dezembro 10, 2022

A TECNOLOGIA - Adilson Zotovici




Adilson Zotovici da Academia Maçônica de Letras de Juiz de Fora


Desde as guildas os conceitos

Dos labores a melhoria

Como aos fatores estreitos

Das ciências, filosofia


Canteiros com ritos aceitos

Que Grande Arquiteto o Guia

Da astronomia os proveitos

Da Cabala,  numerologia


Da música tem os efeitos

Na aritmética, geometria...

Aos seus princípios, preceitos


_À infinda maçonaria_

Que no progressismo seus feitos

_Bem-vinda a tecnologia_ !



FUTEBOL E MAÇONARIA




Em 26 de outubro de 1863 se estabeleceram por escrito as regras do futebol, ao se constituir a Federação Inglesa de Futebol em reunião realizada na Taberna dos Franco maçons Queen Elizabeth n. 11 em Londres, local de reunião de Lojas Maçônicas.

Naquele encontro surgiram sérias divergências entre os participantes. Uma ala, encabeçada pelos representantes da cidade de Rugby, era partidária de permitir o uso das mãos na prática do jogo, porém um grupo da cidade de Harrow se inclinava por permitir exclusivamente o uso dos pés e da cabeça.

Os delegados favoráveis a permitir o uso das mãos se retiraram da reunião e estabeleceram as bases do esporte a que chamaram de Rugby.

Entre as deliberações tomadas naquela ocasião, na reunião da Freemason's Tavern, se decidiu que seria um esporte jogado entre conjuntos de 11 jogadores de cada lado, com quatro árbitros para que as normas sejam cumpridas. O terreno do jogo seria retangular, com grama natural, com um arco de cada lado do campo. O objetivo do jogo seria o deslocamento de uma pelota com qualquer parte do corpo que não sejam mãos e braços, mas principalmente com os pés, para tentar introduzir a bola no arco adversário. Essa ação seria denominada GOL. A equipe que lograsse obter mais gols em uma partida de 90 minutos seria a vencedora.

Entre os principais promotores deste novo esporte se encontravam maçons que escolheram para a reunião a Taberna dos Franco maçons.

O futebol adotou os princípios maçônicos e o espírito de igualdade e fraternidade sem distinção de raça, nacionalidade, ideologia, gênero ou religião, como estamos observando nesta Copa do Mundo.


dezembro 09, 2022

A EMOÇÃO E SUA CONSISTÊNCIA - Newton Agrella




A busca pela origem das palavras é uma das formas mais legítimas para entendermos porque elas norteiam o nosso universo, caminham junto conosco ao longo da vida e servem como instrumento para exprimirmos os nossos sentimentos e especialmente as nossas emoções.

Pegando uma carona nessa breve jornada, cabe uma consideração a respeito da palavra "emoção". 

Afinal de contas, ela é o combustível que faz a vida girar, é o ingrediente que dá gosto às nossas experiências. 

Positivas ou Negativas.

O substantivo Emoção, advém do verbo EMOVERE, que em Latim significa, literalmente :

"mover de dentro para fora, exteriorizar, extravasar."

Trata-se da maneira como expressamos e transmitimos os nossos mais importantes estados e necessidades interiores.

Do ponto de vista filosófico, a Maçonaria, ao entender que o Ser Relativo tem origem no Ser Absoluto, que é um "principio criador e incriado de todas as coisas", a que o maçom se refere como Grande Arquiteto do Universo, (Deus), a Sublime Ordem reconhece que o Ser Relativo possui origem divina e em razão disso, estabelece uma distinção entre ser humano e personalidade humana. 

A Filosofia Maçônica entende que a personalidade humana representa a Consciência que se consubstancia a partir da experiência de vida e se traduz na equação do tempo e do espaço que refletem valores e significados, determinados pelo processo especulativo e circunstâncias dessa experiência.

É também de entendimento maçônico que a consciência e o templo interior - não estando sujeitos às limitações do tempo e do espaço - seja capaz de conferir ao homem um olhar e um discernimento efetivamente universal.

