutir onde esconder a sabedoria, porque se tornava cada vez mais patente que o homem logo a encontraria e seria o fim do reinado dos deuses. Urano propôs que se colocasse a sabedoria no local mais profundo da Terra, e alguns concordaram com ele. Mas logo outros argumentaram que o homem criaria uma escavadeira e chegaria até lá. Poseidon, deus dos oceanos, propôs então que se colocasse a sabedoria no ponto mais profundo do mar. Essa opção foi inicialmente aceita, mas logo rejeitada porque alguém comentou que o homem criaria um submarino e também chegaria até lá. A deusa Atena acompanhava a discussão em silêncio – ela estava sempre acompanhada por uma coruja, o símbolo da sabedoria – e propôs então que se colocasse a sabedoria num local onde o homem jamais procuraria: dentro de si mesmo, guardada em seu coração. E assim foi feito.

Daí o ensinamento esotérico consubstanciado no acróstico V.·.I.·.T.·.R.·.I.·.O.·.L.·. que significa *Visita Interiore Terrae Retificandote Invenies Ocultum Lapidem*, ou seja, visite o interior da Terra, e retificando-te, encontrarás a pedra oculta, ou seja, o reino de Deus.

O que, *mutatis mutandi*, ou em outras palavras, é a mesma coisa.


outubro 03, 2025

44 ANOS DE MAÇONARIA - Fuad Haddad




O irmao Fuad Haddad  é Secretário de Orientação Ritualística, Educação e Cultura do GOBMINAS.


Parabéns meu Estimado Irmão e Confrade Michael pelos seus 44 anos de vida Maçônica, dedicados e em prol da nossa Ordem.

 Que o Pai Celestial o abençoe e o proteja sempre, concedendo-lhe muita saúde e vida longa, para que continue sendo para todos, com sua simplicidade e humildade,  o nosso *GRANDE MESTRE* e exemplo de *MAÇOM*. 

Fraterno Abraço. Fuad Haddad.

44 ANOS DE MAÇONARIA - Lucas Couto



O irmão Lucas Couto é o Venerável Mestre da ARLS Virtual Lux in Tenebris n. 57, a Loja Virtual Primaz do Brasil 


Meu Poderoso Irmão @⁨Michael Winetzki⁩,

Parabéns pelos 44 anos de iniciação e dedicação. Vejo no irmão um testemunho pessoal de perseverança, dedicação e exemplo de maçom, diria até que um verdadeiro Mestre, um hino à grandeza da Maçonaria.

A jornada que percorreu, desde aquele modesto templo de Campo Grande até as mais altas responsabilidades e honrarias que hoje ostenta, revela um Maçom que sabe aliar humildade e grandeza, estudo e ação, fé e trabalho. 

É inspirador ver como sua trajetória honra a memória de seu padrinho, Sandoval Ribeiro Soares, e como se perpetua no convívio com tantos Irmãos, inclusive com a felicidade de contar com seu próprio filho na jornada maçônica.

Suas palestras, escritos, livros, e sobretudo o exemplo vivo de fraternidade são tesouros que enriquecem não apenas a Maçonaria, mas a vida de todos aqueles que têm a honra de chamá-lo de Irmão. E eu me sinto honrado por isso e eternamente agradecido....

Que o Grande Arquiteto do Universo continue a iluminar seus passos, concedendo-lhe saúde, sabedoria e força para prosseguir na construção da grande Biblioteca viva que idealiza, legado que certamente engrandecerá a Ordem.

Meus parabéns, Irmão Michael! Que venham muitos outros anos de luz, sabedoria e fraternidade.

44 ANOS DE MAÇONARIA - Bruno Bezerra de Macedo




Quase cinco décadas galgando prosperidade...

