abril 30, 2025

A QUESTÃO DOS DETALHES - Heitor Rodrigues Freire



A vida, essa fonte infinita de sabedoria, nos proporciona ensinamentos perenes, que bem entendidos e assimilados se tornam meios permanentes de conhecimento e aprendizado.

Para isso, é indispensável estarmos atentos aos seus ensinamentos, que quase sempre se realizam por meios que exigem interpretação e decifração, pois muitas vezes são constituídos por enigmas. 

Daí a importância de nos atentarmos aos detalhes. 

Detalhe é uma palavra de origem francesa, détail, que designa as particularidades, especificidades ou circunstâncias de alguma coisa. Ele é importante em muitas áreas, como nas investigações, onde um detalhe pode ser algo essencial para se conseguir solucionar um caso. Pode também ser importante num relacionamento, com as mínimas coisas percebidas ao longo da rotina, demonstrando que a outra pessoa se importa realmente.

Um profissional atento aos detalhes costuma realizar as tarefas com mais afinco e eficiência. Nas empresas, essas pessoas acabam se destacando. São aquelas que conseguem manter o foco durante a realização de procedimentos referentes a suas áreas de atuação. Quem é produtivo costuma antecipar as coisas, criar soluções inovadoras e fazer o melhor uso dos recursos e também tem iniciativa. Esses detalhes fazem toda a diferença na vida dos profissionais e na própria empresa.

A importância dos detalhes pode estar em qualquer lugar:

Não são os grandes planos que dão certo; são os pequenos detalhes.

Deus está nos detalhes. 

O Diabo está nos detalhes.

Existe uma certa grandeza em repetir todos os dias a mesma coisa. 

Grandes ideias surgem da observação de pequenos detalhes. 

Devemos ser gratos a Deus pelos pequenos detalhes.

O lado bom da vida está em parar e contemplar a beleza que vive nos detalhes.

Não deixemos que a correria da vida nos faça perder de vista o reconhecimento da riqueza dos detalhes. Afinal, são os detalhes que fazem a diferença.  E apesar de serem apenas detalhes, não são necessariamente pequenos.

Pequenos detalhes muitas vezes fazem mais diferença na vida das pessoas do que grandes acontecimentos. Quem não dá importância aos detalhes, não terá êxito nas grandes coisas, pois as coisas grandiosas são compostas pelas pequeninas. 

“Deus está nos detalhes", costumava dizer Aby Warburg (1866-1929) – historiador de arte alemão, célebre por seu estudo sobre o ressurgimento do paganismo no renascimento italiano – diante das imagens sacras. 

Roberto Carlos, o Rei da juventude, já cantou: “Detalhes tão pequenos de nós dois são coisas muito grandes pra esquecer, e a toda hora vão estar presentes, você vai ver”.

A vida é feita de detalhes.



A vida, essa fonte infinita de sabedoria, nos proporciona ensinamentos perenes, que bem entendidos e assimilados se tornam meios permanentes de conhecimento e aprendizado.

Para isso, é indispensável estarmos atentos aos seus ensinamentos, que quase sempre se realizam por meios que exigem interpretação e decifração, pois muitas vezes são constituídos por enigmas. 

Daí a importância de nos atentarmos aos detalhes. 

Detalhe é uma palavra de origem francesa, détail, que designa as particularidades, especificidades ou circunstâncias de alguma coisa. Ele é importante em muitas áreas, como nas investigações, onde um detalhe pode ser algo essencial para se conseguir solucionar um caso. Pode também ser importante num relacionamento, com as mínimas coisas percebidas ao longo da rotina, demonstrando que a outra pessoa se importa realmente.

Um profissional atento aos detalhes costuma realizar as tarefas com mais afinco e eficiência. Nas empresas, essas pessoas acabam se destacando. São aquelas que conseguem manter o foco durante a realização de procedimentos referentes a suas áreas de atuação. Quem é produtivo costuma antecipar as coisas, criar soluções inovadoras e fazer o melhor uso dos recursos e também tem iniciativa. Esses detalhes fazem toda a diferença na vida dos profissionais e na própria empresa.

A importância dos detalhes pode estar em qualquer lugar:

• Não são os grandes planos que dão certo; são os pequenos detalhes.

• Deus está nos detalhes. 

• O Diabo está nos detalhes.

• Existe uma certa grandeza em repetir todos os dias a mesma coisa. 

• Grandes ideias surgem da observação de pequenos detalhes. 

• Devemos ser gratos a Deus pelos pequenos detalhes.

• O lado bom da vida está em parar e contemplar a beleza que vive nos detalhes.

Não deixemos que a correria da vida nos faça perder de vista o reconhecimento da riqueza dos detalhes. Afinal, são os detalhes que fazem a diferença. E apesar de serem apenas detalhes, não são necessariamente pequenos.

Pequenos detalhes muitas vezes fazem mais diferença na vida das pessoas do que grandes acontecimentos. Quem não dá importância aos detalhes, não terá êxito nas grandes coisas, pois as coisas grandiosas são compostas pelas pequeninas. 

“Deus está nos detalhes", costumava dizer Aby Warburg (1866-1929) – historiador de arte alemão, célebre por seu estudo sobre o ressurgimento do paganismo no renascimento italiano – diante das imagens sacras. 

Roberto Carlos, o Rei da juventude, já cantou: “Detalhes tão pequenos de nós dois são coisas muito grandes pra esquecer, e a toda hora vão estar presentes, você vai ver”.

A vida é feita de detalhes.


abril 29, 2025

ARLS A CONSTITUCIONALISTA DE 32 - Caçapava

 




Ontem a noite ministrei a palestra  "Fundamentos Judaicos na Maçonaria - Uma visão da contribuição judaica na formação dos ritos maçônicos". O Venerável Mestre irmão Max Cleberson Santos Cunha Cunha, amigo há mais de duas décadas, organizou o evento que lotou o Templo com mais de 50 irmãos de 15 Lojas da região. Ao mesmo tempo organizei mais uma mostra dos trabalhos literários dos autores da Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras.


Está Loja, do Rito Adonhiramita foi fundada há pouco mais de seis meses, mas o dinamismo do VM já a coloca em destaque no Vale do Paraíba.


O irmão Max, de origem paraense, mas com quem já compartilhei cultura maçônica em Goiás e em São Paulo mantém com firmeza as tradições de sua terra e o ágape de ontem foi um prato típico do Pará, a maniçoba, uma espécie de feijoada preparada em folhas de maniva, a mandioca venenosa, cujas folhas ficam sete dias cozinhando para perder o veneno, e que tem um sabor exótico e delicioso.


