novembro 23, 2021

A ESTRUTURA DO UNIVERSO - Flávio Dellazzana


O ir. Flávio Dellazzana pertence a ARLS Pedra Cintilante, 60

A astronomia compele a alma a olhar mais longe. (Platão)

O  SISTEMA SOLAR

Nosso planeta se encontra a 150 milhões de quilômetros do Sol. A velocidade da luz no vácuo é de 300.000 quilômetros por segundo; o que faz com que a luz gaste 8 minutos para sair do Sol e chegar a Terra. Dizemos assim que a nossa distância ao Sol é de 8 minutos-luz. O planeta mais distante no sistema solar, Plutão, está a 62 minutos-luz do Sol.

O sistema solar consiste do Sol; os nove planetas, cerca de 90 satélites dos planetas, um grande número de pequenos astros (os cometas e asteroides), e o meio interplanetário. (Existem também mais satélites planetários que foram descobertos mas que não foram oficialmente batizados.) O sistema solar interior contém o Sol, Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Os planetas do sistema solar exterior são Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão.

As órbitas dos planetas são elipses com o Sol em um dos focos, embora Mercúrio e Plutão terem órbitas quase circulares. As órbitas dos planetas estão mais ou menos no mesmo plano (chamada de eclíptica e definida pelo plano da órbita da Terra). A eclíptica está inclinada somente 7 graus em relação ao plano do equador do Sol.

A órbita de Plutão é a que mais se desvia do plano da eclíptica com uma inclinação de 17 graus. Os diagramas acima mostram os tamanhos relativos das órbitas dos nove planetas de uma perspectiva um pouco acima da eclíptica. Todos eles orbitam na mesma direção (anti-horário olhando acima do polo norte do Sol); todos menos Vênus, Urano e Plutão também tem a sua rotação no mesmo sentido.

Existem ainda pequenos astros que habitam o sistema solar: os satélites dos planetas; o grande número de asteróides (pequenos corpos rochosos) orbitando o Sol, a maioria entre Marte e Júpiter mas também em outros lugares; e os cometas (pequenos corpos congelados) que vem e vão das profundezas do sistema solar em órbitas altamente alongadas e em orientações aleatórias em relação à eclíptica. Com algumas poucas exceções, os satélites planetários orbitam no mesmo sentido que os planetas e aproximadamente no plano da eclíptica mas isto não é geralmente verdade para cometas e asteroides.

A VIA LÁCTEA

À noite, olhando o céu, percebemos que estamos avizinhados em todas as direções por um número incalculável de estrelas, semelhantes a nosso Sol. A estrela mais próxima do Sol se chama Próxima Centauro e está a 4,2 anos-luz de nós. Encontramos 20 estrelas dentro de um raio de 20 anos-luz do Sol, distribuídas de forma aleatória. Essas estrelas são como que casas em nosso quarteirão. Houve uma época que a humanidade pensava estarem às estrelas distribuídas aleatoriamente por todo o universo. Hoje sabemos que as estrelas se reúnem em grupos imensos, com formas e movimentos característicos. A esses grupos damos o nome de galáxias. A nossa galáxia, que recebe o nome de Via Láctea, é constituída por centenas de milhões de estrelas e tem um diâmetro de 100.000 anos-luz. A Via Láctea está para o universo assim como nossa cidade está para o planeta Terra.

AGLOMERADOS E SUPERAGLOMERADOS GALÁCTICOS

Também as galáxias se reúnem em grupos. A Via Láctea faz parte de um extenso aglomerado de 20 galáxias ao qual chamamos Grupo Local. O diâmetro do Grupo Local é de aproximadamente 4 milhões de anos-luz. Próximos ao Grupo Local, também em todas as direções, encontram vários e vários outros aglomerados. Os aglomerados galácticos também se reúnem em grupos. O Grupo local juntamente com algumas dezenas de outros aglomerados constituem o que chamamos Super Aglomerado Local. O Grupo Local se encontra próximo à borda do Super Aglomerado Local que tem um diâmetro de 150 milhões de anos-luz. Dentro da analogia que estamos fazendo o Aglomerado Local seria equivalente a nosso Estado, Minas Gerais, e o Super Aglomerado Local a nosso país, Brasil.

O UNIVERSO CONHECIDO

Como uma consequência da Grande Explosão que deu origem ao universo, vê todo o universo em expansão. O Super Aglomerado Local é também avizinhado em todas as direções por outros aglomerados e super aglomerados, que se movem afastando-se uns dos outros. Quanto mais distante um corpo se encontra de outro, maior essa velocidade de afastamento. Através do horizonte observável detectamos, além de uma radiação uniforme também proveniente da "Grande Explosão Cósmica", pontos de grande intensidade de radiação aos quais denominamos quasares. São esses os objetos mais distantes observados. Os mais longínquos, a aproximadamente 16 bilhões de anos-luz, estão se afastando de nós com uma velocidade superior a 90% da velocidade da luz. Pela ciência atual a velocidade da luz é uma velocidade limite; atingível apenas por orpos muito especiais, como o fóton, que não têm massa. Os quasares estariam assim próximos ao limite do universo.

OLHANDO PARA O PASSADO

Quanto mais distante vemos um objeto, mais no passado estamos observando-o. Se ocorrer uma explosão no Sol agora só a veremos daqui a 8 minutos. A Próxima Centauro que estamos vendo agora é na realidade a Próxima Centauro de 4,2 anos atrás. Da mesma forma, a luz que detectamos hoje desses quasares foi emitida a bilhões de anos atrás, antes mesmo de a nossa galáxia existir. Não detectamos nenhum quasar nas proximidades de nosso super aglomerado simplesmente porque eles não existem mais. Muito possivelmente os quasares são os objetos que deram origem à estrutura de super aglomerados, aglomerados e galáxias.

Segundo Platão, cuja cosmogonia é expressa no mito do Timeu, pois a física é apenas um passatempo para o espírito, o mundo, obra de um demiurgo, é belo e vivo. Cópia corpórea e sensível do modelo inteligível é habitado por uma alma que mistura três essências: a indivisível, unidade absoluta do todo inteligível, a divisível, ou multiplicidade que caracteriza os corpos e seu vir-a-ser, e uma terceira, intermediária, a existência, que participa das duas primeiras. O centro da alma, uma espécie de envoltório esférico do corpo do mundo, coincide com o centro do mundo, e seus movimentos circulares se confundem. O corpo do mundo é composto do fogo e da terra, entre os quais se interpõe, por razões matemáticas, a água e o ar, matéria ou elementos que preexistem à ação do demiurgo e cujo começo de organização explica-se mecanicamente.

O UNIVERSO E A SUA RELAÇÃO ESOTÉRICA

Citando Hermes o Trimegisto (2.700 a. C): "Sob as aparências de Universo, de Tempo, de Espaço e de Mobilidade está sempre encoberta a Realidade Substancial - a Verdade Fundamental."

A substância é aquilo que se oculta debaixo de todas as manifestações exteriores, a essência, a realidade essencial, é coisa em si mesma. Substancial é aquilo que existe atualmente, que é o elemento essencial, que é real, etc... A realidade é o estado real, verdadeiro, permanente, duradouro atual de um Ente. O Todo é mental e o Universo é Mental.

Aquele que compreender a Verdade da Natureza Mental do Universo estará avançado no Caminho do Domínio. Todo o Universo é Mental e quando o Homem dominar sua própria Mente, a colocará em sintonia com a Mente Universal e terá o domínio da Verdade.

O Todo é Espírito, é incognoscível e indefinível em si mesmo, mas considerado como uma Mente Vivente Infinita e Universal. Todo o Universo é simplesmente uma Criação Mental do Todo, sujeito às Leis das Coisas Criadas, e tem sua existência na Mente do Todo, em cuja Mente vivemos e temos nossa existência.

O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima. Este é o Princípio da Correspondência e nele fica estabelecido que no Microcosmo assim como no Macrocosmo, tudo segue o seu destino e o nosso corpo é apenas um reflexo das manifestações do Universo, como provam os átomos, que no Micro como no Macro. Reage de uma única forma. As reações astrais são as mesmas de nosso corpo interior - mesmos átomos, mesmos movimentos.

Este princípio contém a Verdade, que existe uma correspondência entre as leis e os fenômenos dos diversos planos da Existência e da Vida. Este Princípio é de aplicação e manifestação Universal nos diversos planos do Universo material mental e espiritual: É uma Lei Universal. O Princípio de Correspondência habilita o Homem a raciocinar inteligentemente do Conhecido ao Desconhecido.

O UNIVERSO E A SUA RELAÇÃO COM A ARTE REAL - O UNIVERSO REPRESENTADO DENTRO DE UMA LOJA

A ABÓBADA CELESTE.

"No princípio, Deus criou o Céu e a Terra... Deus disse: Haja Luz! E houve Luz... Viu que a Luz era boa e separou a Luz das Trevas... Deus disse: Haja um firmamento... e chamou o firmamento de Céu. O Céu da Loja em Maçonaria, simbolicamente, representa o firmamento natural e se denomina de Abóbada Celeste. Platão já nos falava:

"Para crer em Deus basta erguer o olhar para cima".

A Abóbada, de cor azulada, está decorada com astros, estrelas e nuvens. É a representação do firmamento celeste. Não apenas na Maçonaria, como também em várias religiões. O Templo significa o Cosmo, é o símbolo da universalidade. Está atribuída à construção da primeira abóbada aos romanos, que tiveram influência dos etruscos e gregos na arquitetura, construindo-a com tal habilidade e beleza que, naquela época, foi considerada como inspirada pelos deuses.

"No teto da Loja figuram: do lado do oriente, um pouco à frente do Trono do Venerável, o Sol; por cima do Altar do Primeiro Vigilante, um estrela de cinco pontas; acima do Altar do Segundo Vigilante, a Lua; no centro do teto, três estrelas da constelação de órion; entre estas últimas e o nordeste, as estrelas da constelação de Plêiades, Híades e Aldebaran; a meio do caminho entre Órion e o nordeste, Réguluz; ao norte, a Ursa Maior; a nordeste, em vermelho, Arcturos; a leste, a Spica da Virgem; a Oeste, Antares; ao Sul, Formalhaut. Júpiter no Oriente; Vênus no Ocidente; Mercúrio nas proximidades do Sol; Saturno e seus anéis, próximo a Órion.

A distribuição dos astros e estrelas no teto da Loja variam em alguns ritos. Cada astro e estrela têm sua importância simbólica e merece um estudo mais aprofundado. Mas para não deixar o trabalho muito longo, farei apenas alguns comentários a respeito dos astros e estrelas, começando pelas duas luminárias principais do nosso planeta:

O SOL é a estrela do centro do sistema solar (e pensar que Galileu Galilei quase morreu por defender o óbvio!!!), tem cerca de cinco bilhões de anos e continuará brilhando por mais cinco bilhões de anos. O Sol também é o símbolo do Deus Único, sustentado por Akenaton (faraó egípcio) no século XIV antes de Cristo, numa época em que o politeísmo (vários deuses) era a idéia predominante. No Egito Osíris era representado no Sol; na Síria Adônis era o Sol; na Grécia, o sumo sacerdote conhecido como Hierofante, simbolizava o Sol. No nosso caso não vamos adentrar na figura mitológica do Sol (ex. a lenda do Deus Rá, símbolo do Sol); tendo seu significado para cada povo da Antiguidade. Basta verificarmos o Panteão de deuses e deusas na mitologia grega.

