A TOLERÂNCIA MAÇÔNICA - Mauro Marques da Silva



Um dos primeiros exercícios a que deve empenhar-se o Aprendiz-Maçom, para que possa integrar-se realmente no Espírito Maçônico, é a prática da mais ampla Tolerância, o que significa dispensar a mais generosa benevolência relativamente às faltas e aos defeitos de seus irmãos, os quais deve procurar dissimular para que se propaguem os mais puros sentimentos de afeto e bondade que unem a todos os membros da família maçônica em uma sólida Fraternidade. 

Como símbolo da Tolerância, a Maçonaria adotou a Trolha, utensílio dos pedreiros que dela se utilizam para estender a primeira camada de argamassa, ou o próprio reboco na parede e cobrir assim as irregularidades, fazendo parecer o edifício como formado por um único bloco. 

Desta forma, a Trolha tornou-se um emblema de benevolência para com todos, de conciliação e de silêncio. 

A Trolha é o símbolo do amor fraternal que deve unir a todos os Maçons, único cimento que os obreiros podem empregar para a edificação do Templo. 

Passar a trolha tem o significado também de esquecer as injúrias ou as injustiças, perdoar um agravo, dissimular um ressentimento, desculpar uma falta. 

A loja é um lugar onde se devem reunir homens tolerantes, de boa vontade, que amem a justiça e a nobreza, homens possuidores de corações puros e sem manchas, desejosos de serem úteis aos outros e que tenham uma verdadeira compreensão dessa maravilhosa palavra que se chama Fraternidade.

Existirá então, nesta Loja, a Amizade, o Amor e a Tolerância, que fazem com que se passe a TroIha niveladora sobre os defeitos dos companheiros.

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