maio 01, 2025

O OBREIRO DA ARTE REAL E O DIA PRIMEIRO DE MAIO - Hélio P. Leite




Comemora-se no Brasil e em outros países, o Dia do Trabalhador, no primeiro dia do mês de maio, em nosso calendário anual. 

Este dia é considerado feriado internacional, é uma data histórica, na luta da mão de obra contra o poder do capital. 

Embora nos países socialistas, de regimes totalitários, o trabalhador sempre foi e me parece continua sendo apenas "massa de manobra" do poder dominante. 

Nos países democráticos, no entanto,  o trabalhador é visto como  força de trabalho, necessária para o desenvolvimento econômico do Estado e do capital privado, e por isto é protegido por direitos adquiridos ao longo do tempo.

No Brasil, as leis trabalhistas surgiram nos governos do Presidente Getúlio Vargas, que sempre começava seus discursos com a frase: "Trabalhadores do Brasil". 

Com ele surgiram vários direitos trabalhistas; o salário-mínimo, que deveria ser suficiente para a manutenção de uma família, conforme dito em nossa Constituição Federal atual, embora não se traduza em realidade. 

Ou seja, o menor salário que um trabalhador sem qualificação tem direito é muito pouco para manter sua família e muito para os seus empregadores, em face da pesada carga de impostos  que lhes são cobrados, para manter em funcionamento os seus empreendimentos empresariais.

Mas, o  meu artigo de  hoje, -  em que se comemora, no Brasil, o Dia do Trabalhador remunerado, em que pese o respeito que devemos ter por todos os cidadãos brasileiros que lutam com muitas dificuldades para manterem suas famílias, - tem por objetivo destacar uma classe de trabalhadores não remunerados, que prestam diuturnamente serviços como voluntários, pelo ideal e só pelo ideal, para tornar feliz a humanidade.

E neste sentido destaco uma classe  de Obreiros da Arte Real, - denominação que também se dá a Maçonaria, - que exercem o honroso cargo de Venerável Mestre de uma Loja Maçônica, considerada a célula máter de uma Instituição, denominada Potência Maçônica, que assumem voluntariamente um encargo de conduzir uma Oficina Maçônica, como líder dos obreiros de sua Loja, por um determinado período de tempo, sem nenhuma remuneração financeira, e sem limite de horário.

Ao meu sentir, o maçom que assume em sua Loja o cargo de Venerável Mestre é, sem sombra de dúvida, um verdadeiro operário na construção do edifício social de sua confraria; se transforma num trabalhador incansável na luta para bem conduzir os destinos de sua Oficina; e de manter o ambiente fraterno entre os seus irmãos de Loja em nível harmônico.

Segundo se comenta, no Brasil, somos mais de seis mil Lojas maçônicas, cada uma dirigida por um Venerável Mestre ou Mestre de Loja, dependendo do Rito que pratica. 

Isto é, temos uma classe de trabalhadores na Arte Real - uma força de trabalho maçônico - responsável pela boa condução destas células que compõem uma Potência Maçônica, a qual, depende da competência desta mão de obra fraterna para atingir seus objetivos com sucesso.

Em síntese, são estes trabalhadores fraternos, que exercem o honroso cargo de Venerável Mestre de sua Lojas, que em conjunto realizam a grande missão de manter unida e produtiva a grande família maçônica no Brasil, composta atualmente por um contingente em torno de um milhão de brasileiros.

Razões estas, que me inspiraram  neste dia em que se comemora em nosso país o Dia do Trabalhador, homenagear nossos irmãos de Ordem que, neste exato dia, estão desempenhando suas funções como condutores de homens livres e de bons costumes, sacrificando seus tempos livres, seus compromissos familiares e profissionais, para honrarem o compromisso assumido quando de suas respectivas posses neste importantíssimo cargo maçônico.

Honra a quem Honra! Salve o Dia do Trabalhador. 

Salve os nossos Irmãos Veneráveis Mestres!


TEU DIA TRABALHADOR, 1º de Maio - Adilson Zotovici


Trabalhador  te saúdo

Se operário, professor...

Não pode o mundo estar mudo

Nesse dia em teu louvor


És um ser forte, raçudo,

Se tens ou estás sem teu labor

Mais que a sorte, sobretudo,

Creres em ti com destemor


Tua força na terra aludo

Só sob a Fé no Criador

Qual encerra teu escudo


Saibas bem o teu valor

Teu suor sustenta tudo

Homem do bem, trabalhador !



