agosto 10, 2025

PAI, HOJE É TEU DIA ! - Adilson Zotovici


Olá pai, como estás ?

Comemoramos hoje “ teu dia” !

Estamos todos em paz

Lembrando de ti com alegria 


Sentimos tua calmaria

Sem tuas mãos ou tua voz

Por teres aqui moradia

Pois vives dentro de nós 


A saudade às vezes é atroz 

Mas traz até mesmo leveza

Pelo tempo, que  assaz veloz

Todavia, não paira tristeza 


Sentaremos  breve  à mesa

Unidos, o acostumado 

Com bons manjares e a certeza

Que ali estarás sentado 


Herança de ti pai amado 

Legado de amor supernal

Pelo SENHOR abençoado

Amigo eterno...sem igual !

agosto 09, 2025

ARLS ALCIDES DO VALLE E SILVA 174 - São Paulo

 


Mensagem recebida do Irmão Osvaldo Cabral, da ARLS Alcides do Valle e Silva por ocasião de minha visita a esta Loja nesta sexta feira.

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A propósito, durante minha gestão como VM na ARLS Alcides do Valle e Silva, 174, em 2006/2007, eu programei várias reuniões conjuntas com outras Lojas (15/09 com ARLS Cavaleiros da Esperança, 642 e ARLS Estrela de Davi, 421 / 30/03, com ARLS Cavaleiros da Luz) e palestras:

- 20/11 - Antimaçonaria, ministrada pelo Irmão Descartes de S. Teixeira

- 30/03 - Fé e Felicidade, ministrada pelo Irmão @⁨Michael Winetzki⁩ e

- 01/06 - Aprendiz, ministrada pelo Irmão Ari Casarini.

Na palestra do Irmão @⁨Michael Winetzki⁩, foi lhe concedida a comenda comemorativa dos 30 anos de Fundação da ARLS Alcides do Valle e Silva, 174, conforme atesta o documento anexo.

ARLS ALCIDES DO VALLE E SILVA 174 - São Paulo




Há alguns anos visitei esta Loja para fazer uma palestra e recebi uma homenagem que relatarei na próxima postagem. Ontem, sexta-feira, a convite do irmão Osvaldo Cabral, que era o Venerável Mestre naquela ocasião, retornei para nova visita.

O atual Venerável Mestre é o irmão Osvaldo Fernandes Bacelar, que é um bombeiro condecorado por bravura. O Brasil todo tomou conhecimento do seu heroísmo, ao colocar sua vida em risco para salvar uma criança em um incêndio em São Paulo.

Na sessão de ontem houve uma instrução e um excelente trabalho apresentado por um aprendiz. Todos os irmãos fizeram comentários às apresentações, o que é relativamente raro em Lojas e mostra a alta qualidade do ensino maçônico na Alcides.

O ágape foi um panelão de cachorro quente, o que fez com que aqueles homens sérios se comportassem como adolescentes, manchando suas roupas com molho e maionese. Muito divertido. Uma sessão excelente em todos os sentidos.

POESIA DA VIDA - Newton Agrella


Poesia é para o poeta.

Para aquele que elabora rimas,

transita pelos fonemas e é

íntimo amigo da métrica.

Poesia é a expressão da alma

É a virtude das letras traduzida

em versos que sublima o pensamento e se converte em arte.

Poesia desconhece a rigidez da realidade e se funde em sonhos 

como quem transita pela vida e se esquece da idade.

Poesia é a fonte ilimitada da sabedoria.

Sai sorrateiramente do coração e se instala no sentimento alheio, sem pedir licença.

Poesia é uma propriedade anônima, pois se esvai do interior humano, flui pelo ar e se instala no universo de cada um que consegue absorve-la.

Poesia não se explica, não se ensina e nem se constrói.

Ela simplesmente brota, como a semente de um pronome, de uma vírgula ou de uma preposição num cenário único e particular de um idioma.

Poesia é uma variante da linguagem, que o ser humano encontra pra manifestar sensações e sentimentos represados e que se exprimem com legitimidade no augusto grito da Liberdade.

A HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARA ADULTOS - Kennyo Ismail


Como a Maçonaria Operativa sucumbiu diante da Maçonaria Especulativa?

Diversos historiadores maçons se dedicaram a contar e recontar a história do surgimento da Maçonaria Especulativa como conhecemos hoje. As versões são geralmente bastante similares entre si e, pelo conteúdo, se parecem com as histórias contadas para crianças antes de dormir:

_“Era uma vez, há muito tempo atrás, os maçons operativos, que construíam castelos e catedrais. Eles começaram a aceitar nobres, burgueses e intelectuais na Maçonaria, chamados de “Aceitos” ou “Especulativos”. Esses se apaixonaram pela Maçonaria e trouxeram outros nobres, burgueses e intelectuais. Em pouco tempo, eles se tornaram maioria. E com o passar dos anos, a Maçonaria foi se aprofundando nos aspectos filosóficos e intelectuais, até que não se via mais maçons operativos na Maçonaria. E os maçons especulativos viveram felizes para sempre.”_

Parece uma ótima história para explicar ao seu filho de cinco anos de idade o motivo de você ser um “pedreiro-livre” e não construir casas. Mas, definitivamente, não serve como História da Maçonaria, em pleno século XXI, a ser ensinada ao novo maçom de hoje, que possui nível superior e um mínimo de senso lógico e crítico.

