LIBERDADE DE PENSAR




O Trabalho Maçônico com base no Estudo para combater a ignorância, deveria ser de natureza Gnosiológica. 

A busca pelo Conhecimento deve sempre ser ilimitada, e preferencialmente executada através da conceituação da Teoria do Conhecimento: Gnosiologia. 

E no desempenho dessa tarefa, quando forem encontrados obstáculos, não devem ser considerados intransponíveis, pois se o Pensamento Maçônico assim não entendesse, estaria incorrendo em contradição.

A Maçonaria não tem afinidade com o limite da Liberdade de Pensamento, que é dogmática e é a teoria que reafirma a capacidade do Espírito humano de conhecer a Verdade e, certamente, em sua mais pura e absoluta realidade. 

Se em vez disso, houvesse tal limite, e a Maçonaria assim o entendesse, deveria constar de sua Lei Maior - a Constituição, que tem como objetivo primordial a busca incessante da Verdade. 

Uma das características do Pensamento Maçônico é o Relativismo, que se contrapõe ao Absolutismo, entendido o Relativismo como o caráter atribuído ao Conhecimento humano, por considerá-lo impotente para alcançar a Verdade incapaz de atingir o Absoluto. 

Assim, forçoso é que se reconheça que a Filosofia Maçônica nada tem a ver com o Transcendentalismo, entendido como determinada propriedade que esteja acima de uma Ordem de Realidade. 

Ao contrário do entendimento de alguns intelectuais maçônicos, a Linha de Pensamento da Instituição não é privativa deste ou daquele Rito, visto que se traduz no que está gravado na Constituição do Grande Oriente do Brasil (GOB) desde os primórdios, isto é, desde a promulgação da Primeira Constituição.

De outra parte, como a Maçonaria não é - e jamais será - uma Entidade religiosa, o fato de constar como postulado de sua Legislação Maior - a Constituição, o reconhecimento da existência de um Princípio Criador;

Tal circunstância não enfraquece ou afasta os objetivos iniciais contidos em seus Princípios Gerais, principalmente no capítulo em que afirma ser o Sectarismo Político, Religioso ou Radical, incompatível com a universalidade do Espírito Maçônico. 

Os Postulados universais da Instituição Maçônica, não contém nenhum Princípio Transcendental interpretado dentro do Simbolismo.

O fato de Conhecimentos de Caráter Ritualístico e Simbólico serem transmitidos somente aos Iniciados, não tem a característica de transformar a Instituição Maçônica em uma Entidade Mística, ou voltada para o Transcendentalismo Dogmático.

O termo Místico é entendido no sentido da prevalência da natureza emocional e estranha às Leis do Pensamento Lógico.

O Caráter Esotérico, sendo ele próprio relativo, caso a expressão Caráter Esotérico for entendida como sendo a transmissão de ensinamentos apenas e tão somente aos lniciandos. 

Se aos Maçons fosse vedado transmitir a Filosofia Maçônica ao Mundo Profano, não teria a Maçonaria razão de existir, pois o Artigo da Constituição do Grande Oriente do Brasil (GOB), em seu inciso IX, recomenda expressamente a divulgação de sua doutrina pelo exemplo da palavra. "

Desta maneira, o que se reveste deste Caráter Esotérico é, exclusivamente, a Ritualística e o Simbolismo. 

Resumindo, poder-se-ia dizer que os fatos: 

•De se Consagrar a Lei Maçônica à existência de um Princípio Criador; de possuir em sua sessões o Livro da Lei, e de revestir-se de característica iniciática, não significa que delimite o livre pensamento, estrangulando-o pelo dogmatismo. 

Assim, caberia finalizar afirmando que: a Liberdade de Pensamento deve sempre ser a base e o arcabouço de toda a Filosofia Maçônica!

(desconheço o autor)

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