ISRAEL 77 ANOS, PALESTINA 2000 ANOS - Mashkif Chitzoni


Os auto denominados Palestinos afirmam que Jesus era Palestino. Se realmente a Palestina existe desde a época de Jesus, eles deveriam mostrar ao mundo as conquistas que realizaram nestes mais de 2000 anos.

Os Israelenses que, segundo eles, são “invasores”, estão aqui só há 77 anos (após a “ Nakba”). Estes Judeus deixaram o sofrimento do holocausto para traz e decidiram pensar no futuro. Ao invés de carregar chaves de suas casas perdidas, passaram a carregar a determinação que beneficiam a si próprios, a seu povo e ao mundo 

Convido os “ Palestinos” de milhares de anos a apresentar lista similar à que segue. São conquistas Israelenses em apenas 77 anos.

Antes, no entanto, agradeço a Ezra Elissaf que elaborou o compêndio a seguir - o que Israel fez!

*No Esporte*

- 31 campeões mundiais israelenses em diversos esportes.

- 9 medalhistas olímpicos israelenses.

- O técnico israelense, David Blatt, está nas finais da NBA.

- O técnico israelense, Avraham Grant, está na final da Liga dos Campeões.

- 116 israelenses são medalhistas nos Jogos Paralímpicos.

- 5 vezes um time israelense participou da Liga dos Campeões.

- A seleção israelense de futebol participou da Copa do Mundo uma vez.

- A dupla de tenistas israelense, Andy Ram e Yoni Erlich, venceram um Grand Slam.

- A seleção israelense de basquete se qualificou e disputou o Campeonato Europeu 29 vezes.

- 6 vezes um time israelense de basquete venceu o Campeonato Europeu (Maccabi Tel Aviv).

*Na Pesquisa e Ciência*

- 12  israelenses ganharam o Prêmio Nobel.

- 26 israelenses conseguiram o Prêmio Wolf.

- 15 israelenses ganharam o Prêmio Godal.

- 5 israelenses que ganharam o Prêmio Turing.

- 2 israelenses que ganharam a Medalha Euler.

- 3 israelenses ganham o Prêmio Nemers de Economia.

- 2 israelenses ganharam a Medalha Nacional de Ciência.

- Um israelense, Hillel Furstenberg, ganhou o Prêmio Abel.

- Um israelense, Ailon Lindenstrauss, ganhou a Medalha Fields.

- Um israelense, Shmuel Noah Eisenstadt, conquistou o Prêmio Holberg.

- Um israelense, David Weisbord, ganhou o Prêmio Estocolmo de Criminologia.

*Nas Artes*

- 4 israelenses venceram o famosíssimo Prêmio Eurovision.

- 2 israelenses ganharam um prêmio Emmy.

- 3 israelenses ganharam o Prêmio Pulitzer.

- 5 vencedores do prêmio Grammy são Israelenses.

- 4 israelenses ganharam um Oscar.

*Destaques*

- Omri Caspi, o primeiro israelense na NBA e Dany Abadia fazendo sucesso lá.

- Gal Gadot, uma israelense se sobressai no cinema.

- Ilan Ramon, um astronauta israelense no espaço.

*Algumas invenções israelenses*

- Waze para o trânsito.

- Uzi para a defesa.

- Bamba para o paladar.

- Irrigação por gotejamento

- Ituran para proteção anti roubo.

- Copaxone para tratar multi esclerose.

- Foguete Flecha, anti foguetes inimigos.

- Mobileye para o trânsito.

- ICQ para digitar no telefone.

- Painel solar.

- Cúpula de Ferro, defesa anti mísseis.

- Pen Drive para armazenar dados.

- Tanque Merkava, o melhor da atualidade.

- Tomate cereja.

- Aeronaves não tripuladas.

- Capacete de piloto de caça.

*Israel aos 77 anos*

- Nove milhões de pessoas.

- Um exército de defesa espetacular.

- Medicina avançada.

- Economia forte.

- Educação acima da média.

- Maior lançadora de livros per capita no mundo

- 10 Universidades e incontáveis faculdades, num país com nove milhões de habitantes 

A lista acima é  apenas de feitos israelenses. Se somarmos à lista feitos de judeus, a lista fica interminável.

*Por outro lado, eis a produção Palestina nos seus “2000 anos” de existência*

- Em 1964 inventaram um país que chamam de Palestina 

- Inventaram os “Homens Bomba”

- Massacres de bebês e de idosos como “ferramenta de libertação nacional”

- Lançadores de morteiros e mísseis Kassam improvisados, baratos e descartáveis.

- Uso inovador de balões infantis para colocar fogo em campos de cultivo de alimentos em fazendas israelenses

- Estilingues modernos, baratos de produzir, para apedrejar pessoas fáceis de usar até mesmo por crianças pequenas.