Além do jantar, todos receberam uma aula sobre a cultura paraense e dos grandes caldeirões de maniçoba, não sobrou nada. 

Parabéns meu orgulho, o Max enviou uma mensagem que reproduzo abaixo:


Meu Amado Irmão Michael Winetzki, agradecemos penhoradamente a sua presença em nossa Loja na Sessão de ontem. Todos os Amados Irmãos de A Constitucionalista de 32 agradecem e se sentiram honrados com vossa palestra. Meu Irmão, sua palestra de ontem, pela riqueza de informações e pela forma de exposição, com segurança e proficiência, demonstram o porque voce se tornou um dos maiores, senão o maior palestrante da Maçonaria Brasileira. A voce, nossa eterna gratidão.

A HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARA ADULTO - Kennyo Ismail

 

Como a Maçonaria Operativa sucumbiu diante da Maçonaria Especulativa?

Diversos historiadores maçons se dedicaram a contar e recontar a história do surgimento da Maçonaria Especulativa como conhecemos hoje. As versões são geralmente bastante similares entre si e, pelo conteúdo, se parecem com as histórias contadas para crianças antes de dormir:

“Era uma vez, há muito tempo atrás, os maçons operativos, que construíam castelos e catedrais. Eles começaram a aceitar nobres, burgueses e intelectuais na Maçonaria, chamados de “Aceitos” ou “Especulativos”. Esses se apaixonaram pela Maçonaria e trouxeram outros nobres, burgueses e intelectuais. Em pouco tempo, eles se tornaram maioria. E com o passar dos anos, a Maçonaria foi se aprofundando nos aspectos filosóficos e intelectuais, até que não se via mais maçons operativos na Maçonaria. E os maçons especulativos viveram felizes para sempre.”

Parece uma ótima história para explicar ao seu filho de cinco anos de idade o motivo de você ser um “pedreiro livre” e não construir casas. Mas, definitivamente, não serve como História da Maçonaria, em pleno século XXI, a ser ensinada ao novo maçom de hoje, que possui nível superior e um mínimo de senso lógico e crítico.

Não se pode contar a história da Maçonaria e de sua transição de Operativa para Especulativa sem considerar o contexto histórico e os aspectos socioeconômicos da época. A extinção da Maçonaria Operativa não se deveu por um simples processo de evolução interna dentro da Maçonaria, que teria então evoluído para Especulativa. Não foi um movimento interno, impulsionado pelos membros “aceitos”, que assumiram a liderança da instituição e promoveram seu desenvolvimento por uma via mais intelectual e elitista. Na verdade, foi um movimento estritamente externo e incontrolável pela Maçonaria. Para se compreender o fenômeno, deve-se, antes de tudo, contextualizá-lo:

A Maçonaria, sendo antiga e ocidental, teve logicamente origem no Velho Mundo: a Europa. Documentos históricos como a “Carta de Bolonha” (Século XIII), o “Poema Regius” (Século XIV), os Manuscritos de “Cooke” e “Estrasburgo” (Século XV) e alguns outros confirmam essa teoria, apresentando a Maçonaria Operativa, com suas cerimônias e Antigos Costumes, antes mesmo do descobrimento do Novo Mundo. Assim sendo, nada mais natural do que as primeiras Grandes Lojas terem surgido na Europa, nas primeiras décadas do Século XVIII.

O documento mais antigo citado, a “Carta de Bolonha”, evidencia que, já no século XIII, maçons especulativos conviviam com os operativos. Quando do surgimento da primeira Grande Loja, na Inglaterra de 1717, é sabido que, das quatro Lojas fundadoras, três eram compostas predominantemente por maçons operativos. Há inúmeros relatos e documentos que indicam que, durante quase todo o século XVIII, Lojas Operativas conviveram com Lojas Especulativas em boa parte da Europa. Isso significa que, por pelo menos 500 anos, meio milênio, os maçons operativos conviveram com os especulativos, sendo os operativos maioria. Afinal, o que então aconteceu com os maçons operativos? Por que eles desapareceram da Maçonaria no final do século XVIII?

O que exterminou a Maçonaria Operativa não foi a Especulativa, nem mesmo um processo de evolução cultural. O que pôs fim à Maçonaria Operativa foi… a Revolução Industrial. A mudança no processo produtivo, originada pelas invenções de máquinas e impulsionada pelo surgimento das indústrias, pôs fim à era de produção manual baseada nas guildas.  O trabalho estritamente manual foi substituído pelo trabalho de controle de máquinas. A iniciativa inglesa rapidamente se espalhou pela Europa, promovendo um êxodo rural e o abandono dos ofícios artesanais e manuais para atender a demanda por mão-de-obra industrial. Ao fim do século XVIII, o maçom operativo não teve outra escolha a não ser se tornar operário fabril e trabalhar uma média de 80 horas por semana.

Muitos dos países europeus, preocupados em consolidar o novo modelo econômico, chegaram a adotar leis proibindo a Maçonaria Operativa. Esse foi o caso do famoso Ministro Turgot, da França, que determinou que:

_Proibimos....

Leis como essa foram o tiro de misericórdia para as poucas Lojas Operativas que ainda tentavam sobreviver aos primeiros anos da Revolução Industrial. Dessa forma, a Maçonaria Operativa desapareceu de vez, ficando a Maçonaria Especulativa como única e legítima herdeira de sua essência, responsável por preservar e passar adiante seus ensinamentos.

Essa é a história real. Sem contos de fadas.



abril 28, 2025

TAÇA, ESCADA, TRAJETO e EVOLUÇÃO (sob a perspectiva do R.'.E.'.A.'.A.'.) - Newton Agrella




Existe um tênue vácuo entre o que se pensa e o que se diz.

Por mais célere que seja,  - o impulso entre o Pensamento e a Ação -  acaba obedecendo um critério de valores que num primeiro instante parece-nos imperceptível.

O trajeto entre o "nunca" e o "possível"  não é uma linha reta.  

Portanto, não é o caminho mais curto.

Há que se avaliar a consequência de um ato e em que efeitos isso pode acarretar.

Ao sorvermos o doce e o amargo da Taça Sagrada a transmutação do semblante revela uma indisfarçável imagem da dualidade, da qual somos frequentes reféns durante a vida.

A incerteza e o medo não são disposições de resguardo.

São na verdade freios que nos fazem pensar e ponderar antes de seguir adiante.

Algo como que "um dispositivo de segurança"  que já vem como ítem obrigatório em nossas vidas.

A tendência de desafiarmos o imponderado, movidos pela curiosidade muitas vezes leva-nos à frustração.