Se de um lado a Emoção é uma resposta a um estímulo natural e 
cognitivo, capaz de gerar tantas experiências, uma vez aliada à Condição Investigativa e Intelectual do homem, isto acaba conferindo à Maçonaria um caráter especialmente antropocêntrico, inobstante os reconhecidos aspectos espirituais, esotéricos, lendários e até de influências religiosas herdadas de seu período Operativo, embasados por uma solene ritualística que confere-lhe uma aura de Mistérios e de Emoções, que apenas um verdadeiro Iniciado é capaz de sentir.

Ao maçom, talvez a mais árdua missão a ser executada, seja a de encontrar o equilíbrio entre Razão e a Emoção, pois é aí que reside o Discernimento, eloquente dispositivo da alma humana indicador entre o Conhecimento e a Sabedoria.



dezembro 08, 2022

EU DEVO SER CHAMADO DE MAÇOM?- Ir. Walter Celso Lima

 



Ir. Walter Celso Lima da  Loja Alvorada da Sabedoria de Florianópolis


Hoje de manhã ao preparar-me para sair de casa, lembrei-me que deveria vestir camisa branca e calça preta. Também não poderia esquecer-me da pasta onde guardo os rituais, o avental e o balandrau.

Afinal, hoje é segunda-feira, dia de sessão da nossa loja. Enquanto tomava as providências de saída, fiquei refletindo sobre as razões de cumprir tal agenda, especialmente num evento que invariavelmente participo bastante cansado, depois de um dia intenso de trabalho.

Mas, respondi para mim mesmo: devo ir, pois sou maçom e tenho que cumprir com as minhas obrigações assumidas perante os irmãos e minha consciência

Também, devo dizer: adoto a disciplina de procurar sempre cumprir com os compromissos assumidos. Afinal, sou ou não um maçom? Perguntei para mim mesmo.

Ao pensar sobre o questionamento lembrei-me do texto contido no nosso ritual de aprendiz que diz: "um maçom para ser completo, deve ser educado, ativo, estudioso, verdadeiro e firme e possuir espírito público".

Refleti sobre aqueles valores e comportamentos e conclui de relance que eu estou longe de ser um maçom. Afinal de contas, para que seja um maçom preciso ser um cidadão completo em termos de valores filosóficos e materiais.

Mas vamos por parte na análise de tal conceito: para ser maçom devo ser educado. Bem, constantemente, isto não é fácil de ser. O conceito de educado tomado no sentido do bom comportamento e de cortesia nem sempre pratico.

Não raras vezes sou explosivo com os outros, muito especialmente, quando sou contrariado. Para preencher este requisito penso que teria que ser mais tolerante, bom ouvinte e humilde.

Conclusão: não sou educado. Pelo menos como deveria ser.

Ativo: bom, ativo para algumas coisas eu sou. Mas, na idade que estou, sou mais seletivo nas escolhas. Não raramente sou ativo com aquilo que dá mais prazer.

Conclusão: não devo ser chamado de inativo completo. Porém, não sou bom exemplo neste quesito. 

Com a palavra a tela da televisão, que me tem por horas a contemplá-la.

Apesar de não assistir qualquer coisa, é bom que se diga. Para melhorar neste item, deveria assistir menos esta tela invasora de nossos lares.

Estudioso: bom, agora mesmo que a autocrítica fica mais pesada.

Quantos livros tem lido ultimamente? Nenhum começo e nenhum termino. A idade me fez diminuir a paciência com textos longos. Mas, também tenho qualidades neste tópico. Leio jornais e revistas. Isto também é uma forma de estudo. Mas é pouco, devo reconhecer.

Verdadeiro e firme: eita valores difíceis de serem praticados. Verdadeiro significa ser sincero, agir com ética, compromissado com a verdade. Do mesmo modo, firme não é fácil de ser, ao menos constantemente.

Não raras vezes prefiro vergar a coluna a afrontar opiniões ou comportamentos contrários, mesmo sabendo serem eles errados, com a explicação de "pagar para não se incomodar".