A Essência DO TRABALHO Maçônico - Charles Evaldo Boller

 










Sessão maçônica não é mera leitura de atas, expediente e planejamento de festas;

A essência do trabalho é o filosofar maçónico

 Significa:

Auto-educação;

Humanização; 

Fomento e manutenção de amizades fraternas;

Pratica das Virtudes;

Patriotismo;

Serviço à humanidade;

Desenvolvimento de empatia;

Superação de vícios;

Controle de paixões desenfreadas e degradantes; 

Evitar a maledicência;

Tudo alicerçado no desenvolvimento do filosofar maçônico; 

A conquista da luz simbólica do conhecimento maçónico. 

A busca desta luz é tarefa individual, intransferível! 

Ninguém a dá e constituem os louros da vitória de uma longa jornada, ao final da qual, o Maçom dá honra e glorifica a maravilhosa obra criativa do Grande Arquiteto do Universo.

abril 30, 2025

ARBLS EXCELSIOR 2391 - São José dos Campos

 



    Cerca de 30 irmãos de diversas Lojas da região e outro tanto de cunhadas e convidados ´participaram da Sessão Magna Pública organizada pela Augusta Respeitável Benfeitora  Loja Simbólica Excelsior 2391, conduzida pelo jovem e dinâmico Venerável Mestre irmão André Pereira. O prédio da Loja é novo e muito bonito, um condomínio maçônico que chama a atenção pela bela decoração.
    A Loja estava engalanada na noite de ontem para assistir a palestra "1666 - O incêndio de Londres e a origem da maçonaria especulativa." Apesar de parecer um tema estranho para apresentar às cunhadas e convidados, o Venerável Mestre entendeu que era interessante lhes apresentar a origem histórica da maçonaria e as razões daquilo que os irmãos fazem em Loja. De fato, a palestra despertou grande interesse e curiosidade, e até mesmo crianças que a assistiram participaram com mostraram que haviam aprendido e entendido, com perguntas durante a palestra e comentários na hora do ágape.
    A exposição dos livros dos autores da Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras, instalada em uma salinha especial, teve grande movimento de interessados em conhecer as obras expostas.
    Ao final da apresentação as cunhadas prepararam um ágape a base de deliciosos caldos e sanduíches, ideal para uma noite que estava fria, a 17 graus.
    

A QUESTÃO DOS DETALHES - Heitor Rodrigues Freire



A vida, essa fonte infinita de sabedoria, nos proporciona ensinamentos perenes, que bem entendidos e assimilados se tornam meios permanentes de conhecimento e aprendizado.

Para isso, é indispensável estarmos atentos aos seus ensinamentos, que quase sempre se realizam por meios que exigem interpretação e decifração, pois muitas vezes são constituídos por enigmas. 

Daí a importância de nos atentarmos aos detalhes. 

Detalhe é uma palavra de origem francesa, détail, que designa as particularidades, especificidades ou circunstâncias de alguma coisa. Ele é importante em muitas áreas, como nas investigações, onde um detalhe pode ser algo essencial para se conseguir solucionar um caso. Pode também ser importante num relacionamento, com as mínimas coisas percebidas ao longo da rotina, demonstrando que a outra pessoa se importa realmente.

Um profissional atento aos detalhes costuma realizar as tarefas com mais afinco e eficiência. Nas empresas, essas pessoas acabam se destacando. São aquelas que conseguem manter o foco durante a realização de procedimentos referentes a suas áreas de atuação. Quem é produtivo costuma antecipar as coisas, criar soluções inovadoras e fazer o melhor uso dos recursos e também tem iniciativa. Esses detalhes fazem toda a diferença na vida dos profissionais e na própria empresa.

A importância dos detalhes pode estar em qualquer lugar:

Não são os grandes planos que dão certo; são os pequenos detalhes.

Deus está nos detalhes. 

O Diabo está nos detalhes.

Existe uma certa grandeza em repetir todos os dias a mesma coisa. 

Grandes ideias surgem da observação de pequenos detalhes. 

Devemos ser gratos a Deus pelos pequenos detalhes.

O lado bom da vida está em parar e contemplar a beleza que vive nos detalhes.

Não deixemos que a correria da vida nos faça perder de vista o reconhecimento da riqueza dos detalhes. Afinal, são os detalhes que fazem a diferença.  E apesar de serem apenas detalhes, não são necessariamente pequenos.

Pequenos detalhes muitas vezes fazem mais diferença na vida das pessoas do que grandes acontecimentos. Quem não dá importância aos detalhes, não terá êxito nas grandes coisas, pois as coisas grandiosas são compostas pelas pequeninas. 

