CONJECTURAS SOBRE SER RECONHECIDO



Uns querem entrar na Ordem, porque acham que isto lhes confere um "status" social. 

Outros assim o fazem, porque ouvem dizer, que ao ingressar na Maçonaria ficarão ricos e poderosos. 

Há uma parcela que supõe que ser Admitido, seja um passaporte para fazer uma exitosa carreira política. 

Nem tão distante disto, há os que acreditam, que em sendo Iniciados, todas as portas do mundo ser-lhe-ão abertas. 

E finalmente, há um raquítico contingente de candidatos, que esperam, caso sejam admitidos, possam vir a desempenhar um trabalho de aprimoramento interior,  humanístico, ético, moral e intelectual, que possa torná-los mais consistentes como seres humanos. 

Por obra de fortuitas circunstâncias, o que se percebe, especialmente em tempos mais recentes, é um "descompasso" entre o que se jura ou se compromete durante a Iniciação e o comportamento após um breve período de convivência. 

Uns acabam simplesmente querendo contestar o que desconhecem. 

Outros, travestem-se de reinventares da história e buscam inócuas invencionices, como forma de querer deixar uma pretensa marca registrada. 

Há também a legião dos que decidem incorporar o espírito divinal e messiânico durante sua pseudo-jornada filosófica, evocando preces, orações e citações religiosas, como se a Arte Real se constituísse num permanente e extenuante encontro ecumênico. 

E para fechar com chave de ouro, existe aquele grupo de Iniciados, que prefere abdicar inclusive da crença num "Princípio Criador e Incriado" de tudo o que gira em torno de sua própria existência, como se isso fosse um sinal de consistência intelectual. 

A bem da verdade, não é assim que a banda toca... 

O mérito de toda essa história está na medida do equilíbrio, da ponderação e do bom senso. 

Aquiescer a ideia de que a busca da Verdade (leia-se : "Conhecimento") está no exercício do pensamento, da reflexão, do raciocínio e da especulação ilimitada em prol do aprimoramento da Consciência, muito provavelmente seja o primeiro passo para que de fato, o suposto Obreiro, possa vir a ser reconhecido como um verdadeiro maçom. 

Maçom é pedreiro, é construtor, é arquiteto de seu próprio templo interior, cuja missão é tornar-se cada vez melhor, assim como tornar a própria humanidade mais feliz, compartilhando e agregando os valores mais virtuosos do bem contidos na alma humana. 

A essência filosófica e moral da Maçonaria reside em sempre  lutar pela Liberdade, promover a Igualdade, e fazer da Fraternidade seu instrumento perene de diretos e obrigações. 

O Maçom é soberano juiz de seu tempo e de sua consciência. 

Autor desconhecido

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