Possuir espírito público: neste quarto quesito a minha consciência diz que sempre mereci mais consideração do que tive do ponto de vista do reconhecimento de terceiros. Aqui o espelho da consciência me diz que, se não andei sempre nos trilhos, o trem da corrupção e das facilidades não me atropelou.

Feitas estas considerações, vem o questionamento das razões de eu estar aqui. Me autoqualificar de maçom.

Mudar a assinatura para incorporar os três pontinhos. Chamar os iguais de irmãos. Praticar rituais com os quais não estava acostumado. Usar trajes que no início me pareceram estranhos. Usar terminologias e gestos estranhos ao meu vocabulário habitual e outras ritualísticas.

O espelho mirado nesta manhã, simbolizado pela minha consciência, me disse algumas coisas interessantes, que gostaria de enumerá-las.

1 - Estou longe de ser um maçom. Sou apenas um aprendiz e talvez algum dia um candidato a ser.

2 - Se algum dia alcançar a condição de maçom tem de ser muito melhor do que sou hoje e se quiser alcançar o objetivo, não será possível sem esforço pessoal e isto ninguém fará por mim.

3  Preciso ser mais educado no trato com os irmãos (de todas as lojas e orientes), mais ativo, mais estudioso, mais verdadeiro e firme, pensar mais no interesse público e ser menos egoísta.

Refletindo sobre tudo isso e observando o comportamento alheio, diga-se de passagem, fazer isso parece que dá mais prazer. Mesmo porque fica mais fácil para justificar as nossas carências e falhas.

Com um fio de prazer concluo que não sou tão desigual. Na minha ótica, não estou sozinho neste mar de imperfeições. Volto a pensar melhor e concluo que isso não justifica, afinal, carências alheias não suprem as minhas.

Assim, não tem jeito. Tenho que cuidar mais de mim. Assumir compromissos de melhora e fazer a própria reforma íntima. Caso contrário, é bem provável que até a condição de aprendiz
 um dia venha perder, pois a caravana anda e tenho de estar sempre nela, polindo a pedra.

E você, meu irmão, já olhou no espelho hoje para ver e ouvir a voz da sua consciência?

dezembro 07, 2022

O PRATO DA MAÇONARIA - Adilson Zotovici

 



Adilson Zotovici da Academia Maçônica de Letras de Juiz de Fora


Quão agradável seria

O maior envolvimento

Do obreiro em detrimento

Que a “Iniciação” premia


Onde a cultura o alimento

_Não só em festim euforia_

Fartura em filosofia

Enfim, progresso o intento


Fomento, sua liturgia

A cantaria o provento

Por leitura, melodia


Onde o principal evento

“A Oficina” do dia a dia

_E o prato... o conhecimento_ !



dezembro 06, 2022

QUEM FOI HIRAM ABIFF - Hélio Moreira (Fonte GOB)



A maçonaria é uma entidade filosófica, com grande envolvimento com a cultura e que se comunica com os seus membros, preferencialmente por intermédio de símbolos.

Não se sabe ao certo qual é a sua origem; muitos historiadores querem localizá-la há milhares de anos, nos tempos pré-bíblicos, existindo muitas informações e também lendas a este respeito, algumas dignas de fé, outras nem tanto.

É importante frisar que toda e qualquer discussão a respeito da Ordem Maçônica sempre envolverá aspectos atinentes ao rico e complexo simbolismo das suas movimentações, normalmente hermético para o não iniciado na Instituição, o que leva a especulações.

O nome Hiram Abiff é um destes nossos símbolos, cujos feitos tornaram-se uma lenda (transmissão de eventos históricos por via oral), como está registrado na Bíblia Sagrada , ou seja, sua ligação com a construção do Templo de Salomão e a sua morte em condições trágicas.

Tentarei esmiuçar estes relatos; neste texto, pela limitação do espaço que é gentilmente concedido pela direção do jornal DM,  irei me ater, somente,  à figura do homem Hiram e na próxima semana tecerei considerações a respeito dos seus feitos, principalmente a sua participação na construção do Templo de Salomão e a causa da tragédia da sua morte.