“Deus está nos detalhes", costumava dizer Aby Warburg (1866-1929) – historiador de arte alemão, célebre por seu estudo sobre o ressurgimento do paganismo no renascimento italiano – diante das imagens sacras. 

Roberto Carlos, o Rei da juventude, já cantou: “Detalhes tão pequenos de nós dois são coisas muito grandes pra esquecer, e a toda hora vão estar presentes, você vai ver”.

A vida é feita de detalhes.



A vida, essa fonte infinita de sabedoria, nos proporciona ensinamentos perenes, que bem entendidos e assimilados se tornam meios permanentes de conhecimento e aprendizado.

Para isso, é indispensável estarmos atentos aos seus ensinamentos, que quase sempre se realizam por meios que exigem interpretação e decifração, pois muitas vezes são constituídos por enigmas. 

Daí a importância de nos atentarmos aos detalhes. 

Detalhe é uma palavra de origem francesa, détail, que designa as particularidades, especificidades ou circunstâncias de alguma coisa. Ele é importante em muitas áreas, como nas investigações, onde um detalhe pode ser algo essencial para se conseguir solucionar um caso. Pode também ser importante num relacionamento, com as mínimas coisas percebidas ao longo da rotina, demonstrando que a outra pessoa se importa realmente.

Um profissional atento aos detalhes costuma realizar as tarefas com mais afinco e eficiência. Nas empresas, essas pessoas acabam se destacando. São aquelas que conseguem manter o foco durante a realização de procedimentos referentes a suas áreas de atuação. Quem é produtivo costuma antecipar as coisas, criar soluções inovadoras e fazer o melhor uso dos recursos e também tem iniciativa. Esses detalhes fazem toda a diferença na vida dos profissionais e na própria empresa.

A importância dos detalhes pode estar em qualquer lugar:

• Não são os grandes planos que dão certo; são os pequenos detalhes.

• Deus está nos detalhes. 

• O Diabo está nos detalhes.

• Existe uma certa grandeza em repetir todos os dias a mesma coisa. 

• Grandes ideias surgem da observação de pequenos detalhes. 

• Devemos ser gratos a Deus pelos pequenos detalhes.

• O lado bom da vida está em parar e contemplar a beleza que vive nos detalhes.

Não deixemos que a correria da vida nos faça perder de vista o reconhecimento da riqueza dos detalhes. Afinal, são os detalhes que fazem a diferença. E apesar de serem apenas detalhes, não são necessariamente pequenos.

Pequenos detalhes muitas vezes fazem mais diferença na vida das pessoas do que grandes acontecimentos. Quem não dá importância aos detalhes, não terá êxito nas grandes coisas, pois as coisas grandiosas são compostas pelas pequeninas. 

“Deus está nos detalhes", costumava dizer Aby Warburg (1866-1929) – historiador de arte alemão, célebre por seu estudo sobre o ressurgimento do paganismo no renascimento italiano – diante das imagens sacras. 

Roberto Carlos, o Rei da juventude, já cantou: “Detalhes tão pequenos de nós dois são coisas muito grandes pra esquecer, e a toda hora vão estar presentes, você vai ver”.

A vida é feita de detalhes.


abril 29, 2025

ARLS A CONSTITUCIONALISTA DE 32 - Caçapava

 




Ontem a noite ministrei a palestra  "Fundamentos Judaicos na Maçonaria - Uma visão da contribuição judaica na formação dos ritos maçônicos". O Venerável Mestre irmão Max Cleberson Santos Cunha Cunha, amigo há mais de duas décadas, organizou o evento que lotou o Templo com mais de 50 irmãos de 15 Lojas da região. Ao mesmo tempo organizei mais uma mostra dos trabalhos literários dos autores da Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras.


Está Loja, do Rito Adonhiramita foi fundada há pouco mais de seis meses, mas o dinamismo do VM já a coloca em destaque no Vale do Paraíba.


O irmão Max, de origem paraense, mas com quem já compartilhei cultura maçônica em Goiás e em São Paulo mantém com firmeza as tradições de sua terra e o ágape de ontem foi um prato típico do Pará, a maniçoba, uma espécie de feijoada preparada em folhas de maniva, a mandioca venenosa, cujas folhas ficam sete dias cozinhando para perder o veneno, e que tem um sabor exótico e delicioso.


Além do jantar, todos receberam uma aula sobre a cultura paraense e dos grandes caldeirões de maniçoba, não sobrou nada. 