Não se pode contar a história da Maçonaria e de sua transição de Operativa para Especulativa sem considerar o contexto histórico e os aspectos socioeconômicos da época. A extinção da Maçonaria Operativa não se deveu por um simples processo de evolução interna dentro da Maçonaria, que teria então evoluído para Especulativa. Não foi um movimento interno, impulsionado pelos membros “aceitos”, que assumiram a liderança da instituição e promoveram seu desenvolvimento por uma via mais intelectual e elitista. Na verdade, foi um movimento estritamente externo e incontrolável pela Maçonaria. Para se compreender o fenômeno, deve-se, antes de tudo, contextualizá-lo:

A Maçonaria, sendo antiga e ocidental, teve logicamente origem no Velho Mundo: a Europa. Documentos históricos como a “Carta de Bolonha” (Século XIII), o “Poema Regius” (Século XIV), os Manuscritos de “Cooke” e “Estrasburgo” (Século XV) e alguns outros confirmam essa teoria, apresentando a Maçonaria Operativa, com suas cerimônias e Antigos Costumes, antes mesmo do descobrimento do Novo Mundo. Assim sendo, nada mais natural do que as primeiras Grandes Lojas terem surgido na Europa, nas primeiras décadas do Século XVIII.

O documento mais antigo citado, a “Carta de Bolonha”, evidencia que, já no século XIII, maçons especulativos conviviam com os operativos. Quando do surgimento da primeira Grande Loja, na Inglaterra de 1717, é sabido que, das quatro Lojas fundadoras, três eram compostas predominantemente por maçons operativos. Há inúmeros relatos e documentos que indicam que, durante quase todo o século XVIII, Lojas Operativas conviveram com Lojas Especulativas em boa parte da Europa. Isso significa que, por pelo menos 500 anos, meio milênio, os maçons operativos conviveram com os especulativos, sendo os operativos maioria. Afinal, o que então aconteceu com os maçons operativos? Por que eles desapareceram da Maçonaria no final do século XVIII?

O que exterminou a Maçonaria Operativa não foi a Especulativa, nem mesmo um processo de evolução cultural. O que pôs fim à Maçonaria Operativa foi… a Revolução Industrial. A mudança no processo produtivo, originada pelas invenções de máquinas e impulsionada pelo surgimento das indústrias, pôs fim à era de produção manual baseada nas guildas.  O trabalho estritamente manual foi substituído pelo trabalho de controle de máquinas. A iniciativa inglesa rapidamente se espalhou pela Europa, promovendo um êxodo rural e o abandono dos ofícios artesanais e manuais para atender a demanda por mão-de-obra industrial. Ao fim do século XVIII, o maçom operativo não teve outra escolha a não ser se tornar operário fabril e trabalhar uma média de 80 horas por semana.

Muitos dos países europeus, preocupados em consolidar o novo modelo econômico, chegaram a adotar leis proibindo a Maçonaria Operativa. Esse foi o caso do famoso Ministro Turgot, da França, que determinou que:

_“Proibimos todos os mestres e companheiros, operários e aprendizes do direito de formar associações, ou mesmo assembléias entre eles, sob qualquer pretexto. Em conseqüência, suprimimos todas as confrarias que possam ter sido estabelecidas tanto pelos mestres dos corpos e comunidades, como pelos companheiros e operários, das artes e ofícios”. (Fonte: Recueil Général des Anciennes Lois Françaises. 1774-1776)._

Leis como essa foram o tiro de misericórdia para as poucas Lojas Operativas que ainda tentavam sobreviver aos primeiros anos da Revolução Industrial. Dessa forma, a Maçonaria Operativa desapareceu de vez, ficando a Maçonaria Especulativa como única e legítima herdeira de sua essência, responsável por preservar e passar adiante seus ensinamentos.

Essa é a história real. Sem contos de fadas.

agosto 08, 2025

A DISSOLUÇÃO DA MAÇONARIA NA ALEMANHA


Em 08 de agosto de 1935, Hitler dissolveu, por decreto, a Maçonaria Alemã e os Templos foram ocupados, saqueados e destruídos, sendo que vários irmãos que não conseguiram fugir para a França foram presos e mortos, alguns acompanhados de suas famílias. 

Não há como esquecer essa data...

"Todas as abominações supostas, os esqueletos e caveiras, os caixões e os mistérios, são coisas simples para as crianças. Mas há um elemento perigoso e que é o elemento que copiei a partir deles (os maçons). Eles formam uma espécie de nobreza sacerdotal. Eles desenvolveram uma doutrina esotérica não apenas formulada, mas transmitida através dos símbolos e mistérios em graus de iniciação. A organização hierárquica e da iniciação através de ritos simbólicos, isto é, sem incomodar o cérebro, mas através do trabalho sobre a imaginação através da magia e dos símbolos de um culto, tudo isso tem um elemento perigoso. Vocês não veem que o nosso partido tem de ser uma Ordem? Uma Ordem. A Ordem hierárquica de um sacerdócio secular... Nós mesmos, ou os maçons, ou a Igreja - há espaço para um dos três e não mais... Nós somos os mais fortes dos três e devemos nos livrar dos outros dois",

[Trecho de discurso de Hitler sobre a "ameaça maçônica"]

Com a ascensão de Hitler ao poder, as dez Grandes Lojas da Alemanha foram dissolvidas. Muitos entre os dignatários proeminentes e membros da Ordem foram enviados para campos de concentração. A Gestapo aproveitou a listas de membros das Grandes Lojas e saquearam suas bibliotecas e coleções de objetos maçônicos. Grande parte deste tesouro foi então exposto em uma "Exposição Anti-maçônica" inaugurada em 1937 por Herr Dr. Joseph Goebbels em Munique.

