A ÉTICA MAÇONICA - Valdemar Sansão



A lei que regula a Ética Maçônica tem sido burlada, postergada, embora esteja claro que as atitudes maçônicas são designadas para as relações dentro da fraternidade, onde os Irmãos têm de tentar todos os remédios antes de procurar o socorro das Cortes.

Com Lojas e Obediências sendo arrastadas à Justiça profana, em questões onde a caridade fraternal está ausente e onde imperam as discussões, as discórdias, os propósitos caluniosos e as maledicências.

Há inúmeros casos em que a solidariedade maçônica foi esquecida e homens que deveriam ser Irmãos tornaram-se inimigos irreconciliáveis. 

A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou as muralhas do ódio e nos tem feito andar em marcha lenta para a amargura.

Nas disputas pelo poder, os interesses particulares, muitas vezes, sobrepujam os gerais, há dano da coletividade maçônica e do princípio de fraternidade.

As vaidades pessoais, as paixões de momento, os melindres, têm cavado fossos quase instransponíveis entre homens que se deveriam amar como Irmãos.

Importante é a recomendação de não se recorrer à justiça profana, para abordar os assuntos internos da Maçonaria.

Essa recomendação, como mostra a História, tem sido largamente desrespeitada, em todos os tempos, pois, quando entram em jogo interesses pessoais e de grupos, os homens - falíveis e imperfeitos, embora a instituição seja doutrinariamente perfeita - esquecem a lei, a moral e a ética.

É papel essencial de a Maçonaria exigir esta Ética primeiro de seus membros, tanto dentro quanto fora da Ordem, e depois lutar para que a Ética se torne apanágio de todos os outros, principalmente daqueles que nos afetam com sua desonestidade e falta de lisura.

A Maçonaria nos ensina a ser ético individualmente, através dos Rituais que nos treinam para o sistema maçônico de pensamento, para que possamos, depois de agir com correção a partir de nossa própria vontade, unir vontades de muitos Irmãos numa luta maior.

Comentários