Parabéns meu orgulho, o Max enviou uma mensagem que reproduzo abaixo:


Meu Amado Irmão Michael Winetzki, agradecemos penhoradamente a sua presença em nossa Loja na Sessão de ontem. Todos os Amados Irmãos de A Constitucionalista de 32 agradecem e se sentiram honrados com vossa palestra. Meu Irmão, sua palestra de ontem, pela riqueza de informações e pela forma de exposição, com segurança e proficiência, demonstram o porque voce se tornou um dos maiores, senão o maior palestrante da Maçonaria Brasileira. A voce, nossa eterna gratidão.

A HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARA ADULTO - Kennyo Ismail

 

Como a Maçonaria Operativa sucumbiu diante da Maçonaria Especulativa?

Diversos historiadores maçons se dedicaram a contar e recontar a história do surgimento da Maçonaria Especulativa como conhecemos hoje. As versões são geralmente bastante similares entre si e, pelo conteúdo, se parecem com as histórias contadas para crianças antes de dormir:

“Era uma vez, há muito tempo atrás, os maçons operativos, que construíam castelos e catedrais. Eles começaram a aceitar nobres, burgueses e intelectuais na Maçonaria, chamados de “Aceitos” ou “Especulativos”. Esses se apaixonaram pela Maçonaria e trouxeram outros nobres, burgueses e intelectuais. Em pouco tempo, eles se tornaram maioria. E com o passar dos anos, a Maçonaria foi se aprofundando nos aspectos filosóficos e intelectuais, até que não se via mais maçons operativos na Maçonaria. E os maçons especulativos viveram felizes para sempre.”

Parece uma ótima história para explicar ao seu filho de cinco anos de idade o motivo de você ser um “pedreiro livre” e não construir casas. Mas, definitivamente, não serve como História da Maçonaria, em pleno século XXI, a ser ensinada ao novo maçom de hoje, que possui nível superior e um mínimo de senso lógico e crítico.

Não se pode contar a história da Maçonaria e de sua transição de Operativa para Especulativa sem considerar o contexto histórico e os aspectos socioeconômicos da época. A extinção da Maçonaria Operativa não se deveu por um simples processo de evolução interna dentro da Maçonaria, que teria então evoluído para Especulativa. Não foi um movimento interno, impulsionado pelos membros “aceitos”, que assumiram a liderança da instituição e promoveram seu desenvolvimento por uma via mais intelectual e elitista. Na verdade, foi um movimento estritamente externo e incontrolável pela Maçonaria. Para se compreender o fenômeno, deve-se, antes de tudo, contextualizá-lo:

A Maçonaria, sendo antiga e ocidental, teve logicamente origem no Velho Mundo: a Europa. Documentos históricos como a “Carta de Bolonha” (Século XIII), o “Poema Regius” (Século XIV), os Manuscritos de “Cooke” e “Estrasburgo” (Século XV) e alguns outros confirmam essa teoria, apresentando a Maçonaria Operativa, com suas cerimônias e Antigos Costumes, antes mesmo do descobrimento do Novo Mundo. Assim sendo, nada mais natural do que as primeiras Grandes Lojas terem surgido na Europa, nas primeiras décadas do Século XVIII.

O documento mais antigo citado, a “Carta de Bolonha”, evidencia que, já no século XIII, maçons especulativos conviviam com os operativos. Quando do surgimento da primeira Grande Loja, na Inglaterra de 1717, é sabido que, das quatro Lojas fundadoras, três eram compostas predominantemente por maçons operativos. Há inúmeros relatos e documentos que indicam que, durante quase todo o século XVIII, Lojas Operativas conviveram com Lojas Especulativas em boa parte da Europa. Isso significa que, por pelo menos 500 anos, meio milênio, os maçons operativos conviveram com os especulativos, sendo os operativos maioria. Afinal, o que então aconteceu com os maçons operativos? Por que eles desapareceram da Maçonaria no final do século XVIII?

O que exterminou a Maçonaria Operativa não foi a Especulativa, nem mesmo um processo de evolução cultural. O que pôs fim à Maçonaria Operativa foi… a Revolução Industrial. A mudança no processo produtivo, originada pelas invenções de máquinas e impulsionada pelo surgimento das indústrias, pôs fim à era de produção manual baseada nas guildas.  O trabalho estritamente manual foi substituído pelo trabalho de controle de máquinas. A iniciativa inglesa rapidamente se espalhou pela Europa, promovendo um êxodo rural e o abandono dos ofícios artesanais e manuais para atender a demanda por mão-de-obra industrial. Ao fim do século XVIII, o maçom operativo não teve outra escolha a não ser se tornar operário fabril e trabalhar uma média de 80 horas por semana.