A exposição incluiu completamente mobiliados templos maçônicos.

A perseguição foi transportada para a Áustria, quando o país foi capturado

pelos nazistas. Os Mestres da várias lojas de Viena foram imediatamente confinados em campos de concentração, inclusive o inferno horrível em Dachau, na Baviera. O mesmo procedimento foi repetido quando Hitler assumiu a Checoslováquia, e em seguida, a Polônia. Imediatamente após conquistar a Holanda e Bélgica, os nazistas ordenaram a dissolução das lojas nessas nações. 

Pode ser tomado como parte do mesmo feito o General Franco na Espanha, em 1940, condenou todos os maçons em seu reino automaticamente a dez anos de prisão. Quando a França caiu em junho passado, o governo de Vichy fechou os dois corpos maçônicos da França, o Grande Oriente e a Grande Loja foram dissolvidos, suas propriedades foram apreendidas e vendidas em leilão.

O ódio de Hitler da Maçonaria foi claramente divulgado num documento em 1931, às autoridades do partido nazista foi dado um "Guia e Carta de Instrução", que declarava: "A hostilidade natural dos camponeses contra os judeus, e sua hostilidade contra o maçom como um servo do judeu, devem ser trabalhados até um frenesi."

Em 07 de abril de 1933, Hermann Goering, que quase chegou a se tornar um maçom, realizou uma entrevista com o Grão Mestre von Heeringen da Grande Loja da Alemanha, dizendo-lhe que não havia lugar para a Maçonaria na Alemanha nazista. O Manual Oficial de Ensino da Juventude Hitlerista, atacava maçons, marxistas, e as igrejas cristãs pelo seu "ensino equivocado da igualdade de todos os homens", pelo qual eles diziam estar procurando o poder sobre o mundo inteiro.

fonte: https://www.facebook.com/ritoeaa/

1666 - O INCÊNDIO DE LONDRES E A FORMAÇÃO DA MAÇONARIA ESPECULATIVA".- Michael Winetzki

 


Na noite de ontem, quinta feira, a convite da A:.R:.S:. de Estudo e Pesquisa Quatuor Coronati n. 333 da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, realizei a palestra virtual "1666 - O INCÊNDIO DE LONDRES E A FORMAÇÃO DA MAÇONARIA ESPECULATIVA".

O estudo apresentou uma nova perspectiva de abordagem da formação da Grande Loja de Londres e Westminster com base em um retrato econômico da Inglaterra no século 18 apos uma linha de tempo que percorreu  mais de três séculos.

Para minha honra, além de maçons de todo o país estavam presentes irmãos da Espanha e da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Fruto de um aprofundado estudo a palestra foi muito elogiada pelos participantes.

Os irmãos que desejarem os slides podem me solicitar no privado.

A QUINTESSÊNCIA - Luis Reinaldo Sciena


As ideias originais atribuídas aos grandes filósofos gregos (Sócrates, Platão, Aristóteles e principalmente Pitágoras), de que todos os corpos, vivos ou não, são compostos por terra, fogo ar e água (os quatro átomos), parece aos olhos do Sec. XXI algo muito primitivo e desprovido de caráter científico. Por sinal, é muito fácil associar ideias místicas a essa concepção e justificá-la por meio de argumentos pouco prováveis e de impossível verificação.

Porém, não podemos desconsiderar a racionalidade científica dos gregos que, para dizer pouco, moldou o pensamento ocidental moderno. E num exercício de raciocínio, vamos voltar para época de Pitágoras (570/71 – 496/97 AC), e fazer uma pesquisa científica imaginária: do que é feito um ser humano?

Durante a vida, precisamos de alimentos. Esses alimentos, de alguma forma, se transformam em corpo humano e nos sustentam. Considerando a cadeia alimentar, tudo o que consumimos é de origem vegetal, o que conduz à pergunta: vegetais são feitos do que? A mais óbvia resposta é terra.

Sem a água os vegetais não se desenvolvem. Além disso, nosso consumo de água é notável. A água é muito diferente da terra e juntos formam lama que, grosso modo, é comparável em viscosidade e densidade a certos fluidos corporais.

O ar é essencial para as plantas e para nós. O consumo direto de ar pela respiração também o coloca na condição de elemento constituinte.

O Sol é essencial para a vida. Ele é a força transformadora de terra, água e ar em plantas. As plantas com água e ar em seres do reino animal, incluindo nós. O melhor representante terreno desse poder transformador é o fogo.

Logo, não é difícil concluir que nós somos feitos de terra, água, ar e fogo, assim como todos os demais corpos animados e inanimados, em diferentes concentrações dos quatro elementos.

Parece uma hipótese razoável considerando que o principal instrumento de investigação dos gregos era a lógica.