Isto historicamente tem sido objeto de recorrentes desistências ao longo de uma maratona de caráter iniciático que demanda persistência, denodo, força de vontade e muita resiliência diante de alguns inevitáveis percalços.

Cumpre ao Maçom, escalar a íngreme e misteriosa Escada de Jacó, cuja alegoria representa uma ligação transcendental entre a Terra e o Céu.  

Leia-se como mais um simbolismo maçônico, de caráter evolucional

A referida Escada, oferece duas instigantes interpretações. 

De um lado a Involução, ou seja ;  a descida do espírito cósmico por sucessivas etapas, até tornar-se parte do corpo físico, a matéria propriamente dita, com as suas imperfeições, seus defeitos, sua ausência de luz,  e que deverá buscar o aprimoramento através de seu próprio desbaste do templo interio

De outro lado, a Evolução que simboliza o aprendizado, o crescimento espiritual e intelectual,  após passar pelo aprimoramento ao longo da jornada, buscando extinguir suas imperfeições e adquirir mais luz.

É bem verdade que o Trajeto é longo, porém nada mais edificante e compensador que ele, posto que o valor das conquistas se encerra na dificuldade de atingi-las.

Diante disso, não há melhor alternativa, senão caminharmos juntos e fraternalmente, compartilhando ideias, revisitando conceitos, abstendo-se de dogmas e construindo pontes  para o entendimento mútuo e para o consistente erguimento do Edifício Social.



abril 27, 2025

ACADEMIA NA 3a ERACOM - Taubaté




Na manhã de ontem, sábado, representando a Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras, estive juntamente com o confrade Oduwaldo Álvaro, nosso tesoureiro, participando do 3o  Encontro Regional de Aprendizes e Companheiros - ERACOM - em Taubaté com a presença de 30 Lojas da região.

Tivemos uma mesa com a mostra itinerante dos livros dos autores da Academia que despertou grande interesse. Pudemos falar sobre os trabalhos acadêmicos e exibir o nosso novo livro para as centenas de irmãos presentes.

Na foto Oduwaldo Alvaro e Alice, minha esposa, que cuidou da mesa de livros enquanto participavamos dos trabalhos.

O PAPA E O GRÃO - MESTRE - Paulo André


Era o ano de 1929, foi assinado o Tratado de Latrão, a Vaticano virava um estado, ou seja, se ajeitava no papel, o que foi o império romano durante muito tempo, e a suas sobras se ajeitavam

Na prática o papa se tornava um chefe de estado, e aí se instala ( pelo menos oficialmente) uma confusão, afinal de contas o que é o Papa?

É um ser que concilia a função política de chefe de um estado, ao mesmo tempo é um líder espiritual de parte da humanidade, o que gera uma confusão imensa na cabeça do Cardeal-Mor, imagina na cabeça da multidão que o acompanha, ao mesmo tempo que lidera um projeto espiritual que liga a humanidade ao plano divino,mas  tem que se virar com a dureza do dia a dia do mundo material

Pergunto, qual destino a Igreja está tendo, liderança política terrena, ou excerce a sua função de conexão com os planos superiores?

Qual a relação disso com a Maçonaria?

Vem de longe a disputa, nossa Ordem é uma organização racionalista, ou é uma instituição espiritual?

Vamos definir a diferença entre Maçonaria e Potência Maçônica ( assunto para um próximo artigo), entre Mestre Maçom ou grau 3 de uma instituição, afinal qual a função dessa instituição que fazemos parte?

O excercício de influência politica em nosso meio, um mergulho num universo de burocracia ( AFFFF.......) ou temos uma missão superior a isso tudo?

Aí entra a funçao do Grão - Mestre, (guardada as devidas proporções), tem a mesma  dúvida existencial do Papa, é chefe de uma máquina burocrática ou tem uma função acima da materialidade humana?

Tem que ter as duas qualidades, mas cá pra nós, se esforçam mais para excercer qual das missões, a administrativa ou a espiritual?

Administração todos gritam para mostrar que tem, mas a função sagrada de um Grão Mestre, estamos prontos para esse desafio?

Claro, SGM, é apenas uma evolução do mais comum dos candidatos a Maçons que por aqui aparecem, você Maçom comum, se ver na função exatamente como o que?

Por que dá sua resposta, dependerá o perfil dos próximos GMs que serão eleitos, assim como o Papa, o Grão Mestre é hoje uma figura indecisa sobre qual função ele está assumindo, e isso gera uma confusão sem fim nos dois planos da moeda

Mas, o perfil do chefe, vai depender do que o Maçom comum decidir ser, eu ia encerrar dizendo com a palavra o Grão - Mestre, mas não:

Com a palavra o mais comum dos Maçons!



TRÊS PONTINHOS - Adilson Zotovici



Aposto,  como identidade 

No Ne Varietur referência 

Nada mudado, seriedade 

Usado enfim com Prudência


Usança da Fraternidade 

A Arte Real como essência 

Que faz cada _igual_  em verdade, 

Um _diferente_ em sua existência 


Um "triponto" que persuade 

Livre pedreiro com tendência 

A obreiro pró humanidade 


Que referente com veemência

Clamor silente da trindade... 

" _Vontade , amor e inteligência_"  !



MAÇONARIA TÓXICA ?



Naturalmente que quem ler o título da publicação de hoje por certo ficará reticente com o que poderá encontrar nela pelo fato da afirmação escrita por mim ser um tanto forte. Mas desengane-se o leitor, uma vez que, aquilo que o título poderá encerrar não será na verdade o mais correto, apesar de ser uma assunção que para alguns detratores da Ordem Maçónica seria o quanto bastaria um maçom fazer para que todas as opiniões e ideias que têm da Maçonaria serem as "verdadeiras". O que não é o que pretendo com a afirmação que fiz nem é a constatação da realidade em que vivemos.

Quando eu falo em Maçonaria “tóxica” naturalmente que não posso afirmar tal sobre uma tão proba e augusta Ordem como o é na realidade a Maçonaria. Abordo sim, os seus elementos, os maçons. Pois uma coisa é a Instituição Maçónica em si, outra coisa totalmente diferente são os membros que a compõem; Homens com as suas virtudes - e que na sua larga maioria é gente que as tenta enaltecer e potenciar-, mas também com os seus defeitos próprios e naturais. O que importa realmente é o que fazer com estes últimos que citei…

Todavia, não querendo eu efetuar uma análise extensiva sobre o assunto em si mas apenas abordando a toxicidade existente na Maçonaria num sentido lato, quero eu dizer e reafirmando o que atrás disse, a Maçonaria nunca poderá ser tóxica na sua vivência nem na sua praxis, mas antes sim, os seus membros. E esta sua toxicidade - dos seus obreiros - apenas poderá porvir do seu carácter, da sua conduta, da sua forma de viver e estar…

Parece que fiz uma afirmação austera demais e inglória?!