Muitos dos países europeus, preocupados em consolidar o novo modelo econômico, chegaram a adotar leis proibindo a Maçonaria Operativa. Esse foi o caso do famoso Ministro Turgot, da França, que determinou que:

_Proibimos....

Leis como essa foram o tiro de misericórdia para as poucas Lojas Operativas que ainda tentavam sobreviver aos primeiros anos da Revolução Industrial. Dessa forma, a Maçonaria Operativa desapareceu de vez, ficando a Maçonaria Especulativa como única e legítima herdeira de sua essência, responsável por preservar e passar adiante seus ensinamentos.

Essa é a história real. Sem contos de fadas.



abril 28, 2025

TAÇA, ESCADA, TRAJETO e EVOLUÇÃO (sob a perspectiva do R.'.E.'.A.'.A.'.) - Newton Agrella




Existe um tênue vácuo entre o que se pensa e o que se diz.

Por mais célere que seja,  - o impulso entre o Pensamento e a Ação -  acaba obedecendo um critério de valores que num primeiro instante parece-nos imperceptível.

O trajeto entre o "nunca" e o "possível"  não é uma linha reta.  

Portanto, não é o caminho mais curto.

Há que se avaliar a consequência de um ato e em que efeitos isso pode acarretar.

Ao sorvermos o doce e o amargo da Taça Sagrada a transmutação do semblante revela uma indisfarçável imagem da dualidade, da qual somos frequentes reféns durante a vida.

A incerteza e o medo não são disposições de resguardo.

São na verdade freios que nos fazem pensar e ponderar antes de seguir adiante.

Algo como que "um dispositivo de segurança"  que já vem como ítem obrigatório em nossas vidas.

A tendência de desafiarmos o imponderado, movidos pela curiosidade muitas vezes leva-nos à frustração.

Isto historicamente tem sido objeto de recorrentes desistências ao longo de uma maratona de caráter iniciático que demanda persistência, denodo, força de vontade e muita resiliência diante de alguns inevitáveis percalços.

Cumpre ao Maçom, escalar a íngreme e misteriosa Escada de Jacó, cuja alegoria representa uma ligação transcendental entre a Terra e o Céu.  

Leia-se como mais um simbolismo maçônico, de caráter evolucional

A referida Escada, oferece duas instigantes interpretações. 

De um lado a Involução, ou seja ;  a descida do espírito cósmico por sucessivas etapas, até tornar-se parte do corpo físico, a matéria propriamente dita, com as suas imperfeições, seus defeitos, sua ausência de luz,  e que deverá buscar o aprimoramento através de seu próprio desbaste do templo interio

De outro lado, a Evolução que simboliza o aprendizado, o crescimento espiritual e intelectual,  após passar pelo aprimoramento ao longo da jornada, buscando extinguir suas imperfeições e adquirir mais luz.

É bem verdade que o Trajeto é longo, porém nada mais edificante e compensador que ele, posto que o valor das conquistas se encerra na dificuldade de atingi-las.

Diante disso, não há melhor alternativa, senão caminharmos juntos e fraternalmente, compartilhando ideias, revisitando conceitos, abstendo-se de dogmas e construindo pontes  para o entendimento mútuo e para o consistente erguimento do Edifício Social.



abril 27, 2025

ACADEMIA NA 3a ERACOM - Taubaté




Na manhã de ontem, sábado, representando a Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras, estive juntamente com o confrade Oduwaldo Álvaro, nosso tesoureiro, participando do 3o  Encontro Regional de Aprendizes e Companheiros - ERACOM - em Taubaté com a presença de 30 Lojas da região.

Tivemos uma mesa com a mostra itinerante dos livros dos autores da Academia que despertou grande interesse. Pudemos falar sobre os trabalhos acadêmicos e exibir o nosso novo livro para as centenas de irmãos presentes.

Na foto Oduwaldo Alvaro e Alice, minha esposa, que cuidou da mesa de livros enquanto participavamos dos trabalhos.

O PAPA E O GRÃO - MESTRE - Paulo André


Era o ano de 1929, foi assinado o Tratado de Latrão, a Vaticano virava um estado, ou seja, se ajeitava no papel, o que foi o império romano durante muito tempo, e a suas sobras se ajeitavam

Na prática o papa se tornava um chefe de estado, e aí se instala ( pelo menos oficialmente) uma confusão, afinal de contas o que é o Papa?