O Sol na Maçonaria aparece no painel de Aprendiz; no avental do Mestre Instalado; na jóia do Orador; no oriente da Loja à frente do Trono e na denominação do 28º grau Adonhiramita, Cavaleiro do Sol. O mais importante para nós, neste grau, é o que está escrito no ritual de Aprendiz Adonhiramita, pg. 33: "Assim como o Sol aparece no Oriente para principiar sua carreia e romper o dia, assim o Venerável ali tem assento para abrir a Loja, ajudar os Obreiros com seus conselhos e iluminá-los com suas Luzes.

A LUA é o único satélite natural da Terra, tendo exatamente ¼ do tamanho da Terra. Nas antigas Escolas de Mistério, sempre esteve representada. No Egito era a deusa Ísis, patrona dos Mistérios Menores; na Síria, era a deusa Astaroth; na Grécia, Hecate. Na Loja a Lua aparece acima do Altar do Segundo Vigilante e no Painel de Aprendiz.

Os Planetas: Mercúrio é o menor dos planetas e o mais próximo do Sol; Vênus é o segundo mais próximo, quase do tamanho da Terra e de estrutura semelhante; Júpiter é o quinto planeta e o maior do Sistema Solar, existindo 16 luas jupterianas conhecidas; Saturno é o sexto planeta em distância do Sol, quase tão grande quanto Júpiter, possuindo 18 luasAstros e estrelas estiveram representados em estátuas, quadros, arcos e pórticos de várias Igrejas do Velho Mundo. Para deixar mais claro, citamos um trecho do livro "Os Mistérios das Catedrais" de Fulcanelli, que faz comentários de uma gravura da Catedral de Notre-Dame de Paris: "No centro do tímpano, na cornija média, olhai o sarcófago, assessório de um episódio da vida de Cristo; vereis aí sete círculos: são os símbolos dos sete metais planetários. O Sol indica o Ouro, o Azougue o mercúrio; o que Saturno é para o chumbo, é-o Vênus para o bronze; a Lua da prata, Júpiter do estanho; e Marte do ferro, são a imagem.

Sem dúvida, a configuração desses planetas, que são os mesmos do teto da Loja, juntamente com o Sol e a Lua, é de cunho alquímico, um paradoxo do pensamento alquímico/rosa-cruz da época, iluminando o Templo do pensamento cristão. As Nuvens representam a ascensão da consciência e a pureza de pensamento que se volatiliza em direção ao Cosmos. A Abóbada Celeste é um Caminho Simbólico para alcançarmos verticalmente o Conhecimento Espiritual, dentro do Universo Infinito. O salmo 18 diz: "Os céus contam a Glória de Deus e o Firmamento proclama Sua Obra.

Os cargos em Loja e os planetas

Os sete principais cargos estão diretamente relacionados com os sete planetas esotéricos. Alguns autores maçons dizem que estão grafadas na Abóbada Celeste as presenças destes planetas por sobre os cargos a eles relacionados. Abordaremos a questão da Abóbada Celeste no próximo tópico. Iniciando pelo Ven. .M. . Está relacionado ao planeta Júpiter, visto que representa a Sabedoria. Júpiter rege a visão, a prosperidade, a misericórdia, a liturgia, o sacerdócio, o mestre e a felicidade.

O Orad. . Está relacionado com Mercúrio o planeta que rege a expressão da Verdade, pois é oenviado de Deus . Mercúrio tem asas nos pés e é o porta-voz, aquele que dá as boas vindas e domina os escritos. O cargo de Secr. . relaciona-se com o planeta Saturno . É ele o responsável de gravar para a eternidade os fatos de forma fria e exata. Ele é o controlador rígido da ordem dos processos e cioso pela documentação dentro das normas. O M. .de Ser. . por sua vez está relacionado ao planeta Sol. O Sol caminha diariamente pelo Céu, levando e trazendo a existência, a verdade e a justiça. É ele que anima a vida e que circula no oriente e no ocidente. O Tes. . recebe a simbologia da Lua em sua atividade. A Lua dispõe sobre os assuntos mundanos e materiais. Ela é o principal elemento de ligação com o mundo concreto regendo toda geração de uma nova vida ou o desenvolvimento de um corpo já existente. A Lua rege a família, a cidade, o lar e o corpo; portanto rege o Templo.

De forma óbvia, o 1o Vig. . e o 2o Vig. . são regidos respectivamente por Marte e Vênus, planetas da força e da beleza, simbologia das CCol. . onde têm seus tronos. Marte rege o início, a coragem, o pioneirismo e o impulso. Vênus rege a harmonia, o prazer, a alegria, e a beleza como reflexo da manifestação do G. .A. .D. .U. ..

Como sempre nos é ensinado devemos associar as ferramentas de trabalho aos sentidos místicos e extrair delas o seu significado e a sua essência para que possamos transmutar este conhecimento e realizar a obra criadora da luz divina.

O Circulo

Símbolo da livre criação, do infinito e do universo, visto não ter começo nem fim e resultar apenas de um ponto central (o homem), que o traça utilizando um instrumento (o compasso) cujo raio é o limite dos seus conhecimentos, da sua iniciativa e da sua ousadia.

Compasso

Símbolo do espírito, do pensamento nas diversas formas de raciocínio, e também do relativo (círculo) dependente do ponto inicial (absoluto). Os círculos traçados com o compasso representam as lojas. Algumas ciências naturais e artes acabaram se perdendo através dos séculos e acabe a maçonaria reunir os seus ensinamentos e preservar a sua essência, dois exemplos bem claros destes são a Alquimia e a Cabala Judaica.

Contra o racionalismo do Século XVIII, sobreveio uma reação no Século XIX, com o crescimento de um misticismo novo que muito deve à Santa Cabala, tradição antiga do Judaísmo, que relaciona a cosmogonia de Deus e universo à moral e verdades ocultas, e sua relação com o homem. Não é tanto uma religião, mas, sim, um sistema filosófico de compreensão fundamentado num simbolismo numérico e alfabético, relacionando palavras e conceitos.

Alquimia - é a arte espargiria: aquela que separa e reúne. Isto é perfeitamente expresso na máxima alquímica "solve et coagula" (dissolve e coagula). A alquimia é a arte de entender o universo. Ao seu modo, os alquimistas foram os psicólogos, filósofos e médicos de sua época. Suas ideias em comum envolvem: Imortalidade - Longa Vida Androginia - Pedra Filosofal - Tornar-se um Deus - Panaceia.

Para Dante Alighieri o décimo céu é o empíreo, ou esfera do fogo, onde se encontra a Cidade Santa. Mas enquanto os nove céus inferiores são animados de moto rotatório que transmite ao cosmo a fluência do tempo, o décimo permanece imóvel, num eterno presente sem passado nem futuro. Para Pitágoras o cosmo era envolvido pela esfera do tempo, ou  Periekon, e Arquitas afirmava que além do periekon existia uma esfera caracterizada por um tipo diferente de tempo que ele chamava de tempo psíquico. Na Divina Comédia, Dante mostra como, passando da consciência humana à consciência divina (localizada no décimo céu) se torna possível a conexão entre o tempo físico e o tempo psíquico. Nesse tempo psíquico o princípio e o fim se reúnem garantindo assim a solução do problema da mortalidade física dos seres humanos.

Ninguém sabe exatamente o que existe além dos extremos limites do universo, mas a cosmologia moderna nos oferece uma visão extremamente sugestiva. Vários bilhões de anos atrás, uma explosão primordial (big bang) deu origem não apenas ao mundo material como também ao cenário onde o cosmo está mergulhado, os seja o espaço-tempo. Desde o instante inicial do big bang o espaço-tempo tem se propagado com a velocidade da luz uniformemente em todas as direções fazendo com que o universo ocupe agora um volume limitado, embora ainda em expansão. É claro, então, que além dos limites do universo sempre se encontrará algo de indefinível, mas que não é espaço vazio, pois o espaço-tempo ainda não chegou lá. Nessa região, que envolve totalmente o cosmo, o tempo não transcorre porque lá ele não existe. Assim, a visão cosmológica dos antigos pitagóricos apresenta, pelo menos na questão do tempo, uma considerável analogia com a estrutura do universo proposto pelos cientistas modernos.

Os efeitos dos corpos celestes sobre os assuntos terrestres tem sido observados e registrados por milhares de anos. Evidencia-se que nenhum sistema de conhecimento poderia ter sobrevivido às vicissitudes de centenas de eras se não estivesse fundamentado numa verdade demonstrável. Os antigos estavam convencidos por incontáveis observações que os corpos celestes não apenas influenciam os assuntos do mundo, mas também que tal influencia é periódica e consistente, e os elementos envolvidos podem ser representados numa Ciência Exata - a única Ciência Profética Exata que o Homem preservou.

"Assim como ao final do grande ciclo do ano sideral, medido pela precessão dos equinócios em torno do círculo do Zodíaco, os corpos celestes voltam a ocupar as mesmas posições relativas, assim também, no final do ciclo de Iniciação, a parte divina do homem recuperava seu prístino estado de divina pureza e conhecimento", do qual partiu para realizar sua peregrinação através da. Matéria, mas enriquecido pelas experiências então obtidas.

O mais antigo zodíaco circular conhecido se encontra em Dendera, no Egito. As constelações estão representadas no medalhão central, circundado por outro círculo que contem caracteres hieróglifos, contidos em um quadrado. As constelações zodiacais, misturadas a outras configuram uma espiral. Nas extremidades desta espiral após uma revolução estão Leo e Câncer. O Leão está sobre uma serpente e sua cauda é segurada por uma mulher.Após o Leão vemos uma Virgem segurando uma espiga de milho, e logo depois a balança (Libra), acima da qual num medalhão aparece a figura de Harpócrates. Em seguida vemos representados os signos de Escorpião e Sagitário, o qual foi representado como um Centauro alado com dupla face. Após Sagitário estão sucessivamente colocados Capricórnio (Cabra com rabo de peixe), Aquário (figura humana), Piscis (Peixe) , Áries (Carneiro), Taurus (Touro)e Geminis (Gêmeos) A precessão zodiacal termina em Câncer (representado pelo escaravelho, o emblema da alma). Os planetas também são exibidos, com os signos nos quais estão exaltados (Vênus em Piscis; Marte em Capricórnio; Mercúrio em Virgo e Saturno em Libra). O círculo externo indica a precessão dos equinócios.

Esta era a forma de representar o universo no passado associando as constelações e conhecimentos existentes a sua relação esotérica, pois muito se não tudo que o homem tem e conhece ou foi ensinado pelas palavras do GADU ou transmutado das estrelas, ou seja, o conhecimento contido na estrutura do universo se deposita em forma de luz ao chegar a terra e este conhecimento depositado é transmutado e renasce como a fênix das cinzas em forma de ensinamento e de interpretações da lógica universal e das viagens físicas e mentais que a consciência percorre na sua busca através dos conhecimentos que uma vez assimilados são extraídos da forma mais pura de consciência e associados à essência do Universo e de sua infinita sabedoria.

