maio 26, 2025

PERGUNTAR NÃO OFENDE - Newton Agrella

 


Ainda que carregadas de um certo critério subjetivo, institutos como QUORA, PORTAL INSIGHTS, dentre outros,  detectaram após pesquisas, que uma pessoa comum faz  em média 100 perguntas por dia. 

Contudo, ao longo do tempo esse volume de perguntas vai diminuindo com a idade.

Fazer perguntas é da natureza humana que alimenta a curiosidade, estimula o aprendizado e abre portas para novas perspectivas. 

Porém, perguntar de maneira clara e concisa, sem tanto rodeio e pré-comentários é um exercício bem complicado para um imenso contingente de pessoas.

Na Maçonaria por exemplo, vivemos esse dilema de maneira aguda e frequente, o que torna o cenário linguístico muitas vezes maçante, além de irritar os demais Irmãos durante uma sessão ou uma Palestra.

Há que se ter um foco direto na pergunta, bem como uma concisão e objetividade na resposta.

Sugestões que de algum modo podem contribuir para que o estado de tédio não se instaure no ambiente:

Usar perguntas abertas, que estimulem o compartilhamento de opiniões e experiências.

Ser específico, evitando perguntas vagas ou ambíguas ou que possam ensejar mal estar entre os presentes.

Instigante mesmo é perceber que além das perguntas feitas num âmbito realmente interrogativo, há também as perguntas sugestivas que fazemos a nós mesmos.

Sejam elas na busca de uma alternativa mais plausivel e que melhor atendam às nossas necessidades. 

Ou senão, aquelas que nos fazemos na ânsia de   atender às nossas conveniências e aliviar nossa consciência.

Bem, perguntas são perguntas e sempre estarão acompanhadas daque inquietante ponto de interrogação.

Dentre essa média de 100 perguntas que grosso modo fazemos por dia, muitas são de caráter íntimo, que perguntamos a nós mesmos em pensamento e cujas respostas muitas vezes se abrigam recônditamente dentro de nós, sem que mereçam uma resposta que não queremos ouvir.

Inobstante as considerações anteriores, é inegável  que Perguntas fazem parte do nosso desenvolvimento saudável e são a forma pela qual aprendemos e compreendemos o mundo. 

Interessante que o pesquisador 

Jostein Gaarder dizia que todos nós nascemos filósofos e que com o tempo vamos nos acomodando em respostas.

No fundo, no fundo fazer perguntas para conhecer uma pessoa é uma arte.

Seja no simples âmbito das relações humanas triviais, ou nas situações mais específicas como no ambiente profissional, numa entrevista de emprego ou no ambiente escolar.

Perguntas parecem extremamente simples, mas lembre-se que o que importa é abrir caminhos, iniciar uma conversa, dialogar sem receio e sem preconceito.

No unverso da Sublime Ordem, certamente, já lhe perguntaram: 

“O que vindes fazer aqui?”

É bem verdade que existe uma resposta ritualística para esta pergunta; que em tese, qualquer maçom pode respondê-la de cor, comprovando que está a par dos conhecimentos básicos para se fazer reconhecido.

No entanto, esta singela pergunta contém uma significado mais profundo, que podemos analisar antes de adotarmos a resposta como real e sincera.

Antes de tudo, a resposta  é o resultado do acúmulo de experiências de vida ao longo do tempo, bem como da predisposição pessoal de cada Irmão.

E ao final das contas fica uma tênue dúvida:

Você prefere perguntar ou responder ?



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