O CÓDIGO CANÔNICO E O DEÍSMO - Ivan Froldi Marzollo


O estampido do soar da Senda do Pecado sob a égide do contexto onde o código de 1917 proíbe os católicos, sob pena de excomunhão, de se matricularem em associações maçônicas ou outras associações semelhantes. O Código de Direito Canônico de 1983 substituiu o Código de 1917.

"a filiação ativa de um fiel à maçonaria é proibida, devido à irreconciabilidade entre a doutrina católica e a maçonaria (cf. a Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé de 1983, e as mesmas Diretrizes publicadas pela Conferência episcopal em 2003)".

Os católicos continuam proibidos de se filiar à maçonaria e reiterado pelo Papa João Paulo II 

"Os católicos afiliados a lojas maçônicas estão em estado de pecado grave".

Um entendimento necessário O “deísmo” expressa as exigências da razão iluminada e concretiza os princípios da religião natural. 

Trata- se de uma análise da prática filosófico-religiosa denominada deísmo. Cujos seguidores acreditam na presença de Deus na natureza e no próprio homem, bastando a razão para encontrá-lo, no lugar dos elementos comuns das religiões teístas como, por exemplo, os dogmas e tradição.

Neste diapasão a liberdade de consciência de um deísta está justamente no corolário de sua convicção individual e interior ulterior a posicionamento sócio político dis dogmas que ora acredita,  usamos o compasso e o esquadro sob o livro da lei pois:

" um ama mais e outro ama melhor " 

aquele que ama mais pode ter a fé cega e o que ama melhor tem confiança consciente de seus dogmas religiosos percebendo as limitações e convicto que todos que pisam nesta terra são pecadores .

O deísta Católico tem compreensão: 

* instituição do celibato com base no Concílios de Trento Latrão e Vaticano II

* O significado do Ato de erguer a hóstia no altar mor e baixar até o cálice na consagração 

* O significado esotérico do batismo e a cruz sob o terceiro olho 

* O que representa o Estado do Vaticano como única Igreja com o título de Cidadão internacional de Direito em pé de igualdade com outros países do Globo .

* O significado esotérico da Mitra 

* O simbolismo eclesiástico do Código de Omertà

* A investigação  do caso de  Boston e o Prémio Pulitzer

É o que reafirma a resposta do Dicastério para a Doutrina da Fé datada de 13 de novembro de 2023, assinada pelo prefeito Victor Fernandéz e com a aprovação do Papa Francisco.

Portanto, esclarece a nota, "aqueles que formalmente e conscientemente estão inscritos em lojas maçônicas e abraçaram os princípios maçônicos, se enquadram nas disposições da Declaração acima mencionada. Essas medidas também se aplicam a eventuais eclesiásticos inscritos na maçonaria".

Não basta esperar por novos entendimentos por parte da Igreja, em uma atitude reativa. Espera-se que os maçons se tornem agentes de seus próprios ideários, e construam seu tempo histórico. Para isso, será necessário estudar o assunto e enfrentar os desafios. Não há como negar que há pela frente grandes embates doutrinários e filosóficos.

Argumenta-se que tal tema abordado neste estudo não seja tão importante para o maçom no seu cotidiano. Parece que, à primeira vista, a sociedade de modo geral não está muito preocupada com tal questão, tanto que não houve grande repercussão na imprensa nacional. Espera-se mesmo que a decisão publicada no Vatican News, em 15 de novembro de 2023, sob o título “A maçonaria  continua  proibida  para  os  católicos” (VATICANO NEWS, 2023) não repercuta muito na vida dos católicos.

Entretanto, do ponto de vista da Maçonaria Brasileira, é de se considerar que tal decisão é um fato importante, que necessitará ser enfrentado com a devida atenção pelas lideranças maçônicas, principalmente visando orientar seus membros, com destaque para os que são responsáveis pelas milhares de lojas maçônicas existentes no Brasil.

Se for levado em consideração o fato de que nosso país é o maior território nacional cristão e católico do mundo ocidental, a decisão ganha dimensão quase continental, eis que a imagem da Maçonaria Brasileira está sendo afetada, inculcada na mente da população como sendo uma instituição anti-cristã, o que obviamente compromete todos os esforços doutrinários e de ação social de interesse dos maçons. É certo que a Maçonaria, por suas próprias condições intelectuais e de formação cidadã, tem as ferramentas que podem ser utilizadas para melhor educar e formar cidadãos que compõem e comporão seus quadros.  

De se concluir, pois, que a Maçonaria pode estar escorregando para uma série crise ainda não percebida por suas lideranças, situação esta que não deriva necessariamente da declaração da Igreja Católica, mas que em função dela pode se agravar. A proibição da Igreja Católica que impede católicos de serem maçons está a esperar uma tomada de posição da Maçonaria Brasileira, e esta pode se dar com certeza através de mudanças de atitude da própria Ordem no sentido de enfrentar o debate doutrinário, melhorar a formação do quadro maçom e aprimorar a ação social da instituição.

Contudo, algumas práticas necessitam ser reavaliadas no sentido de se evitar a mitificação de pessoas, como  atividades sociais sem proveito efetivo para a instituição. De fato, há que se defender com vigor que é necessário investir na formação moral do homem maçom, não se admitindo com leveza que as disputas políticas entre Potências e Lojas diminuam o papel histórico da Maçonaria. Por fim, já com o devido alerta sobre a recente incursão da Igreja Católica na definição de um “inimigo institucional”, faz-se mais que necessário que os líderes maçônicos uníssonos deste os iniciados  compreendam a importância de seu papel como representantes legítimos de seus irmãos.

Cada um de nós individualmente somos perante a sociedade civil representantes da Maçonaria e nossas atitudes espelho da Arte Real com condão de termos nossa instituição auferida pelo reflexo de nosso comportamento perante a sociedade .

Que o Grande Arquiteto do Universo nos dê ciência e consciência de nossa grande responsabilidade. 



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