Michael

Instituidor do progresso

Indica-lhe o justo caminho

Concretizador de sonho

É protagonista do sucesso


Winetzki

Aconselhador dos justos

Empreende prodígios

Conhecimentos augustos

Incita bons desígnios


Tua força: Onde não há conselho os projetos saem vãos, mas, com a multidão de conselheiros, se confirmarão. (Provérbios 15:22 )


Teu legado: Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos. (Salmo 32:8)


Tua recompensa: Até isto procede do Senhor dos Exércitos, porque é maravilhoso em conselho e grande em obra. (Isaías 28:29)


Maranguape, Ceará, 03 de Outubro de 2025

ACADEMIA INTERNACIONAL DE MAÇONS IMORTAIS

Diretoria de Comunicação Social

Bruno Bezerra de Macedo

44 ANOS DE MAÇONARIA - Jorge Gonçalves

 


O irmão Jorge Antônio Vieira Gonçalves é o Venerável Mestre da ARLS Constâncio Vieira n. 3300 de Aracaju, SE.


Ao Irmão Michael Winetzki, com carinho.

Há irmãos que se confundem com a própria essência da Maçonaria, e a trajetória do inestimável Irmão Michael Winetzki é uma delas.

Parabéns pelos 44 anos de sua iniciação. Para mim, ouvir esse nome, Michael Winetzki, sempre significou conhecimento, gentileza para com os seus irmãos e generosidade.

O escritor erudito, o palestrante incansável e o estudioso da Arte Real são qualidades excepcionais, *mas é o homem gentil que mais me fascina*, o Mestre Maçom em sua essência, que transforma saber em serviço, livros em alimento e cultura em esperança.

Vou parar por aqui, pois sei que as palavras são pobres diante de sua grandeza. Desejo a você saúde, paz, harmonia, vida longa e próspera. Que o G∴A∴D∴U∴ continue a iluminar sua jornada, *pois todos nós, seus irmãos, já somos privilegiados por caminhar ao seu lado.*



ARLS FORÇA, LEALDADE E PERSEVERANÇA 319 - São Paulo



Pouco antes de entrarmos no Templo ouvi o Venerável Mestre David Antônio de Godoy dizer: há 128 cadeiras no Templo, deve dar. Não deu. Superlotou e foi necessário colocar cadeiras na Sala dos Passos Perdidos para os aprendizes.

Foi a sessão de comemoração dos 38 anos desta Loja, fundada em 30/09/87, abrilhantada com a presença de visitantes, famílias, convidados, do Past GM adjunto Silvio Corbari, do Delegado Distrital Adilson Conceição e muitos outros membros da administração da GLESP.

Alguns irmãos fundadores contaram a história da Loja, criada com a sugestão do irmão Jânio Quadros, então prefeito da Capital, aos seus oficiais da PM e da notável iniciação simultânea de 33 irmãos, sendo 29 militares e 4 civis, que deram origem à Loja.

Na segunda parte da cerimônia foram entregues os diplomas e medalhas de mérito maçônico a irmãos, tanto do quadro, quanto de outras Lojas, que se destacaram em atividades sociais e beneficentes. Um dos agraciados foi o Grande Bibliotecário Adjunto da GLESP, irmão Julio Cadamuro, meu adjunto.

Um ágape encerrou o evento.

44 ANOS DE MAÇONARIA - Michael Winetzki



No dia de hoje, 3 de outubro, completo 44 anos da minha iniciação na ARLS Estrela do Sul n. 3 em Campo Grande, MS, no acanhado templo da Rua José Antonio, foto acima, hoje tombado pela Prefeitura como imóvel histórico. Dos 14 iniciados de minha turma, ainda permanecemos quatro na maçonaria.
Atualmente a Loja desfruta de um dos mais amplos e belos templos do país.
Meu padrinho, já falecido, Sandoval Ribeiro Soares, era um dos maiores empresários do Estado, dono de uma rede de supermercados e meu patrão que se tornou meu melhor amigo. Homem digno, honrado e trabalhador que de uma barraca de feirante construiu um império e era um exemplo de cidadão.  

Percorri a senda do grau 1 ao 33 e hoje, depois de mais de quatro décadas de dedicação à Ordem, como estudioso, escritor e palestrante ainda me vejo no início da longa estrada cujo final nem consigo vislumbrar.