Antes de tudo preciso deixar bem claro que os leitores iniciados na Ordem Maçônica, tangidos pelo coração, sabem quem foi e o que representa a legenda Hiram. A busca da sua identidade material, que timidamente nos propomos a fazer, transcende este impacto inicial e leva-nos à procura de fatos históricos reportados no velho Testamento.

Inicialmente vamos verificar o que a Bíblia diz a respeito deste personagem, conforme é do conhecimento de todos os maçons, acrescentando o relato feito pelo Pastor da Igreja Anglicana da Inglaterra, J.S.M. Ward,  no seu livro “Who was Hiram Abiff? – Quem foi Hiram Abiff?”  publicado em 1925 em Londres e posteriormente reeditado pela London Lewis Masonic em 1986, que baseou suas pesquisas na Palestina, quando comparou os relatos bíblicos com  relatos profanos e, principalmente, estudou as raças que habitavam a Síria e a Asia Menor na época da construção do Templo de Salomão.

Dentre outras publicações, foram consultados três outros importantes livros The History of Freemasonry – A História da maçonaria, de Albert Mackey, publicado pela primeira vez em 1881 e reeditado em 1996 por Random House Value Publishing, N.York; (The Secrets of Solomon´s Temple – Os Segredos do Templo de Salomão, de Kevin L. Gest. Gloucester, USA,  2007) e o fabuloso (The Builders – A story and study of freemasonry – Os Construtores, a História e o estudo da maçonaria, de Joseph Fort Newton, Virginia-USA, 1914.

Está descrito na Bíblia, (2 Crônicas 2:13-14) que Salomão, pretendendo levar adiante a idéia de Davi, seu Pai,  de construir um Templo em louvor ao nome do Senhor e um Palácio para sua morada, solicitou auxílio de Hiram, rei de Tiro. Além da ajuda material (madeira de cedro, cipreste e pinho do Líbano) Salomão pediu, também, que lhe fosse enviado um “homem sábio”, que provavelmente ele já sabia quem seria, para comandar a construção.

O Rei Hiram enviou-lhe um “comunicado”, enaltecendo a sabedoria e a inteligência, do seu  indicado, um  seu homônimo, que era Hiram Abiff.

Ainda se lê em (2 Crônicas 2:13-14), que neste  mesmo “comunicado” o rei Hiram faz uma descrição detalhada da capacidade laborativa de Hiram:

“Trata-se de um homem que sabe trabalhar em ouro, em prata, bronze e ferro, pedra, madeira, púrpura, jacinto, linho, escarlate, laura, todo gênero de escultura e é capaz de inventar, engenhosamente, tudo o que seja necessário para qualquer trabalho e trabalhará com os teus artistas e  com os artistas do teu Pai”.

Em (I Reis) estão bem especificados os trabalhos desenvolvidos por Hiram no Templo; são enumeradas todas as obras por ele realizadas, com destaque para duas colunas de bronze, que depois de construídas, ele as denominou de  Jaquim e Booz e estavam colocadas, respectivamente, à direita e à esquerda da entrada do Templo, representando Judá e Israel, os dois Reinos que foram unificados por David. pai de Salomão.

Existem duas versões Bíblicas para a origem deste Arquiteto Hiram Abiff; em (II Crônicas) esta escrito que ele era filho de uma tribo denominada  Dan, enquanto que em (I Reis) ele é tido como filho de uma mulher viúva, originaria da tribo de Naftali. Se consultarmos os tratados de arqueologia, iremos verificar que estas duas tribos, Dan e Naftali, estavam situadas nas redondezas de Tiro. 

Para dar mais veracidade a esta afirmativa, deve-se salientar que as duas versões Bíblicas afirmam que Hiram teria sido um homem que morava na cidade de Tiro.

Este relato é muito significativo porque Tiro era um dos centros de trabalho da região de Adonis, portanto um local de conglomerado populacional.

Os testemunhos conflitantes acerca da identificação da tribo a que sua mãe pertencia, pode ser explicável pelo fato de que talvez ela não fosse uma judia propriamente dito, porém era oriunda de uma outra tribo de difícil localização nos mapas atuais.

