O Resp.’. Irm.’. Omar Furquim de Arruda, da Loja "Luz e Fraternidade Marapaniense", nº 2451, do Or.’. de Belém - PA, apresenta a seguinte questão:
Segundo a apostila do Seminário de Mestres Maçons, do GOB, as Joias Maçônicas são em número de seis, sendo três fixas e três móveis; as fixas são: a Pedra Bruta, a Pedra Cúbica e a Prancha de Traçar, correspondentes, respectivamente, aos graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre. O Irm.·. Varoli explica que, sendo joias fixas, elas devem permanecer sempre no templo. Ocorre que no Ritual Escocês do Primeiro grau, a Prancha de Traçar não é relacionada; além disso, nas Lojas que visitei, no Pará, como em outros Estados, não vi presente a joia do Mestre Maçom. Pergunto: há obrigatoriedade de sua representação em Loja? Caso positivo, porque isso não consta dos rituais?”
RESPOSTA:
Em qualquer rito, é obrigatória a presença das três joias. Já no painel do Primeiro grau, no Rito Escocês, pode-se notar a presença, não só da Pedra Bruta, apanágio do grau, mas, também, da Pedra Cúbica, que é do segundo grau, e da Prancha de Traçar, com a cruz quádrupla e a cruz de Santo André, inerente ao grau de Mestre Maçom. Além disso, existem ritos, como o de Schröeder, onde há o Tapete, que é desenrolado no centro do Templo e onde estão presentes os Painéis dos três graus simbólicos: a Pedra Bruta, a Pedra Cúbica e a representação pictográfica da 47ª Proposição de Euclides (que viria, com sua demonstração, a ser o famoso Teorema de Pitágoras), correspondendo, respectivamente, aos graus de Aprendiz, de Companheiro e de Mestre.
Nota-se, assim, que já desde o Primeiro grau, o de Aprendiz, estão presentes símbolos inerentes aos demais graus simbólicos, porque em qualquer Loja simbólica os Aprendizes desbastam a Pedra Bruta, os Companheiros trabalham sobre a Pedra Cúbica, que se encaixa, perfeitamente, nas construções, e os Mestres orientam os trabalhos, traçando os seus planos sobre a Prancha de Traçar. Não há razão para a ausência dela, no recinto do Templo.
As Joias Móveis (Esquadro, Nível e Prumo, correspondendo ao Venerável, 1º e 2º Vigilante, respectivamente) só estão presentes no Templo durante as sessões da Loja, quando estão sendo usadas por essas Dignidades (e são móveis porque são passadas aos novos titulares, que vão se empossando); as Joias fixas, por outro lado, estarão sempre presentes, enquanto o Templo estiver em pé e enquanto a Loja estiver com suas Colunas erguidas.
É claro que o Irm.’. Teobaldo Varoli Filho tem razão, em sua afirmativa; ele é um dos maiores ritualistas brasileiros de todos os tempos!
Fonte: revista A Trolha, nr. 37, de setembro/outubro de 1988.
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