PRESENÇA SEMITA NO NORDESTE - Jefferson Linconn




 Jefferson Linconn é Jornalista e presidente da Associação dos Judeus Sefarditas de Pernambuco.

Muito da Cultura, fala, indumentária, acessórios, gastronomia, religiosidade, etc., do homem sertanejo vem do mundo ibérico, de Sefarad, que é a Espanha, onde conviveram árabes, judeus e cristãos de modo um tanto pacífico por mais de 500 anos, antes até do descobrimento do Brasil.

No entanto, é sabido que 2/3 dos portugueses que vieram habitar o Brasil, durante o período do seu descobrimento, eram de judeus, judeus de origem Sefardita.

Portanto foram eles que trouxeram e em muito, esse amalgama de culturas e de tradições.

Basta olhar a própria figura de Luiz Gonzaga, onde, aliás, Gonzaga, essa própria palavra é uma corruptela de "esnoga" se desembaraçamos o verdadeiro sentido pretendido por trás daquilo que sempre por motivos de fuga ou de perseguição, é melhor esconder.

Chapéu com seis pontas, aboio, etc., Está tudo ali em Gonzaga mesmo. Só não consegue ver quem não quer ou, então, se desejar criar novas narrativas. 

Por exemplo, querendo forçar uma maior presença árabe no Nordeste do que essa mesma possibilidade chegasse a existir.

Pois, advindos esses conjuntos de repertórios linguísticos e sociais, portanto culturais, sobremodo pela chegada e por meio da presença dos cristãos -novos que, a partir de Pernambuco e da Bahia fizera-se adentrar os longínquos Sertões toda aquela gente da nação, os quais eram os antigos judeus Sefarditas que foram expulsos de Portugal e de Espanha, antes dos anos 1500.

De fato, reconhecida leva dessas imigrações na História, dos ibéricos ao Nordeste do Brasil, devido às intolerância e  perseguição da Igreja católica aos judeus, talvez como uma das mais duras faces daquela então denominada Diásporas Sefardita.

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