Aos olhos da maioria dos historiadores é interessante manter a afirmação de que o grande Arquiteto do Templo de Salomão tinha sangue judeu nas veias.

Dentro dos conhecimentos atuais, talvez devêssemos considerar que ela realmente pertencia a uma tribo denominada “Dan”, senão vejamos:     

“Dan”, naquela época, era dividida em duas sessões; uma de pequena dimensão que era separada da parte principal e estava localizada à direita da tribo de Naftali e entre os seus vizinhos fenícios, os habitantes dessa sessão seriam considerados como oriundos de uma tribo da fronteira, sem uma especificação correta, até pelas dificuldades topográficas e de localização. É necessário salientar que a maioria das pessoas daquela época, nasciam e morriam em um mesmo lugar, sem nunca arriscar uma viagem mais longa e a comunicação era exclusivamente verbal.

Por onde ela passou, justamente a tribo que os judeus mais conheciam, que era a tribo Fenícia, denominada de  Nafftali, dá-nos a impressão de que a mãe de Hiram Abiff era viúva (Reis 1:7-13); baseado nestas observações, os maçons estão acostumados a se denominarem de “filhos da viúva”, uma vez que consideramos Hiram Abiff nosso irmão.

Não há dúvida de que o pai de Hiram era um Fenício de quem aprendeu a profissão.

Está claro que o maior número de trabalhadores que ele requisitou, quando foi chamado para construir o Templo de Salomão, são os Fenícios que ele conhecia.

Definida a sua origem, podemos discutir o porque do seu nome.

O nome Hiram Abiff ainda causa controvérsia entre os estudiosos da maçonaria e das escrituras sagradas; parece que Abiff não seria, propriamente, parte do seu nome, pois Ab em Hebreu significa (Pai), a letra (i) teria o significado de (meu)  e (if) significa, também,  (meu), portanto o nome Hiram Abif deveria ser traduzido por (Hiram, meu pai). É necessário acrescentar que entre os Hebreus a expressão (Pai) significava uma honraria, pessoa proeminente a ser assim nominado, podendo significar, também, (Hiram, meu conselheiro), como afirma o Dr. Mc Clintock (citado no livro “The History of Freemasonry”.   

É interessante salientar que em (I Reis), não é feita referência a este segundo nome de Hiram, sendo encontrado somente em (II Crônicas).

Na verdade, para a maçonaria, o nome Hiram é o representante abstrato da  ideia de um homem trabalhando no Templo da humanidade, cavando masmorras ao vicio e construindo catedrais à virtude e contentamos em nominá-lo  “O Arquiteto”, o  pedreiro que construiu o  Templo de Salomão.

dezembro 05, 2022

QUEM FOI HIRAM, REI DE TIRO? - Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz


Hiram, rei da cidade-estado fenícia de Tiro e contemporâneo dos reis judeus Davi e Salomão, era filho e sucessor de Abibal. Nasceu no ano de 1063 a.C. e morreu em 985 a.C. Segundo o historiador judeu Flávius Josefo, seu reinado durou 34 anos. Para outros historiadores, ocupou o trono por 60 anos.

Hiram guerreou e submeteu os egeus, que se recusavam a pagar-lhe tributos. Fortificou a cidade de Tiro e realizou obras de terraplanagem entre a cidade de Tiro e o templo de Júpiter Olimpo, o qual embelezou com grande quantidade de ouro. Demoliu os templos em ruínas e construiu outros, consagrados a Hércules.

A Bíblia conta que Hiram foi amigo e aliado do rei Davi, a quem ofereceu homens e materiais para a construção de seu palácio e do templo que pretendia erigir para cultuar a Deus. Com a morte de Davi, Hiram tornou-se também amigo e aliado de Salomão, a quem renovou o oferecimento feito a seu pai.

A aliança entre Salomão e Hiram, com excelentes resultados para ambos os monarcas, era sólida o suficiente para incluir algumas expedições marítimas conjuntas – que se opunham às tradições fenícias de não revelar os segredos de suas rotas – entre as quais a Tarsis e a Ofir, de onde trouxeram ouro, prata e marfim.