Este trabalho não tem a intenção de esclarecer a maioria das perguntas a serem feitas nem de revelar todo o conhecimento sobre o universo ou sua relação com a humanidade, é apenas uma ferramenta para despertar a alma e impulsioná-la na busca de mais conhecimentos, pois é o infinito o limite do tempo e do espaço e da busca pelo conhecimento, infinita é a sabedoria do GADU e infinitas são as faces da alma e do tempo e espaço a serem descobertos, e infinita deve ser a nossa sede de conhecimento, pois nós somos a maçonaria e a maçonaria é uma filosofia e uma fraternidade, onde os homens bons se "encontram no nível e se separam no quadrado .Isto une todos maçons através de um laço místico de irmandade sincera e amor mútuo. Fé e trabalho, alma e corpo, coração e mão estão sempre unidas entre os maçons, por isto, em toda lugar onde trabalha, a maçonaria levará paz e harmonia para honrar o criador e servir a humanidade.

Dia 02 de Junho de 6003 V.:L.: em Lugar Claríssimo Forte e Terrível aos Tiranos, situado debaixo da Abóbada Celeste. 

BIBLIOGRAFIA:

1. Símbolos Maçônicos e suas origens Assis Carvalho Ed. A Trolha

2. Comentários ao Ritual de Aprendiz, vol. 2 e 3, Nicola Aslan Ed. A Trolha;

3. Grau do Aprendiz e Seus Mistérios Dr. Jorge Adoum Pensamento;

4. Liturgia e Ritualística do Grau de Aprendiz Maçom- Edit. A Gazeta Maçônica - 1a. ed. - 1985 - 2a. ed. 1992.

5. Maçonaria, um estudo completo Júlio Doin Vieira Ed. A Trolha;

6. Maçonaria Simbólica Raul Silva Pensamento;

7. Iniciação à Astronomia, Vol. 1 e 2 Euclides Bordignon Ordem Rosacruz;

8. Instruções de Aprendiz Adonhiramita GOSC

9. Ritual de Aprendiz Adonhiramita GOSC

10. Bíblia de Jerusalém Ed. Paulinas

QUANDO UM INICIADO É VERDADEIRAMENTE MAÇOM? - Aquilino R. Leal




Pelo M.·. I.·. Aquilino R. Leal, Fundador Honorário da Aug.·. e Resp.·. Loj.·. Maç.·. Stanislas de Guaita 165. Publicado na Folha Maçônica Nº 442, 1 de março de 2014 Página 5.

Ouso dizer-lhe que um Homem Iniciado só será verdadeiramente Maçom quando conhecer a si mesmo e, a partir de então, ser capaz de compreender aqueles que o cercam, entendendo as suas tristezas, fraquezas e até faltas, mas, sobretudo, tendo a coragem de dizer-lhes o quão é necessário que a sinceridade e a lealdade prevaleçam sobre os interesses individuais de cada um.

Um homem só será verdadeiramente Maçom quando, como disse Joseph Fort Newton, tiver mantido a fé em si mesmo, no seu semelhante, no seu Deus e na sua mão uma "espada" contra o mal, no seu coração o “toque de uma canção”, feliz por viver, mas sem medo de morrer. Ou seja, buscando incessante e insistentemente a VERDADE sobre todas as coisas.

Digo-lhe que enquanto Maçons precisamos buscar sempre uma maior aproximação, uma melhor estruturação e organização de nossa Ordem, em especial sob o ponto de vista sócio-político e administrativo, no sentido de termos de fato uma vivência plena da essência Maçônica, sem vaidades e sem divisões em nossa universalidade, para fazermos a diferença nas comunidades onde nossas Lojas estejam inseridas. Nesse sentido, meu Amado Irmão, a essência Maçônica está na capacidade em que cada Iniciado tem em compreender e exercer os seus deveres, responsabilidades e papéis perante todos os entes que o cercam mas, atente-se, pois para o discernimento necessário a essa consciência é preciso estudo e compreensão dos ensinamentos contidos na simbologia e na prática da ritualística maçônica. Eis que, nesse mister, cabe à loja não somente iniciar o homem, mas, sobretudo, instruí-lo e prepará-lo para uma nova etapa em sua vida.

Dito isso, é fundamental que as Lojas Maçônicas e seus Obreiros percebam um fato inquestionável: o de que a sociedade humana vem ao longo dos anos se envolvendo em inúmeras necessidades banais, criadas por mentes vaidosas e vazias, que perdeu de vista a sua realidade e as suas raízes, para uma assustadora e avassaladora inversão de valores éticos e morais, a ponto de afetar inclusive os valores de instituições consideradas até então “inquestionáveis”, tais como a própria família, a Maçonaria, entre outras.

Você pode estar a perguntar: o quê a Maçonaria e eu temos a ver com isso?

Ou nós nos adequamos à realidade de um mundo extraordinariamente dinâmico e espantosamente instável ou estaremos irremediavelmente condenados a desaparecer em poucos anos. Não pelo fecharmos das portas de nossos templos ou encerramentos de nossas atividades, mas, simplesmente, por falta de credibilidade. Primeiro entre nós mesmos e depois perante a sociedade de um modo geral.

Lembro-lhe de que a razão de nossa existência nunca foi, não é, e nunca será fundamentada na prática da filantropia, da caridade e da beneficência. Ou a maçonaria, através das lojas maçônicas, se empenha em transformar o homem maçom em um líder capaz de promover mudanças profundas no estrato social ou seremos tão somente meros expectadores de uma história recheada de fatos negativos e deletérios aos reais interesses de cidadão e trabalhadores, a exemplo do que vem sendo escrito no Brasil de hoje por autoridades e políticos corruptos e sem princípios éticos e morais.

É por isso e por muito mais que a nossa participação na sociedade deve estar ligada a todas as situações que interferem no desenvolvimento humano. Precisamos ter consciência do potencial universal e divino da Sublime Ordem Maçônica, pois nenhuma outra organização possui a estrutura humana que ela tem: quem abriga em seu seio tamanha diversidade de homens (etnias, crenças, profissões, etc.), na busca de um objetivo comum – a evolução da humanidade? Mas, na mesma medida em que possuímos uma estrutura invejável, adotamos uma postura acomodada e isenta de ações efetivas e concretas para melhorarmos os ambientes aos quais pertencemos e ou frequentamos. Por exemplo: É gritante a falta de instrução, conscientização e conhecimento do que vem a ser Maçonaria. Repito: muitos ainda consideram-na filantrópica. Arrepia-me tamanha ignorância!

As nossas Sessões Ordinárias duram em torno de 120 minutos e os períodos de estudos ou de instrução, quando utilizados, duram em torno de cinco a quinze minutos. É lamentável ver que muitos querem encurtar as Sessões, simplesmente para ampliar a “segundinha”, sempre regada com muita cerveja, cachaça e outros produtos não menos etílicos. Quando algum irmão mais interessado tenta apresentar um trabalho mais elaborado, a reclamação é certa, vai atrasar o andamento da sessão e, consequentemente a “segundinha” vai ficar prejudicada. Perguntas: como instruir-se em tempo tão exíguo? Como esgotar a discussão de um assunto interessante em tempo tão curto? Como a diretoria de uma loja pode propor uma ordem do dia que seja de fato produtiva e edificante? Aliás, o que temos discutido nas “ordens do dia” de nossas reuniões?

É grande o número mestres maçons que, ao atingirem essa condição, deixam de estudar, pois acham, coitados, que atingiram a plenitude maçônica e, pensando assim, prejudicam muito o desenvolvimento de aprendizes e companheiros, razão fundamental de existência do próprio mestre. Talvez seja este o maior problema interno de nossa ordem - o excesso de confiança daqueles que se veem como ''líderes", mas que não o são e tão somente se comportam como indivíduos vaidosos e cheios de presunção; muitos, por desconhecimento de nossos princípios mais elementares, param no tempo e não aceitam que se discuta dentro das lojas assuntos de interesse geral, inclusive da ordem, como as questões políticas, econômicas e sociais. a nossa falta de posicionamento político contribuiu e tem contribuído para o estado de coisas que ora assistimos no país como um todo – onde o que prevalece é a falta de ética, a corrupção e a impunidade.

Quantas vezes presenciamos impassíveis, o comportamento antimaçônico de muitos Irmãos, verdadeiros “profanos de avental”, que querem fazer de seus defeitos e vícios, regras morais para os demais - é o resultado final da falta de estudo e de conhecimento dos princípios elementares, que aliados à presunção do falso saber "entronizam” os falsos líderes acerca dos quais já fiz menção acima;

A tudo isso se soma a um verdadeiro desrespeito às tradições históricas da Ordem, onde candidatos são indicados sem os menores critérios e ou cuidados, permitindo que indivíduos sem princípios utilizem a Maçonaria, unicamente para a conquista de benefícios pessoais e ou profissionais – isto já nos enfraqueceu demais. Veja só: sob o pretexto de sermos em pequeno número, se comparados a outras organizações, alguns defendem e promovem abertamente a iniciação indiscriminada de profanos, propiciando assim, o acesso aos nossos Templos, Ritos e Rituais, a pessoas que em nada engrandecerão nossas colunas. Sem contar a enormidade de publicações indevidas sobre a ordem, em revistas, livros de qualidade duvidosa, Internet, entre outros. Como se isso fosse fundamental para estarmos mais próximos da sociedade, tal qual fazem e agem certas seitas religiosas - há anos venho alertando sobre este estado de coisas. Já fui inclusive taxado de preconceituoso e antidemocrático, por não aceitar a iniciação de pessoas “oportunistas”.

Até quando seremos coniventes com Irmãos se lamentando sobre o que a Maçonaria fez ou está fazendo por eles, quando em verdade deveriam analisar sobre o que poderiam eles fazer pela Maçonaria? Já que é dever de todo Maçom conhecer e saber quais são os objetivos da Sublime Ordem a qual pertence, devendo se comprometer com a plena realização e concretização dos mesmos, sempre atento aos seus atos e hábitos diários, pois são eles que constroem ou destroem o desenrolar de sua vidas, seja no mundo profano, seja no mundo maçônico. O Maçom deve ter consciência de que, antes de ser um homem que se envolve em relações simplesmente materiais, é um elemento que se colocou à disposição do equilíbrio entre todas as coisas e criaturas, e, consequentemente pela evolução da sociedade humana e de tudo que a cerca.

Por esse motivo me dirijo novamente a você, no sentido de pedir-lhe: nunca deixe de discutir os rumos de nossa Sublime Ordem junto aos irmãos de vossa Loja, pois existem em nossas bases homens que podem e devem contribuir para o engrandecimento da Maçonaria Universal, despertando a vontade e a necessidade de muito trabalho para que as nossas marcas sejam deixadas pelo caminho, e que o amanhã seja melhor do que o hoje e do que o ontem.

“O que vale na vida maçônica não é a Iniciação (ponto de partida) e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim teremos o que colher...!” (Autor por nós ignorado)


novembro 22, 2021

ALGUNS ILUSTRES MAÇONS BRASILEIROS


Padre Antonio Diogo Feijó - sacerdote paulistano. Lutou pela Independência. Foi deputado e ministro da Justiça.

Lamartine de Azeredo Babo - músico carioca. Um dos mais completos compositores brasileiros.

Rui Barbosa - jurisconsulto baiano. Assombrou o mundo em Haya, na Holanda, ganhando o apelido de "Águia de Haya". É considerado o maior jurista do Brasil.

Antonio Castilho de Alcântara Machado D’Oliveira - Advogado e Jornalista paulistano. Foi um dos mais importantes e originais representantes do movimento modernista brasileiro.