A maçonaria tem sido parte importante, eu digo mesmo essencial de meus 75 anos de vida e tenho profundo orgulho de poder chamar a tantas pessoas queridas, em todo o Brasil e em tantas partes do mundo, de "meu irmão", inclusive a meu próprio filho. 

Muitos dos meus irmãos gêmeos na descansam no Oriente Eterno, mas vivem em minha memória.

Visitei centenas de Lojas no Brasil e no exterior. fiz centenas, senão milhares de palestras maçônicas. escrevi muitos textos a respeito, alguns livros e também  na Internet.

O que aprendi nestes 44 anos? Qual foi o segredo revelado?

Se é que a maçonaria tem algum segredo além dos sinais de identificação, reside na extraordinária ligação que se estabelece entre seus membros que passam a se considerar uma única família, presente em todos os recantos da Terra. Uma confiança absoluta, uma fé incondicional de que seu irmão, onde quer que ele esteja, qualquer que seja a sua condição sócio-econômica, professa os mesmos valores de ética, decência e justiça.

Cada um de nós age a sua maneira para tornar o seu lar, a sua cidade, o mundo, um lugar melhor para se viver, para proteger os menos favorecidos, para valorizar as boas ações.

Será que há gente que não presta na maçonaria? É claro que sim, no Vaticano também. Mas não existe nenhuma organização no planeta com tamanha quantidade de pessoas justas, buscando em suas atitudes estar o mais próximo possível da perfeição. E também pude observar que a maçonaria acaba por expulsar de seu seio aqueles que não se enquadram em sua ética. Eles passam mas não ficam na Ordem.

Hoje pertenço aos quadros da ARLS Tríplice Aliança 341 de Mongaguá e prossigo trilhando a senda maçônica. Para meu orgulho estou presidente da Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras, um espaço de cultura e conhecimento maçônico que congrega 70 dos melhores intelectuais da Ordem no país e há poucos dias fui nomeado Grande Bibliotecário da GLESP.

Pretendo criar uma biblioteca viva, fonte de estudos e conhecimento para que, cada vez mais os irmãos possam conhecer e valorizar a Ordem.

Que o GADU os abençoe e a todos meus queridos irmãos.

outubro 02, 2025

A ENIGMÁTICA SUMERIA - Rogério de Paula


 A enigmática Suméria, suas origens e contribuições.

A região sul da Mesopotâmia, conhecida posteriormente como Suméria, foi ocupada desde o período pré-histórico pela chamada cultura de al-Ubaid (c. 6500–3800 a.C.). Esse povo desenvolveu vilarejos agrícolas, técnicas de irrigação e uma sociedade relativamente organizada, que muitos estudiosos consideram como a base cultural que deu origem aos futuros sumérios.

Embora as conexões entre al-Ubaid e os sumérios não sejam totalmente claras, há evidências de continuidade cultural, como o uso da irrigação e a construção de templos primitivos, que mais tarde evoluiriam para os zigurates.

Os sumérios (c. 4500–1900 a.C.) se destacaram na região ao desenvolverem uma das primeiras civilizações urbanas do mundo. Eles se diferenciavam etnicamente e linguisticamente dos povos vizinhos, uma vez que a língua suméria não pertence a nenhuma família linguística conhecida — é considerada um isolado linguístico. O termo “sumério” em si não era usado por eles mesmos; era um indicador geográfico no idioma acadiano, na forma šumeru, referindo-se à região sul da Mesopotâmia.

A civilização suméria foi responsável por uma série de contribuições que moldaram o desenvolvimento humano:

Escrita cuneiforme: o sistema mais antigo conhecido, inicialmente usado para contabilidade e depois para literatura, como a Epopeia de Gilgamesh.

Organização urbana: fundaram algumas das cidades mais antigas do mundo, como Uruk, Ur, Eridu, Lagash, Nippur e Kish. Uruk, em especial, é considerada a primeira grande metrópole da história, com muralhas e templos monumentais.

Religião e arquitetura: construíram os primeiros zigurates, templos em formato de torre que simbolizavam a ligação entre o céu e a terra.

