Pior que todas as pragas que assolam a humanidade e em particular o nosso país é sem sombra de dúvida o Vírus da Ignorância.
O ignorante não abre frente às discussões, não se permite ouvir, ponderar, aquiescer posições contrárias ou aceitar as diferenças.
Vivemos um período da história contemporânea do Brasil, cujo nível intelectual e cultural de nosso povo atinge patamares que beiram o subterrâneo.
O simples fato de discordar de algum conceito ou de sustentar um ponto de vista diferente sobre algum tema ou objeto de discussão já é motivo de destempero e de violência.
O opositor é visto como um inimigo. E fugir da raia sem qualquer contra-argumento sustentável parece ser o caminho mais curto e indolor.
Nos últimos tempos, a sociedade brasileira, meio que assumiu, uma postura equivalente às torcidas de futebol.
Leia-se que com maior ênfase no que diz respeito às questões de natureza política.
Sejam nos meios acadêmicos, literários, artísticos, na mídia e nos demais segmentos sociais, "marcar território e entrincheirar-se nele" tornou-se um "must" - uma espécie de obrigação para ser aceito num grupo.
Essa insipiência, fruto de um país que jamais se preocupou com a Educação, acabou criando gerações cada vez menos comprometidas com o exercício do Pensamento.
Como fruto desse processo, a figura do ignorante tornou-se lugar comum em todas as áreas.
Diga-se de passagem que formalmente, o ignorante estabelece critérios que desqualificam o conhecimento alheio em favor de sua falta de conhecimento.
Sua inconsistência intelectual
o leva a fazer ideias falsas sobre si mesmo e sobre o mundo que o cerca, de forma errônea e deturpada.
O Vírus da Ignorância causa estragos inimagináveis e os sintomas mais evidentes de serem diagnosticados são:
- não saber ;
- não querer saber ;
- ou ignorar o conhecimento científico provado e comprovado por métodos científicos e pela lógica.
- e o inominável "eu acho que..."
Nesses dias de confinamento absolutamente necessários, nada mais sadio para combater esse Vírus da Ignorância do que ler, inteirar-se da realidade que nos cerca, exercitar o cérebro e começar a pôr em prática o Discernimento, cuja base é o velho e conhecido Bom Senso.
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