maio 27, 2025

A ESPADA FLAMEJANTE - Almir Sant’Anna Cruz


A Espada Flamejante é uma representação da espada empunhada pelos querubins postos ao oriente do Jardim do Éden para guardar o caminho que levava ao conhecimento.

Em Gênesis 3:24 consta: “E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida”.

Como, analogamente, a Iniciação é o caminho que leva ao conhecimento, a Espada Flamejante é usada unicamente nos ritos iniciatórios e portada somente pelo Venerável Mestre, que, como Mestre Instalado, tem a prerrogativa de consagrar os graus.

Marius Lepage in Le Symbolisme, afirma que a Espada Flamejante se reveste de dois significados essenciais: o da criação, por intermédio do Verbo-Luz-Som, e o de purificação e de expiação sob as provações do destino. É explica: “A consagração ritual de um novo Maçom começa por estes termos: ‘Eu o crio ...’ É, portanto, um ato criador, que procede de uma vontade – a do Venerável que age em nome da Maçonaria – por intermédio de uma vibração sonora, o golpe da espada. Uma criatura totalmente nova deve nascer, e o efeito dos eflúvios que, saindo da Espada, o atravessam, deve constituir uma espécie de impregnação que penetrará definitivamente o Recipiendário”.

Os três golpes de Malhete sobre a lâmina da Espada Flamejante aludem à numerologia do grau de Aprendiz, que deverá ser objeto de diligente estudo por parte do Iniciado. 

Segundo a Escola Oculta, os três golpes conferem três diferentes modalidades de energia, correspondentes aos três aspectos da trindade divina: o primeiro toque confere fortaleza ao cérebro, o segundo amor ao coração e o terceiro habilidade executiva ao braço direito. 

Jules Boucher in A Simbólica Maçônica completa afirmando que a Espada Flamejante deve ser sempre empunhada com a mão esquerda (lado passivo) e o malhete com a mão direita (lado ativo), significando que a Iniciação transmitida é ativa, isto é, relacionada à própria vontade do neófito.


Excerto do livro "O que um Aprendiz Maçom deve saber" Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350

maio 26, 2025

CONVERSA COM A IA - Marco Pereira


 

Se você pudesse escolher viver uma época desde o princípio do mundo e pudesse retornar para contar… qual época você escolheria para vivenciar esse tempo?

Resposta do CHATGPT

Que pergunta fascinante!

Se eu pudesse escolher viver uma época desde o princípio do mundo, eu escolheria a época da Grécia Antiga, especificamente durante o século V a.C., conhecido como o "Século de Ouro" de Atenas.

Imagine poder vivenciar a efervescência cultural, filosófica e artística de Atenas durante o governo de Péricles! Seria incrível testemunhar o desenvolvimento da democracia, a construção do Partenon e a produção de obras-primas da arte e da literatura.

Eu gostaria de:

1. *Assistir às peças de teatro* de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes no Teatro de Dionísio.

2. *Discutir filosofia* com Sócrates, Platão e Aristóteles nos mercados e academias de Atenas.

3. *Visitar a Ágora*, o coração da cidade, onde os cidadãos se reuniam para discutir política, comércio e arte.

4. *Ver a construção do Partenon*, um dos monumentos mais icônicos da Grécia Antiga.

5. *Participar dos Jogos Olímpicos*, uma das principais competições esportivas da época.

Viver nessa época seria uma experiência incrível, permitindo-me testemunhar o nascimento de ideias e conceitos que moldaram a civilização ocidental. Além disso, seria fascinante experimentar a cultura, a arte e a filosofia de uma das civilizações mais influentes da história.

*E você, qual época escolheria para vivenciar?*

PERGUNTAR NÃO OFENDE - Newton Agrella

 


Ainda que carregadas de um certo critério subjetivo, institutos como QUORA, PORTAL INSIGHTS, dentre outros,  detectaram após pesquisas, que uma pessoa comum faz  em média 100 perguntas por dia. 

