PADRINHO MAÇÔNICO - Sérgio Quirino



Saudações estimado Irmão, seja conscientemente um PADRINHO MAÇÔNICO. 

Notoriamente é salutar a presença de um Irmão junto ao Iniciado, neste ponto precisamos compreender o que realmente seja um “Protetor”, um “Guia”, um “Padrinho”. 

Para facilitar a exposição do meu ponto de vista, vou fazer uma analogia com os “Padrinhos Profanos”. 

O primeiro padrinho que temos é o “Padrinho de Batismo” que foi escolhido por aqueles que nos formaram biologicamente e que tem a função de nos encaminhar na formação espiritual. 

Em primeiro grau é assim também na Maçonaria, pois entramos completamente ignorantes nos Templos (no sentido de não ter o conhecimento específico) e fragilizados pela pouca “idade”. 

Em ambos os casos, o Padrinho é o que nos sustenta, nos encaminha à fonte de Luz e delicadamente vai saciando nossa necessidade do “novo”, direcionando os caminhos que nos levarão a encontrar respostas. 

O segundo Padrinho é o de crisma, que conceitualmente é aquele que acompanha o jovem cristão por mais conhecimento e pela mudança de comportamento junto ao grupo, pois agora cabe a ele praticar mais intensamente e ardorosamente os ensinamentos aprendidos. 

Como deve ser então o “Padrinho de um C.’.M.’.”?

Deve ele trabalhar em seu afilhado as características que o levarão brevemente a exercer cargos e ser um novo Irmão Servidor da Oficina; já passou da hora de carregar pedras nas costas e o momento de saber compartilhar blocos. 

O padrinho deve se concentrar nas lições de honra, moral e ética, pois se existirem arestas que não se quebrem, NÃO TEMAM EM JOGAR A PEDRA NOS ENTULHOS, pois o próximo passo seria encaixar esta pedra defeituosa no “edifício da Loja” e uma pedra mal formada põe abaixo qualquer obra. 

O terceiro padrinho no mundo comum é o “Padrinho de Casamento” que está testemunhando a formação de uma nova família, uma nova célula da sociedade, teoricamente nesse caso; cabe a ele orientar nos momentos de aflição e dúvidas e lembrar ao casal dos compromissos firmados perante Deus e a sociedade, recordar que todos devemos morrer para o passado, para renascermos como um grupo (casal). 

Na Exaltação não há a entrega do nosso Mestre à Loja, há sim a união de mais um Irmão ao Círculo dos Protetores e a mudança de avental não dá a real qualificação do mestrado, será sempre preciso um acompanhamento, um tutor em suma um “Padrinho”. 

Este título é apenas sentimental e não institucional; infelizmente nossa realidade nos mostra que temos “Padrinhos” e “Indicadores” e não sejamos hipócritas em simplesmente tecer comentários pejorativos àqueles que indicam candidatos e não os acompanham durante sua caminhada. 

Não nos esqueçamos que o mundo profano tem tolhido nossa maior participação nas atividades maçônicas e que cada Irmão tem suas limitações quanto ao próprio conhecimento da Ordem. 

Pelo menos o “Irmão Indicador” está contribuindo para a sustentabilidade da Loja (sem Aprendizes as Lojas abatem suas Colunas) e na impossibilidade de cumprir com a missão de Padrinho, ele deve solicitar que outro irmão mais qualificado assuma o apadrinhamento, o que jamais pode acontecer é simplesmente abandonar o neófito. 

A figura do padrinho não é universal em nossa Sublime Ordem. Em alguns Orientes do além mar, a Potência promove uma palestra publica contando a história da Maçonaria, seus conceitos, diretrizes, elucida dúvidas e ao final distribui um formulário para aqueles que estão interessados em ingressar e aí entra o personagem mais importante desse processo, o SINDICANTE. 

Dedico este artigo ao querido Irmão Tacides Severino Gomes da ARLS Obreiros da Justiça e Paz 186 – GLMMG que é um batalhador pela conscientização dos “Padrinhos Maçônicos”. 

A intenção deste pequeno artigo é despertar em você a vontade de saber um pouco mais sobre o assunto, fazer uma Prancha de Arquitetura e quando ela estiver pronta, levar para sua Loja enriquecendo nosso Quarto de Hora de Estudos. 

Lembrem-se que todos nós, independente do Grau ou do Cargo, somos responsáveis pela qualidade das Sessões Maçônicas.






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