Não!

Disse apenas o que se pode constatar na realidade.

Se a Maçonaria é formada por pessoas com vários caracteres e feitios, existem os “bons maçons” mas infelizmente também, existem aqueles maçons cuja forma de estar intoxica a Ordem que os acolheu e que em última instância acabarão por (tentar) intoxicar os demais. 

Quando falo em maçons “tóxicos”, estes são aqueles maçons que não trabalham em prol da Ordem, não aprendem nem desejam aprender, nem estão sequer motivados para tal; não se comprometendo com nada e se o fazem, fazem-no por "obrigação" e os resultados dessas ações serão por demais evidentes; não praticam os ensinamentos ou os ideais da Maçonaria tanto na sua vida pública como no seu foro privado, que se abstêm de comparecer nas sessões ordinárias da sua Respeitável Loja; que a sua conduta é diferente daquilo que dela tanto propalam, mas que também para além disso, nas suas condutas profanas geralmente são pessoas que envenenam as suas relações profissionais, familiares e fraternais - isto, se as tiverem (!) - E se os há…

Uns sentem-se tão cheios de si, empertigados pelos seus “pedestais” e “medalhas”, outros falando por boca alheia sem meditar no que estão a dizer, cedendo o seu melhor bem que é o seu “pensamento” a outrem, preferindo ser instrumentalizados como “marionetas” a bel-prazer de quem melhor possa atribuir encómios à sua pessoa ou até mesmo se submeterem a aqueles a quem possam retirar qualquer tipo de benefício ou dividendo para si próprios, manipulando a longa lista de contatos a que podem ter acesso pelo simples facto de terem entrado numa Ordem universal e com elevado número de membros.

Estes serão aqueles que geralmente se diz que "entraram na Maçonaria, mas que ela nunca entrou neles..."

Os tais afamados "erros de casting"!

Mas apesar destas situações que confirmo a sua existência – nada que não seja natural nas várias instituições ou grupos sociais que o Homem integre; a Maçonaria é o “espelho” da sociedade em que se insere (!) – “não podemos tomar o todo por alguns” e a maioria suplanta amplamente esses poucos que o tempo sempre se encarrega de extirpar – quais cancros sociais – e são esses - a maioria - que no fundo fazem e refazem as instituições por onde passam, limpando e renovando a imagem que por vezes se torna imunda, pelas atitudes que de lés-a-lés são tornadas públicas, por gente que, talvez, nunca deveria ter sido cooptada pela Ordem.

O que se pode concluir é que a toxicidade existente na Maçonaria não é uma toxicidade "química" mas antes um certo tipo de toxicidade social e comportamental de uma parte ínfima dos seus obreiros.

E que estas pessoas que intoxicam a Instituição Maçónica acabam por dar algum eco e razão aos detratores da Ordem, pois não poderemos nós nunca olvidar que os maiores inimigos da Maçonaria são e serão sempre os Maçons, disso tenho eu a certeza .

E o que fazer com estes “seres tóxicos” que deambulam por uma tão Augusta Ordem?

Dar-lhes “corda” suficiente para se “enforcarem”?

Entregar-lhes o “combustível” e o “detonador” necessário para se “queimarem”?

Deixá-los "caminhar até à ponta do precipício e incitá-los a saltar"?

Ou tentar lhes demonstrar que o caminho que por ora seguem é um caminho para o “abismo”, possivelmente sem retorno, e que se tomado de forma inadvertida ainda poderá ter regresso ao trilho correto?

Algumas vezes pensei que a última sugestão/possibilidade seria a mais certa. Mas hoje em dia começo a ficar titubeante com a decisão a tomar. Se devo tomar a decisão que se suporia como sendo a mais correta ou se aquela que melhor me servirá…

De fato todos na nossa vida pessoal e em situações extremas, temos sempre uma atitude de “sobrevivência” e por isso mesmo temos a tendência de olharmos para o nosso “umbigo” e esquecer por breves instantes o bem comum. - O que não deveria acontecer, mas como humanos que somos, tal é sempre mais forte. Não podemos negar a nossa natureza e existência animal ! 

Queira eu por isso e principalmente com o auxílio do Grande Arquiteto, com a sua Luz e Sabedoria, tomar sempre as melhores decisões que possa tomar em qualquer momento e agir de forma a que os meus pares, principalmente os que me reconhecem e que eu reconheço como tal - eles saberão por certo quem serão - nunca se sintam envergonhados pela minha conduta, seja esta demonstrada através de ações, omissões e/ou palavras... Porque se por vezes é necessário se falar e muito dizer (nem que seja para criar certo "ruído de fundo"), noutras situações será preferível não o fazer sequer.

Aliás sempre retive para mim que o "poder" do silêncio reside não quando nada se diz, por nada se ter para falar; mas antes sim, quanto muito temos para dizer e preferimos conscientemente nos manter calados...

Quanto aos seres tóxicos que por aí deambulam, esses, terão de fazer por eles…

Até porque se afirmam que também nem sabem ler nem escrever, alguns até mesmo dificilmente conseguiriam soletrar... até mesmo a sua língua materna!

Fonte: Estudos.

abril 26, 2025

ARGBBLS CARIDADE E JUSTIÇA N. 36 – GOP - Lorena





Na noite de ontem coube-me a honra de fazer a palestra "O caminho da felicidade" em sessão pública, na Augusta Respeitável Grande Benfeitora e Benemérita Loja Maçônica de Lorena.

Cerca de 50 pessoas estiveram presentes ao evento, cujo ingresso foi a arrecadação de alimentos para beneficência.

Também expusemos os livros da Mostra Literária Itinerante da Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras.

O belo prédio da Loja, que tem 72 anos é tombado como patrimônio público e realmente é emocionante ver como é bem conservado.

No final o jovem VM LUCCA FERRI LATROFE, lembrando que o Dia das Mães é comemorado em duas semanas, presenteou todas as senhoras presentes com um botão de rosa, delicado mimo.

Depois todos confraternizaram com mesas de pizzas e quitutes.

O. OVO, DO SAGRADO AO PROFANO

 


Antes de você começar a ler este quadro, gostaria de explicar o contexto de sua existência.

Em março de 2006, nosso Venerável Mestre queria um "quadro reserva" para o caso de uma falha durante uma reunião.

A proximidade da Páscoa me fez sugerir o ovo, meio que numa brincadeira.

Estou oferecendo isso a você hoje em um contexto um pouco "inusitado"...

Em vez de eclodir em 24 de março, o ovo abre em 8 de setembro...

