O presente artigo é um importante capítulo do livro Gestão Maçônica Inspiradora, de autoria do Irmão Mario Vasconcelos Trata-se de uma obra dedicada aos Irmãos que desejam evoluir pessoalmente e contribuir para uma Maçonaria mais vibrante, fraterna e atuante. Destina-se àqueles que estão comprometidos com a excelência no exercício de suas funções e que buscam progresso em sua jornada maçônica.
Eis um tema árido nesta caminhada pela Arte Real. Ao longo de nossa vida Maçônica e pelas vivências em mais de uma Oficina, em debates e edificantes diálogos com Irmãos e mesmo nas relações (por vezes nada fraternas) nas redes de relacionamento, temos traçado um esboço, uma imagem ainda que um pouco nebulosa da formação maçônica do chamado “maçom médio” que nos deixa, minimamente, preocupados com o futuro de nossa querida Maçonaria. Mas não somos os únicos. Há tempos que, ocasionalmente, o tema “Evasão Maçônica” vêm à tona e sempre, entre as razões desta evasão, surge a questão da má formação Maçônica.
Sim. A Maçonaria é responsável pela formação Maçônica dos Irmãos. E eu explico o grifo. Não raro vemos Aprendizes sendo iniciados com um grau de cultura geral superior a muitos Mestres da Oficina, no entanto, também não raro vermos Mestres confundindo muito os conceitos e misturando realidade e simbologia. A condição de Aprendiz, repito, é simbólica e deve ser considerada dentro da liturgia do Rito e da simbologia das circunstâncias Maçônicas. Ou seja, espera-se que o Mestre tenha um nível de cultura Maçônica muito superior ao Aprendiz por razões óbvias, mas é preciso que haja sempre respeito por estes novos Irmãos. É certo que a Ordem, em tese, nos nivela em Loja, mas o limite do respeito humano não pode ser ultrapassado. A inteligência destes neófitos não pode ser vilipendiada por pseudos mestres que, com o tempo, acabam por deixar cair a máscara da “sabedoria” e revelar que pouco ou quase nada sabem com profundidade Maçônica e, pior, ainda são Pedras muito lascadas no campo da Inteligência Emocional ou habilidades relacionais.
Uma pesquisa realizada pela GLESP, em 2018, com 15.229 Irmãos (65% do seu quadro de Obreiros) nos revelou um retrato interessante da população Maçônica desta Potência. Compartilho algumas dessas informações que nos ajudarão a refletir juntos sobre alguns pontos:
1) 81% dos Irmãos pesquisados eram Mestres (43,3% MM∴ IIr∴);
2) 83% dos Irmãos pesquisados tinham curso superior completo, mestrado ou doutorado;
3) 85% responderam que o que mais os atraía na Maçonaria era o Aprendizado;
4) Questionados sobre quais eram suas expectativas em relação à Ordem quando foram iniciados responderam: “que a Maçonaria proporcionaria uma evolução intelectual e espiritual, por meio de estudos diversos que viabilizassem estes objetivos”
5) A maioria dos AApr∴ e CComp∴ também salientaram a falta de iniciativas relacionadas à busca de conhecimento cultural e filosófico e (atenção para este item!) sentimento de desigualdade!
Já em outra pesquisa que serviu de base para o livro ELOS PARTIDOS - Diagnóstico e Prevenção da Evasão Maçônica, aproximadamente 31% dos Irmãos pesquisados apontaram como razões da Evasão, o “Descompromisso/Despreparo dos Mestres na Formação do Maçom” e a “Falta de leitura e estudo dos Mestres”.
Penso que estes dados já são suficientes para visualizarmos dois pontos importantes:
1. A necessidade de uma maior atenção, zelo e respeito para com nossos AApr∴ e CComp∴, através de uma atitude mais horizontal (lado a lado) do que vertical (sensação de superioridade);
2. Importância de olharmos com carinho e atitude, dentro de nossas Oficinas, para o planejamento, execução e monitoramento dos processos de formação Maçônica dos Irmãos.
Com relação ao item 2, felizmente, no que diz respeito à nossa Potência (GLESP), a atual gestão tomou a valorosa iniciativa de criação de uma Secretaria voltada especialmente para esta matéria: A Grande Secretaria de Educação, a qual teve como primeiro Grande Secretário o Irmão Alberto Feliciano, que capitaneou uma cruzada de divulgação dos processos de Mentoria Maçônica
Somou-se a isso a profícua fase de informatização por que passa a GLESP e as aulas com comentários acerca das Instruções foram disponibilizadas para todos os Irmãos da Potência, dentro de seus respectivos graus. Além disso, implementou-se um programa de formação de Mentores voltados para os Mestres Instalados interessados em colaborar nesta empreitada de fomento à Educação Maçônica. Com relação ao item 1, entendemos que o saneamento desta lacuna apontada pode estar a caminho por conta da própria formação e capacitação dos Mentores, em um círculo virtuoso onde estes irão orientar os Mestres que, por sua vez, poderão melhorar este relacionamento e esta postura em relação aos AApr∴ e CComp∴.
É claro que não desejamos generalizar! Há muitos e muitos Irmãos que já estão prontos para o Mestrado Maçônico e realizam com fraternal e edificante dedicação a tarefa de ensinar sem constranger ou humilhar.
E não há nenhum intuito em condenar quem assim não procede, mas estamos aqui para nos burilar. Somos imperfeitamente humanos! E estamos sujeitos a tropeçarmos na vaidade e realmente acreditarmos que a Exaltação tem a capacidade de fabricar, em minutos, um Mestre pronto.
Na verdade, chegamos rápido demais ao Mestrado Maçônico e a consciência de que não somos seres acabados, mas em construção, prossegue eternamente!!! Que não nos deixemos deslumbrar com o título de Mestre e tentemos ser, sim, gigantes na verdadeira humildade!
ENTRE NESTE LINK SE DESEJA ADQUIRIR ESTE LIVRO, COM PROMOÇÃO ESPECIAL.https://www.maconariacomexcelencia.com/post/a-formacao-maconica?fbclid=IwY2xjawK4pv1leHRuA2FlbQIxMQABHvgq6il8y_96-RT5VEVW3NBFHreGpE-OuBS3hpd3srrKJXEHozmejFhdJLTL_aem_hLb_BW_RV85llYKNRw3tPA
Nenhum comentário:
Postar um comentário