Perceba que o fantoche não tem alma.
Ele não é dono de seu nariz.
Ele se distingue pelo ignóbil fato de ser manipulado.
O fantoche não pensa, não cria, não questiona, não discute...
Na cultura popular nordestina do Brasil há um tipo particular de fantoche, o mamulengo.
Talvez, pela ironia do destino ou pelos desígnios da Vida o mamulengo ganhou uma conotação pejorativa para designar pessoas sem vontade própria, sem autodeterminação, incapazes de formularem seus próprios conceitos a respeito do significado e da significância das coisas.
Repare que o Fantoche não vive.
Ele subsiste.
Sempre na condição de substrato de uma idéia ou de uma matéria...
A vantagem do fantoche é que a ele, jamais serão imputadas quaisquer responsabilidades.
Afinal de contas, ele não pensa e nem age por sí.
Ele é sempre produto de uma massa de manobra.
Tal qual o rebanho que obedece o vaqueiro e se deixa conduzir não se sabe pra onde.
O fantoche muge, repete ladainhas sinistras, faz tudo o que o chefe manda, e se deixa comprar por quinquilharias ou por um lanchinho meia boca, pra de algum modo, sentir o gostinho da vida....
Cuidado peão que a manada quer atravessar o pasto novamente e tornar mais áridas e improdutivas as terras por que passam
....
É vida que segue....
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