Ciência e tecnologia: desenvolveram sistemas de irrigação, criaram a roda, avançaram em matemática e astronomia, e estabeleceram normas jurídicas que serviriam de base para códigos legais posteriores, como o de Hamurabi.

Os sumérios exerceram grande influência sobre os povos posteriores da Mesopotâmia, como os acadianos, babilônios e assírios, transmitindo elementos de sua religião, sua escrita e suas estruturas sociais. Mesmo após o declínio de suas cidades por volta de 1900 a.C., sua herança continuou viva por séculos na cultura mesopotâmica.


Fontes:

Kramer, S. N. History Begins at Sumer. University of Pennsylvania Press, 1981.

Jacobsen, Thorkild. The Sumerian King List. University of Chicago Press, 1939

Postgate, J. N. Early Mesopotamia: Society and Economy at the Dawn of History. Routledge, 1992.

Crawford, Harriet. Sumer and the Sumerians. Cambridge University Press, 2004.

O SAGRADO ARCO REAL DO GOB - Arlindo Batista Chapeta


O Sagrado Arco Real é reconhecido como uma ordem evolutiva e progressista ou uma das etapas mais antigas e significativas dentro da Maçonaria, complementando e aprofundando os ensinamentos dos graus simbólicos, especialmente o do Mestre Maçom. Frequentemente chamado de clímax da Maçonaria Antiga, ele proporciona aos membros um maior entendimento filosófico, espiritual e simbólico.

Sua origem remonta à Inglaterra do século XVIII, sendo registrado pela primeira vez em 1744 e formalmente integrado à Maçonaria Regular em 1813, com a fundação da Grande Loja Unida da Inglaterra. No Brasil, o Arco Real é promovido pelo Supremo Grande Capítulo do Sagrado Arco Real do Grande Oriente do Brasil, que administra e coordena os Capítulos em todo o país.

O Sagrado Arco Real é ligado e de responsabilidade direta do Grande Oriente do Brasil, assim como o Sagrado Arco Real da Inglaterra é ligado diretamente à Grande Loja Unida da Inglaterra, tendo toda a segurança ritualística e jurídica de que um Mestre Maçom do GOB completará sua formação sob a égide dos princípios maçônicos de um Capítulo Regular, ligado e subordinado ao Grande Oriente do Brasil. O Supremo Grande Capítulo dos Maçons do Sagrado Arco Real do Brasil - GOB, é o órgão máximo de direção, que emite regulamentos, Carta Constitutiva e certificados.

Por disposição estatutária tem como Primeiro Grande Principal o Soberano Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, que nomeia o Pró Primeiro Grande Principal e os Segundos e Terceiros Grandes Principais com funções executivas em nível nacional e os Grão-Mestres Estaduais e Distrital como Superintendentes em seus respectivos Estados e Distrito Federal. 

Assim como a Maçonaria Simbólica, o Arco Real tem seu berço no Reino Unido, onde é uma extensão, nem superior, nem subordinada aos graus que o precedem. O Arco Real foi introduzido no Brasil no ano de 1935 com a fundação de dois Capítulos através do Supremo Grande Capítulo da Inglaterra: o Capítulo Silver Jubilee n.º 5560 em São Paulo e o Capítulo Guanabara n.º 5557 no Rio de Janeiro. Outros Capítulos foram fundados nos anos seguintes, sempre sob a égide do Supremo Grande Capítulo Inglês e participação ativa de Irmãos do GOB.

Em 5 de fevereiro de 2003, no Rio de Janeiro, o Pró Primeiro Grande Principal do Supremo Grande Capítulo da Inglaterra, Lord Northampton, constituiu e erigiu o Supremo Grande Capítulo do Brasil sob a administração dos gestores do GOB na presença de cerca de 80 Companheiros. Ele foi assistido pelos Past Terceiros Grandes Principais David Williamson e Rev. Peter Hemingway, que atuaram como Segundo e Terceiro Grandes Principais. Dez companheiros da Inglaterra estiveram presentes e a cerimônia foi conduzida em inglês. Lord Northampton instalou o Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil da época - o Irmão Laelso Rodrigues como Primeiro Grande Principal do Supremo Grande Capítulo do Brasil.