Victor Brecheret - escultor paulistano. Fundador da escola modernista e autor do Monumento às Bandeiras, localizado no Ibirapuera.

Lauro Severiano Müller - Militar e estadista catarinense, da cidade de Itajaí. Elaborou as leis de construção e funcionamento dos portos. Ajudou muito na ampliação das estradas de ferro.

Menotti Del Picchia - Poeta, jornalista, romancista, contista, cronista e ensaísta paulistano. Um dos arautos do Movimento da Semana de Arte Moderna, em 1922.

Joaquim Saldanha Marinho - político pernambucano. Deputado, senador e governador de São Paulo e Minas Gerais.

Antonio Carlos Gomes - compositor campineiro. O maior compositor clássico brasileiro. Autor da Ópera "O Guarani".

Quintino Ferreira de Sousa Bocaiúva - político fluminense. Propagandista republicano, foi redator dos primeiros decretos da república.

Alfredo da Rocha Vianna Filho - "O Pixinguinha" - compositor carioca. É considerado o Pai da Música Popular Brasileira. "Carinhoso" é o seu mais expressivo sucesso.

José Joaquim de Andrade Neves / Barão do Triunfo - Militar de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Um exemplo de soldado militar.  Luiz Gonzaga - Músico, compositor e cantor pernambucano. Um dos grandes nomes da música popular brasileira, é considerado do "Rei do Baião".  Joaquim Gonçalves Lêdo - jornalista carioca. Prócer da República e redator do manifesto de fevereiro de 1832. Vetor da fundação do Grande Oriente do Brasil.

Oscar Lorenzo Jacinto de La Inmaculada Concepción Teresa Diaz - "O Oscarito"- considerado um dos maiores comediantes do cinema brasileiro.

Francisco Glicério de Cerqueira Leite - Jornalista e político da cidade de Campinas (SP). Um dos artífices da Campanha Republicana. Foi vereador, deputado e senador. Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.

Manoel Deodoro da Fonseca - Militar e político da cidade de Alagoas (hoje Deodoro) (AL). Proclamou a República do Brasil, sendo seu primeiro presidente.

Júlio Cesar Ferreira de Mesquita - Jornalista, advogado, escritor e político da cidade de Campinas (SP). Foi diretor e proprietário do jornal O Estado de São Paulo. Deputado e senador, Júlio de Mesquita foi um dos mais brilhantes jornalistas do Brasil.

Nilo Procópio Peçanha - Advogado e político da cidade de Campos (RJ). Um dos mais ardorosos defensores da Campanha Republicana e da Abolição da Escravatura. Foi deputado, ministro de Estado, vice-presidente e presidente da República. Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.

Prudente José de Moraes Barros - Advogado, literato e político da cidade de Itu (SP). Foi deputado provincial, senador, governador do Estado e primeiro presidente civil do Brasil. É considerado um dos homens públicos mais honestos e patrióticos de nossa história.

Francisco Rangel Pestana - Jornalista, advogado e político da cidade de Iguaçu (RJ). Fundador de vários jornais, entre eles, "A Província de São Paulo" que se tornaria "O Estado de São Paulo". Foi deputado provincial, senador, vice-presidente do Estado do Rio de Janeiro e governador do Estado de São Paulo, no triunvirato após a Proclamação da República.

Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon - Dom Pedro I - Príncipe Regente, nascido no Palácio de Queluz, nos arredores da cidade de Lisboa. Foi o primeiro imperador do país. Proclamou a Independência do Brasil, no dia 7 de setembro de 1822. Em 1824, outorga a primeira Constituição brasileira.

Mario Marinho de Carvalho Behring - Engenheiro e jornalista da cidade de Ponte Nova (MG). É o fundador das Grandes Lojas Brasileiras.

Francisco Jê de Acayaba Montezuma/ Visconde de Jequitinhonha - Advogado e político da cidade de Salvador (BA). Um dos precursores do abolicionismo, foi deputado, conselheiro de estado e senador. Foi um dos fundadores do Instituto da Ordem dos Advogados Brasileiros. É fundador do Supremo Conselho do Grau 33o. do Rito Escocês Antigo e Aceito.

Octávio Kelly - Advogado, jornalista, político e professor da cidade de Niterói (RJ). Foi deputado estadual, juiz federal, membro do T.R.E. do Rio e membro do Supremo Tribunal Federal. Grande inteligência e cultura. Foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.

Francisco Rorato - Contabilista, nasceu na cidade de Guaxima, município de Conquista (MG). Apaixonado pelo jornalismo, fundou vários jornais e a Editora Jornalística A Verdade. Idealizador e construtor do Templo Maçônico da Grande Loja. Foi Grão-Mestre da GLESP. É considerado um dos maiores vultos da história da maçonaria.

Júlio de Mesquita Filho - Jornalista e advogado da cidade de São Paulo (SP). Foi diretor do jornal O Estado de S. Paulo. Fundador do Jornal da Tarde e Rádio Eldorado. Coordenador e maior líder civil do Movimento Constitucionalista de 1932.

Jânio da Silva Quadros - Professor, advogado e político da cidade de Campo Grande (MTS). Foi vereador, deputado, prefeito, governador e presidente da República. Orador carismático e político de profunda erudição.

Hervê Cordovil - Músico, compositor e maestro da cidade de Viçosa (MG). No Rio de Janeiro estudou piano e fez músicas com grandes compositores, como Noel Rosa, Lamartine Babo, Adoniram

Barbosa e Luiz Gonzaga. É considerado um gênio da música popular brasileira.

Alfredo D'Escragnole Taunay/ Visconde de Taunay - Militar, escritor e político da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foi governador dos estados de Santa Catarina e Paraná. Dedicou-se à crítica literária, música e pintura. "Retirada da Laguna" e "Inocência", são suas principais obras. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras.

Venceslau Bras Pereira Gomes - Advogado e político da cidade de Brasópolis (MG). Foi vereador, deputado, governador do Estado de Minas Gerais e presidente da república.

Cesário Nazianzeno de Azevedo Mota e Magalhães Júnior - Médico higienista e político da cidade de Porto Feliz (SP). Fundador da Escola Politécnica e da Escola de Farmácia de São Paulo. Lançou as bases da Escola Agrícola de Piracicaba. Executou o saneamento do Porto de Santos. Combateu a cólera, varíola e extinguiu a febre amarela.

Hypólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça - Jornalista e advogado da cidade de Colônia do Sacramento (República Oriental do Uruguai). Fundador do 1o. órgão da imprensa brasileira, "Correio Brasiliense". Prócer da Independência do Brasil, é considerado o Pai da Imprensa Brasileira.

Adhemar Pereira de Barros - Médico e político da cidade de Piracicaba (SP). Foi prefeito e governador de São Paulo. São destaques de sua administração as áreas de Saúde Pública, Educação e Energia.

Floriano Vieira Peixoto - Militar e político da cidade de Ipióca (AL). Consolidou a República Brasileira. Foi presidente em substituição a Deodoro da Fonseca. Em seu governo, enfrentou muitas revoltas com firmeza e energia, recebendo por isso, o apelido de "Marechal de Ferro".

José Lopes da Silva Trovão - Patriota da Ilha de Gipóia/Angra dos Reis (RJ). Um dos maiores propagandistas do Movimento Republicano. Um verdadeiro paladino da liberdade.

Nicola Aslan - Historiador nascido na Ilha de Chio - Grécia. Fez do Brasil o país do seu coração. Autor de grandes obras maçônicas, é membro fundador da Academia Maçônica de Letras.

Eleazar Segundo Afonso de Carvalho - Regente, compositor e instrumentista da cidade de Iguatu (CE). Autor da ópera "Descobrimento do Brasil". Primeiro brasileiro a reger a Sinfônica de Boston. Regeu as Filarmônicas de Berlim e Viena. Primeiro regente da Sinfônica do Estado e criador do Festival de Inverno de Campos do Jordão.

Pedro Manuel de Toledo - Político, advogado e jornalista da cidade de São Paulo - São Paulo. Foi ministro da Agricultura, embaixador em Roma, Madri e Buenos Aires. Interventor de São Paulo e líder civil da Revolução Constitucionalista de 1932. Foi Grão-Mestre do Grande Oriente entre 1908 e 1913.

Cônego Januário da Cunha Barbosa - Jornalista, orador sacro, poeta, biógrafo e político da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Prócer da Independência do Brasil, lutou muito para sua emancipação.

George Savalla Gomes/ O Carequinha - Compositor, cantor e artista circense da cidade de Rio Bonito (RJ). Formou com Fred Vilar, a mais notável dupla de palhaços.

Alcindo Guanabara - Jornalista e político da cidade de Guapimirim - Magé (RJ). Membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Trabalhou em diversos jornais do país, participando ativamente do Movimento Republicano. Foi deputado pelo Rio de Janeiro. Fundador do jornal A Tribuna. É considerado um dos maiores jornalistas brasileiros.

Rafael Gióia Martins Júnior - Professor, advogado, jornalista, publicitário, poeta e político da cidade de Campinas (SP). Foi vereador, deputado estadual e federal. Um dos grandes poetas cristãos do Brasil.

Erwin Seignemartin - Contabilista e administrador financeiro da cidade de Ribeirão Preto (SP). Foi um dos mais ativos conferencistas de temas maçônicos. Membro da Academia Maçônica Paulista de Letras. Foi Secretário de Relações Exteriores e Grão-Mestre da GLESP.

Luiz Alves de Lima e Silva/ Duque de Caxias - Militar e estadista, nasceu na Fazenda de São Paulo, no Taquaruçú, na Vila de Estrela da Província do Rio de Janeiro (RJ). Foi Ministro da Guerra, criador do Supremo Conselho Militar. Lutou em várias frentes de batalha, em todo continente. Caxias é o Patrono do Exército Brasileiro.

Miguel Joaquim de Almeida e Castro/ Padre Miguelinho - Sacerdote e idealista da cidade de Natal (RGN). Um dos mais dinâmicos ativistas da Revolução Pernambucana de 1817.

Bento Gonçalves da Silva - Militar e revolucionário da cidade de Triunfo (RGS). Defensor de idéias liberais, comandou a Revolução Farroupilha que levou à proclamação da República do Rio Grande do Sul.

Evaristo Ferreira da Veiga e Barros - Jornalista e político da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foi deputado, trabalhando incansavelmente pela defesa das instituições públicas. É autor da letra do Hino da Independência.

José Carlos do Patrocínio - Jornalista e escritor da cidade de Campos de Goitacases (RJ). Lutou no Movimento Republicano. Seus textos fortes o tornaram símbolo do Movimento Abolicionista no Brasil.

Francisco Antonio de Almeida Morato - Advogado, professor e político da cidade de Piracicaba (SP). Foi diretor da Faculdade de Direito da USP, um dos fundadores do Instituto da OAB e o 1o. presidente da Ordem dos Advogados do Brasil.

Homero de Souza Campos/ o Ranchinho - Artista, músico e cantor de Campos Gerais (MG). Formou com Alvarenga a dupla sertaneja satírica "Alvarenga e Ranchinho".

Washington Luís Pereira de Sousa - Advogado e político da cidade de Macaé (RJ). Vereador e prefeito na cidade de Batatais, interior de São Paulo, deputado estadual, prefeito da capital e governador do Estado. Foi presidente do Brasil.

