II - CONTEÚDO ESTELAR DA ABÓBADA
Quanto à cor da abóbada, esta deve ser azul celeste, podendo, entretanto, nela haver uma gradativa mudança da tonalidade mais clara para o Oriente e mais escura para o Ocidente – representação da aurora e do ocaso do Sol.
Estarão representados na abóbada o Sol e a Lua, as constelações de Orion, Híadas, Plêiades e Ursa Maior, os planetas Mercúrio, Vênus, Júpiter e Saturno e as cinco estrelas: Arcturus (da constelação Bootes), Spica (da constelação Virgem), Aldebaran (da constelação Taurus), Régulus (da constelação Leão) e Fomalhaut (da constelação Piscis Austrinus), além da estrela Antares (na constelação de Scorpius).
II.1 – LUMINÁRIAS
O SOL e a LUA – o primeiro estará no Oriente e a segunda no Ocidente, mostrando com isso a transição do dia (Oriente) para a noite (Ocidente). É importante se observar que o Sol estará próximo ao dossel do Altar ocupado pelo Venerável Mestre, mas não propriamente sobre o zênite[2] e sim levemente deslocado para sudeste, considerando-se o ponto de vista do hemisfério norte onde nasceu a Sublime Instituição e o Sul (Meio-dia), mais iluminado que o norte (ver plano do teto do Templo em anexo). Quanto a Lua, em quarto - crescente, estará na abóbada, sobre a mesa ocupada pelo Primeiro Vigilante no Ocidente (ver plano do teto do Templo).
Nota: Observe-se que é o Venerável que abre a Loja enquanto o Segundo Vigilante observa o Sol na sua passagem pelo meridiano e o informa que é Meio-Dia. O Primeiro Vigilante, que o ocaso do Sol – Meia-Noite - fecha a Loja, paga os Obreiros e os despede contentes e satisfeitos. Notar a marcha aparente do Sol e a sua representação simbólica.
ATENÇÃO – Não confundir com o Sol e a Lua do Retábulo do Oriente.
II.2 – CONSTELAÇÕES
ORION – Localizada na porção mediana entre a estrela Aldebaran e o meridiano do Meio-Dia, do zênite para o quadrante Sul (ver plano do teto do Templo em anexo). Essa constelação composta por três estrelas alude, dentre outros, ao número correspondente ao Grau de Aprendiz.
HÍADAS – Localizada no quadrante Norte - Nordeste, próxima ao horizonte boreal[4] e da estrela Arcturus (ver plano do teto do Templo em anexo). Essa constelação composta por cinco estrelas alude, dentre outros, ao número correspondente ao Grau de Companheiro.
PLÊIADES - Localizadas no quadrante Norte, entre o zênite a linha do horizonte boreal, perpendicular à constelação de Orion e um pouco próxima à estrela Aldebaran (ver plano do teto do Templo em anexo). Essa constelação composta por sete estrelas que contornam uma central (sete ou mais) alude, dentre outros, ao número correspondente ao Grau de Mestre.
Nota: Três governam a Loja (Orion), cinco a compõem (Híadas) e sete ou mais a completam e a tornam perfeita (Plêiades).
URSA MAIOR – É a constelação visível apenas no hemisfério norte e exprime um sentido de orientação tal qual o Cruzeiro do Sul está para o hemisfério sul. Partindo-se da premissa de que nosso ponto de observação é o do hemisfério norte, obviamente a sua representação encontra-se presente. Composta por sete estrelas encontra-se localizada bem próxima à linha do horizonte boreal, no quadrante Norte – Noroeste da abóbada (ver plano do teto do Templo em anexo).
II.3 – PLANETAS
MERCÚRIO – Planeta que é representado por uma estrela que está localizada na abóbada na sua porção oriental, quadrante nordeste, próximo ao Sol (ver plano do teto do Templo em anexo). Por ser o planeta que mais rapidamente circula em torno do Sol, cujo nome corresponde a um deus mitológico veloz e astuto, representa o Mestre de Cerimônias, pois esse Oficial maçônico, sempre circulando pelo Templo, como elemento de ligação, imita o planeta.
JÚPITER – Planeta também representado por uma estrela que se encontra localizada na abóbada em sua porção oriental, quadrante sudeste, entre o Sol e a linha do horizonte austral[5], entretanto mais afastada da linha do horizonte oriental do que Mercúrio (ver plano do teto do Templo em anexo). Júpiter no panteão dos deuses babilônicos representava o régio senhor dos homens, associado à força, simboliza o Primeiro Vigilante.
VÊNUS – Representada por uma estrela, o planeta encontra-se situado no zênite da abóbada, na porção ocidental próximo a linha do horizonte (ver plano do teto do Templo em anexo). Vênus, feminilizado na mitologia babilônica e sendo a deusa mágica da fertilidade e do amor, simboliza a beleza, por conseguinte o Segundo Vigilante.
SATURNO – O planeta é representado com os seus anéis e circundado pelos nove satélites naturais (luas). Está situado na porção ocidental da abóbada, próximo ao Oriente entre o zênite e a linha do horizonte austral, próximo da estrela Spica, (ver plano do teto do Templo em anexo). Corresponde ao deus babilônico frio e cruel; com seus “anéis”, simboliza a riqueza (metais), por conseguinte, por esse aspecto, simboliza o Tesoureiro.
Observação: A despeito de que a representação do planeta Saturno na abóbada demanda de uma arte mais apurada, o que muitas vezes se torna bastante dispendioso, é tolerada a sua representação através de uma estrela, obviamente que nesse caso, sem os anéis e as respectivas luas (satélites naturais).
Nenhum comentário:
Postar um comentário