Plano

O ovo ou a galinha?

O simbolismo do ovo   através de mitos e lendas... 

      Osíris, a Fênix

Tradições de Páscoa

Ovo de Cristóvão Colombo!

"O Ovo Maçônico"?


E no princípio era o ovo... ...Começou mal!                                        

O ovo ou a galinha?

Os escolásticos se perguntavam sobre a prioridade relativa da galinha e do ovo: o ovo está na galinha, a galinha está no ovo... um ovo posto e uma galinha poedeira... e uma relação complicada que diz que uma galinha poedeira põe ovos que, uma vez postos, por sua vez darão origem a galinhas poedeiras... e vice-versa e vice-versa e reciprocamente!

A resposta da Igreja é peremptória: foi Deus quem criou a galinha, na semana em que criou o mundo. Ele poderia ter criado o ovo primeiro. Mas o Antigo Testamento é formal: Deus criou os pássaros. Então esses pássaros   botaram ovos para se perpetuarem. A primeira galinha, criada por Deus, botou o primeiro ovo. Este primeiro ovo deu à luz a próxima galinha.

Teoria criacionista em oposição à teoria evolucionista que parte dos dinossauros ovíparos   para chegar às aves e às nossas galinhas. Remeto a um artigo de Eric Brasseur intitulado   "o ovo e a galinha, uma variação da evolução",   de outubro de 2005.

Um quebequense, Pierre Cloutier, que luta energicamente contra as teorias criacionistas que atualmente surgem no continente norte-americano, fornece a seguinte resposta científica:


"A natureza nunca para de imaginar maneiras de ter um ovo sem uma galinha. O método mais simples é a replicação, ou seja, uma célula - e o ovo é uma célula - se duplica coletando do ambiente ao redor, átomo por átomo, o material necessário para fazer uma cópia de si mesma.

...

A célula fica vulnerável durante seu processo de divisão. Aquele que conseguir se envolver em uma membrana protetora aumentará suas chances de levar sua replicação até o fim.

...

E é essa membrana protetora que se torna o objeto da evolução...a primeira galinha foi provavelmente o ápice da evolução desse tipo de membrana.

...

Quem veio primeiro? É o ovo, claro!

...

Uma questão corolária permanece: o que veio primeiro, o ovo cozido ou o frango frio com maionese?

Agora vamos entrar no mundo dos mitos e lendas...

No princípio, havia apenas o "não-ser". O mito do ovo original, o ovo cosmogônico, é encontrado na maioria das civilizações   onde o pensamento tradicional sobre o sagrado não foi substituído por um tipo bíblico de teologia... embora possamos olhar para a Arca de Noé como   esse ovo original, o reservatório de todas as formas de vida terrestre.

O nascimento do mundo a partir de um ovo é uma ideia comum aos celtas, gregos, egípcios, fenícios, cananeus, tibetanos... e muitos outros.

Todas as origens e começos retratados no ovo simbólico descrevem a passagem do um para o muitos, do caos para a ordem, da não existência para a vida.

O ovo primordial — ou caos em forma de ovo — é sempre definido como o reservatório de todas as possibilidades de existência.

Para os egípcios , na doutrina de Hermópolis, o ovo do mundo é posto por um pássaro maravilhoso. Essa aparente anterioridade do pássaro desaparece no momento em que nos colocamos não mais na ordem natural das coisas, mas na da causalidade simbólica: o pássaro é, na verdade, o Grande Pântano, o Caos original. O ato – a postura dos ovos – é a revelação do mistério da vida.

Na Grécia primitiva , o mito do ovo original conta como a "Noite Primordial", apelidada de "a deusa com asas negras" ou "Eros",   "a vida original", era cortejada pelo Vento Norte. Enquanto dança para se aquecer, ela agita o Vento Norte e, de suas evoluções,   nasce a serpente Orphion   , à qual ela se une transformando-se em uma pomba. A pomba, o ganso e o pato são aves simbólicas frequentemente presentes em diferentes lendas.

 A deusa se torna mãe ao botar o ovo universal, o ovo de prata, a Lua. Este é o mito órfico onde o ovo de prata simboliza a revelação da vida e do ser.                       

No Kalevala, o livro sagrado dos antigos finlandeses , é também do ovo que o mundo nasceu. Conto-vos a lenda:

"A mãe-d'água, Iltamara, dormia no fundo do oceano sem margens. Durante o sono, ela se mexeu e seu joelho emergiu da água, como uma ilha. Então, o Mestre do Ar, em forma de pato, caiu dos céus e pôs um ovo neste joelho divino (uma variante fala de   7 ovos, 6 de ouro e 1 de ferro). Mas, mal tocada, como uma pessoa sonolenta incomodada por um inseto, a deusa estremeceu e quebrou a casca perfeita. Então, todos os pedaços se transformaram em coisas úteis e boas. O fundo da concha formou o firmamento sublime, o topo da parte amarela tornou-se o sol radiante, o topo da parte branca era no céu a lua brilhante, cada fragmento manchado da concha era uma estrela no firmamento, cada pedaço do casco tornou-se uma nuvem no ar... e a partir daí, o tempo avançou."

De acordo com as tradições cananeias , Mochus coloca na origem do mundo "o éter e o ar",   dos quais nasce Oulômos, o infinito. Oulômos engendra "o ovo cósmico e Chansör, o deus artesão". Chansör abre o ovo cósmico em dois e forma o céu e a terra a partir dessas duas metades.

Mantive esse mito da dualidade   porque ele é encontrado no hinduísmo, no yin/yang chinês (os elementos pesados ​​do ovo do caos formam a terra e os elementos leves, o céu).

É também o mito do Andrógino que está emergindo: tudo está no ovo que contém o germe da multiplicidade dos seres. A diferenciação progressiva   está em andamento   à medida que o mistério da vida é revelado. O recente programa "A Odisseia da Vida" nos mostrou, em maravilhosas imagens geradas por computador, a evolução da diferenciação sexual da criança humana durante a gravidez.

Os dois ovos   de Leda, seduzida por Zeus que assumiu a aparência de um cisne, continham gêmeos: Castor e Pólux, Helena e Clitemnestra. Esses 4 gêmeos formarão dois   casais heterossexuais.

Nas crenças celtas , o simbolismo do ovo está incluído no do ouriço-do-mar fóssil assimilado ao ovo de uma serpente e que contém o germe de todas as possibilidades.

O mito do ovo cósmico também é encontrado entre os povos Dogon e Bambara do Mali. Deixo para minhas irmãs "africanas" contar a vocês sobre o ovo do Deus Amma e a semente oval do po! Entre os Liboubas do Congo, o amarelo representa a umidade feminina, o branco o esperma masculino e a concha o sol.

