O alemão Martin Niemöller, um pastor luterano, foi preciso em uma de suas citações pós - guerra, onde aborda o risco de ser indiferente com o que, aparentemente, não nos atinge.
• ...“Primeiro eles vieram buscar os socialistas, e eu fiquei calado — porque não era socialista.
• Então, vieram buscar os sindicalistas, e eu fiquei calado — porque não era sindicalista.
• Em seguida, vieram buscar os judeus, e eu fiquei calado — porque não era judeu.
• Foi então que eles vieram me buscar, e já não havia mais ninguém para me defender."...
Algo interessante neste contexto é que, como patriota, Martin foi adepto do programa nazista no início, mas os desdobramentos dos meios empregados deturparam a motivação e tornou-se opositor, cumprindo 2 anos na prisão.
Todos nós temos nossos conceitos sobre o que julgamos ser o certo ou o errado e por eles deveríamos nos posicionar sem questionar o óbice.
Infelizmente, ainda há quem se valha da posição confortável que ocupa, em qualquer cargo ou função, e se aquiete frente às injustiças que observa.
Ainda que não tenha a ação direta, a omissão no permitir torna-o cúmplice passivo e, na verdade, um covarde, porquê é consciente.
E aqui não se classifica o ato, não precisa ser um crime, basta a isenção em qualquer situação adversa que ocorre nos grupos dos quais participa.
E mesmo no ambiente familiar, quando, por vezes, o silêncio não é sinônimo de aceitação, mas de comodismo pela fuga do debate, quando não lhe condiz o desgaste.
É preciso coragem para ser justo e esta perfeição só se alcança com o sentimento de cumplicidade para com o que é certo, não importando os agentes.
Aproveite o dia para tomar posição racionais e defender o que acredita.
Não seja extremista, pois, como o pastor Martin, sua crença é no conceito e não em quem se manifesta e muito menos em seus meios empregados.
E jamais seja um omisso, pois a INDIFERENÇA há de lhe custar a liberdade e a Solidão..

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