Mas nós, diferentemente de corpos inanimados, temos consciência de nossa própria existência, somos movidos por ideias e empreendemos ações transformadoras. Isso conduziu à ideia da existência de um quinto elemento superior aos quatro primeiros, a quintessência, que nos fez passar do mundo quaternário (da matéria inanimada) ao mundo quinário. Do mundo da matéria para o mundo da vida e da inteligência.

Para representar o ser humano e a inteligência, a escola Pitagórica apropriou-se do pentagrama como seu símbolo e estudou suas propriedades matemáticas. Interpreta-se sua forma como a de um ser humano com cinco prolongamentos (braços, pernas e cabeça), e a inteligência é representada pelo centro do pentagrama.

Uma vez inserido no mundo da inteligência, animado pela quintessência, o ser humano inicia seu aprendizado e a construção de sua representação do universo. Temos ferramentas para esse aprendizado e construção: nossos sentidos e nossa inteligência.

Atualmente, sabemos que obtemos informações do meio ambiente por meio dos cinco sentidos que exploram o meio ambiente (visão, audição, gustação, olfato e tato), o sentido do equilíbrio, que é capaz de avaliar a posição de nosso corpo em relação ao campo gravitacional (o labirinto), o fluxo contínuo do tempo e o estado de nosso organismo (informações processadas, em sua maioria, inconscientemente).

Interessa-me nessa abordagem os cinco sentidos que nos dão acesso a exploração do meio ambiente e às informações veiculadas pelas linguagens humanas (verbal, escrita, gestual etc.).

Os cinco sentidos são janelas abertas para o universo que permitem, ao longo da existência humana, acumular informações que, uma vez processadas, criam um modelo mental da Natureza. Enquanto os sentidos do tato, olfato e gustação permite-nos absorver informações físicas num raio de abrangência muito limitado, a visão e a audição expandem esse raio ao infinito graças às linguagens de codificação de informações. 

Boa parte do conhecimento humano está disponível para quem dele quiser se apropriar, por meio de livros, filmes, softwares etc.

Os conhecimentos memorizados e processados, com a devida reflexão que cada tema merece (isso é de caráter pessoal) criará, em nossa mente, um modelo representativo do universo que enxergamos que não é intrinsecamente igual para todos.

Sabe-se hoje que o córtex visual e o córtex auditivo do cérebro reagem da mesma forma quando vivemos uma experiência ou nos lembramos dela. De fato, aparentemente não há diferença para o cérebro entre viver uma experiência ou recordar uma experiência.

Como temos a linguagem que permite compartilhar essas recordações e experiências com outros seres humanos, podemos conversar longamente sobre elas, portanto, revive-las, relatando nosso ponto de vista. Talvez ocorra a convergência de ideias para um consenso comum em torno de uma ideia que denominei realidade média.

O microcosmo (o Homem) tem dentro de si a representação do macrocosmo (a Natureza). No meu entendimento, o que convencionamos chamar de macrocosmo é a realidade média, que versa parcialmente sobre o comportamento do macrocosmo e não exatamente o que ele é.

Concluindo esse raciocínio, a quintessência parece ser o universo conspirando para ter consciência de si próprio, portanto da realidade. Desconcertante...

Nos últimos 15 minutos apresentei conceitos que agora estão na memória dos leitores. Esses 15 minutos tornaram-se uma experiência que agora faz parte de um mundo virtual que poderemos compartilhar pela linguagem. A realidade se virtualizou e virou informação. Muito desconcertante.


Bibliografia:

• Curso de Maçonaria Simbólica - Autor: Theobaldo Varoli Filho - Editora: A Gazeta Maçônica

• Grau de Companheiro e seus Mistérios - Autor: Dr. Jorge Adoum - Editora: Editora Pensamento

• Periódico: Scientific American Brasil - Edição Especial 04 - Segredos da Mente

• Artigo: Como o Cérebro Cria a Mente, autoria de Antonio R. Damasio

• Artigo: O Problema da Consciência, autoria de Francis Crick e Christof Koch

• Artigo: O Enigma da Consciência, autoria de David J. Chalmers Editora Campus

• Periódico: Scientific American Brasil - Edição 31 - dezembro 2004.

• Artigo: Computador Buraco Negro - autoria de Seth Lloyd e Y. Jack Ng Editora: Duetto

• Filósofos gregos na Internet:www.wikipedia.org. Londrina, abril de 2008.

agosto 07, 2025

TEMPLOS DA VIRTUDE - autoria desconhecida


Os templos sempre foram construídos segundo uma estrutura determinada e com a propósito de serem consagrados e dedicados às forças superiores, consideradas criadoras do Universo. 

Em Roma, eram lugares descobertos e elevados consagrados pelos áugures (sacerdotes vaticinadores) às ações memoráveis e aos veneráveis princípios espirituais. Esta sempre foi a idéia de SAGRADO, um lugar solene e respeitável. 

Os templos são o reflexo da habitação divina sobre a terra, o local da Presença Inefável, resumo do macrocosmo e imagem espelhada do microcosmo. 

As concepções mais remotas de templo se encontram no Egito. Mesmo em ruínas, pode-se perceber o respeito que aquela adiantada civilização dedicava aos Mistérios Iniciáticos e religiões locais. Muitos deles, devido a vários fatores, foram desmontados pela moderna técnica de engenharia e reconstruídos noutros locais. 

