Relação do escotismo com a maçonaria - Rudyard Kipling - 2


        Baden Powell conheceu Rudyard Kipling na África do Sul, em 1906. Dois anos mais tarde, quando Baden Powell escreveu sua obra “Escotismo para Rapazes” dedicou um bom espaço ao personagem de Kipling conhecido como “Kim”. Kimbal O’Hara era um jovem órfão que vivia na India e que era filho de um maçom inglês, segundo revela a própria obra de Kipling em seu primeiro capítulo.

        Em 1914, quando Baden Powell tentava criar uma unidade para os irmãos menores dos escoteiros, decidiu utilizar o livro de kipling “Jungle Books” (O livro da selva) para modelar uma nova mística inspirada em Mowgli. Pediu autorização ao autor e diz Baden Powell que este “era um bom amigo do escotismo desde seus primórdios, autor da canção oficial dos escoteiros e pai de um escoteiro.

        É interessante o nome eleito para estas crianças: “lobinhos”, sendo conhecido o nome que os maçons dão às crianças “adotadas” pela Irmandade.

        Esta designação é muito antiga e revela que no antigo Egito os iniciados nos mistérios de Isis colocavam uma máscara com a efígie de um lobo dourado. Os iniciados de Isis recebiam o nome de “chacais” ou “lobos”.

        Se lermos atentamente “O Livro das Terras Virgens”, não nos será difícil encontrar o paralelismo entre a ideologia maçônica e a “toca do conselho” com sua denominação de “Povo Livre” que dá a matilha de lobos, tendo em conta que o termo inglês “Free-mason” significa “construtor livre” e a primeira condição para todo maçom é que este seja “livre e de bons costumes”.

        Maçonicamente, Kipling foi iniciado na loja “Hope and Perseverance” Nº 782 de Lahore, Punjab (India) e em seu retorno a Inglaterra trabalhou na “Mother Lodge Nº 3861″ de Londres.

        Estas três pessoas, de notável influência em Baden Powell pertenciam a Ordem Maçônica. Em alguns o impulso na fundação do escotismo esteve dirigido por maçons.

        Na França, o barão Pierre de Coubertin foi um dos principais gestores dos “Eclaireurs”, enquanto em nos EUA existiram dois grandes homens que colaboraram na criação dos “Boy Scouts of America”: Ernest Thompson Seton (Escoteiro Chefe Nacional) e Daniel Carver Beard (Comisionado Escoteiro Nacional), este último reconhecido franco-maçom.

        Segundo William Hillcourt, dois presidentes norte-americanos colaboraram ativamente com a obra de Baden Powell. Um deles, Theodore Roosevelt, é citado no livro “Escotismo para Rapazes”.

        Roosevelt foi nomeado vice presidente honorário dos “Boy Scouts of América” ao ser fundada a instituição. Em sua agitada vida maçônica, foi iniciado na Loja “Matinecock Nº 806″ de Oyster Bay (Nova York), sendo um porta-voz maçônico em todo o mundo.

        O outro presidente que lutou pela causa escoteira foi William Taft, que se encontrou com o Escoteiro Chefe Mundial em 1912, prometendo-lhe total apoio na difusão da organização nos Estados Unidos. Taft foi iniciado em 1909 na cidade de Cincinnati (Ohio) e foi fotografado em várias oportunidades com o malhete maçônico que pertenceu a George Washington.

Fonte: http://www.obreirosdeiraja.com.br/qual-a-relacao-escotismo-e-a-maconaria/

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