No final das contas, este "nada" sobre o qual gira o tema da Maçonaria é o que cada maçom deve procurar dentro de si.
No final das contas, você só enxerga se estiver preparado para tal, se estiver preparado para essa tarefa, mas se estabelecer um pré-conceito de que tudo o que acontece dentro dos ritos é irrelevante e que nada há para ser aprendido, vai deixar escapar uma importante chance de entender porque a maçonaria existe há tanto tempo, e porque abarca tanta gente dos mais diferentes povos e nações, trazendo evolução, desenvolvimento e democracia por onde passa.
Somos uma instituição que desenvolve moralmente, velada em alegorias e ilustrada por símbolos, que exige de seus membros esforço pessoal, estudo e sobretudo persistência para alcançar novos níveis de conhecimento.
Observar de maneira superficial e deixar passar é algo habitual a quem está no início da jornada e tem este primeiro contato com a doutrina maçônica, mas, ao final o foco e a dedicação faz com que o aparente "nada" encerre conhecimentos vitais para a própria evolução de quem os encontra.
Há períodos em quem é preciso enfrentar os paradigmas, é preciso "crer para ver", e não o contrário.
O brilhante Pitágoras, apesar dos "nadas" que encontrou pelo caminho, teve humildade para enfrentar cada iniciação, pela qual passou, tirando lições de Tales de Mileto, Anaxímenes, Anaximandro e Polycrates.
No Egito, Babilônia e Índia, pôde absorver coisas importantes, que ao final resultaram nos conhecimentos, com os quais presenteou os aprendizes da Escola de Krotona.
No final, isto irá remeter ao texto enviado, e por mais que nossa ciência seja especulativa, nós trabalhamos.
A passagem do operativo para especulativo não significou a mudança do trabalho para o ócio, mas sim a mudança da forma de se trabalhar.
Neste caminho de aprendizes, chegamos a conclusão que trabalhamos para a construção de um templo, da mesma forma que os antigos irmãos operativos, mas nosso templo não é material, nós somos este templo.
Lapidar a pedra bruta, também significa que precisamos nos livrar dos véus que impedem de enxergar a beleza do trabalho que estamos desenvolvendo dentro da maçonaria e também no mundo profano.
O “nada”, que leva muitos a perda do interesse, no final das contas, nada mais é que o abandono de uma obra em seu princípio.
Podemos não enxergar o templo, pelo fato de nada ainda ter sido construído em determinado terreno.
Mas se o material da obra fosse buscado, transportado e, finalmente assentado, aquele terreno infrutífero se tornaria um belo templo material.
No final das contas, aquele que vê “nada” e não prossegue, só não tomou para si a tarefa de iniciar-se na obra imaterial, esta que se encontra em seu “canteiro” no interior de seu ser.
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