OS INIMIGOS DA MAÇONARIA - Valdemar Sansão

 


 Alguns ingressam na Ordem certos de poder contar, nas suas dificuldades, com proteção e amparo material.

E, não encontrando, como de fato não poderiam, em nenhuma hipótese, favores dessa natureza, afastam-se.

E a cada afastamento, mais um inimigo da Ordem se forma.

Inimigo que nós criamos.

Inimigo de nossas ideias e de nossos propósitos.

Inimigo que nós próprios fomos buscar no mundo profano.

O grande inimigo da Maçonaria é aquele que jamais nela deveria ter ingressado.

Nossa imperfeita seleção, escolha e sindicância devem ser revistas.

Os responsáveis pela cegueira e teimosia em pactuar pela omissão ou comodidade, acarretam prejuízos incalculáveis à Instituição.

O grande inimigo da Maçonaria é aquele que se contenta com o hoje, os imediatistas, 

aqueles para os quais basta uma Maçonaria contemplativa, “de rótulo” ou “de fachada”, com suas “festas” e fotografias estampadas em dispendiosas revistas sem nenhum testemunho prático, sem nenhum estudo, realização ou participação, levaria, se fosse só, a Maçonaria de nossos tempos a simples sinais, batidas de malhetes, crachás, exibição de adereços, anéis, chaveiros, canetas, gravata, abotoaduras, distintivos, condecorações, 

sempre com o clássico conjunto de Esquadro, Compasso e letra G usados no peito ou na lapela, com fita ou com laço para alimentar vaidades.

Contudo, o grande inimigo da fraternidade é aquele que carrega a vaidade dentro de seu coração; que não conhece o seu próprio valor e o valor de seus Irmãos.

Aquele cujo espírito não admite que os outros sejam líderes porque, na mesquinhez de sua futilidade e ostentação acredita ser melhor do que os demais e único capaz de poder empunhar a bandeira da liderança.

*_O que é preciso mudar:*

É lamentável constatar que, se a Independência do Brasil, a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República dependessem, hoje, de propaganda feita à custa de cotização dos Obreiros, elas jamais seriam feitas

Estas são constatações dolorosas, mas absolutamente verdadeiras, pois o que mais se vê, na atualidade, é inação e uma completa má vontade – com raras e honrosas exceções, que confirmam a regra.


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