A pedido de Salomão, Hiram mandou-lhe ainda Hiram Abif para adornar o templo.

Pelos materiais e homens postos à disposição por Hiram, os judeus pagavam anualmente aos fenícios tírios, 20.000 coros (7.288 m3) de trigo e de cevada e 20.000 batos (720.000 litros) de vinho e de azeite. Adicionalmente, Salomão transferiu para o controle de Hiram 20 cidades da Galiléia, limítrofes à Tiro. 

Segundo a narração bíblica (I Reis 9:11-13), ao inspecionar as 20 cidades que recebera de Salomão, Hiram ficou decepcionado (“Que cidades são estas que me deste, irmão meu?”) e chamou-as Terra de Cabul, que significa terra de areia, terra seca, terra de nada, terra desprezível, terra sem valor.

Para a Maçonaria, Hiram representa o atributo da Força, pois as obras do templo foram sustentadas com a força de Hiram, que forneceu homens e materiais a Salomão. 

Hiram é personificado, nas Lojas maçônicas, pelo Primeiro Vigilante e por Hércules, símbolo clássico da Força e a quem Hiram dedicou, durante o seu reinado, inúmeros templos.


Do livro *Personagens Bíblicos da Maçonaria Simbólica

Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350

dezembro 04, 2022

ENCONTRE FORÇAS PARA SUPERAR PROBLEMAS - Luiz Airton Schen

 



Bom dia !!!!!!!!!!!!!!!!!!  De vez em quando somos surpreendidos com alguns problemas difíceis de resolver ou situações um pouco mais complicadas de superar. São nessas horas que muitas vezes encontramos forças de onde nunca imaginávamos que houvesse. Seja um amigo distante, uma música que relembra bons momentos, ou até uma boa leitura, o mais importante para conseguir seguir em frente é obter forças onde quer que elas estejam.

Evite guardar maus sentimentos por muito tempo, pois eles não irão sumir assim de repente, e deixar de libertá-los só fará com que fiquem cada vez mais vivos internamente. Para muitas pessoas, liberar aqueles sentimentos que causam sofrimento, não é uma tarefa muito fácil, mas pense na sensação de liberdade depois de tanto tempo aprisionado.



dezembro 03, 2022

SE DIRIGINDO À LOJA NO USO DA PALAVRA - MODO PROTOCOLAR - Pedro Juk




Em 10/08/2018 o Respeitável Irmão Emilson Alano de Carvalho, Loja Energia e Luz, 3.130, REAA, GOB-SC, Oriente de Tubarão, Estado de Santa Catarina, solicita esclarecimentos para o que segue:

Estou com uma missão de minha Loja, que trabalha no REAA (GOB), para apresentar estudo sobre a forma correta de cumprimentar/saudar as autoridades e demais presentes no momento do uso da palavra a bem da ordem ou do quadro em particular, ou na palavra relativo ao ato.

Li sua argumentação e resposta (2017) no blog em que você escreve:

(...) estando à Ordem, assim procede mencionando protocolarmente por primeiro: “Luzes da Loja, demais Dignidades, Autoridades (sem descrevê-las uma a uma), meus Irmãos”.

Pergunto. Se houver a presença do GMG ou GME como deve ser nominado... VM, 1º e 2º Vigilantes, ou GM∴ GME, VM, 1º e 2º Vigilantes? Isso é aplicado independente de rito?

Agradeço tua contribuição e esclarecimento.

CONSIDERAÇÕES:

Na realidade não existe uma regra rígida para essas menções protocolares comuns antes do uso da palavra. O que existe mesmo é bom senso. Precisamos realmente nos preocupar é com a essência da Maçonaria, ou seja, a de aprimorar o homem para consertar o mundo. 

Quando aludo ao “bom senso”, o faço para que os Irmãos ao usarem da palavra não fiquem desnecessariamente a mencionar uma a uma as autoridades presentes, sobretudo por se levar em conta que muitos poderão usar a palavra, o que tornaria uma Sessão inapropriadamente alongada pelas inúmeras citações nominais.