Contudo, ao longo do tempo esse volume de perguntas vai diminuindo com a idade.

Fazer perguntas é da natureza humana que alimenta a curiosidade, estimula o aprendizado e abre portas para novas perspectivas. 

Porém, perguntar de maneira clara e concisa, sem tanto rodeio e pré-comentários é um exercício bem complicado para um imenso contingente de pessoas.

Na Maçonaria por exemplo, vivemos esse dilema de maneira aguda e frequente, o que torna o cenário linguístico muitas vezes maçante, além de irritar os demais Irmãos durante uma sessão ou uma Palestra.

Há que se ter um foco direto na pergunta, bem como uma concisão e objetividade na resposta.

Sugestões que de algum modo podem contribuir para que o estado de tédio não se instaure no ambiente:

Usar perguntas abertas, que estimulem o compartilhamento de opiniões e experiências.

Ser específico, evitando perguntas vagas ou ambíguas ou que possam ensejar mal estar entre os presentes.

Instigante mesmo é perceber que além das perguntas feitas num âmbito realmente interrogativo, há também as perguntas sugestivas que fazemos a nós mesmos.

Sejam elas na busca de uma alternativa mais plausivel e que melhor atendam às nossas necessidades. 

Ou senão, aquelas que nos fazemos na ânsia de   atender às nossas conveniências e aliviar nossa consciência.

Bem, perguntas são perguntas e sempre estarão acompanhadas daque inquietante ponto de interrogação.

Dentre essa média de 100 perguntas que grosso modo fazemos por dia, muitas são de caráter íntimo, que perguntamos a nós mesmos em pensamento e cujas respostas muitas vezes se abrigam recônditamente dentro de nós, sem que mereçam uma resposta que não queremos ouvir.

Inobstante as considerações anteriores, é inegável  que Perguntas fazem parte do nosso desenvolvimento saudável e são a forma pela qual aprendemos e compreendemos o mundo. 

Interessante que o pesquisador 

Jostein Gaarder dizia que todos nós nascemos filósofos e que com o tempo vamos nos acomodando em respostas.

No fundo, no fundo fazer perguntas para conhecer uma pessoa é uma arte.

Seja no simples âmbito das relações humanas triviais, ou nas situações mais específicas como no ambiente profissional, numa entrevista de emprego ou no ambiente escolar.

Perguntas parecem extremamente simples, mas lembre-se que o que importa é abrir caminhos, iniciar uma conversa, dialogar sem receio e sem preconceito.

No unverso da Sublime Ordem, certamente, já lhe perguntaram: 

“O que vindes fazer aqui?”

É bem verdade que existe uma resposta ritualística para esta pergunta; que em tese, qualquer maçom pode respondê-la de cor, comprovando que está a par dos conhecimentos básicos para se fazer reconhecido.

No entanto, esta singela pergunta contém uma significado mais profundo, que podemos analisar antes de adotarmos a resposta como real e sincera.

Antes de tudo, a resposta  é o resultado do acúmulo de experiências de vida ao longo do tempo, bem como da predisposição pessoal de cada Irmão.

E ao final das contas fica uma tênue dúvida:

Você prefere perguntar ou responder ?



maio 25, 2025

DIA DO DATILÓGRAFO (DATILOGRAFAR & ESCREVER) - Antônio Guimarães de Oliveira




Contemplo a minha velha máquina de escrever... Para muitos, esse artefato é totalmente desconhecido. 

Nesse meu observar constato como o tempo passa e muda as tecnologias e como o ser humano é criativo...

Me orgulho muito em ter sido "diplomado" no renomado curso da professora Elza. Lembro que consegui por habilidade a nota máxima: dez!

Compreendo que devemos acompanhar os avanços tecnológicos, mas nunca devemos esquecer de onde viemos.