Antonio Evaristo de Morais - Advogado e jornalista da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foi consultor jurídico no Ministério do Trabalho, presidente da Associação Brasileira de Criminologia, um dos fundadores da ABI e do Partido Operário. Popularizou-se como defensor dos fracos e pobres. Foi um dos maiores criminologistas do Brasil.

João Batista Mascarenhas de Moraes - Engenheiro e militar da cidade de São Gabriel (RGS). Foi comandante da Força Expedicionária Brasileira. Comandou o 1o. Escalão em Nápoles, na 2a. Guerra Mundial.

Osvaldo Euclides de Sousa Aranha - Militar, advogado e político da cidade de Alegrete (RGS). Foi deputado, secretário do Interior e Justiça, secretário da Fazenda, presidente do Rio Grande do Sul e Embaixador em Washington. É considerado um dos arquitetos da Revolução de 1930.

Nicolau Pereira de Campos Vergueiro/ Senador Vergueiro - Advogado e político da cidade de Macedo de Cavaleiros - Traz-dos-Montes - Portugal. Foi deputado, ministro e senador. Diretor da Faculdade de Direito de S. Paulo. Um dos chefes do Movimento Liberal de S. Paulo, junto com Feijó e Rafael Tobias de Aguiar.

Elmano Gomes Cardim - Jornalista e político da cidade de Valença (RJ). Trabalhou no Jornal do Comércio, foi diretor da Associação Comercial do Rio, presidente da Sociedade Brasileira da Cultura Inglesa, oficial de gabinete do Ministério da Justiça e funcionário do Arquivo Nacional.

João Caetano dos Santos - Ator e empresário da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Especialista e papéis dramáticos. Introduziu temas brasileiros no teatro do país. Foi defensor do estilo simples e verdadeiro de representar. Teatro João Caetano é em sua homenagem.

Jayr Celso Fortunato de Almeida - Advogado da cidade de Varginha (MG). Ocupou importantes cargos nas administrações da Grande Loja, inclusive como Membro do Conselho do Grão-Mestrado. Foi Grão-Mestre da GLESP para a gestão 1968/1971.

Rodolfo Mayer - Ator de Teatro e TV paulistano. Pioneiro nas novelas do rádio, Rodolfo desempenhou papéis importantes também no Teatro e na Tevê.

Casimiro José Marques de Abreu - poeta carioca. Lírico, harmonioso e melancólico. Autor de poesias maravilhosas como "Primaveras".

Waldemar Seyssel - "O Arrelia" - Um dos maiores artistas circenses brasileiros.

Antonio de Castro Alves - poeta baiano. O grande poeta da Abolição e da alma brasileira.

José Castellani - Médico paulista de Araraquara. Pesquisador, historiador com mais de 60 obras escritas. O mais importante escritor maçônico brasileiro da atualidade.

João Salvador Pérez - artista e compositor paulista de São Manuel. Com seu irmão, formou a dupla sertaneja mais famosa de todos os tempos. Ele é o Tonico, da dupla “Tonico & Tinoco”.

Joaquim do Amor Divino Rabelo e Caneca / Frei Caneca- Frade carmelita e político pernambucano, de Recife. Um dos líderes da Confederação do Equador.

Benjamin Constant de Magalhães - Militar, catedrático e estadista carioca, da cidade de Niterói. Deve-se a ele a adoção da divisa "Ordem e Progresso" na bandeira brasileira. É considerado o "Pai da República".

José Bonifácio de Andrada e Silva - Poeta, cientista e político santista. É o redentor dos escravos e patriarca da Independência.

Júlio Prestes de Albuquerque - Advogado e político paulista de Itapetininga. Foi deputado estadual e federal. Governador de S. Paulo e Presidente da República.

José Maria Lisboa - Jornalista brasileiro de origem portuguesa, da cidade de Lisboa. Defendeu os ideais republicanos e lutou em favor da Abolição. É o fundador do jornal "Diário Popular".

Ibrahim de Almeida Nobre - Advogado, jornalista e escritor paulistano. Foi delegado de polícia, promotor público. Lutou pela legalidade, auxiliou a população dizimada pela varíola e encarnou a angústia do povo. Foi membro da Academia Paulista de Letras.

Aristides da Silveira Lobo - Jornalista, advogado e político da cidade de Mamanguape - Paraíba. Foi deputado federal e ministro do interior. Um dos mais ardorosos defensores da República.

João Mendes de Almeida Júnior - Advogado e professor da cidade de São Paulo. Foi membro do Supremo Tribunal Federal. Autor de "Direito Judiciário Brasileiro". O Forum e a Praça João Mendes, são em sua homenagem.

Nelson de Sousa Carneiro - Advogado e político da cidade de Salvador - Bahia. Foi deputado e senador. Lutou pela aprovação da Lei do Divórcio, promulgada em 1977.

Benjamin de Almeida Sodré - Militar e político da cidade de Mecejana - Ceará. Foi presidente da Associação dos Alunos da Escola Naval. Em sua carreira, atingiu o posto de almirante. É o criador da União dos Escoteiros do Brasil. Foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil (1953-1954).

Esmeraldo Tarquínio de Campos Filho - Advogado e político da cidade de Santos - São Paulo. Foi deputado e prefeito de Santos (1968-1969).

Kurt Prober - Historiador e numismata brasileiro, de origem alemã, da cidade de Berlim. Possuidor do maior arquivo de documentos maçônicos que se conhece. Fundador da revista "A Bigorna".

Augusto João Manuel Leverger/Barão de Melgaço - Militar e geógrafo brasileiro, de origem francesa, da cidade de Saint Malo. Teve importante papel, na defesa das fronteiras brasileiras, na guerra do Paraguai. Foi presidente da Província de Mato Grosso.

Tomás Antônio Gonzaga - Poeta, advogado e desembargador brasileiro, de origem portuguesa, da cidade do Porto. Participou ativamente do movimento da Inconfidência Mineira. Autor de "Marília de Dirceu" e "Cartas Chilenas", é considerado um dos grandes poetas do Arcadismo Brasileiro.

Theobaldo Varolli Filho - Historiador da cidade de São Paulo - São Paulo. Importante autor maçônico. Foi membro da Academia Maçônica Paulista de Letras. Grão-Mestre Adjunto, no período de 1956 a 1962.

Cornélio Pires - Escritor, jornalista e folclorista, da cidade de Tietê - São Paulo. Um dos maiores divulgadores do folclore brasileiro. "Enciclopédia de Anedotas e Curiosidades", "Almanaque do Saci", "Quem conta um conto...", são algumas de suas obras.

Amadeu Ataliba Arruda Amaral Leite Penteado/Amadeu Amaral - Escritor e poeta da cidade de Capivari - São Paulo. Fundador da Academia Paulista de Letras. Escreveu "Urzes", "Névoa", "Espumas", "Lâmpada Antiga", entre outras.

Paulo Duarte - Advogado, jornalista e historiador da cidade de São Paulo - São Paulo. Espírito combativo e independente, participou das articulações da Revolução Constitucionalista de 1932. Trabalhou no jornal O Estado de S. Paulo. Escreveu "Sob as Arcadas" e "Agora".

Cesar Guerra Peixe - Compositor e maestro da cidade de Petrópolis - Rio de Janeiro. Criador da Escola Brasileira de Música Popular. É autor de vasta obra. "Sinfonia no. 1" e "Maracatus do Recife", são destaques.

Antonio Frederico Zerrener - Industrial brasileiro de origem alemã. Fundador da Companhia Antarctica Paulista. Foi Grão-Mestre Adjunto de Pedro de Toledo e seu sucessor, no Grande Oriente Estadual de S. Paulo.

José Francisco da Rocha Pombo - Professor, historiador, escritor e jornalista da cidade de Morretes - Paraná. Um dos fundadores da Universidade Federal do Paraná. Pertenceu à Academia de Letras do Estado. Autor de diversas obras, entre elas, "História do Brasil", "Nossa Pátria", "No Hospício".

Martim Francisco Ribeiro de Andrada III - Estadista, matemático e cientista da cidade de Santos - São Paulo. Foi ministro da fazenda em 1820 e 1840, presidente da Assembléia Constituinte e Câmara dos deputados.

José Maria da Silva Paranhos (Visconde do Rio Branco) - Professor, jornalista, estadista e político, da cidade de Salvador (BA). Graduado em matemática, professor na Escola Militar, deputado provincial, senador, ministro da Marinha, Negócios Estrangeiros e da Fazenda. Promulgou a Lei do Ventre Livre. Por suas missões internacionais, é considerado símbolo da diplomacia brasileira. Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.

José Maria da Silva Paranhos Filho (Barão do Rio Branco) - Historiador, estadista e diplomata da cidade do Rio de Janeiro. Graças aos seus esforços diplomaticos, a Questão do Amapá, foi resolvida em favor do Brasil. Também a Questão do Acre. Serviu a 4 presidentes como secretário de relações exteriores.

Julio Cesar Ribeiro - Romancista, filólogo e jornalista da cidade de Sabará - Minas Gerais. Foi um combativo defensor da abolição e do movimento republicano. Escreveu: "Estudos Gerais de Linguística", "Padre Belchior de Pontes", "A Carne", entre outros.

Antonio Peregrino Maciel Monteiro/Barão de Itamaracá - Médico, político e diplomata da cidade de Recife - Pernambuco. Foi deputado, presidente da Câmara, ministro de Estrangeiros e ministro plenipotenciário em Lisboa.

José Gomes Pinheiro Machado - Advogado e político da cidade de Cruz Alta - Rio Grande do Sul. Foi senador e deputado constituinte em 1890 e 1915.

Manuel Luís Osório/ Marquês de Herval - Militar da cidade Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arrôio, hoje Osório - Rio Grande do Sul. Combateu na Revolta dos Farrapos, na Invasão do Uruguai e Argentina. Participou da Guerra do Paraguai. Foi eleito deputado e senador.

Hermes Rodrigues da Fonseca - Militar da cidade de São Gabriel - Rio Grande do Sul. Na carreira militar atingiu o posto máximo: marechal. Foi eleito presidente da república (1910-1914).

Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa - Advogado e político da cidade de Umbuzeiro - Paraíba. Foi deputado, ministro da justiça, ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente da república entre 1919 e 1922.

José Lopes da Silva Trovão - Patriota da Ilha de Gipóia - Angra dos Reis - Rio de Janeiro. Foi um dos grandes propagandistas da república. Um paladino da liberdade.

Artur Silveira da Mota/Barão de Jaceguai - Militar da cidade de São Paulo - SP. Fez uma brilhante carreira militar. Foi Grão-Mestre no período de 1881 a 1882.

Joaquim Marcelino de Brito - Magistrado e político da cidade de Salvador - Bahia. Foi deputado, ministro e governador de Sergipe e Pernambuco. Ministro do Supremo Tribunal de Justiça. Foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, no período de 1864 a 1871.

Maurício Paiva de Lacerda - Advogado e político da cidade de Vassouras - Rio de Janeiro. Foi oficial do gabinete de Hermes da Fonseca. Deputado à Assembléia Constituinte e deputado federal.

Joaquim Rodrigues Neves - Advogado da cidade do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro. Foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, em 1941. Foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, no período de 1940 a 1952.

Antonio Duarte Nogueira - Médico e político da cidade de São Francisco de Salles - Minas Gerais. Foi prefeito da cidade de Ribeirão Preto, em duas gestões: 1969 a 1973 e 1977 a 1983.