Regra mesmo nesse caso é a de que por primeiro sejam mencionadas protocolarmente as Luzes da Loja, pois são eles os detentores do malhete na ocasião - em suma, são os dirigentes da Loja. 

Assim, nada impede que o usuário da palavra, após ter mencionado as Luzes da Loja e demais Dignidades, mencione, por exemplo, antes das outras Autoridades, o Soberano Grão-Mestre e o Eminente Grão-Mestre se eles estiverem presentes. Tem sido muito comum e de boa geometria que nesse momento se peça licença a uma das Autoridades para se dirigir às demais.

Também é bom que se diga - para não se tornar redundante - que tanto o Soberano Grão-Mestre Geral, assim como o Eminente Grão-Mestre Estadual, são Autoridades. Em síntese, eles fazem parte das Autoridades presentes.

Ratifico, não existe nenhuma normativa rígida para essa concepção protocolar. O importante mesmo é se tomar cuidado para não produzir um rol interminável de nomes e cargos antes de se usar a palavra. Um canteiro de obras (a Loja) exige discernimento e praticidade na execução dos trabalhos, e para tal assim um maçom deve se comportar. No mais, a liturgia maçônica não vive de enfeites e penduricalhos, mas vive sim de objetividade e resultado.

Quanto à aplicação desse costume nesse ou naquele Rito, é algo muito relativo, pois esses modos protocolares são muito mais particularidades das Obediências com seus regulamentos e costumes consuetudinários do que propriamente de uma estrutura ritualística de um Rito específico. Nesse sentido, cada situação se apõe por si só.

Concluindo, volto a frisar; a essência do trabalho maçônico está no resultado apurado e não nas manifestações de exterioridade. Vale muito mais o propósito de um pronunciamento do que os enfeites que o antecedem.




 

dezembro 02, 2022

CRISTO E AS SOCIEDADES SECRETAS - Paulo André






" Se fosse escrever todas as maravilhas de Jesus, nem todos os livros do mundo caberiam" ( João Cap 21 Vers 25)

Desde de que o mundo é mundo, acredita-se na existência de sociedades secretas, formada por seletos membros, pessoas de inteligência muito acima da média, maioria ligada a esoterismo e ocultismo, teriam essas pessoas participado e influenciado em todos os grandes momentos da história da humanidade, guardando inclusive, informações que a história oficial não conta

Teorias de conspiração ou verdade?

Se sim, teriam essas sociedades atuado na história de Jesus?

Após o domingo de ramos, quando Jesus chegou a Jerusalém, seus discípulos lhe perguntaram onde seria a ceia, ele respondeu:

"Ao entrarem na cidade, verão um homem com um cântaro de água na cabeça, sigam, onde ele entrar, aí será a nossa ceia" ( Lucas Cap 22 vers 7 a 13)

Esse episódio parece e muito com algum grupo atuando nos bastidores da saga do Cristo, e não é o único, existem momentos no Evangelho em que parece que tem algo mais do que conseguimos enxergar

Muitas são as perguntas, como: Onde Jesus esteve dos 13 aos 30, influência da Ordem de Melquisedeque, sepultamento e ressurreição, etc... etc.... etc....

Será que algum grupo oculto tem essas respostas?

Não apenas sobre Jesus, mas sobre muitos outros personagens e momentos da história

Sendo assim, quem teria herdado esse acervo?

Bem, na antiguidade e na idade média, surgiram várias ordens pela Europa e Oriente, possível é que sejam herdeiras de muito conhecimento não acessível para a maioria dos mortais.

Seria a Maçonaria herdeira dessas ordens?

Desconfio que sim, e vou mais além, codificou e distribuiu tudo como um intricado quebra-cabeças, ao longo de seus ritos ,graus, metáforas, alegorias, simbologias

Decifra-me ou te devoro!

