A CÂMARA DO MEIO




Fonte: Eterno Aprendiz

O nome “meio” dá uma ideia de situação geográfica, pois uma Loja obedece a Rosa dos Ventos: O Oriente é o lugar mais “alto”, atingido por degraus e nele está o VM:. ; descendo alguns degraus ingressa-se na Câmara do Meio que se compõe de três planos denominados, Col:. do Sul, Col:. do Norte e Pav:. de Mos:., sobre o qual ergue-se o Al:. Dos JJur:. Após as Colunas “B” e “J”, vêm o Setentrião, `a esquerda de quem ingressa no Templo; `a direita vem o Nascente.

Contudo a Câmara é única e possui características próprias; só tem assento, o VM:. e os dois VVig:.; os demais MM:. ficam em pé, ao redor do Al:. Dos JJur:.; toda ornamentação é em negro e notam-se variados sím:. Mor:. a escuridão é quase total, há apenas uma luminosidade para que se possa vislumbrar objetos e pessoas. Os MM:. Vestem Balandrau e capuz; a rigor, ninguém se dá a conhecer.

Os Trabalhos na Câmara do Meio do Grau de M:. são iniciáticos e obedecem , rigorosamente, o que dispõe a “Lenda de Hiram Abif”. A sessão é denominada de “exaltação”, quando são exaltados os CCom:. Que já venceram a etapa para essa passagem. Na Maçonaria Simbólica, existem apenas três Graus (Aprendiz-Companheiro-Mestre)); atingir o mestrado é atingir a plenitude maçônica simbólica.

Ao atingir o mestrado, o Iniciado terá a plena certeza de que é digno de partilhar dos trabalhos constantes dos Maçons, na guerra, em que, sob a égide do Grande Arquiteto do Universo, empenham todos os seus esforços e todo o seu amor em prol da humanidade. Sua responsabilidade estará aumentada; se a Ordem lhe assegura, por toda parte passagem e proteção, ela espera, também, o seu esforço contínuo, o seu trabalho ininterrupto, em favor da libertação das inteligências oprimidas, e a sua coragem, a toda prova, quando precisar se arriscar para salvar os seus Irmãos.

O Mestre deve irradiar, por toda a parte a luz que recebeu; deve procurar, na sociedade profana, os corações bem formados, as inteligências livres, os espíritos elevados, que fugindo dos preconceitos e da vida fácil, buscam uma vida nova e podem se tornar elementos úteis e poderosos para a difusão dos princípios maçônicos; deve aprender a dominar‐se e fugir de todo sectarismo.

Sendo amigo da Sabedoria, deve guardar sempre, o equilíbrio mental, que caracteriza o ser são de espírito. Não se constrói um edifício, apoiando‐o sobre uma única coluna; assim, o Mestre deve saber, no seu trabalho de construção moral e intelectual, equilibrar, sempre, os ensinamentos da razão com os sentimentos do coração.

Deve recordar que a Maçonaria vai sempre, em auxílio dos desgraçados, quaisquer que sejam suas opiniões; que, em sua ação social, ela liberta as consciências e reaviva a coragem daqueles que nada mais esperam.


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