É o caso do Templo de Philae dedicado a deusa Ísis. Ostenta dois pilonos no pórtico (análogos às duas colunas simbólicas) referindo-se às deidades do mito de Ísis e Osíris. 

Outro templo importante do Egito é o de Luxor, construído por Amenhotep III. Logo na entrada há uma enorme coluna e um obelisco.  No interior, pátios cercados por fileiras de colunas. Reparem na semelhança dessas construções com o moderno Templo Maçônico. 

O Templo de Karnak, cujo recinto sagrado ocupa trinta hectares, possui vários santuários com a Sala Hipostila, composta por 134 colunas gigantes. 

A tradição egípcia de considerarem os templos como A CASA DE DEUS, passou para os hebreus através dos ritos iniciáticos. 

Primeiro, houve o Tabernáculo construído por Moisés no deserto. Depois, o Templo de Jerusalém, onde se realizavam as oferendas e sacrifícios. Situava-se no Monte Moriah, ao Norte do Monte Sião. 

De acordo com a tradição, o Templo de Jerusalém começou a ser construído no terceiro ano do reinado de Salomão. Foi concluído sete anos depois. Em 587 A.C. foi destruído e incendiado por Nabucodonosor II; mas os judeus o reconstruíram, no mesmo local, durante a dominação persa. 

Todavia, foi Herodes, o Grande - que não era judeu e sim árabe - que terminou toda a obra cuja imponência é relatada nos Evangelhos Cristãos. 

Mas, no ano 70 de nossa era, aquele Templo suntuoso foi destruído pelas legiões do general romano Tito. A tradição diz que do Templo de Jerusalém restam, atualmente, apenas as ruínas que formam o grande paredão conhecido como Muro das Lamentações. 

Os antigos templos eram, além de locais iniciáticos, pontos de referência da unidade "nacional". Destruir o templo significava enfraquecer um povo. 

Os templos gregos tiveram origem no "mégaron", espaços dos palácios de Micenas, um dos maiores centros da civilização grega e potência militar. 

Eram compostos de um "pronaos" ou antecâmara que antecedia o "naos" (nave principal) e que mais tarde se transformou no "nártex". 

A naos propriamente dita - nave ou "cella" - era um quadrilongo com paredes sem janelas. Ali eram colocadas as estátuas das divindades organizadas em três alas divididas por colunas. 

Hoje, alguns templos maçônicos ostentam essas três divindades nas figuras de Hércules (força), Palas Atenas (sabedoria) e Vênus (beleza). 

Havia também o "aditon" ou "aditus" (entrada sagrada) só acessível aos grandes oficiais para a dedicação de oferendas e outros trabalhos reservados ao Círculo Interno. 

Por último, havia o "opistódomo", câmara mais interna onde se encontrava o Mais Alto Segredo. Os cristãos chamam este local de Sanctus Sanctorum, local da "Arca da Aliança". 

Os templos atuais são simbólicos. Não representam uma "verdade histórica", mas princípios velados por alegorias. Nossa Ordem não ensina a arte de trabalhar pedras no sentido literal, mas prepara líderes para comandarem a transformação social e moral da sociedade. 

Noutras palavras: o objeto primeiro é a construção do "corpo imortal", a partir de um "corpo em ruínas". É a lição que herdamos da mitologia egípcia pela morte e ressurreição de Osíris. 

O primeiro passo para a revitalização da Maçonaria consiste na recuperação do caráter SAGRADO de nossos Templos. Esses espaços e o trabalho que neles se desenvolvem são dedicados à honra e glória de Deus, o G.'.A.'.D.'.U.'.. 

PELA POSTURA, PENSAMENTOS, CONDUTA E PALAVREADO USADOS NO INTERIOR DE UM TEMPLO MAÇÔNICO, PODE-SE DEDUZIR O NÍVEL EVOLUTIVO DE SEUS OBREIROS E QUAL A FORÇA ESPIRITUAL DA OFICINA.  

O mundo profano é separado de nossos Templos pela Sala dos Passos Perdido, onde cada Maçom deve deixar suas ambições, disputas políticas e religiosas, sua vaidade e outros assuntos vulgares. 

A entrada, permanência e saída do Templo é obrigatoriamente solene, austera e sagrada. Toda palavra vã, pilhérias e gracejos proferidos em seu interior constituem um ultraje à dignidade da Ordem e ao sentimento dos verdadeiros Maçons. 

Estejamos atentos para a fascinação, o terror e o aniquilamento que podem causar as faltas e as blasfêmias cometidas diante da Face Invisível do Mestre da Evolução. 

Muitas vezes não conseguimos entender o porquê de certas coisas acontecerem a um Obreiro ou à Oficina como um todo... 

Reunimo-nos nesses recintos Sagrados "em Nome e à Glória do Grande Arquiteto do Universo"; os que não acreditam nessa transcendência prosseguem com seus pensamentos, palavras e gestos vulgares; mas, há uma Lei de Causa e Efeito; mais cedo ou mais tarde toda a Oficina terá de arcar com as consequências.

BELEZA - Antonio Rocha Fadista


Nada mais conhecido do que o sentimento do belo; nada mais difícil de definir do que a sua idéia. A Beleza produz dois efeitos nas pessoas: dá lhes prazer e provoca um juízo. O juízo estético é universal, isto é, quando afirmamos que certo objeto é absolutamente belo, todos devem estar de acordo. 