Várias marcas, lembro: Olivetti, Remington, Underwood, Royal, Smith - Corona, IBM, Nakajima, Olympia, Hermes, Facit, Westehouse, dentre outras. 

No que diz respeito à escrita, eram novidades. Eram as últimas modernidades em tecnologias gráficas do momento.

Muitas vezes olhei nas escolas de datilografia, moças e rapazes perfilados, treinando nessas máquinas, colocando o papel e dedilhando. O barulho estridente dos tipos era inevitável.

A professora ou professor nos ensinavam como colocar os dedos nas teclas com seus tipos metalizados, e também o papel a ser escrito. Começava-se com as seguintes letras escritas nas teclas: A, S, D, F, C, L, K, J.

Essas máquinas, hoje obsoletas, sustentaram o mundo nos escritórios, cartórios, repartições, casas bancárias. Eram fundamentais para essas entidades.

Lembro que tinha-se que passar pela temida prova final do curso para, enfim, concorrer a concursos, sobretudo das repartições bancárias. 

Hoje são peças de museus, mas a minha ainda hoje faço uso. É uma companheira de longas datas...

Meu computador, última geração, as vezes fica ali à margem... É que minha amiga também precisa de companhia!

Me surpreendi com um certo aluno, com um celular de última geração, perguntando que máquina era aquela em cima de minha mesa. Respondi àquele rapaz que o era, e queque correspondia, o que ora segurava nas mãos. 

Acrescentei que foi muito importante antes de surgir o computador e o celular, não sofrendo tantas modificações, tais quais as tecnologias atuais.

Concluindo: essas máquinas foram as "sementes" do progresso e alimentaram muitos troncos e raízes de inúmeras nações. Foram, por época, as pioneiras de um amanhã, que é hoje... 


A IDADE MEDIA E SEUS AVANÇOS - Fábio Monteiro


A Idade Média e seus avanços: um legado controverso. 

A Idade Média, o período entre os séculos V e XV, muitas vezes é associada ao obscurantismo, a "Idade das Trevas". 

No entanto, sem esquecer das consequências do fanatismo religioso e de outros fenômenos, estudos mais aprofundados  revelaram  que esse período foi marcado por avanços em áreas, como filosofia, ciência, tecnologia, cultura, economia. 

Esses avanços foram cruciais para a formação do mundo moderno.

A filosofia medieval foi profundamente influenciada pelo cristianismo e pela reinterpretação de obras clássicas de pensadores como Aristóteles e Platão. 

A Escolástica, movimento filosófico dominante na época, buscava (re)conciliar a fé com a razão. 

Além disso, o contato com o mundo islâmico trouxe novas perspectivas filosóficas.

Embora a ciência medieval estivesse amplamente vinculada à teologia, houve avanços significativos em áreas como astronomia, medicina e alquimia, precursora da química moderna. 

O desenvolvimento do astrolábio e tabelas astronômicas permitiu maior precisão na navegação 

Na medicina,destacou-se a compilação de saberes greco-romanos e islâmicos, criando tratados que foram utilizados até o Renascimento 

Foi um período de significativas inovações tecnológicas, especialmente no campo agrícola. Ferramentas como o arado de ferro e a rotação trienal de culturas aumentaram significativamente a produtividade agrícola.

Nos centros urbanos, o aperfeiçoamento de moinhos de vento e água destacaram uma geração de energia para atividades como a moagem de grãos e a serragem de madeira. 

O desenvolvimento de óculos no século XIII e dos relógios mecânicos no século XIV também exemplificam o avanço tecnológico medieval.

A arte medieval evoluiu do estilo românico ao gótico, representado por catedrais como Notre-Dame e Chartres,  por suas inovações arquitetônicas, como os arcos ogivais e vitrais. 

A literatura também floresceu, com obras como A Divina Comédia, de Dante Alighieri.