Inocêncio Serzedelo Correia - Militar e político da cidade de Belém - Pará. Com Benjamim Constant, fundou o Clube Militar. Foi ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas e um dos próceres da República.

Luiz Gonzaga Pinto da Gama - Escritor e advogado da cidade de Salvador - Bahia. Contribuiu diretamente para a libertação de mais de 500 escravos, em 1830. É o fundador da Imprensa Humorística e do Centro Abolicionista de São Paulo.

Mariano Procópio Ferreira Lage - Empresário e político da cidade de Barbacena - Minas Gerais. Ajudou a construir a 1a. Estrada de Rodagem do Império. Foi diretor da Estrada de Ferro D. Pedro II, hoje, Central do Brasil. Foi deputado provincial e geral.

Fernando Prestes de Albuquerque - Militar e político da cidade de Itapetininga - São Paulo. Foi deputado estadual e federal. Foi governador do Estado de São Paulo, no período de 1898 a 1900. Fundador do Instituto Butantã, nomeando para seu diretor o Dr. Vital Brasil.

Eduardo Vandenkolk - Militar da cidade do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro. Foi o 1o. Ministro da Marinha, no governo de Deodoro da Fonseca. Participou nas guerras do Uruguai e Paraguai. Foi senador e vice-almirante da marinha brasileira.

João Batista Gonçalves de Campos/ Visconde de Jary - Jornalista e político da cidade de Acará - Pará. Foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil de 1889 a 1890.

Álvaro Palmeira - Médico e professor da cidade do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro. Foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, de 1963 a 1968.

Joaquim José Inácio de Barros/Visconde de Inhaúma - Militar da marinha, de origem portuguesa, da cidade de Lisboa. No Brasil, participou da Campanha Cisplatina, Revolução Farroupilha, Guerra do Paraguai e Confederação do Equador. Foi ministro da marinha no gabinete de Caxias.

Gaspar Silveira Martins - Advogado e político da cidade de Cerro Largo - República Oriental do Uruguai, divisa com o estado do Rio Grande do Sul. Foi deputado, conselheiro do Império, senador, ministro da Fazenda, governador do Rio Grande do Sul e um dos grandes oradores de nossa história.

Carlos de Campos - Estadista, parlamentar, jornalista e musicista da cidade de Campinas - São Paulo. Foi diretor do jornal "Correio Paulistano", secretário de Justiça de Campos Salles e governador do estado de São Paulo.

João Tibiriçá Piratininga - Agricultor e político da cidade de Itú - São Paulo. Foi um dos maiores líderes republicanos da Província de São Paulo.

Américo Brasiliense de Almeida e Melo - Jurisconsulto e político da cidade de São Paulo - São Paulo. Participou da comissão que elaborou a Nova Constituição. Foi ministro do Supremo Tribunal Federal e governador do estado do Rio de Janeiro, em 1866.

Frei Francisco de Santa Tereza de Jesus Sampaio - Religioso e patriota da cidade do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro. Frade ativista, Francisco José de Sampaio foi um dos maiores colaboradores da nossa independência.

Américo Brazílio de Campos - Jornalista, diplomata e político da cidade de Bragança Paulista - São Paulo. Trabalhou na "Província de S. Paulo", hoje "O Estadão" e fundou o "Correio Popular". Um grande nome do jornalismo brasileiro.

Antonio da Silva Jardim - Advogado e jornalista da cidade de Capivari de Cima (Silva Jardim) - Rio de Janeiro. Escreveu na Gazeta de Notícias. Conferencista e orador brilhante, foi um dos mais ativos propagandistas da república. Escreveu "O General Osório", "Gente do Mosteiro" e "Memórias e viagens".

Artur da Silva Bernardes - Advogado e político da cidade de Viçosa - Minas Gerais. Foi deputado, governador e presidente da República (1922-1926). A cidade de Presidente Bernardes, é em sua homenagem.

Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo - Diplomata e escritor da cidade de Recife - Pernambuco. Foi membro da Academia Brasileira de Letras. Destaques para "Camões e os Luzíadas" e "Abolicionismo".

Antônio Francisco de Paula e Holanda Cavalcanti e Albuquerque/ Visconde de Albuquerque - Militar e político da cidade de Engenho Pantorra - Cabo - Pernambuco. Foi deputado, senador e ministro de estado. Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil de 1837 a 1850.

David José Martins/David Canabarro - Militar da cidade de Pinheiros/Taquari - Rio Grande do Sul. Participou da proclamação da república Catarinense, das Guerras da Cisplatina e Farrapos. Foi um dos líderes da Revolução Farroupilha. Comandou a esquadra de Caxias.

Ubaldino do Amaral Fontoura - Advogado da cidade de Passo dos Marianos - Lapa - Paraná. Companheiro de escritório de Saldanha Marinho. Um dos publicistas da Abolição e da República. Foi senador e ministro do Supremo Tribunal Federal.

Nereu de Oliveira Ramos - Advogado e político da cidade de Lajes - Santa Catarina. Foi deputado federal, senador, governador do estado, vice-presidente e presidente da república. Foi Ministro da Justiça, no governo de Juscelino Kubitscheck.

Bernardino José de Campos Júnior - Estadista, diplomata, político e jornalista da cidade de Pouso Alegre - Minas Gerais. Propagandista dos ideiais republicanos, foi deputado, senador e governador de S. Paulo. Foi ministro da fazenda no governo de Prudente de Morais.

Antonio Vicente Felipe Celestino - Cantor da cidade do Rio de Janeiro. Um dos maiores intérpretes da música popular brasileira e uma das vozes barítonas mais lindas. Seu grande sucesso foi "O Ébrio".

Nelson Roberto Pérez/ Bob Nelson - Cantor e compositor da cidade de Campinas - São Paulo. Linha musical alegre e divertida, são destaques de seu repertório, "Ó Suzana", "O boi Barnabé", "Catulé", "Te aguenta Mané" e "Eu tiro o leite".

Cândido José de Araújo Viana/Marquês de Sapucaí - Advogado e desembargador da cidade de Congonhas do Sabará - Minas Gerais. Foi presidente das Províncias de Alagoas e Maranhão e ministro da Suprema Côrte de Justiça.

Manoel Joaquim de Albuquerque Lins - Político da cidade de São Miguel dos Campos - Alagoas. Foi senador, secretário da fazenda no governo de Jorge Tibiriçá. Revitalizou a cultura do café. Foi governador do estado, de 1908 a 1912 e vice na chapa de Rui Barbosa, à presidência.

Raphael Baptista Rabello - Violonista, compositor e arranjador da cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro. Reconhecido internacionalmente como um grande fenômeno. Músico de técnica e virtuosidade inacreditáveis. Foi parceiro de Radamés Gnatalli.

O QUE É A CHARITAS MAÇÔNICA? - Sérgio Quirino



O ir. Sérgio Quirino é um notável erudito da maçonaria e é o atual Grão-Mestre da GLMMG 2021/2024


Na tradução literal charitas é a caridade. Nesta versão direta perdemos parte da essência do vocábulo e o limitamos a “doações”, “esmolas”, “beneficência”, “favor” e tudo mais que envolva algo de material.

Naturalmente, não há nada de errado neste sentido semântico. Nossas instruções destacam a Fé a Esperança e a Caridade como as três virtudes teologais. Desta forma, nada mais natural para nós Maçons do que, com base na virtude da caridade, suprir os menos afortunados que nos cercam com os bens materiais que lhe faltam. Porém, não abrange a totalidade da Charitas Maçônica.

Lembremos que a caridade no sentido material não passa do cumprimento elementar de um dever maçônico. Afinal, toda a oportunidade que perdemos de ser úteis, e qualquer socorro negado nos tornam perjúrios.

A ética nos ensina que não devemos gozar os prazeres da vida sem regramentos. A ausência da justa medida nos prazeres materiais chega às raias de uma ofensa àqueles que tem poucos recursos. E, no caso dos realmente iniciados, emerge uma tremenda angústia quando se veem impossibilitados de socorrer os carentes.

Portanto, a caridade maçônica como doação se estende para além do material, pois não se alimenta o espirito com o pão.

O termo latino charitas expressa dois substantivos: Caridade e AMOR. Das três virtudes teologais descritas no Livro da Lei consta que a maior é a Caridade. Porém, em algumas edições desta passagem, a palavra caridade é substituída por “amor” ou ela aparece entre parênteses: caridade (amor).

Se compreendermos a “Charitas Maçônica” como “Amor Maçônico”, estaremos, aí sim, inserindo em nossos labores as verdadeiras ações de “benevolência”, “misericórdia”, “piedade” e “tolerância”.

A DÁDIVA É UM ATO ESPONTANEO

DE DAR ALGO MATERIAL OU NÃO, A ALGUÉM.

SER MAÇOM É UMA DÁDIVA

SER MAÇOM É A DÁDIVA DE SI MESMO

Muitas vezes, a caridade é representada como uma mão estendida. Observe que ela ou está vazia ou segurando outra mão. A maior doação é se doar. O maior amor é amar.

A matéria precisa de pão, mas ela é apenas o veículo do espírito. Precisamos alimentar também aqueles que estão desamparados espiritualmente. Um sorriso, “emprestar os ouvidos”, abraçar um corpo senil, acalentar um doente, cantar para alguém, dançar, contar estórias, são provas de amor, são, portanto, a pura caridade.

A CARIDADE MAÇÔNICA NÃO É DOAR ALGO, MAS SE DOAR.

Atingimos quinze anos de compartilhamento de instruções maçônicas. Nosso propósito fundamental é incentivar os Irmãos ao estudo, à reflexão e tornar-se um elemento de atuação, um legítimo Construtor Social.



novembro 21, 2021

OS QUATRO ELEMENTOS - José Castellani




Os quatro elementos conhecidos na Antiguidade eram: o ar, o fogo, a água e a terra.

Em todas as teorias cosmogônicas do mundo antigo, existe a ideia de um elemento primordial, do qual derivariam todos os demais elementos.

O mais antigo conceito relativo a essa ideia é aquele associado aos trabalhos do sábio grego Thales, de Mileto, que considerava a água como elemento fundamental.

Na Grécia mesmo, todavia, muitos filósofos defenderam idéias diferentes. Anaxímenes afirmava que o elemento primordial era o ar, já que ele podia ser condensado, formando nuvens e chuvas, cujas águas, evaporando, formavam, novamente, o ar, deixando um resíduo sólido de terra.

Heráclito, com base no mitraísmo persa, que via a manifestação do poder divino no fogo, defendia a teoria desse elemento, afirmando que tudo, no mundo, está em constante transformação e que o elemento que pode provocar as mais intensas transformações é o fogo.

Feresides escolheu, como fundamental, o elemento terra, pois, afirmava ele, ao se queimar um corpo sólido, obtém-se água e ar.

Aristóteles, finalmente, defendendo uma concepção de Empédocles, afirmava que esses quatro elementos eram fundamentais e que todos os corpos eram formados por combinações deles.

Todavia, assim como os antigos discípulos de Zoroastro, ou Zaratustra, na antiga Pérsia, os hermetistas, os alquimistas e os Rosa-cruzes consideravam o fogo como o símbolo da divindade, já que, esotericamente, ele é o único elemento cósmico, daí as denominações de fogo fluídico (o ar), fogo líquido (a água), fogo sólido (a terra), e fogo sideral (o próprio fogo), dadas aos quatro elementos.

