novembro 08, 2025

TEM UM TRABALHINHO AÍ, SOBRANDO ? - Newton Agrella


(reminder)

Não raro, observa-se na Maçonaria, Irmãos pleiteando de outros, possíveis Trabalhos, para que possam se valer dos mesmos, com o intuito de apresentá-los em Loja, ou mesmo como instrumentos para poderem galgar graus superiores na Ordem.

Como se fosse uma mera escolinha, sem qualquer cerimônia, estes Irmãos contatam e consultam outros para saber se teriam alguma Peça de Arquitetura, sobre determinado tema.

Essa é uma demonstração cabal do despreparo e do frágil comprometimento que o suposto Obreiro tem para com a Ordem.

Cabe registrar, que por outro lado, ironicamente, há também anúncios nas mídias sociais, de  ofertas de Trabalhos Maçônicos, para aqueles que demonstrarem interesse.

Embora pareça inacreditável, mas estes procedimentos "surreais", vem se tornando cada vez mais frequentes.

O descompromisso e a aleatoriedade, revelam o nível de inconsciência, daqueles que se pressupõem vinculados aos princípios éticos e morais de uma instituição filosófica única.

A desfaçatez não tem limites.

Em nome de prosaicas e infames alegações e de inócuas justificativas , tais como:

falta de tempo, dificuldades para pesquisa, carência de fontes bibliográficas e até mesmo como meio de facilitação, os supostos Obreiros, optam pela "lei do menor esforço".

Esse procedimento, que tem se tornado cada vez mais comum, impõe que se indague: 

Por que quis ser Iniciado ? 

Qual seu real objetivo na Maçonaria ?

Quais as suas expectativas ?

Enfim, não há qualquer lógica, para alguém que pretende se inteirar e percorrer um caminho cheio de desafios na busca de um aprimoramento interior, abster-se de estudar, pesquisar, esforçar-se, ler e especular como meios legítimos para alcançar um nível de consciência humana mais elevado.

A preguiça mental e o desprezo na busca da própria evolução intelectual e espiritual, são provas irrefutáveis, de que um imenso contingente de maçons, permanecerá  "ad aeternum" para serem reconhecidos como tais.

De nada valem, tapinhas nas costas, elogios fáceis, copos d'água intermináveis, e um mundo de medalhas ostentadas no peito, tal qual uma "égua de cigano", se seu interior é oco e vazio, desprovido de toda gama de lições filosóficas que a dialética maçônica pode oferecer, àquele que dela pretende se valer, como instrumento de apoio e base para a verdadeira evolução humana.

A frasezinha funesta "quem não cola, não sai da escola", é tudo, menos consistente, e a insistência em se inspirar nela como mecanismo prático e eficaz, só contribui para que o nível de compreensão e desenvolvimento pessoal maçônico se mantenha estagnado.

Pensar não dói e nem cansa, e é o exercício mais completo para a alma, o espírito e o intelecto.



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