Além disso, os manuscritos iluminados preservados nos mosteiros evidenciam o aparente "compromisso" com a disseminação do conhecimento

O renascimento urbano e comercial no final da Idade Média foi um marco na transição do sistema feudal para a economia mercantil. 

As feiras medievais e as ligas comerciais, consolidaram rotas comerciais e estabeleceram o comércio internacional. 

A introdução de práticas bancárias e contábeis, como a letra de câmbio, ajudou a estruturar o sistema financeiro moderno. 

Mesmo de forma ainda inicial, rudimentar e desigual, o feudalismo estruturou relações de poder baseadas na posse de terras.

Embora marcada por desigualdades, a sociedade medieval passou por transformações importantes. 

O crescimento urbano proporcionou maior mobilidade social e o surgimento da burguesia como uma nova classe emergente.

Compreender os progressos desse período é essencial para desmistificar a ideia de que foi um momento de "trevas", tão somente marcado pelo obscurantismo, violência e superstições, mas sim de comprender que foi um período crucial para a história da Europa e de outros continentes.


Fonte: Facebook - História Ilustrada 2

REDENÇÃO - Adilson Zotovici


 

Viva a “Loja dos Sonhos” !!!

Oriunda na pandemia

Redenção da maçonaria

Fecunda em tempos enfadonhos


Obreiros lutando à porfia

Abnegados e criativos

Regulares, aceitos, vivos

Aos preceitos à Cantaria


Livres pedreiros Ativos

Com seus talentos, semanal

Criaram canteiros d’Arte Real

Com seus eventos letivos


Obreiros em ambiente virtual

Presentes, inda que distantes,

Quais cavaleiros andantes

Aos participantes um fanal


Por critério, Lojas itinerantes

Ednilson, Silvério, os “Veneráveis”

Cledson, Júlio, Lucas, alternáveis

José Airton e Fuad...os “Vigilantes” !


Entre os tantos notáveis

Marcio Gomes o “Orador”

Silva também...conhecedor,

Que se mantém incansáveis


Todos de grande esplendor

Seguem o mesmo itinerário

Com Izautonio “o Secretário”

Ceron, o “Cerimônias” de valor


Há “os diáconos” do plenário

Hossaka e Zotovici frequentes

Em todas passagens prudentes

Nas mensagens, no temário


São artesãos diligentes

Manuel, “hospitaleiro” aos aflitos

Qual o “Guarda” Celso, adstritos

A bom canteiro aos presentes


Um grande painel de benditos

Falam de ritos, com saber divino

Perottoni, Eleutério, Zardo, Aldino,

Denizart,,Oduwaldo, Michael...eruditos


Como Redenção seu destino

Setenta, oitenta... a afluência

Mas em toda lição com prudência

Isenta dalgum desatino


Felizes com nova frequência

Auguro neófitos em ascensão

Quais buscam a elevação

E no futuro a docência


Com alegria, jubilação,

Segue justo e perfeito teto

Afeito ao Grande Arquiteto

Da Maçonaria a Redenção !


Adilson Zotovici

AMVBL

*Aos grupos* : GRUPO VIRTUAL DE ESTUDOS MAÇÔNICOS - LIVES

EPAMINIONDAS ON LINE, LICEU e URÂNIA, 

maio 24, 2025

ELEVAÇÃO A COMPANHEIRO - Fábio Favaro


Queridos Irmãos,

Hoje, esta Loja se reveste de um brilho ainda mais intenso. As colunas se alinham, o silêncio respeitoso é instaurado, e cada coração aqui presente vibra com a certeza de que testemunhamos mais um passo na grande jornada de autoconhecimento e da transformação.

Irmãos agora elevados ao grau de Companheiro, esta etapa representa muito mais que uma simples ascensão hierárquica. É o reconhecimento simbólico de que a pedra bruta, que um dia adentrou este Templo com fé e disposição, começa a revelar seus contornos mais nobres, resultado da lapidação constante operada pelo cinzel da sabedoria, do compasso da disciplina e do esquadro da retidão.