A Cabala hebraica aplica a expressão fogo branco ao Infinito Incognoscível de Deus (o Ein Soph) e a expressão fogo negro à sabedoria e à luz absoluta (a cor negra é o resultado da absorção de toda a luz).

Os antigos rosa-cruzes possuíam uma cerimônia chamada fogo novo, que era celebrada no sábado de aleluia, em homenagem à ressurreição de Jesus.

Tudo o que existe é filho do fogo e é através dele que tudo se renova; daí a máxima hermética Igne Natura Renovatur Integra (o fogo renova toda a Natureza), cujas iniciais, *I.N.R.I.*, já foram usadas com diferentes sentidos, inclusive pelo cristianismo.

As ideias de Aristóteles, básicas para a alquimia e úteis na astrologia, eram ensinadas nas escolas de pensadores de Alexandria, no Egito.

Nela, se deu a fusão entre as práticas egípcias e as teorias gregas, mais tarde desenvolvidas pelos Árabes.

Estes, ao conquistar, em 642 a.C., o Egito, trouxeram, para o Ocidente, a nova contribuição à cultura da época.



MAÇONARIA DE PAU - Louis Block


(Palavras do Gr.'. Mestre, Pod.'. Ir.'. Louis Block, de Yowa, sobre o que ele chama “maçonaria de pau”:) 

“Muitos maçons que aprendem a recitar o ritual de maneira automática, não sabem que através de suas místicas palavras há ocultos pensamentos e significados que bem merecem ser descobertos”.

Semelhantes maçons estão aptos para viver mecanicamente balbuciando frases ritualísticas, como alguns devotos insípidos cantam as rezas em latim, cujo real significado pouco, ou nada, conhecem. 

Uma coisa é estar apto para desempenhar e recitar um ritual e outra é saber que o ritual tem um significado; e conhecer qual é esse significado, aplicando-o á sabedoria, força e beleza, em nossa vida diária.

A Maçonaria não serve para cega e estúpida devoção, consagrada a ela por homens de pau, que não sabem por que a servem; o que ela ama é a inteligente lealdade de homens que pensam e que têm uma razão para a sua fé.

Ela ocultou as suas lições em frases místicas, não com o propósito de que aprendamos um número de palavras de estranhos sons, que sempre permanecerão para nós vazios e desprovidos de significado, mas com o fim de nos fazer pensar.

Muitos recitam o ritual como se contivesse algum mágico encanto e, para esses, o simples fato de que não podem entender o que ele diz, parece dar a suas frases misteriosas um poder milagroso.

Estes homens podem constituir boas máquinas, porém nunca serão maçons.

O Maçom que não consagra tempo para estudar e pensar, que nunca examina nem reflexiona, que só decora que não penetra no significado aparente da palavra para buscar o pensamento real que se acha oculto no mais intimo desta, será sempre maçom, mas no nome, somente.

Bom dia meus irmãos.


Traduzido do Boletim do Grande Oriente do Uruguay, de novembro de 1913

novembro 20, 2021

CONSCIÊNCIA , COR E DATA - Newton Agrella





Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante, um dos mais renomados intelectuais da maçonaria.

Do ponto de vista essencialmente  filosófico temos a liberdade de entender que a "Consciência"  é a percepção que temos daquilo que se passa, dentro ou fora de nós.

Trata-se do acúmulo de experiências produzidas e resultantes de nossos próprios pensamentos, sentimentos e atos.

Consciência não tem cor, não guarda vestígios, não levanta bandeiras e tampouco se constitui num bem alienável.

A Consciência é um atributo do espírito e do pensamento humano que se manifesta na própria relação interior que cada um de nós exercita ao longo da vida.

Reconhecer qualidades, valor e igualdade entre as pessoas, não é Consciência, senão um puro exercício de civilidade.

O que se percebe no entanto, é uma insistente ideia de se politizar a consciência, conferindo-lhe caráter histórico, social e até midiático, como se fosse um instrumento transformador do comportamento humano.

O resgate da memória das vicissitudes, do sofrimento, das humilhações e de todo e qualquer outro percalço, que o ser humano submete ou a que é submetido, não é um agente para que se promova uma releitura da história.

A legitimidade reside em reconhecer os erros e não repeti-los.

Quando um país precisa instituir um dia para chamar a atenção de um contingente significativo de sua população, e que portanto não pode ser chamado de minoria, é porque tem transitado há muito tempo, pelos caminhos mais tortuosos e sórdidos de sua história.

Respeito e Dignidade, Direitos e Obrigações fazem parte de um acervo ético e moral.


,

CALENDÁRIO CABALISTA LUNISSOLAR



Os astros seguem, imperturbáveis, em seus movimentos, e o ser humano procura formas de registrar em números, a passagem do tempo. Essa é a função dos calendários.

O primeiro calendário que se tem notícia foi o dos sumérios, há cerca de 5000 anos, e era baseado no espaço de tempo decorrido entre duas luas novas (29 dias, 12 horas e 44 minutos). Assim também é o calendário hebraico, onde cada mês se inicia na lua nova.

Reza a tradição que esse foi o calendário adotado quando o Criador mostrou a Moisés a lua nova de Nissan (Áries), duas semanas antes da saída do Egito, que ocorreu na lua cheia.

Atualmente, esse calendário é do tipo lunissolar, no qual os meses seguem as fases da lua, mas também leva-se em conta as estações. Por isso os meses são de 29 e 30 dias (nem mais nem menos), alternadamente. Um ano hebraico possui 354 dias, contra 365 do calendário gregoriano, ou solar. Isso dá uma diferença de 11 dias entre os dois.

Para a correção desses 11 dias, em relação às estações do ano, acrescenta-se um mês adicional de Adar a cada 3 anos (33 dias). Em alguns anos é necessário subtrair um dia do mês de Kislev (que normalmente tem 30 dias), ou acrescentar um dia ao mês de Chesvan (que normalmente tem 29 dias).

Assim, a cada lua nova temos um novo mês, sempre na mesma estação do ano.

O TÚMULO DO REI HIRAM DE TIRO - Ir.: Luciano Rodrigues.



O túmulo do Rei Hiram está localizado a alguns minutos de carro, a sudeste de Tiro na aldeia de Hanaway. É um sarcófago colossal de calcário, construído sobre um alto pedestal, ao norte da fronteira com Israel. Este túmulo pode ser encontrado e visto no Google Maps com uma placa turística marrom na estrada próxima.

Rei Hiram de Tiro é um personagem significativo na Maçonaria. Ele é introduzido na Maçonaria como um amigo e aliado do rei Salomão que assiste este último na construção da famosa Casa de Deus em Jerusalém, o Templo de Salomão. O que não é tão conhecido é que ele também era um aliado do Rei Davi, pai de Salomão, e ajudaram-no a construção de seu palácio em Jerusalém. Tiro é um antigo porto fenício e está localizado no que hoje é conhecido como o Líbano e atualmente é conhecido como Sur. Foi do Líbano que veio o famoso cedro encontrado tanto no palácio de David quanto no Templo do Rei Salomão. Além de suprimentos, o rei Hiram era conhecido por artesãos que fornecia, lenhadores, carpinteiros, pedreiros e outros trabalhadores para ajudar na construção de vários edifícios famosos, assim Tiro era um centro bem conhecido por arquitetos e artífices.

Rei Hiram era um rei fenício que reinou de cerca de 980-947 A.C. (embora esta data pode ter uma variação de 10 anos). Dizem que ele viveu até os 53 anos de idade, mas reinou apenas 34 deles, após suceder seu pai Abibaal. Existe uma confusão do texto bíblico com os prazos que não combinam muito bem com Salomão e David lidar com um “rei Hiram” durante um tempo de cerca de 54 anos.

Rei Hiram na Bíblia

Hiram era politicamente oportuno, quando viu o poder dado por Deus a David, por sua própria sobrevivência, Hiram sabia que era melhor tornar-se um aliado de Davi, em vez de um inimigo, embora pareça que a sua amizade pessoal era genuína.

“E Davi se tornou maior e maior, pois o Senhor, o Deus dos exércitos, estava com ele. E Hiram, rei de Tiro, enviou mensageiros a Davi, e madeira de cedro, também carpinteiros e pedreiros que construíram David uma casa.” (2 Samuel 5: 10-11)

Depois que David morreu, Hiram continuou a amizade com Salomão, fornecendo materiais e operários qualificados para a construção do Templo:

“Agora Hiram, rei de Tiro, enviou os seus servos a Salomão, quando ouviu que o haviam ungido rei em lugar de seu pai; Para Hiram sempre amei David”

“E Salomão mandou dizer a Hiram: Você sabe que Davi, meu pai, não pôde edificar uma casa ao nome do Senhor seu Deus, por causa da guerra com seus inimigos que o cercaram, até que o Senhor colocá-los sob as solas dos seus pés. Mas agora o Senhor meu Deus me tem dado descanso de todos os lados; não há nem adversário, nem infelicidade. E propósito para que eu construir uma casa para o nome do Senhor meu Deus, como o Senhor disse a Davi, meu pai: Teu filho, que porei sobre o teu trono em seu lugar, esse edificará a casa ao meu nome. Agora, pois, manda que cedros do Líbano ser cortado para mim; e os meus servos irá juntar-se aos teus servos, e eu vou pagar por seus servos tais salários que você definir; para você saber que não há ninguém entre nós que saiba cortar madeira como os sidônios.”

“Quando Hiram ouviu as palavras de Salomão, muito se alegrou, e disse: Bendito seja o Senhor neste dia, que deu a Davi um filho sábio sobre este tão grande povo.“

“E Hiram enviou a Salomão, dizendo: Eu ouvi a mensagem que enviou para mim; Estou pronto para fazer tudo o que desejar em matéria de cedro e de madeira cipreste. Meus servos trazê-lo para baixo para o mar a partir do Líbano; e eu vou fazê-lo em balsas para ir pelo mar até o lugar que você dirigir, e eu vou tê-los quebrado lá em cima, e você deve recebê-la; e você deve satisfazer meus desejos, fornecendo alimento para minha casa “.

“Então, Hiram forneceu a Salomão com toda a madeira de cedro e cipreste que ele desejar, enquanto que Salomão deu Hiram vinte mil coros de trigo, para sustento da sua casa, e vinte mil coros de azeite batido. Solomão deu isso a Hiram ano a ano. E o Senhor deu a Salomão sabedoria, como lhe tinha prometido; e houve paz entre Hiram e Salomão, e os dois fizeram um tratado”.


,

novembro 19, 2021

TODO DIA É TEU DIA BANDEIRA - Adilson Zotovici

 


Adilson Zotovici da ARLS Chequer Nassif  169 de S. Caetano do Sul é intelectual e um dos mais talentosos poetas da maçonaria brasileira.

Não será só neste dia 

Desta data costumeira 

Toda honra e cortesia  

A ti amada Bandeira 


Tu que trazes alegria 

Desfraldada, alvissareira, 

Aprazes com simbologia, 

Em tuas cores, altaneira


Tens até na geometria  

Diversidade verdadeira 

Estrelada, que inebria, 

Com tua frase sobranceira 


Teus súditos com eutimia 

Seguir-te-ão... vanguardeira 

Com fidelidade à porfia 

Na imensidão sem fronteira 


Tua história te credencia 

Da Liberdade herdeira 

Teu povo impõe soberania 

Na oratória ou na trincheira 


Festiva a paragem ou sombria  

Hasteada ou não... mensageira 

Que tua imagem propicia 

A emoção derradeira 


Grande Arquiteto te Guia 

Por ti morrerão se ELE queira 

Os obreiros da maçonaria 

Oh Pendão, Flâmula Brasileira !