É um ser que concilia a função política de chefe de um estado, ao mesmo tempo é um líder espiritual de parte da humanidade, o que gera uma confusão imensa na cabeça do Cardeal-Mor, imagina na cabeça da multidão que o acompanha, ao mesmo tempo que lidera um projeto espiritual que liga a humanidade ao plano divino,mas  tem que se virar com a dureza do dia a dia do mundo material

Pergunto, qual destino a Igreja está tendo, liderança política terrena, ou excerce a sua função de conexão com os planos superiores?

Qual a relação disso com a Maçonaria?

Vem de longe a disputa, nossa Ordem é uma organização racionalista, ou é uma instituição espiritual?

Vamos definir a diferença entre Maçonaria e Potência Maçônica ( assunto para um próximo artigo), entre Mestre Maçom ou grau 3 de uma instituição, afinal qual a função dessa instituição que fazemos parte?

O excercício de influência politica em nosso meio, um mergulho num universo de burocracia ( AFFFF.......) ou temos uma missão superior a isso tudo?

Aí entra a funçao do Grão - Mestre, (guardada as devidas proporções), tem a mesma  dúvida existencial do Papa, é chefe de uma máquina burocrática ou tem uma função acima da materialidade humana?

Tem que ter as duas qualidades, mas cá pra nós, se esforçam mais para excercer qual das missões, a administrativa ou a espiritual?

Administração todos gritam para mostrar que tem, mas a função sagrada de um Grão Mestre, estamos prontos para esse desafio?

Claro, SGM, é apenas uma evolução do mais comum dos candidatos a Maçons que por aqui aparecem, você Maçom comum, se ver na função exatamente como o que?

Por que dá sua resposta, dependerá o perfil dos próximos GMs que serão eleitos, assim como o Papa, o Grão Mestre é hoje uma figura indecisa sobre qual função ele está assumindo, e isso gera uma confusão sem fim nos dois planos da moeda

Mas, o perfil do chefe, vai depender do que o Maçom comum decidir ser, eu ia encerrar dizendo com a palavra o Grão - Mestre, mas não:

Com a palavra o mais comum dos Maçons!



TRÊS PONTINHOS - Adilson Zotovici



Aposto,  como identidade 

No Ne Varietur referência 

Nada mudado, seriedade 

Usado enfim com Prudência


Usança da Fraternidade 

A Arte Real como essência 

Que faz cada _igual_  em verdade, 

Um _diferente_ em sua existência 


Um "triponto" que persuade 

Livre pedreiro com tendência 

A obreiro pró humanidade 


Que referente com veemência

Clamor silente da trindade... 

" _Vontade , amor e inteligência_"  !



MAÇONARIA TÓXICA ?



Naturalmente que quem ler o título da publicação de hoje por certo ficará reticente com o que poderá encontrar nela pelo fato da afirmação escrita por mim ser um tanto forte. Mas desengane-se o leitor, uma vez que, aquilo que o título poderá encerrar não será na verdade o mais correto, apesar de ser uma assunção que para alguns detratores da Ordem Maçónica seria o quanto bastaria um maçom fazer para que todas as opiniões e ideias que têm da Maçonaria serem as "verdadeiras". O que não é o que pretendo com a afirmação que fiz nem é a constatação da realidade em que vivemos.

Quando eu falo em Maçonaria “tóxica” naturalmente que não posso afirmar tal sobre uma tão proba e augusta Ordem como o é na realidade a Maçonaria. Abordo sim, os seus elementos, os maçons. Pois uma coisa é a Instituição Maçónica em si, outra coisa totalmente diferente são os membros que a compõem; Homens com as suas virtudes - e que na sua larga maioria é gente que as tenta enaltecer e potenciar-, mas também com os seus defeitos próprios e naturais. O que importa realmente é o que fazer com estes últimos que citei…

Todavia, não querendo eu efetuar uma análise extensiva sobre o assunto em si mas apenas abordando a toxicidade existente na Maçonaria num sentido lato, quero eu dizer e reafirmando o que atrás disse, a Maçonaria nunca poderá ser tóxica na sua vivência nem na sua praxis, mas antes sim, os seus membros. E esta sua toxicidade - dos seus obreiros - apenas poderá porvir do seu carácter, da sua conduta, da sua forma de viver e estar…

Parece que fiz uma afirmação austera demais e inglória?!

Não!

Disse apenas o que se pode constatar na realidade.

Se a Maçonaria é formada por pessoas com vários caracteres e feitios, existem os “bons maçons” mas infelizmente também, existem aqueles maçons cuja forma de estar intoxica a Ordem que os acolheu e que em última instância acabarão por (tentar) intoxicar os demais. 