Permitam-me, neste instante, invocar um ensinamento ancestral, legado do filósofo Platão, que em sua célebre “Alegoria da Caverna” nos mostra o caminho daquele que se liberta das sombras e, com coragem, busca a luz do verdadeiro saber. Assim como o prisioneiro que deixa as correntes e passa a enxergar a realidade com novos olhos, também vocês deixam para trás antigas limitações, ampliando horizontes com os instrumentos da reflexão, do trabalho e da fraternidade.

O grau de Companheiro é a fase do caminho onde se aprende a edificar com consciência, a equilibrar força e forma, e a entender que o verdadeiro crescimento vem do esforço paciente, tal como o escultor que, dia após dia, trabalha sua pedra até que ela se torne digna de integrar a mais sagrada arquitetura.

É também nesta etapa que o Irmão percebe que não caminha mais só: ele se torna parte ativa da obra coletiva, colaborando para o Templo Moral e Espiritual da Humanidade. A elevação é, pois, um chamado: para o serviço, para a construção, para o exemplo.

Queridos irmãos, sigam firmes, mas humildes. Lembrem-se: a sabedoria não grita, ela sussurra; o verdadeiro poder não domina, ele inspira. Que cada passo de vocês ecoe não apenas dentro destas colunas, mas no mundo profano, como reflexo da retidão e da luz que aqui cultivamos.

E que a Pedra que representam, continue sendo polida — não apenas pela mão do tempo ou do ofício, mas sobretudo pela luz interior que, com disciplina e amor, cada Maçom deve alimentar.

Assim seja, hoje e sempre.

Salve vossa elevação. Salve a Maçonaria

ARLS ALIANÇA FRATERNAL n. 596 - São Paulo

 


Retorno a ARLS Aliança Fraternal n. 596 para participar de uma elevação ao grau de companheiro de dois aprendizes da Loja. O templo fica no prédio do teatro América, sede de varias outras Lojas. Vários dos irmãos do quadro já tem meus livros e assistiram minhas palestras. 

O jovem Venerável Mestre Everton Bressan Alves de Oliveira assessorado por vários irmãos veteranos conduz a cerimônia e me honra com o convite para participar ocupando um cargo.

Destaque da noite foi a bela oração proferida pelo irmão Fábio Donizetti Favaro, padrinho dos novos companheiros, ao final da elevação.

A Loja é bastante ativa e irá iniciar três novos profanos nos próximos meses. A ritualística é levada a sério, mas praticada com leveza. Com pouco mais de 20 anos de existência promete uma longa e profícua caminhada na Ordem.

Por ocasião da fotografia alguns irmãos já tinham ido embora.


DIREITO, MORAL E RELIGIÃO* Por Gleibe Pretti


“Teu dever é lutar pelo direito, mas no dia em que encontrares o direito em conflito com a justiça, luta pela justiça.”(Dos mandamentos do advogado, redigidos por Eduardo Couture)

Síntese: A presente resenha tem o intuito de demonstrar uma correlação entre a religião, moral e o direito. Suas diferenças e influências uma para com as outras, fazendo uma evolução histórica dos assuntos.

É fato notório, a influência dos fatores morais e religiosos no fenômeno jurídico. Não haviam diferenças entre esses três fatores, na época primitiva, nas antigas culturas orientais, na civilização grega, romana e medieval. Tão somente a partir do século XIX verifica-se uma grande preocupação para definir cada uma destas ciências.