A emoção estética é um sentimento agradável, composto de simpatia, de prazer e de surpresa, que pode ser resumido em admiração. Segundo S. Tomás de Aquino, a beleza é a ordem, isto é, a unidade na variedade. Poder-se-ia objetar que há certa ordem, certa regularidade que nada tem a ver com a beleza. Por outro lado, dizia Boileau que “uma bela desordem é o efeito da arte”. 

Toda a beleza é essencialmente expressiva; um objeto é belo por causa das idéias e sentimentos que nos sugere. A beleza é expressiva porque exprime a vida e, em particular, a vida da alma. No dizer de Platão, “a graça das formas provém de elas exprimirem, na matéria, as qualidades da alma”. Segundo diz Aristóteles na Poética, “toda a beleza deve-se assemelhar à vida”. A beleza é a expressão da vida, mas não de uma vida qualquer; há certas formas de vida que são diminuídas, disformes ou abortivas da vida, que são objeto de compaixão, de desgosto, de aversão e até de horror. O que excita em nós a simpatia, a admiração, o entusiasmo, é a expressão de uma vida rica, livre e harmônica. Assim sendo, podemos definir a beleza como sendo: 

A expressão de uma vida particularmente rica, livre e harmoniosa, a qual sendo conhecida, estimula agradavelmente o uso de nossas faculdades representativas e emotivas: os sentidos, a imaginação, a razão e o sentimento.

Esta definição reúne e harmoniza todos os elementos essenciais contidos nas definições de Aristóteles, de S. Agostinho e de S. Tomás de Aquino. 

A BELEZA, A VERDADE E O BEM 

São íntimas as relações e as analogias entre estas três idéias, que muitas vezes se empregam para se definirem mutuamente. É conhecida a definição falsamente atribuída a Platão: “a beleza é o esplendor da verdade”. Outros definiram: a beleza é o esplendor do bem. O bem moral é frequentemente designado sob o nome de belo. De fato, o verdadeiro, o belo e o bem, em si mesmos, identificam-se no mesmo ser, do qual são três aspectos diferentes. 

Esta é a razão porque Deus, sendo Ser absoluto, é também a verdade perfeita, a beleza suprema, e o bem infinito; por isso mesmo todo o ser vivente que é, - e na medida em que é, - é verdadeiro, é belo e é bom. 

Mas, ainda que no ser absoluto estes três conceitos se identifiquem unidos, em relação ao homem eles são distintos; isto porque o homem os identifica por meio de faculdades diferentes, o que obriga a distingui-los de maneira específica, à semelhança do prisma que decompõe a luz nas cores elementares. 

O verdadeiro, percebido pela inteligência, é o objeto da ciência; o bem, realizado pela vontade, é o objeto da moral; e a beleza, conhecida pela imaginação e sensibilidade superior, é o objeto da estética. 

O SUBLIME, O BONITO E O FEIO 

O sublime não é somente o belo no seu grau mais elevado. O sublime distingue-se essencialmente do belo, de acordo com Kant, que diz: “O sublime é a expressão sensível do infinito”. O belo é a expressão harmoniosa da vida, em particular, da vida humana; o caráter do sublime é a intensidade, a ilimitação. O sublime pode encontrar-se no caos e até no horrível, onde a imaginação se confunde e a razão se espraia à vontade, estando ali como no seu elemento, pois nasceu para o infinito. 

O bonito, gracioso, lindo ou encantador, é forma inferior do belo. Entre o belo e o bonito não há diferença essencial. “ bonito – diz Ch. Lévèque – ainda é belo, mas belo sem a grandeza, sem a amplitude, sem o brilho da energia do belo em toda a sua intensidade”. Assim, um carvalho secular, um grande lago, podem ser belos; mas um riacho ou uma flor, são só lindos. O feio opõe-se ao belo; o que não significa que lhe faltem todos os elementos do belo, mas simplesmente que lhe falta algum destes elementos em grau elevado. 

A BELEZA E AS BELAS ARTES 

A beleza fala à alma; excita a admiração e a simpatia. No dizer de Plotino, admirar é imitar; simpatizar é vibrar em uníssono, e não se pode amar uma coisa sem procurar assemelhar-nos a ela: Amor pares invenit aut facit. 

O primeiro efeito da beleza é, assim, levar-nos instintivamente à imitação e a reproduzi-la em nós. A admiração, quando atinge determinado grau, estimula a atividade, provoca a exaltação e, sob certas circunstâncias, fecunda a inspiração. A partir deste momento já não é suficiente compreender a sublime linguagem da arte; passa-se a desejar falar essa linguagem, isto é, a exprimir o que se sente. Assim, a Arte se apresenta sob a forma reflexa. A criação reflexa da beleza pelo homem constitui a própria Arte. 

De acordo com a forma pela qual exprimem a beleza, as artes dividem-se em Artes Plásticas e Artes Fonéticas. As Artes Plásticas – arquitetura, escultura, pintura, desenho – empregam as formas e as cores. Projetam os objetos nos espaço, em três dimensões, como a escultura e a arquitetura, ou em somente duas, como a pintura e o desenho, suprindo a terceira dimensão através dos artifícios da perspectiva. 