Ovo   filosófico é um termo alquímico . É um nome simbólico que representa tanto a criação do universo quanto a transmutação dos metais.

A alquimia considerava o ovo o sinal do "trabalho" sagrado. Ela representa tanto os dispositivos utilizados nas diferentes operações (o atanor, o forno alquímico, em forma de ovo) quanto os produtos que ali aparecem.

A ideia do germe aqui é a da vida espiritual:

"Dos produtos do composto deve nascer o filho da filosofia"... isto é, ouro, isto é, sabedoria...

O propósito do ovo sagrado é gerar mundos.

De fato, todas as formas sagradas e reveladas do ovo dizem respeito à origem, ao começo, ao nascimento ou renascimento.

O ovo primordial se revela   como a passagem do Incriado para a Criação.

Esse renascimento pode ser aplicado ao mito de Osíris : o ovo de Osíris contém 24 pirâmides que Osíris compartilha com seu irmão Seth, 12 brancas para Osíris, 12 pretas para Seth. Osíris é morto por Seth, mas, graças a Ísis, ele renasce para a vida eterna, a metamorfose suprema da vida. O ovo de Osíris pode ser chamado de "Pascal" — passagem, ressurreição, imortalidade — porque se trata de emergir da morte. Também falamos da trindade osiriana "vida/morte/sobrevivência". Entendo, nesta expressão, a palavra "sobrevivência" como vida acima, vida superior, que se refere à espiritualidade... A posição encolhida do morto imita a posição do feto na matriz do segundo nascimento, sendo este nascimento situado no plano da alma. Nós nos tornamos Osíris como o Cristo ressuscitado na Páscoa... e o ovo de Páscoa é tanto ninho quanto túmulo.                                                                                                                    

O simbolismo do ovo de Páscoa também encontra sua expressão universal na ave Fênix .

Ave fabulosa, nativa da Etiópia e ligada ao culto ao Sol, principalmente na antiguidade.

Egito e antiguidade clássica.

A fênix era uma espécie de águia, mas de tamanho considerável; sua plumagem era adornada com vermelho,

de azul brilhante e dourado, e sua aparência era esplêndida.

Nunca houve mais de uma fênix ao mesmo tempo; ele viveu muito tempo:

nenhuma tradição menciona uma existência de menos de quinhentos anos.

Não tendo conseguido reproduzir-se, a fênix, quando sentiu que seu fim se aproximava,

construiu um ninho de ramos aromáticos e incenso, ateou fogo nele e se consumiu nas chamas.

Das cinzas desta pira surgiu uma nova fênix.

Foi Heródoto quem primeiro mencionou esta ave; Ele deu uma versão muito original: assim a velha e a nova fênix coexistem por um tempo: quando seu pai morre, o jovem pássaro deixa a Arábia, seu país de origem, para levar ao santuário de Heliópolis o cadáver de seu pai envolto em um ovo de mirra .

Do renascimento à renovação da vida e à primavera, há apenas um passo.

O Ano Novo, entre os persas , correspondia ao equinócio da primavera e era acompanhado de festividades durante as quais os ovos eram coloridos e oferecidos.

Entre os romanos, o equinócio da primavera era dedicado ao culto de Ceres, a Cerealia, que durava 8 dias.

A lenda dos ovos de Páscoa, embora não possa ser datada com precisão, remonta à Idade Média para os cristãos ocidentais. Entretanto, sabemos que entre os cristãos coptas do Egito, dos   séculos X e XI, havia o costume de oferecer ovos de Páscoa uns aos outros. O costume pode ter sido introduzido pelos cruzados em seu retorno da Terra Santa.

No século IV, a Igreja proibiu o consumo de ovos durante o período penitencial da Quaresma, de 40 dias... Para conservá-los, reconhecendo os mais velhos dos mais frescos, eles eram cozidos e pintados. Esse hábito se tornou uma tradição. Como as galinhas continuaram a botar ovos, uma grande quantidade de ovos ficou sem uso.

É por isso que se tornou costume comê-los em abundância na Páscoa.

Já no século XII, em muitos países europeus, pessoas comuns trocavam ovos simples, abençoados na igreja.

Os nobres rapidamente adotaram esse costume, mas contataram pintores, ourives e gravadores, e esses artistas criaram "ovos de joias" com pinturas delicadas, decorados com esmaltes ou pedras preciosas.

No ano de 1200, no reinado de Eduardo I da Inglaterra, encontramos nas contas do palácio real a quantia de 18 pence para a compra de 450 ovos que seriam pintados com folhas de ouro antes de serem distribuídos à família real.

Quanto à surpresa contida no ovo, é uma tradição que remonta ao século XVI e algumas até passaram para a história: é o caso da estatueta de Cupido encerrada num enorme ovo de Páscoa oferecido por Luís XV à Madame Du Barry ou do incensário encontrado por Catarina II em 1770.

Dizem que na França, o maior ovo do reino, que era posto durante a Semana Santa, ia legitimamente para o rei... a história não diz como a competição era organizada!

Após a Revolução, a tradição dos ovos de Páscoa continuou em outras cortes reais e encontrou um desenvolvimento exuberante na corte da Rússia. O clímax da "Páscoa" foi alcançado pelas criações do famosíssimo joalheiro Fabergé.

Em 1884, o czar Alexandre III encomendou-lhe um ovo de Páscoa. O ovo de ouro esmaltado branco continha uma galinha em miniatura. Fabergé se tornou o fornecedor oficial da corte e fez 44 ovos para o czar e seu filho Nicolau II.

É na Europa Oriental que a tradição de ovos decorados ainda está mais viva. Eles são dados na Páscoa, é claro, mas também em casamentos ou nascimentos. A "Pysanka", como é chamada, é decorada com símbolos: estrelas, sóis, suásticas, círculos, cruzes, triângulos, ondas...

Os ovos de Páscoa eram antigamente pintados com decocções de ervas e o vermelho, a cor mais comumente usada, simbolizava o sangue de Cristo, mas também a energia vital.

Esse simbolismo é tão forte que hoje, em algumas partes da Europa Central, as pessoas continuam enterrando ovos nos campos para incentivar uma boa colheita.

Também é um símbolo de prosperidade entre a população "A-Khas" do norte do Laos: se você sonhar que uma galinha põe vários ovos, é uma promessa de riqueza futura!


Para terminar com um pouco de humor, não resisto a contar-vos sobre o ovo de Cristóvão Colombo!


" Durante uma refeição, alguns convidados teriam perguntado a Colombo como ele sozinho havia descoberto novos territórios, onde ninguém imaginava que existissem.