Nas palavras do Prof. Franco Montoro (1) “Na própria origem histórica do direito, está a norma indiferenciada, de cunho moral e religioso. E nas sociedades contemporâneas, apesar de sua secularização, não faltam exemplos da influência permanente de fatores morais e religiosos na vida do direito

Indubitavelmente o direito canônico teve grande influência no direito brasileiro e latino. Martins Júnior (2) se atentou a este detalhe: “Que, no pináculo da civilização hodierna, estende o olhar para o passado procurando ver os grandes marcos da estrada do direito, os monumentos que serviram à edificação da moderna cidade jurídica, encontra-se imediatamente diante de si três grandiosas construções legislativas. São elas: o “corpus juris romani” o “corpus juris germanici” e o “corpus juris canonici”.

Isso ocorre não somente no Brasil e na América, mas a religião também tem grande influência como é no direito mulçumano, com o Corão, as decisões e soluções de Maomé. O sistema jurídico da Índia, com o direito costumeiro Indu, entre outros.

O I ching, chinês, entra muito no mérito da moral, quando confúcio (3) diz que “Aquele que não conhece o ming, não pode ser um homem superior”. Ele chama de ming tudo aquilo que é a totalidade das condições e forças existentes em todo o universo, ou seja cada um deve agir consoante sua vontade. Isso tem grande influência no direito chinês, mas até que ponto a moral poderá ter grande influência no direito? É uma questão para raciocínio.

Neste sentido temos o grande Mestre Vicente Ráo (4), em que nas suas sempre inteligentes observações afirma, “Segundo a concepção confuciana, os ritos constituem a fonte imediata e principal dessas normas, por que impões aos indivíduos, em todas as circunstâncias da vida um modo de conduta, de comportamento, criado em harmonia com a ordem social das coisas.”

Um outro aspecto, porém árduo na forma da escrita é a moral. Miguel Reale Júnior, citando Jeremias Benthan (5), comenta a teoria do “mínimo ético” em que consiste “em dizer que o Direito representa apenas o mínimo de Moral declarado obrigatório para que a sociedade possa sobreviver.” O que o referido autor quer dizer é que todos podem realizar suas obrigações da melhor maneira que acharem, mas é inevitável a criação de limites para que a sociedade não se torne um anarquia.

Dentro da ciência do Direito, encontramos muitas circunstâncias que não são morais, porém são tuteladas pelo legislação. Isso é um problema que a solução virá tão somente com um estudo afinco e determinado por parte dos legisladores.

Temos a convicção que apenas há uma diferença principal entre o direito e a moral é o poder de coercibilidade. Isso no aspecto social e material, mas, dentre muitas vezes a dor psicológica é a pena do infrator. Neste campo a moral é imbatível.

Nesta ótica temos as lições de Tércio Sampaio Ferraz Júnior (6) “...a justiça é o princípio e o problema moral do direito. Ë preciso, porém, esclarecer uma última questão: como se distingue o direito da moral e como se comporta a validade das normas jurídicas perante as exigências dos preceitos morais de justiça.”

O mesmo autor conclui “O direito, em suma, privado de moralidade, perde sentido, embora necessariamente não perca o império, validade e eficácia. Como, no entanto, é possível às vezes, ao homem e à sociedade, cujo sentido de justiça se perdeu, ainda assim sobreviver com o seu direito, este é um enigma, o enigma da vida humana, que nos desafia permanentemente e que leva a muitos a um angustiante ceticismo e até a um despudorado cinismo.”

Por fim, temos que ter em mente a influência da religião e da moral no direito como evidência. Saber distinguir cada uma destas ciências e conhecer a interpenetração em cada caso é a missão do Jurista compenetrado e estudioso pois, apenas desta forma, encontraremos as soluções para os conflitos oriundos da ciência do direito que nos defrontamos nos dias de hoje.

Stairway to Heaven - Jorge Gonçalves


O card faz referência à música *Stairway to Heaven* , da maior banda de todos os tempos, *Led Zeppelin* . Na minha opinião, é claro.

Em uma tradução para lá de livre, a canção começa assim: " _Há uma dama que tem certeza de que tudo que reluz é ouro, e ela está comprando uma escada para o céu._ "

Guardada a liberdade poética, há quem interprete que essa “ escada comprada para o céu” faz alusão à escada de Jacó , mencionada em Gênesis 28, símbolo de ascensão espiritual.