As reuniões dos Capítulos do Sagrado Arco Real são chamadas de Convocações e geralmente são muito descontraídas e fraternas, mantendo exatamente o alto grau de dignidade, disciplina e decoro que exigimos na Maçonaria.

Ninguém parece ser capaz de explicar exatamente por que a fraternidade e a felicidade afloram com mais frequência no Sagrado Arco Real. Talvez seja motivada pela formação cultural e Maçônica dos membros do Arco Real, sempre dedicados ao aperfeiçoamento intelectual e desenvolvimento espiritual, já que o Sagrado Arco Real lida diretamente com o divino.

Outro destaque importante do Sagrado Arco Real é sua medalha que, pela história e continuação direta do Grau de Mestre Maçom, deve ser usada e incentivada a utilização nas Sessões do simbolismo na sua Loja, sempre posicionada mais próxima ao centro do peito, dando ao Irmão que a utiliza a oportunidade única de fomentar o Sagrado Arco Real aos Mestres Maçons das Lojas Gobianas para crescerem como Maçons, adquirindo novos conhecimentos e completando a Lenda do Terceiro Grau, já que é no Arco Real o único lugar que completamos a lenda.

O desenvolvimento do Sagrado Arco Real na gestão do Grão-Mestre Geral Ademir Cândido tem evoluído e crescido de forma substancial em toda Federação do Grande Oriente do Brasil, gerando grande impacto na estrutura de ensino das lojas patrocinadoras. A formação do Mestre Maçom do Grande Oriente do Brasil, teve uma grande transformação cultural, gerencial e espiritual nas lojas que resolveram apoiar e serem mantenedoras de um Capítulo do Sagrado Arco Real em suas respectivas regiões. Além do impacto positivo na oficina mantenedora do Capítulo, também essa oficina exerce liderança na formação de Companheiros de toda região, auxiliando as Lojas co-irmãs na formação dos seus membros e por sua vez, aumentando o desenvolvimento e a formação do maçom, gerando resultados positivos e diretos na sociedade local. 

Esse processo é fruto de um planejamento estratégico desta gestão Ademir Cândido, sendo que neste período inicial os Grandes Principais, Superintendentes e Grandes Oficiais, percorreram a Federação ministrando palestras, instruções e participando ativamente da operação diária dos Capítulos. Mantendo contato direto com cada Principal (presidente) dos Capítulos e seus oficiais através da lista de contatos na administração do Sagrado Arco Real, fomentando desenvolvimento cultural com instrumentos de estudos sobre a história e simbologia do Arco Real, monitorando passo a passo do Capítulo, sendo esse método na opinião dos gestores o fator determinante que tem influenciado o Arco Real ser um grande exemplo de formação em toda Federação do GOB, criando novos 40 Capítulos e exaltando mais de 1.800 irmãos, totalizando os mais de 4.400 irmãos e 130 Capítulos em toda federação. 

O Supremo Grande Capítulo do Real Arco do Grande Oriente do Brasil sob a liderança do Ademir Cândido da Silva e sua equipe de gestão, segue empenhado em sua missão de expandir a Ordem e fortalecer os princípios do Arco Real e da maçonaria antiga no âmbito do Grande Oriente do Brasil. Celebramos o crescimento e a consolidação de nossas boas práticas, enquanto planejamos novas ações para o futuro.

Com fraternidade, humildade e união espiritual, seguimos firmes em nossa jornada, honrando o legado e os mistérios do Arco Real, fortalecendo nossas lojas com estudos e princípios basilares da mais pura e antiga maçonaria, sempre com objetivo do aprimoramento humano com nossas ferramentas e simbologia. 

Arlindo Batista Chapeta é Pró-Primeiro Grande Principal do Supremo Grande Capítulo dos Maçons do Sagrado Arco Real do Brasil - GOB

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