Quando falo em maçons “tóxicos”, estes são aqueles maçons que não trabalham em prol da Ordem, não aprendem nem desejam aprender, nem estão sequer motivados para tal; não se comprometendo com nada e se o fazem, fazem-no por "obrigação" e os resultados dessas ações serão por demais evidentes; não praticam os ensinamentos ou os ideais da Maçonaria tanto na sua vida pública como no seu foro privado, que se abstêm de comparecer nas sessões ordinárias da sua Respeitável Loja; que a sua conduta é diferente daquilo que dela tanto propalam, mas que também para além disso, nas suas condutas profanas geralmente são pessoas que envenenam as suas relações profissionais, familiares e fraternais - isto, se as tiverem (!) - E se os há…

Uns sentem-se tão cheios de si, empertigados pelos seus “pedestais” e “medalhas”, outros falando por boca alheia sem meditar no que estão a dizer, cedendo o seu melhor bem que é o seu “pensamento” a outrem, preferindo ser instrumentalizados como “marionetas” a bel-prazer de quem melhor possa atribuir encómios à sua pessoa ou até mesmo se submeterem a aqueles a quem possam retirar qualquer tipo de benefício ou dividendo para si próprios, manipulando a longa lista de contatos a que podem ter acesso pelo simples facto de terem entrado numa Ordem universal e com elevado número de membros.

Estes serão aqueles que geralmente se diz que "entraram na Maçonaria, mas que ela nunca entrou neles..."

Os tais afamados "erros de casting"!

Mas apesar destas situações que confirmo a sua existência – nada que não seja natural nas várias instituições ou grupos sociais que o Homem integre; a Maçonaria é o “espelho” da sociedade em que se insere (!) – “não podemos tomar o todo por alguns” e a maioria suplanta amplamente esses poucos que o tempo sempre se encarrega de extirpar – quais cancros sociais – e são esses - a maioria - que no fundo fazem e refazem as instituições por onde passam, limpando e renovando a imagem que por vezes se torna imunda, pelas atitudes que de lés-a-lés são tornadas públicas, por gente que, talvez, nunca deveria ter sido cooptada pela Ordem.

O que se pode concluir é que a toxicidade existente na Maçonaria não é uma toxicidade "química" mas antes um certo tipo de toxicidade social e comportamental de uma parte ínfima dos seus obreiros.

E que estas pessoas que intoxicam a Instituição Maçónica acabam por dar algum eco e razão aos detratores da Ordem, pois não poderemos nós nunca olvidar que os maiores inimigos da Maçonaria são e serão sempre os Maçons, disso tenho eu a certeza .

E o que fazer com estes “seres tóxicos” que deambulam por uma tão Augusta Ordem?

Dar-lhes “corda” suficiente para se “enforcarem”?

Entregar-lhes o “combustível” e o “detonador” necessário para se “queimarem”?

Deixá-los "caminhar até à ponta do precipício e incitá-los a saltar"?

Ou tentar lhes demonstrar que o caminho que por ora seguem é um caminho para o “abismo”, possivelmente sem retorno, e que se tomado de forma inadvertida ainda poderá ter regresso ao trilho correto?

Algumas vezes pensei que a última sugestão/possibilidade seria a mais certa. Mas hoje em dia começo a ficar titubeante com a decisão a tomar. Se devo tomar a decisão que se suporia como sendo a mais correta ou se aquela que melhor me servirá…

De fato todos na nossa vida pessoal e em situações extremas, temos sempre uma atitude de “sobrevivência” e por isso mesmo temos a tendência de olharmos para o nosso “umbigo” e esquecer por breves instantes o bem comum. - O que não deveria acontecer, mas como humanos que somos, tal é sempre mais forte. Não podemos negar a nossa natureza e existência animal ! 

Queira eu por isso e principalmente com o auxílio do Grande Arquiteto, com a sua Luz e Sabedoria, tomar sempre as melhores decisões que possa tomar em qualquer momento e agir de forma a que os meus pares, principalmente os que me reconhecem e que eu reconheço como tal - eles saberão por certo quem serão - nunca se sintam envergonhados pela minha conduta, seja esta demonstrada através de ações, omissões e/ou palavras... Porque se por vezes é necessário se falar e muito dizer (nem que seja para criar certo "ruído de fundo"), noutras situações será preferível não o fazer sequer.

Aliás sempre retive para mim que o "poder" do silêncio reside não quando nada se diz, por nada se ter para falar; mas antes sim, quanto muito temos para dizer e preferimos conscientemente nos manter calados...

Quanto aos seres tóxicos que por aí deambulam, esses, terão de fazer por eles…

Até porque se afirmam que também nem sabem ler nem escrever, alguns até mesmo dificilmente conseguiriam soletrar... até mesmo a sua língua materna!

Fonte: Estudos.