Curiosamente, a letra da música usa o verbo “ comprar ”, sugerindo uma crítica brilhante à ilusão de que a iluminação possa ser adquirida por meios terrenos, riqueza ou vaidade.

" _Vaidade das vaidades, tudo é vaidade_ ." (Eclesiastes 1:2)



maio 23, 2025

ARLS UNIÃO E PAZ n. 166 -; São Paulo



A ARLS União e Paz n. 166, que funciona no Palácio Maçônico da GLESP, completou 50 anos em 2024. Meio século de ativa dedicação a Ordem e a sociedade. E o novo ciclo promete porque na visita que realizei ontem ouvi que pretende iniciar alguns novos profanos, cujos processos começam a correr.

Devo destacar a nímia gentileza do Venerável Mestre Luiz Antônio Tapette,  que me honrou com o convite para ocupar um cargo durante a sessão e me permitiu ocupar parte da Ordem do Dia para expor o meu trabalho literário e filantrópico. 

Mantive animada conversa com o Orador, o ilustre jurista irmão José Márcio Rielli, sobre a origem judaica de sua família, que remonta a Inquisição Espanhola, quando seus ancestrais fugiram para a Itália e o Império Austro Húngaro, porém a despeito da assimilação jamais esqueceram suas raízes. 

Foi uma visita memorável.



L U C I D E Z ORIENTE & OCIDENTE - Newton Agrella


Engraçada a natureza humana que praticamente desde que nascemos nos leva a olhar insistentemente pro nosso próprio umbigo.

Parece que olhar além, faz com que nos sintamos desconfortáveis, inseguros e ao mesmo tempo desconectados com a nossa essência.

Basta perceber a dificuldade que temos para entender, respeitar e acima de tudo aceitar as diferenças étnicas e culturais.

Há uma tendência da grande maioria das pessoas "acharem" que a vida só tem significado dentro de seu exclusivo universo. 

Algo como se tudo aquilo que fosse diferente de sua rotina não devesse ser levado em conta.

A bem da verdade o mundo é muito maior que a nossa vã percepção.

Aos que tiveram a oportunidade de terem sido Iniciados na Sublime Ordem, resta a esperança de se disporem a enxergar seu caminho sob uma perspectiva mais filosófica, mais dialética e mais interior com o propósito de praticar a virtude, trabalhar as disposições mais nobres da alma, compartilhar o bem estar e promover a felicidade para toda a humanidade.

Vale aprender que o Oriente e Ocidente de nossa mente dialogam entre si e buscam um contraponto para o aprimoramento de nossa Consciência. 

E isto é o que conta.

Não importam as Potências, Obediências, Ritos ou Lojas - o que faz sentido sim, é deixar de continuar olhando para próprio umbigo.

O ser humano é plural, é múltiplo em sua compleição física e mental. É capaz de enxergar muito além do que se lhe exige.

Tiremos a venda ou a máscara que nos oprimem e permitamo-nos ver a Luz, como a mais legítima interação entre a Razão e o Coração, pois é vida que segue...



maio 22, 2025

ARLS MARIO BEHRING n. 33 - São Paulo




Para maçons das Grandes Lojas, o
nome de seu fundador, irmão Mario Behring, é pronunciado com respeito, e as Lojas que trazem o seu nome são especiais, como está Augusta e Respeitável Grande Benfeitora e Grande Benemérita Loja Simbólica Mario Behring, n. 33, da Grande Loja do Estado de São Paulo.

Eu a visitei na noite desta quarta feira e assisti a uma sessão de companheiro, com excelente instrução e bons comentários. 

Agradeço ao Venerável Mestre João Carlos Alves da Rocha e aos demais irmãos do quadro pela gentil recepção.