As Artes Fonéticas – música, canto, oratória, poesia, teatro – exprimem a beleza por meio de sons musicais ou de sons articulados. Estas obras de arte se desenvolvem no tempo. Não estando localizadas no espaço, como as artes plásticas, as artes fonéticas são mais expressivas do que descritivas. Apesar disso, a poesia, devido às metáforas que emprega e devido à imaginação, que representa as coisas ao vivo, participa grandemente do privilégio das artes plásticas. 

Aos interessados em aprofundar o conhecimento sobre os conceitos de Beleza recomendamos fortemente a leitura da Estética – O Belo Artístico ou o Ideal de Hegel, filósofo nascido em Stutgart em 1770 e que grandemente influenciou o pensamento filosófico e político em todo mundo, a partir de sua morte em 1835. 

Para terminar, para descontrair, uma pequena história sobre a Beleza e o Belo, escrita pelo Irmão e filósofo irreverente, Voltaire:Perguntem a um sapo o que é a beleza, o belo admirável, e ele responderá que á a fêmea dele, com os seus dois grandes olhos redondos, salientes, espetados na pequenina cabeça, com um focinho largo e achatado, barriga amarela, dorso acastanhado. Perguntem ao diabo, e ele dirá que é um belo par de cornichos, quatro garras afiadas e um rabiosque enrolado. Consultem, por fim o filósofo, e este responderá com uma algaraviada desconexa, numa gíria arrevezada; é-lhes indispensável algo de conforme o arquétipo do belo. 

Um dia, assistia eu a uma tragédia na companhia de um filósofo. “ – Como isto é belo! – exclamava ele. Mas onde está a beleza disto? Perguntei-lhe. – Está em que o autor atingiu a finalidade que pretendia”. No dia seguinte, o tal filósofo tomou um purgante que lhe fez grande efeito. “Atingiu a finalidade”, comentei. “Ora, aí está um purgante belo!” Então percebeu que não se pode dizer que uma purga é bela e que para darmos a qualquer coisa o título de beleza será indispensável que vos cause admiração e prazer. Concordou comigo que a tal tragédia lhe proporcionara esses dois sentimentos, e que consistia nisso o belo. 

Em seguida, fizemos uma viagem pela Inglaterra: ali vimos representar a mesma peça teatral, traduzida na perfeição; mas aqui os espectadores bocejavam. “Oh! Oh!” exclamou o filósofo, “o belo não é o mesmo para franceses e ingleses”. Concluiu, depois de refletir, que o sentimento do belo é coisa muito relativa, do mesmo modo que aquilo que é decente no Japão é indecente em Roma, e o que está em moda em Paris é detestado em Pequim; e desistiu de elaborar um longo tratado sobre o belo e sobre a beleza.

PEDRA DO CRUZEIRO, QUIXADÁ, CE - Eduardo Romero



Na terra dos monólitos, conhecida por belas paisagens cenográficas, palco de tantos filmes brasileiros, numa quarta feira comum o relógio bate 17h e alguns minutos. O calor intenso, servido com pouco e raro vento, banhado pelo fim da tarde, convida a uma caminhada e como turista, a conhecer/contemplar o pôr do Sol na Pedra do Cruzeiro, fincada dentro da cidade e com vista panorâmica para toda a região.

Entre perguntas e orientações de como chegar ao cume, o caminho se revela; segue por avenida, e de uma forma qse imperceptível entre o cartório Eleitoral e uma casa abandona, uma ruela, que por ela segue um Beco, com mais umas duas/três casas de aparência preocupante, movimentações estranhas, e é o único acesso para a subida.

Ao subir, a cidade vai se apequenando e ao mesmo tempo se integrando ao conjunto de gdes pedra com Formatados diversos (a galinha choca a mais famosa), o alaranjado/amarelado do Sol se esvaindo vai dando cores e inspirações diversas, uma contemplação da natureza, da vida e dos momentos.

Estando sozinho não arrisco deixar escurecer por completo, prefiro descer em luso-fosco. Descendo, e não tendo visto mais que um casal no auto do morro (e que lá continuaram) vou apreciando os momentos e observando para evitar perder-me.  É preciso ficar atento para não seguir por rumos diferentes. 

Enfim, chego mais perto da ruela, ainda no morro, mas já sem riscos de não reconhecer o caminho. A paz, me guiando em plenitude, eis que na luz dessa boca da noite, escuto gritos, e disparo de tiros (demorei a processar), qdo percebo a real situação estou já deitado no chão e abrigado atrás de uma pedra. Coração vai à boca! 

Não há outro caminho, não há como retornar, não há o que fazer nesse momento em (consigo ver o que está acontecendo) que uma batida policial resultou em confronto real (aparentemente boca de fumo, drogas). 

Os pensamentos são os mais diversos: e agora? Se eu for confundido (por qqer um dos lados)? Devo sair? Devo ficar? Se escurecer mais não será mais perigoso? 

Respiro, retomo a consciência e entendo que é melhor aguardar atento. Fico uns 10 minutos que parecem dias, que me consomem. Percebo que aumenta o número de policiais, lanternas, e que a busca/confusão está concentra em duas casa e ao redor dessas. 

Acredito que seja o momento, um policial joga foco de luz morro acima, respiro e na fé de que tudo dará certo, me levanto, na mão uma garrafa d’água, levanto com os braços abertos, e busco contato visual. E logo grito Turista.

