SER OU ESTAR MAÇOM - Gabriel Oliveira




Atualmente podemos afirmar que “Ser ou Estar alguma coisa” está se tornando uma expressão bastante difundida, que é utilizada para identificar se uma pessoa assumiu ou não seu posicionamento correto com respeito a qualquer organização da qual participa, como por exemplo – quando se desempenha um cargo público ou legislativo, tal qual o de “Estar Ministro”, entre outros exemplos, sendo inclusive utilizado com personagens em programas humorísticos. 

Absorvendo este conceito e aplicando-o no seio de nossa Fraternidade percebemos que todos nós “Estamos Maçons” ao procedermos nossa Iniciação. 

Estamos Maçons ao frequentarmos a Loja e pagarmos as suas mensalidades e taxas.

Estamos Maçons quando participamos de uma atividade organizada pela loja, uma atividade filantrópica, uma palestra, uma visita a outra Loja. 

Ou até mesmo Estamos Maçons quando meditamos sobre o nosso papel e partimos em busca da meditação interior em busca da verdade. 

Mas o que é Ser Maçom? 

O verbo SER não poderia ser considerado sinônimo do verbo ESTAR. 

A caracterização mais expressiva é de que estar é um verbo que indica certo estado, portanto, há como que embutido em seu conteúdo certa passividade, enquanto que o verbo ser é ativo, representa ativação. 

Ser Maçom é um estado de espírito que deve caracterizar o membro presente a toda situação em que pode ajudar e cooperar para que o mundo torne-se de alguma forma melhor. 

Ser Maçom é compreender que por mais poderosas que sejam as forças externas elas devem ser dominadas pela energia que tem sede em sua própria personalidade. 

Ser Maçom é ter consciência que sua presença discreta pode dar apoio a novos projetos úteis à comunidade e constituir-se num valoroso pilar de sustentação de valores mais nobres do indivíduo. 

Ser Maçom é ser o eterno estudante que busca o ensinamento diário, tirando de cada situação uma lição, e aplica com êxito os princípios estudados. 

Que Desenvolve em toda oportunidade de sua intuição, sua força de vontade, sua capacidade de ouvir e entender os outros. 

Temos que considerar que o Ser Maçom deve, como livre pensador, questionar o porquê de determinados acontecimentos entendendo e vivenciando no nosso aprendizado que palmilhamos lentamente, com passos firmes para não tropeçar nos erros e vícios do passado, mesmo que em momentos saiamos da trajetória para poder compreender o mundo com uma visão holística de suas nuances. 

O Maçom que se limita a ler ou estudar as instruções dos graus ou a literatura disponível e não procura aplicar em sua vida diária os conceitos que lhe são transmitidos, na busca do desbaste da Pedra Bruta, e em erigir o Templo Interno, perde excelentes oportunidades de ampliar seus conhecimentos e de verificar como o saber do aprendizado da Arte Real pode ser útil para o seu bem-estar na busca de seu retorno ao Cósmico. 

O Ser Maçom é aquele estado em que sem abandonar os hábitos de disciplina racional, a mente busca uma abrangência do universo, o conhecimento intrínseco dos fenômenos que estão ocorrendo, procurando desenvolver a sensibilidade e a compreensão das razões de estudo. 

O Maçom que desenvolveu sua mente para estar atenta e acompanhar a evolução dos fatos sabe como conhecer as sutilezas que envolvem suas origens, é como um oleiro que dá formas sutis ao barro bruto, enquanto que o Maçom modela sua própria consciência num confronto com sua própria personalidade. 

Vivemos juntos e cruzamos com diferentes seres humanos que pensam e agem de maneira diversa da nossa. 

Isto nos propicia excelentes oportunidades de nos adaptarmos a estas personalidades e, sobretudo, de aprimorarmos as formas de inter-relacionamento. 

A sabedoria do bem viver é despertada quando nos conscientizamos dessas diferenças e procuramos compreender o indivíduo através de suas particularidades. 

Ser Maçom é despertar este sentido de compreensão do indivíduo e estar preparado para assisti-lo nos momentos de dificuldades. 

O exemplo de uma atitude mental moderada, sincera e cooperativa caracteriza muito o Ser Maçom. 

E todos notam que sob muitos aspectos, o Ser Maçom diferencia-se como indivíduo entre todos os outros. 

No aprendizado inicial aprendemos que além dos SS.’. TT.’. e PP.’. o Maçom deve ser reconhecido pelos atos e posturas dentro da sociedade e no meio onde vive, traduzindo de maneira diuturna os nosso aprendizado e a filosofia dos postulados da Arte Real. 

Sentimos que temos que desempenhar um papel mais complexo na sociedade e dar uma contribuição positiva para que ela se torne superior. 

Ser Maçom implica em algumas renúncias, mas a compensação que advém deste estado de espírito especial é muito agradável. 

Sentimo-nos como se fôssemos os autores da novela e não apenas os personagens passivos, criados pelos mesmos. 

Temos uma participação presente e atuante, embora que, aparentemente o Maçom apresente-se um tanto reservado. 

Já se disse que nos colocamos muito mais em evidência, quando nos mantemos como observadores e damos a colaboração somente quando é solicitada pelos outros, do que aqueles que procuram apresentar-se como os donos da festa. 

Considerem, sobretudo, que encontramos muitas pessoas evoluídas e que podem ser consideradas possuídas de elevado espírito Maçom. 

Têm uma expressiva vivência das coisas do mundo e utilizam grande sabedoria em suas decisões, mesmo se nunca se tornaram Maçons. 

...*Nós estamos Maçom ao entrarmos na Ordem e Somos Maçom quando o espírito dela entrar em nós*... 

A diferença é muito grande, mas facilmente perceptível. 

Irmãos unam-nos na trilha que leva ao Templo ideal e tomemos o cuidado para não Estarmos Maçons, para não trilharmos a Maçonaria simplesmente cumprindo Rituais, envergando a mera condição de um “Profano de Avental”. 

Desejo que todos avaliem como é bom SER MAÇOM! 

...Se há invejosos, é porque você está fazendo algo certo... 





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