Mas para isso, é preciso pararmos de dar atenção para assuntos menores e mergulharmos fundo no que realmente interessa

Ou não! Pode ser apenas delírio da minha parte


dezembro 01, 2022

PALESTRA EM INDAIATUBA

 Fiz palestra presencial na noite de ontem, 30/11,  em Indaiatuba, na ARLS Liberdade, Igualdade e Fraternidade da GLESP  em sessão pública. A palestra gerou a doação de mais de 20 cestas básicas destinadas a instituições beneficentes da cidade. Gratidão ao VM Edvaldo Ribeiro . as autoridades maçônicas e as inúmeras  famílias que prestigiaram o evento. E em especial ao irmão Bruno de minha Loja que me levou e trouxe de volta.

TEMPLO MAÇÔNICO - Almir Sant'Anna Cruz.



Durante a Idade Média, os Maçons reuniam-se a céu aberto, nos canteiros de obras dos edifícios em construção.

Em sua fase especulativa, as reuniões passaram a ser realizadas em tavernas, que eram ricas cervejarias providas de quartos, cabeleireiros, salões de leitura e salas de reuniões privadas.

Somente em 1772 a Grande Loja da Inglaterra idealizou a construção do Freemason’s Hall, um edifício de uso exclusivamente maçônico, o qual foi concluído em 1776. 

O Templo é o local das reuniões ritualísticas das Lojas maçônicas.

Antes de sua construção deverá passar por um ritual de lançamento e consagração da Pedra de Fundação, que é colocada sempre a nordeste.

Após a sua conclusão, passa por outra cerimônia, a de Sagração de Templo.

Deve ser desprovido de janelas ou aberturas pelas quais se possam ver ou ouvir o que se passa em seu interior.

No Rito Escocês Antigo e Aceito, que por ser o mais praticado no Brasil é utilizado como paradigma, o Templo tem interiormente a forma de um retângulo e é orientado do ocidente (entrada) para o oriente (fundo), ficando então o norte à esquerda (de quem entra) e o sul à direita.

A porta de entrada fica no meio da parede ocidental.

A parte oriental, privativa dos Mestres, fica a um nível de quatro degraus acima da ocidental e é separada desta por uma balaustrada aberta no meio, para comunicação.

A parte ocidental, por sua vez, tem o dobro do tamanho da oriental.

Os Aprendizes ocupam seus lugares no lado norte (esquerda de quem entra), os Companheiros no lado sul e os Mestres, conforme os cargos que ocupam, ao norte, sul ou oriente.

Representa o Templo de Salomão e simboliza o Templo Ideal, o Universo.

Contem em seu interior inúmeros elementos de profundo sentido simbólico e místico.

Como, ordinariamente, as reuniões maçônicas ocorrem uma única vez por semana, freqüentemente diversas Lojas fazem uso de um mesmo Templo, nos diferentes dias da semana.

Não é incomum que um edifício maçônico possua vários Templos, os quais são usados, em cada dia da semana, por diversas Lojas.

Além do Templo, o edifício maçônico necessita de outros espaços para a realização de seus rituais e atividades administr

Alguns são imprescindíveis, outros necessários, desejáveis ou opcionais:

- Câmara das Reflexões (imprescindível) – Local utilizado unicamente na cerimônia de iniciação ao grau de Aprendiz.

Contém uma pequena mesa, um banco, utensílios para a escrita, sentenças morais, desenhos e elementos simbólicos; 

- Átrio (imprescindível) – Sala que se encontra à entrada ou diante da porta do templo e onde os Maçons se concentram para vestir seus aventais e insígnias.

É no Átrio que começa a liturgia da sessão, com a formação do cortejo (procissão) para a entrada no Templo;

- Sala dos Passos Perdidos (imprescindível) – Local que antecede o Átrio e que serve como uma espécie de sala de espera, onde se aguarda o início da sessão e se recepciona os visitantes;

- Secretaria (necessário) – Local próprio para guardar e arquivar os documentos da Loja;

- Biblioteca (desejável) – Local próprio para guardar e catalogar os livros e demais publicações maçônicas; e

- Sala de Banquetes (opcional) – Local próprio, ao abrigo das vistas profanas, onde se possa realizar o Ritual de Banquete ou Loja de Mesa, cerimônia de comunhão entre os iniciados, geralmente realizadas nos solstícios de verão e de inverno e em outras datas comemorativas.