Deixando a ignorância para mais adiante, a recomendação ritualística é para os iniciados estudarem e acrescentarem motivos nas suas boas ações e reflexões. Também nos seus conteúdos que balizam seu crescimento intelectual, nesse contexto.
É bem sabido que em todos os graus da Maçonaria Simbólica, há a orientação para o desenvolvimento da compreensão e, obviamente, do cabedal, expressos nas suas apresentações e que complementam seu prontuário, seus arquivos laborais.
Verdade maior. Quanto mais procuramos saber, mais e melhor aprendemos o fazer, pois os acréscimos são, por analogia, o desbastar e, posteriormente, o polir cada bloco de pedra.
Essa tarefa artesanal, hoje em dia, se derrama sobre o papel quando o autor, agrupando palavras, expressões, parágrafos, montam a prancha também denominada peça arquitetônica, que tornar-se-á mais um assentamento e comporá seu edifício maçônico, ou seja, sua obra cultural/intelectual.
Vejam bem! Não há meio termo, tampouco, outras razões para abster-se. O chamamento é imperativo! O candidato em muitas situações pode declinar, mas ao assegurar com firmeza e prosseguir, não deve esmorecer.
Nesse comenos, a acolhida, a necessidade de fazer progressos e os incentivos fortalecerão suas conquistas intelectuais e o resultado aparecerá nitidamente, em cada trabalho ou oportunidade em que se manifestar, por iniciativa, convite ou obrigação.
Vejo com bons olhos a Grande Secretaria de Educação Maçônica - GSEM, bem como a biblioteca da GLESP nas mãos do Irmão/Imortal, Grande Bibliotecário Michael Winetzki. A primeira por possibilitar melhores aprendizados e capacitar os estudiosos no aprimoramento educacional/cultural; a segunda por oferecer infinitas possibilidades e recursos inesgotáveis.
Nos diferentes graus, cada obreiro poderá servir-se do material disponível, individualizando toda a explicação e, segundo o que se dispõe nos parâmetros estabelecidos em nossos rituais.
Já temos bastante elementos para enfrentar a ignorância, que é o estado de quem não tem conhecimento, cultura, por falta de estudo, experiência ou prática. Pode ainda ser ela a precursora de todos os outros males. E se a Maçonaria a combate, bem como os preconceitos e os erros, também recomenda o estudo e o aperfeiçoamento dos costumes, por meio da busca pelo entendimento e da reflexão, debruçando-se sobre os conteúdos ofertados pelos rituais e complementados pela GSEM e Biblioteca da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo - GLESP.
É notório os avanços já verificados em cada exposição. Em sendo cada obreiro um trabalhador incansável na edificação do seu verdadeiro patrimônio, ou seja, da sua cultura, cada detalhe torna-se um elemento destacado no conjunto da sua obra.
Do alicerce ao cobrimento tudo é bem pensado para harmonizar e complementar sua edificação. Feito os antigos construtores que conferiam a cada detalhe uma assinatura própria, os especulativos adornam seus trabalhos com a mais refinada literatura.
Que bom que é assim. Cumprimos com o nosso dever de tornar feliz a humanidade. Burilando nossos conhecimentos, enriquecendo-os, municiando nossas ações e nossas reflexões com o mais refinado trato, as mais necessárias filigranas, e todas as figuras de linguagem para qualificar nossos pensamentos e nossas composições. Nesse bojo, tudo o que apresentamos expõe o nosso interior, terreno onde semeamos o que há de melhor para germinarem em brotos, flores e, frutos saborosos.
Carreguemos e alinhemos, significa dizer: saibamos dosar e compreender que a oferta é igualitária e equitativa, mas o que fazemos com o recebido e processado segue o molde de cada um. Importantíssimo reiterar a participação de todos nesse aprendizado, nessa tarefa comunitária, nesse ágape cultural que tanto alimenta o cabedal individual. Todos os obreiros entregarão sempre o melhor assimilado, nesse labor diário e tão necessário à aculturação geral. Estamos satisfeitos com a evolução dos trabalhos nos canteiros de obra.
E há muita pedra para ajustar-se no edifício sempre em construção, desde tempos imemoráveis. Cada artesão deixa sua contribuição, sua arte e assinatura nos desbastes sob medida, de forma que tudo se encaixa, tudo se completa. Lição já ensinada pelo mestre Hiram Abiff, na edificação do Templo de Jerusalém, parecendo-nos que são os mesmos ajustes dos atuais padrões de tolerância normatizados.
Melhores acolhidos, os obreiros em preparação, reagem com mais maleabilidade, pois sabem que seus afazeres foram bem avaliados pelos mestres, sempre incumbidos do envolvimento, pelo exemplo, e pela dedicação ao prometido. Assim, as reuniões tornam-se mais atraentes e o nível de aculturação sobe em decorrência do verdadeiro pertencimento.
Acertaram o alvo, precisamente, com a criação da Grande Secretaria de Educação Maçônica. Todos os conteúdos disponíveis podem ser utilizados de forma a se evitar especulações e erros. Prosseguiremos explorando os saberes sensíveis dos nossos Rituais, convictos de que não descarrilaremos, pois, a segurança ofertada é gigante feito a natureza do que eles contêm. Todos ganham com isso!
Apropriando-nos dos perfis comportamentais disponíveis, em slides, sob o botão EaD, quais sejam: executor, comunicador, planejador, analista, cada obreiro com sua peculiaridade, orientado pelo seu mentor, percorrerá a trilha de capacitação seguro de que o melhor está por vir, pois já saiu da zona de conforto, venceu o medo inicial e está aprimorando seus saberes, pelo crescimento educacional.
Não estamos reiniciando nossas reflexões, mas como o símbolo da eternidade e conceito de infinito, também do que recomeça, o Ouroboros, pretendemos sedimentar tudo que está aqui, nas diversas sentenças e proposituras. Nosso intento é, ainda, ir e vir, A e Z, começo e fim, para garantir o entendimento de que tudo o que compõe essa obra, passa pela dualidade, sem entrar no fatídico, mas nos complementares. Zênite e Nadir!!!
Em sendo assim, dirijamos nossas atenções para o pavimento mosaico, item do painel dos aprendizes, parecendo-nos sugerir sempre que para percorrermos o caminho rumo a posteridade, todas as possibilidades serão compreendidas; todas as oportunidades serão avaliadas e filtradas, restando-nos as escolhas mais virtuosas e que resultarão nas melhores ações, ações amorosas e contagiantes.
O trabalho intelectual é uma manifestação de amor. O aprimoramento pessoal é uma contribuição para o aperfeiçoamento dos costumes. A manifestação humilde do que aprendeu é um pertencimento, e o melhor recomendado aos estudiosos. De forma que o sucesso maçônico alcança essas instâncias, num movimento rotacional, feito a circulação em Loja, em postura impávida.
E a obra de cada um será tanto mais colossal, quanto melhor sintonizada e contextualizada. Significa dizer que a fidelidade aos estudos ofertados por nossa Grande Loja e, segundo o estruturado em nossos Rituais do Simbolismo, resultará no refinamento o mais necessário, para não perdermos o bonde da história.
Assim, burilando o que já sabemos, acrescentando o que mais aprendemos, enriquecemos a nossa arte, arte de construir pontes, em lugar de muros; arte de construir templos, em lugar de masmorras; arte de construirmos relações estreitas e fortes, a exemplo dos laços de fraternidade que unem como verdadeiros Irmãos. Arte Real, digamos bem, pois estamos exercitando o pensamento, permitindo inovações e disseminando saberes na forma de alquimia, solvendo e coagulando, pensamentos e ações. Oxalá!!!
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