(atualização)
Inobstante seu caráter iniciático, comum às sociedades ou fraternidades de âmbito místico, esotérico e/ou filosófico, a Maçonaria Especulativa é antes de tudo, uma instituição de cunho eminentemente filosófico, que se apoia num sistema de graus para indicar a evolução e o progresso que seus adeptos podem desenvolver ao longo de sua prática e de sua trajetória, aliadas ao acúmulo de conhecimentos e experiências - notadamente no que diz respeito aos estudos ligados às relações ontológicas e anímicas - que dizem respeito ao Universo e às suas origens.
Essa filosofia encerra em sua essência a investigação da dimensão do mundo real, da realidade empírica, da sensibilidade de tudo o que envolve a vida humana e claro, o aprimoramento do nível de Consciência, como protagonista deste processo, cujo mote se constitui na lavra simbólica da pedra bruta e no aprimoramento do templo interior humano.
Como característica inequívoca desta filosofia, a Maçonaria se ocupa em se aprofundar na arquitetura do polimento da pedra, conferindo-lhe forma e beleza, sob a égide da ética e da moral, da ciência e dos saberes lógicos e racionais.
Ocupa-se ainda, através da Simbologia, de estudar temas que digam respeito às disposições da alma, do espírito, do intelecto e da razão que produzam um conhecimento válido, a partir de sua constante argumentação.
A Maçonaria Especulativa, por meio de símbolos e alegorias, independentemente de suas variantes e interpretações ritualísticas, tem como propósito filosófico, aguçar o pensamento crítico, por meio de reflexões e principalmente através do questionamento sobre o porquê das coisas e seus significados.
A Maçonaria é fiel depositária do combate ao obscurantismo, aos preconceitos, bem como às falácias e sofismas.
E antes de tudo isso, ela rejeita rótulos e principalmente dogmas, como formas de impedir a fluidez e a liberdade de pensamento.
Através do espirito crítico, a filosofia da Arte Real, estimula o ser humano a elaborar seus pensamentos e a tirar suas conclusões das circunstâncias e experiências vividas, por meio de um gatilho chamado "discernimento" - situado entre a sabedoria e o conhecimento - tornando-o assim, difícil de ser manipulado.
A filosofia maçônica, faculta ao homem, a liberdade de crer, praticar e seguir qualquer credo, religião, doutrina ou seja qual for o processo de conexão transcendental ou metafísica, que melhor o situe nesta ligação divinal, assim como não distingue seus membros por etnia, raça ou cor.
A Igualdade, a Fraternidade e sobretudo a Liberdade, são a tríplice argamassa que dão o caráter universal à Maçonaria, cujo princípio filosófico se estabelece como uma bússola para que se possa exercê-la, bem como espera de seus adeptos a consciência sobre um Princípio Criador e Incriado do Universo, a que se pode intitular o nome que for, mas que simboliza a geração e origem de todas as coisas e inclusive de nossa própria Existência.
Fechando esse breve episódio, cabe deixar expresso que a Maçonaria, é a Filosofia que busca entender os princípios de tudo o que há no Universo, criando assim, símbolos para as definições conceituais.

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