Para respondê-las, ele então perguntou aos convidados como equilibrar um ovo sobre uma mesa.

Diante da impossibilidade de todos conseguirem fazer o ovo ficar em pé, Colombo teria achatado uma das pontas do ovo sobre a mesa e, em seguida, colocado-o no chão, dizendo ironicamente: "É fácil, bastava pensar... "

Eu fiz isso... sem quebrar nada!

(traga um ovo decorado e seu suporte)

Voltando a assuntos mais sérios, poderíamos também mencionar o simbolismo ligado ao consumo de ovos: na refeição da Páscoa judaica, o sexto recipiente de comida colocado na mesa contém um ovo cozido, cozido em cinzas, como sinal de desolação. O ovo é um alimento consumido em sinal de luto.


E como não associar o ovo ao conforto aconchegante do ninho, ao descanso do lar, ao aconchego

da mãe... Dentro da casca, há o   ser potencialmente livre e o ser prisioneiro.   Dessa doce segurança, o vivo aspira emergir: o filhote rompe sua casca protetora...

Como a nossa vida... conforto burguês ou aventuras cheias de desafios, introvertida ou extrovertida?


E para nós, maçons, que símbolos o ovo pode nos sugerir?

O nosso Templo não é um ninho protetor e um túmulo ao mesmo tempo?

Quando o candidato entra na sala de estudo, ele não está se preparando para morrer para a vida profana?

E ele não renasce quando, como aprendiz, recebe a luz?

Estamos passando pela trindade osiriana, o sacrifício pascal, nós também...

Escolhemos nos tornar livres, saímos do ovo profano e assumimos o risco desta jornada sem fim que é a do nosso caminho interior...

Neste período de renovação, onde a energia vital nos dá força, trabalhemos sozinhos e juntos para dar à luz uma pepita de ouro da "criança da filosofia" que sonhamos, como os alquimistas, em aproximar...

DH Alojamento : NP 08/09/2006





A princípio trivial, o ovo me levou a um mundo simbólico, maçônico e profano, que pode ser expandido, iluminado por outras luzes...

E a brincadeira do ovo e da galinha me levou a problemas reais sobre as relações entre ciência e divino... sem esquecer o status da liberdade educacional em países onde o dogma religioso prevalece sobre a verdade científica comprovada...

Conto com vocês, meus irmãos e irmãs, para enriquecer o início desta reflexão.

ORADOR - Sérgio Quirino



Talvez a joia de cargo mais incompreendida seja a do Orador.

Como a maioria de nós adota o pensamento simplista de associar orador com oratória e oratória com "falar bonito", a joia deveria ser, então, um púlpito em vez de um livro.

Contudo, não é um simples livro. Ele está aberto, e, de forma erronea, alguns Irmãos acham que ele está sobre algo fulgurante. Na verdade, a joia é um livro fulgurante. Em alguns Ritos, esse objeto recebe o nome de "Livro Rutilante".

Portanto, é o livro em que há luz. Dessa forma, o Mestre Maçom, aquele que o carrega no peito, deve tornar claro esclarecendo dúvidas e dissipando erros.

O ORADOR MAÇÔNICO NÃO É AQUELE QUE MUITO FALA, MAS SIM O QUE MUITO LÊ, POIS É O GUARDIÃO DAS LEIS!

Se fosse para falar sempre, muito e a toda hora, não seria Orador, e sim Falador. É tão lógico que, ao ocupar este cargo, o Mestre Maçom deve abrir mão dos seus pontos pessoais e manifestar-se estritamente dentro dos princípios das Leis, Regras e Procedimentos Maçônicos. Alguns Ritos prescrevem que ele não participa das votações nas sessões.

Ele é o "Ministério Público" da Loja, incumbindo-se da defesa da ordem juridica e ritualistica, do regime fraterno e dos interesses coletivos e individuais. Ele é o quarto na hierarquia da Loja e, sozinho, pode abrir um processo contra qualquer Obreiro, Oficial, Dignidade e, mesmo, as Luzes.

Sua autoridade é reafirmada não pela eloquência de frases, mas pelo conteúdo das palavras. Observemos alguns detalhes do respeito que a ele devemos ter. Quem abre e fecha o Livro da Lei é um Past-Venerável. Porém, na impossibilidade, é o Orador, o qual, muitas vezes, não é um Mestre Instalado.

Havendo emendas ao Balaústre, o VM deve pedir opinião ao Orador antes de submetê-las à votação. As Leis do Grão-Mestre (decretos) chegam aos Irmãos pela voz do Orador. O VM pode trabalhar a Ordem do Dia segundo sua planificação, porém quem faz as conclusões é o Orador, que pode e deve dar sustentação ou alertas legais sobre assuntos polêmicos.

E, por fim, cabe a ele solicitar que se proceda a iniciação de um candidato.

De fato, espera-se que o Orador não use seu conhecimento para discursos pomposos e vaidosos. Sua manifestação deve ser uma exposição metódica e imparcial a respeito do assunto tratado. Cabe a ele apresentar em linguagem compreensiva a todos, subsídios para a organização de ideias e fluidez de raciocínio dos Irmãos.

O filósofo grego Aristóteles ensinava que há quatro tipos de discursos, entre os quais apenas um tem valor maçónico. O Discurso Poético é aquele em que a certeza ou a veracidade pouco importam. Sendo assim, a razão é abandonada. No Discurso Retórico, não há o menor comprometimento na busca da verdade, visto que o orador quer apenas garantir que sua tese esteja certa,

No Discurso Dialético, tenta-se o possível esclarecimento, mediante teses e antíteses, em um misto que pode esclarecer ou confundir conforme as afirmações antagônicas.

Na Maçonaria, o pragmático é o Discurso Lógico, cujo único propósito é alcançar a resposta/resultado correto e indubitável.

Permitam-me uma alegoria: recordemos que o Trono de Salomão está colocado sobre o degrau da Verdade. Esse degrau é construído pelas tábuas da lei, e quem faz a manutenção é o Orador.



abril 25, 2025

MAÇONARIA OPERATIVA–A ORIGEM DA ARTE REAL - Lucas Galdeano



A Maçonaria Operativa, ou dos Construtores foi um período em que a Ordem Maçónica estava diretamente ligada à arte da construção e que teve o seu apogeu no século XIII. 

Também conhecida por Maçonaria de Ofício, resplandeceu na Idade Média, sob a influência espiritual da Igreja.

A Europa vivenciou, no período, efervescente procura por construções de catedrais, igrejas, abadias, mosteiros, conventos, palácios, basílicas, torres, casas nobres, mercados e paços municipais. 

