maio 01, 2025

O OBREIRO DA ARTE REAL E O DIA PRIMEIRO DE MAIO - Hélio P. Leite




Comemora-se no Brasil e em outros países, o Dia do Trabalhador, no primeiro dia do mês de maio, em nosso calendário anual. 

Este dia é considerado feriado internacional, é uma data histórica, na luta da mão de obra contra o poder do capital. 

Embora nos países socialistas, de regimes totalitários, o trabalhador sempre foi e me parece continua sendo apenas "massa de manobra" do poder dominante. 

Nos países democráticos, no entanto,  o trabalhador é visto como  força de trabalho, necessária para o desenvolvimento econômico do Estado e do capital privado, e por isto é protegido por direitos adquiridos ao longo do tempo.

No Brasil, as leis trabalhistas surgiram nos governos do Presidente Getúlio Vargas, que sempre começava seus discursos com a frase: "Trabalhadores do Brasil". 

Com ele surgiram vários direitos trabalhistas; o salário-mínimo, que deveria ser suficiente para a manutenção de uma família, conforme dito em nossa Constituição Federal atual, embora não se traduza em realidade. 

Ou seja, o menor salário que um trabalhador sem qualificação tem direito é muito pouco para manter sua família e muito para os seus empregadores, em face da pesada carga de impostos  que lhes são cobrados, para manter em funcionamento os seus empreendimentos empresariais.

Mas, o  meu artigo de  hoje, -  em que se comemora, no Brasil, o Dia do Trabalhador remunerado, em que pese o respeito que devemos ter por todos os cidadãos brasileiros que lutam com muitas dificuldades para manterem suas famílias, - tem por objetivo destacar uma classe de trabalhadores não remunerados, que prestam diuturnamente serviços como voluntários, pelo ideal e só pelo ideal, para tornar feliz a humanidade.

E neste sentido destaco uma classe  de Obreiros da Arte Real, - denominação que também se dá a Maçonaria, - que exercem o honroso cargo de Venerável Mestre de uma Loja Maçônica, considerada a célula máter de uma Instituição, denominada Potência Maçônica, que assumem voluntariamente um encargo de conduzir uma Oficina Maçônica, como líder dos obreiros de sua Loja, por um determinado período de tempo, sem nenhuma remuneração financeira, e sem limite de horário.

Ao meu sentir, o maçom que assume em sua Loja o cargo de Venerável Mestre é, sem sombra de dúvida, um verdadeiro operário na construção do edifício social de sua confraria; se transforma num trabalhador incansável na luta para bem conduzir os destinos de sua Oficina; e de manter o ambiente fraterno entre os seus irmãos de Loja em nível harmônico.

Segundo se comenta, no Brasil, somos mais de seis mil Lojas maçônicas, cada uma dirigida por um Venerável Mestre ou Mestre de Loja, dependendo do Rito que pratica. 

Isto é, temos uma classe de trabalhadores na Arte Real - uma força de trabalho maçônico - responsável pela boa condução destas células que compõem uma Potência Maçônica, a qual, depende da competência desta mão de obra fraterna para atingir seus objetivos com sucesso.

Em síntese, são estes trabalhadores fraternos, que exercem o honroso cargo de Venerável Mestre de sua Lojas, que em conjunto realizam a grande missão de manter unida e produtiva a grande família maçônica no Brasil, composta atualmente por um contingente em torno de um milhão de brasileiros.

Razões estas, que me inspiraram  neste dia em que se comemora em nosso país o Dia do Trabalhador, homenagear nossos irmãos de Ordem que, neste exato dia, estão desempenhando suas funções como condutores de homens livres e de bons costumes, sacrificando seus tempos livres, seus compromissos familiares e profissionais, para honrarem o compromisso assumido quando de suas respectivas posses neste importantíssimo cargo maçônico.

Honra a quem Honra! Salve o Dia do Trabalhador. 

Salve os nossos Irmãos Veneráveis Mestres!


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