O policial me ouve, me vê. Ele só acena para eu descer. Ha um risco eu sei, mas agora não tenho outro jeito. Passo por ele, que nada diz e nada faz, continuo descendo e ele com mais outro sobem correndo, aparentemente viram algo. 

Chego no beco, há dois homens caídos no chão e  mais policiais em prontidão e alerta. Eles só acenam pra eu sair rapidamente. Chego a rua, a iluminação da cidade já acessa me reconforta. Há muitos curiosos por perto, mas o silêncio reina. Sigo quieto e retomando meus pensamentos.

Estive no alto, aos pés de uma cruz, creio que seja por ela que a pedra leve o nome de Cruzeiro, de lá avistei o cemitério da cidade (dentre tudo o que se revela do alto), de lá vi açudes, casas, pedras, e luz do Sol se pondo. Ao descer foi surpreendido com o ocorrido, por momentos cheguei a achar que seria mais um a necessitar das rezas no Cruzeiro! 



agosto 06, 2025

O APRENDIZADO QUE NOS UNE - Jorge Gonçalves


O dia de fazer uma palestra é sempre um pouco mais tenso. Existe a responsabilidade de transmitir conhecimento e o desejo de que nada ocorra de errado. Mentalmente, é preciso estar preparado.

A palestra de ontem, dia 05 de agosto, foi na Loja Maçônica Piauhytinga nº 1521, quase centenária, em Estância, município localizado a aproximadamente 70 km. Minha primeira providência foi me programar para sair cedo, levando notebook e data show, garantindo que todos os recursos estivessem prontos.

Sempre depois de uma palestra, algum irmão comenta: “De tanto fazer essa palestra, você já decorou, não é?”. E eu sempre respondo que nunca é a mesma apresentação, nunca.

Já falei sobre o movimento aparente anual do Sol observado da Coluna do Norte, sobre Astronomia dissecada ou, por fim, sobre os filhos das estrelas. Mas, a bem da verdade, existem inúmeras possibilidades para explicar a relação entre a Astronomia, uma das Sete Artes Liberais, e a Maçonaria. *São possibilidades infinitas*.

Por isso, é preciso estudar sempre. Dedico pelo menos uma hora por dia para estudar a Maçonaria. Ao ver o conhecimento de irmãos como Pedro Juk, Eleutério Nicolau, Zardo, Michael Winetzki e tantos outros estudiosos, percebo como não sei quase nada. Talvez nunca alcance o nível de excelência deles, mas não é possível ficar paralisado. É preciso conhecer-se e aperfeiçoar-se. Então, o que posso fazer é continuar estudando e aprendendo. A cada palestra, quem mais aprende sou eu, quem mais se deslumbra com a beleza dos sinais e símbolos da Maçonaria sou eu.

A palestra de ontem teve um ingrediente adicional. Além de palestrante, estava como *Venerável Mestre da Loja Constâncio Vieira nº 3300*, representando minha Loja. Não no sentido de posse, mas no sentido de estar no coração, representando-a da melhor maneira possível. Apesar da distância e das dificuldades de deslocamento, meus irmãos de Loja estavam presentes, acompanhando e dando apoio. Lá estava o nosso irmão Lourival Mariano, ex Grão Mestre do GOB Sergipe, mas com a disposição e humildade de um Aprendiz, exemplo que orgulha todos nós. Também estavam presentes Clodoaldo, Marco Aurélio, Dudeck e Glauber. Além disso, contamos com a presença da comitiva do nosso Eminente Grão Mestre Wolney de Melo Dias.

Ao final, lembrei-me de um texto escrito por Eleutério Nicolau da Conceição, 

“A Desiderata: Reflexões sobre o poema”:

Conta-se que certo filósofo aproximou-se de um canteiro de obras onde operários, maçons operativos, atarefados preparavam as pedras para a edificação. 

Perguntou a um deles: O que você está fazendo? E ouviu a resposta em tom aborrecido: Estou talhando pedras, não está vendo? 

Foi-se o filósofo e encontrou outro operário, no mesmo ofício, e repetiu a pergunta. Desta vez, teve como resposta: Estou ganhando meu pão. 

Foi, ainda, a um terceiro e perguntou: O que você está fazendo? E ouviu, então, como resposta: Estou construindo uma catedral.

*Ontem, senti-me como o terceiro homem.* Integrado a um projeto maior, participante de algo que ultrapassa as necessidades pessoais e se projeta na construção de um ideal coletivo.



ARLS BARÃO DE MAUÁ 748 - São Paulo

 


Ontem a noite, conduzido pelo irmão Vitor Assunção, visitei a ARLS Barão de Mauá 748 da GLESP. Eu me senti transportado às antigas Academias da Grécia, onde caminhando entre os seus discípulos Platão ou Aristóteles faziam perguntas, lançavam idéias e comentavam as conclusões.

A Loja é pequena, mas estava lotada de visitantes. O irmão Léo Cinezi, que conheço de muitos anos como músico e executivo, apresentou uma nova faceta de influenciador de filosofia e brandindo um pequeno quadro branco, com a Loja em recreação e todos em pé, questionava, fazia perguntas, explicava, com grande energia e animação, transformando a sessão em um espetáculo - de cultura e de aprendizado .

O Venerável Mestre Alexandre Lopes, discretamente, comandava. A sessão terminou por volta das 23 horas e todos saíram encantados com as lições aprendidas. Uma sessão inesquecível.