Pode-se afirmar que o continente possuía grande abundância de monumentos e construções arquitetadas e executadas por Maçons Operativos. 

As principais obras da época incluem, de entre outras, a famosa Notre Dame de Paris, as Catedrais de Reims, de Estrasburgo, de São Pedro em Roma, de Sevilha, de Toledo, a Abadia de Westminster, o convento de Monte Cassino e o Mosteiro da Batalha.

Os primeiros documentos de grande importância para a Maçonaria – não por coincidência – surgiram nessa época. 

A Constituição de York, o Manuscrito Régius, o Manuscrito de Cooke, os Estatutos e Regulamentos da Confraria dos Talhadores de Pedra de Estrasburgo, o Regulamento de 1663 ou Leis de Santo Albano, o Manuscrito Hallywell, o Manuscrito de Schaw, o Manuscrito de Kilwinning, constituindo-se documentos que viriam compor a Maçonaria Moderna e que ficaram conhecidos como as “Old Charges”, denominação inglesa das Constituições Antigas. 

As Old Charges ou Antigas Obrigações ou Antigos Deveres são escritos que se referem às Lojas e aos Regulamentos Gerais. 

Tais manuscritos ilustram os deveres, os segredos, os usos e os costumes dos Maçons Operativos e constituem-se como base da jurisprudência para a Maçonaria Moderna.

Credita-se o surgimento das Old Charges ao século XIV, à Inglaterra, porém é da Escócia que provêm as publicações dos primeiros documentos, a partir de 1600. 

O número dos manuscritos, conhecidos e reconhecidos como autênticos, ultrapassa os 130.

A importância histórica das Old Charges reside no facto de terem sido fundamentais para o florescimento de uma Maçonaria organizada, principalmente em Inglaterra. 

Tal evento histórico ocorreu antes da fundação de um Sistema Obediencial e concorreu de modo marcante para a estruturação da Maçonaria Especulativa.

Alguns estudiosos apontam a Carta de Bolonha como o documento mais antigo de entre as Old Charges, entretanto, a esmagadora maioria dos pesquisadores afirma ser o Manuscrito Régius, também conhecido como Manuscrito Halliwell, grafado em inglês arcaico, com letras góticas sobre pele de carneiro, verdadeiramente o mais antigo. 

O Halliwell compõe-se de 64 páginas, com 794 versos. 

A sua produção data da década de 1390, e teria sido cópia de um documento anterior. 

O autor é desconhecido, mas o seu local de origem é Worcester/Inglaterra, fundada em 407 DC, segundo o historiador maçónico Wilhem Begemann. 

Durante muito tempo o Manuscrito Régius foi considerado um poema sobre obrigações morais. 

Em 1840, todavia, estudos realizados por James Orchard Halliwell Phillips – antiquário inglês não maçom – comprovaram tratar-se verdadeiramente de um documento relativo à Maçonaria Operativa.

O trajeto percorrido pelo manuscrito, até ser descoberto como documento maçónico, é um tanto incerto. 

Especula-se que ele teria sido propriedade de vários antiquários e colecionadores. 

Adquirido pelo Rei Carlos II, integrou o acervo da Biblioteca Real. 

Em 1757, foi doado pelo Rei George II ao Museu Britânico e hoje encontra-se na Biblioteca Britânica, fazendo parte da Colecção Real de Manuscritos – Royal Manuscript Collection.

O estudo das Antigas Obrigações propicia ao Maçon o conhecimento das suas origens e uma melhor visão de conjunto da instituição, revelando o que até então parecia obscuro sobre questões relacionadas com a Ordem Maçónica. 

Os Antigos Deveres compreendem a regulamentação da conduta moral dos maçons; os juramentos e compromissos; o amparo para casos de doença ou desemprego; os recursos à instância superior; a dedicação exigida para a obra a ser edificada; as bases do Conselho de Família; a transformação das Lojas em grupos familiares maçónicos como instrumento racional de solução de problemas. 

As Old Charges também tratam da implantação de uma saudável organização familiar como elemento básico para a aquisição de um bom e futuro obreiro; da prática do Tronco de Beneficência ou de Solidariedade; do socorro aos maçons nos seus problemas, inclusive com a Justiça; da polémica questão sobre o “Livro da Lei”, não aceite naquela época como um “Livro Sagrado”, mas tão somente como o “Livro da Corporação”, ou seja, o Regimento da Oficina. 

Tais documentos antigos expressam grande religiosidade. 

Temia-se naquele tempo o inferno e é por essa razão que a Maçonaria teve vários padroeiros, como Severo, Severiano, Carpóforo, Vitorino (os Quatro Coroados), São Thomaz, São Luís, São Braz, Santa Bárbara e São João, que permanece em alguns Ritos Maçónicos até os dias de hoje. 

É importante salientar que ainda não havia citações sobre as Antigas Civilizações, como a egípcia e a grega. 

Essa influência mística só viria a incorporar-se na Maçonaria, no Renascimento.

No decorrer do tempo, a arquite
tura sofreu transformações e as corporações de ofício perderam o monopólio do poder sobre artistas e construtores. 

No século XVII, quando os segredos da arte de construir grandes obras chegaram ao domínio público, ocorreu a desestruturação da Maçonaria Operativa. 

O seu declínio, contudo, teve início no final do século XIII, quando a procura por construção de catedrais e outras obras de porte teve um arrefecimento considerável.


COISAS SIMPLES - Newton Agrella


Não precisa ser culto, esperto ou inteligente..

Basta olhar pros lados e ver que estamos cercados de gente.

Gente de todo tipo, cor e credo.

Gente que enxerga as coisas com os olhos d'alma e outras com um fosco olho de vidro.

Há gente de toda espécie.

Os que gostam de achar, e os que acham que gostam.

Há os que fazem ares de sabedoria, mas lá no fundo não entendem nada.

Encontramos os que ficam quietos e preferem ser testemunhas do silêncio.

Em contrapartida, há os que fazem muito barulho, porém não comparecem.

Sim, há de tudo um pouco e um pouco de tudo no universo humano.

Se de algum modo uns  preferem descascar a laranja da direita pra esquerda, outros entendem que se descascá-la no sentido contrário, seu sabor será mais intenso.

Fato é, que ninguém agrada a todos o tempo todo.

E ainda bem.  Senão  a vida não faria o menor sentido.

O valor da nossa existência é produto de nossas experiências.


Todos temos um raio de alcance e as nossas frontreiras.


Nossa capacidade de compreensão é variável  e se ancora no interior de cada um.


Não se mede o que se expressa pelo número de palavras, mas pelo conteúdo que a mensagem encerra.