A BANDEIRA BRASILEIRA - Evangelista Mota Nascimento


Evangelista Mota Nascimento, 33º I:. escritor, professor e membro regular das Lojas Simbólicas: Visconde de Vieira da Silva, nº 14 - Oriente de Barra do Corde, Maranhão e Heitor Correi de Melo, nº 19 - Oriente de Açailândia, Maranhão.

A frase “ORDEM E PROGRESSO” foi escrita em novembro de 1889, por Raimundo Teixeira Mendes, escritor, filósofo, maranhense de Caxias, que, repassou para os governantes da época o modelo da bandeira brasileira, prontamente adotado e elogiado. 

A cidade maranhense de Caxias é provavelmente a única a estar presente simultaneamente na história dos dois maiores símbolos da nossa Nação -- a Bandeira e o Hino. 

A Bandeira é uma criação do filósofo e matemático caxiense Raimundo Teixeira Mendes (1855 -1927). Seu dia, 19 de novembro, é a data em que, em 1889, quatro dias após a Proclamação da República, Teixeira Mendes entregou ao marechal Deodoro da Fonseca o desenho que o maranhense voluntariamente criou. Durante quatro dias, de 15 a 19 de novembro, a Bandeira brasileira era uma “cópia servil” da bandeira dos Estados Unidos pintada de verde e amarelo (no lugar do vermelho e branco americanos).

Na Bandeira brasileira, até a frase “Ordem e Progresso”, extraída por Teixeira Mendes da obra do filósofo francês Auguste Comte, pode ser creditada ao poeta caxiense Gonçalves Dias, que a escreveu e a descreveu em sua obra “Meditação”, de 1846, enquanto o livro “Système de Politique Positive”, de Comte, é de 1852. Trato extensamente desse assunto em meu texto “’Ordem e Progresso’ -- Um Lema Caxiense?”.

Se o Maranhão e Caxias estão presentes na Bandeira do Brasil, com o desenho e, quiçá, com o lema, também é dupla a participação maranhense-caxiense no Hino Nacional: os trechos de versos da “Canção do Exílio”, do caxiense Gonçalves Dias, na letra do Hino (“nossos bosques têm mais vida” e “nossa vida [em teu seio] mais amores”) e a proposição legal de o Hino Brasileiro ter uma letra (pois antes era só melodia).

A proposição foi do escritor caxiense Coelho Netto, quando deputado federal, no Rio de Janeiro (antiga capital da república). Coelho Netto, que era deputado federal e desde 1906 defendia uma letra para o Hino brasileiro, apresentou duas emendas sobre o assunto, em 1909 e 1910, que foram rejeitadas, mas, em 1922, no centenário da Independência, o Congresso Nacional, por pressão do presidente Epitácio Pessoa, finalmente aprovou uma letra para o Hino, de autoria de Osório Duque-Estrada. Coelho Netto escreveu, em 1909: “ - Esse hino tem sido companheiro das nossas glórias e vicissitudes e precisa ser cantado por todos os filhos deste grande país. É um hino que canta, mas não fala. É preciso que fale, que saiba traduzir a beleza das nossas mulheres, a pureza do nosso céu, o ruído das nossas cascatas e a impetuosidade do nosso amor”.

***

Nos mais diversos lugares e localidades deste País, seja em um submarino brasileiro no fundo do mar, seja no Pico da Neblina, no mais rarefeito ar, está tremulando especialmente a Bandeira do Brasil -- criação de um caxiense, Raimundo Teixeira Mendes.

Desde 19 de novembro de 1889, após a proclamação da República, a bandeira que estamos vendo agora é a mesma que vem presidindo e testemunhando, do mais alto ponto, o correr dos acontecimentos em nosso território.

Cada símbolo nacional tem a sua função, o seu valor. Mas nem o selo, nem o sinete, nem mesmo o brasão das armas nacionais têm estado tão presente nos olhos e na alma do povo brasileiro quanto a sua bandeira.

A bandeira é o hino em tecido: basta vê-la nos grandes momentos para sentirmos aquela mesma comoção sadia, a mesma emoção positiva de orgulho cívico, de cidadania gloriosa.

É assim ao vibrarmos com o esportista vitorioso que empunha, mesmo sem mastro, o quadrilátero verde-amarelo.

É assim ao nos comovermos com a bandeira enorme sob a qual desfilam anônimas pessoas do povo nas passeatas.

É assim quando a vemos empunhada por braços firmes e passadas fortes dos estudantes e dos soldados nos desfiles de 7 de setembro.

A Bandeira Brasileira não deve ser um objeto com datas certas para acontecer, aparecer. Ela deve estar mais presente no dia-a-dia. Na Capital do País, Brasília, pessoas da iniciativa privada mantêm um movimento cívico para ter-se e manter-se a Bandeira Brasileira frente aos prédios de suas empresas. Não se trata de ufanismo piegas, mas de orgulho de ser cidadão e de pertencer a esta Nação.

A Bandeira é isso: aquela que se eleva no simbolismo da luta; aquela que se declina no momento de luto.

Seja no calor da batalha ou na frieza da mortalha, a bandeira, a meio mastro ou no alto, ensina que não nos devemos baixar, derrotados ou derrotistas. Devemos, sim, abrir os olhos e firmar a visão, num gesto de determinação e de superação que “aos fortes e aos bravos só pode exaltar”.

E pelo pouco tempo de existência de nosso País, ter conseguido o destaque que nós temos no concerto das nações significa que esta também é uma terra de bravos.

Viva a bandeira brasileira! Tenha-a sempre à mão. Agite-a: ela espanta os insetos da anticidadania. Use-a: ela é um tônico contra a falta -- ou a fraqueza -- de civismo.

Que a mensagem de “ORDEM E PROGRESSO” de nossa Bandeira continue a balizar o caminho pelo qual todos nós, governantes e governados, empregadores e empregados, devemos trilhar. Que a ordem, aqui, signifique não só disciplina e disposição, mas também boa administração das coisas e das causas públicas. E que o progresso seja, por sua vez, sinônimo de justiça social.

Que as cores da bandeira adquira outros tons. Que o verde, além do simbolismo das matas, seja o da esperança realizadora daqueles que não se acomodam.

Que o amarelo não represente apenas a fartura do nosso ouro, mas a riqueza da cultura do nosso povo.

Que o azul não se limite ao limite das nossas vistas, que é o céu; mas se amplie por uma visão além dele, que é o espírito.

E o branco, que este não simbolize apenas a paz que é a ausência de guerra, mas a paz de consciência ante as muitas guerras que temos de vencer para reabilitar a maior parte do nosso povo e fortalecer, assim, a própria cidadania, a própria nacionalidade, o próprio País.

Em fim. Raimundo Teixeira Mendes nasceu na cidade de Caxias, Maranhão no dia 5 de janeiro de 1855. Filho de Raimundo Teixeira Mendes e Ernestina Torres de Carvalho. Foi para o Rio de Janeiro estudar num colégio de jesuítas e depois no Pedro II, onde passou a se interessar por matemática e filosofia positivista. Defensor das ideias republicanas ingressou na Escola Central, depois Escola Nacional de Engenharia, mas interrompeu os estudos devido a uma divergência com seu diretor, o visconde do Rio Branco, e concluiu o curso em Paris.

Foi divulgador das teorias de Augusto Comte no Brasil, na capital francesa fundou o primeiro templo da Religião da Humanidade, na casa em que morreu Clotilde de Vaux, companheira de Comte. De volta ao Rio de Janeiro, onde se radicou definitivamente estudou medicina, mas não concluiu o curso. 

De 1890 a 1908, publicou vários livros, entre eles A propósito da liberdade dos cultos, a política positivista, regulamento das escolas do exército, a comemoração cívica de Benjamin Constant, a liberdade religiosa, a liberdade espiritual, a organização do trabalho, a diplomacia e a regeneração social.

Baseada nos princípios propostos do filósofo francês Augusto Comte, Teixeira Mendes influenciou os eventos sociais da Igreja Positivista do Brasil, sediada no Rio de Janeiro, que tinha como diretor Miguel Lemos de quem Teixeira Mendes tornou-se seu vice-diretor.

Em 1888 a abolição da escravatura veio coroar de êxito parcial seus esforços, juntamente com diversos outros líderes e agitadores abolicionistas. Todavia, sua importância tornou-se realmente grande.

No amanhecer do dia 15 de novembro de 1889, Benjamin Constant Botelho de Magalhães destituiu o Gabinete do Visconde de Ouro Preto e proclamou a República. Imediatamente após a proclamação, Miguel Lemos e Teixeira Mendes se reuniram com Benjamin Constant para avaliar a situação e apoiar ou não o novo regime. No dia 19 de novembro, quatro dias após a proclamação, Raimundo Teixeira Mendes apresentou ao governo provisório, por meio do Ministro da Agricultura, o também positivista Demétrio Ribeiro, um projeto de bandeira nacional republicana, em substituição ao projeto anterior, o qual atualizou a bandeira imperial, mantendo o verde e o amarelo - indicando com isso a permanência da sociedade brasileira - e substituindo o brasão imperial pela esfera armilar com uma idealização do céu do dia 15 de novembro e o dístico “Ordem e Progresso” (da autoria de Augusto Comte) - indicando a evolução para um regime político aperfeiçoado e o espírito que deveria animar esse novo regime. O projeto foi prontamente aceito.

A cor verde, amarela e azul, assim como o posicionamento da faixa “Ordem e Progresso” e das estrelas, foi uma orientação de Miguel Lemos e Manuel Pereira Reis, as quais ficaram conhecidas como “Apreciação Filosófica” de Teixeira Mendes nos mais importantes eventos políticos da nova república, assim como: a separação entre a Igreja e o Estado, a revolta da vacina, a negociação dos limites territoriais projetado por Barão do Rio Branco, a participação do Brasil na 1ª Guerra Mundial, a legislação trabalhista, o respeito às mulheres, a proteção dos animais e inúmeros outros assunto de interesse nacional.

No parágrafo primeiro do Art. 13 da Constituição de 1988, define como símbolos da República Federativa do Brasil, a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. Sem dúvida, os símbolos só podem ser os do Decreto 5.700, de 1971. No parágrafo segundo do mesmo artigo, estabelece que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

Concluem-se então estes fragmentos biográficos do maranhense natural de Caixa, Raimundo Teixeira Mendes, faleceu em sua residência situada na Rua Benjamin Constant, cidade do Rio de Janeiro, em 28 de junho de 1927. O cortejo fúnebre saiu para o Templo da Humanidade, na Glória, e de lá para o Cemitério São João Batista, onde foi sepultado, em 30 de junho do ano de 1927, onde pessoas da sua família leu o versículo 19 do capítulo 26 do livro do profeta Isaías: “Os teus mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos”.

Por estas e outas contribuições no campo literário e cultural o seu nome foi indicado e aprovado, Patrono da Cadeira nº 7, da Academia Açailandense de Letras.

Açailândia, Maranhão, 19 de novembro de 2021.