agosto 16, 2025

O QUE VINDES FAZER AQUI? - José Stamato


O que vindes aqui fazer?

Aonde queremos chegar?


O propósito da jornada maçônica é despertar a mente, corrigir distrações e desapegos, e manter o equilíbrio. Apesar da formação pessoal, é necessária uma prática consciente, pois muitas vezes buscamos soluções fora de nós quando elas estão no nosso interior.

A Ordem oferece ferramentas — regras, disciplina, ritual, simbologia e funções — que estimulam o aprimoramento do caráter e o domínio do ego, sem submissão passiva, mas com equilíbrio e responsabilidade.

A verdadeira liberdade é interior: conhecer a si mesmo e assumir a própria verdade. É preciso fugir da inércia mental, buscar valores próprios e conduzir a vida com consciência, em vez de seguir cegamente regras do passado.

A mente, constantemente bombardeada por estímulos, precisa ultrapassar impressões superficiais e despertar potencialidades latentes. Essa transformação exige reflexão e assimilação da simbologia, indo além da simples memorização.

O objetivo final é deixar de ser apenas teórico e tornar-se construtor ativo, ajudando a edificar uma humanidade mais esclarecida.



"A EMOÇÃO E SUA CONSISTÊNCIA" - Newton Agrella




A busca pela origem das palavras é uma das formas mais legítimas para entendermos porque elas norteiam o nosso universo, caminham junto conosco ao longo da vida e servem como instrumento para exprimirmos os nossos sentimentos e especialmente as nossas emoções.

Pegando uma carona nessa breve jornada, cabe uma consideração a respeito da palavra "emoção". 

Afinal de contas, ela é o combustível que faz a vida girar, é o ingrediente que dá gosto às nossas experiências. Positivas ou Negativas.

O substantivo Emoção, advém do verbo EMOVERE, que em Latim significa, literalmente :

"mover de dentro para fora, exteriorizar, extravasar."

Trata-se da maneira como expressamos e transmitimos os nossos mais importantes estados e necessidades interiores.

Do ponto de vista filosófico, a Maçonaria, ao entender que o Ser Relativo tem origem no Ser Absoluto, que é um "principio criador e incriado de todas as coisas", a que o maçom se refere como Grande Arquiteto do Universo, (Deus), a Sublime Ordem reconhece que o Ser Relativo possui origem divina e em razão disso, estabelece uma distinção entre ser humano e personalidade humana. 

A Filosofia Maçônica entende que a personalidade humana representa a Consciência que se consubstancia a partir da experiência de vida e se traduz na equação do tempo e do espaço que refletem valores e significados, determinados pelo processo especulativo e circunstâncias dessa experiência.

É também de entendimento maçônico que a consciência e o templo interior - não estando sujeitos às limitações do tempo e do espaço - sejam capazes de conferir ao homem um olhar e um discernimento efetivamente universal.

Se de um lado a Emoção é uma resposta a um estímulo natural e cognitivo, capaz de gerar tantas experiências, uma vez aliada à Condição Investigativa e Intelectual do homem, isto acaba conferindo à Maçonaria um caráter especialmente antropocêntrico, inobstante os reconhecidos aspectos espirituais, esotéricos, lendários e até de influências religiosas herdadas de seu período Operativo, embasados por uma solene ritualística que confere-lhe uma aura de Mistérios e de Emoções, que apenas um verdadeiro Iniciado é capaz de sentir.

Ao maçom, talvez a mais árdua missão a ser executada, seja a de encontrar o equilíbrio entre Razão e a Emoção, pois é aí que reside o Discernimento, eloquente dispositivo da alma humana indicador entre o Conhecimento e a Sabedoria.



agosto 15, 2025

ARLS TRÍPLICE ALIANÇA 341 - Mongaguá

 



Tradicional Happy hour beneficente de quinta feira dos irmãos da ARLS Tríplice Aliança 341 no icônico Restaurante Telhado do irmão José Ricardo Alcantara Ramos.

O valor que seria o lucro das refeições (maravilhosas) é incorporado à Bolsa de Beneficência e aplicado junto a entidades locais para atender a população carente.

Na noite de hoje, devido ao frio e a viagem de alguns irmãos a frequência foi menor mas a alegria e a confraternização foram maiúsculas.

SÃO JOÃO, NOSSO PADROEIRO - José Castellani

 


Além de girar em torno de seu eixo, a Terra desloca-se no espaço, com um movimento de translação em torno do Sol, quando descreve uma elipse, de acordo com as leis de Kepler. Para o observador situado na Terra, todavia, é como se esta fosse fixa e o Sol se movesse em torno dela, seguindo um caminho, que, como já foi visto, é chamado de eclíptica. 

Em sua marcha em torno do Sol, a Terra, descrevendo uma elipse, ficará mais próxima, ou mais afastada do astro da luz. O ponto mais próximo — 147 milhões de quilômetros — é o periélio; o mais afastado — 152 milhões de quilômetros — é o afélio. Se a Terra, no movimento de translação, girasse sobre um eixo vertical em relação ao plano da órbita, as suas diferentes regiões receberiam iluminação sempre sob o mesmo ângulo e a temperatura seria sempre constante, em cada uma delas. Mas, como o eixo é inclinado, em relação à órbita, essa inclinação faz com que os raios solares incidam sobre a Terra segundo um ângulo diferente, a cada dia que passa. E, assim, vão se sucedendo as estações: verão, outono, inverno e primavera. 

Como os planos do equador terrestre e da eclíptica não coincidem, tendo uma inclinação, um em relação ao outro, de 23 graus e 27 minutos, eles se cortam ao longo de uma linha, que toca a eclíptica em dois pontos: são os equinócios. O Sol, em sua órbita aparente, cruza esses pontos, ao passar de um hemisfério celeste para outro; a passagem de Sul a Norte, marca o início da primavera no hemisfério Norte e do outono no hemisfério Sul; a passagem do Norte para o Sul, marca o início do outono no hemisfério Norte e da primavera no hemisfério Sul. Esses são os equinócios de primavera e de outono. 

Por outro lado, nos momentos em que o Sol atinge sua maior distância angular do equador terrestre, ou seja, quando é máximo o valor de sua declinação, ocorrem os solstícios. Os dois solstícios ocorrem a 21 de junho e a 21 de dezembro; a primeira data marca a passagem do Sol pelo primeiro ponto do trópico de Câncer, enquanto que a segunda é a passagem do Sol pelo primeiro ponto do trópico de Capricórnio. No primeiro caso, o Sol está em afélio e é solstício de verão no hemisfério Norte e de inverno no hemisfério Sul; no segundo, o Sol está em periélio e é solstício de inverno no hemisfério Norte e de verão no hemisfério Sul. Portanto, o solstício de verão no hemisfério Norte e de inverno no hemisfério Sul, ocorre quando o Sol está em sua posição mais boreal (Norte), enquanto que o solstício de verão no hemisfério Sul e de inverno no hemisfério Norte, ocorre quando o Sol está em sua posição mais austral (Sul). 

Por herança recebida dos membros das organizações de ofício, que, tradicionalmente, costumavam comemorar os solstícios, essa prática chegou à Maçonaria moderna, mas já temperada pela influência da Igreja sobre as corporações operativas. Como as datas dos solstícios são 21 de junho e 21 de dezembro, muito próximas das datas comemorativas de São João Batista — 24 de junho — e de São João Evangelista — 27 de dezembro — elas acabaram por se confundir com estas, entre os operativos, chegando à atualidade. Hoje, a posse dos Grão-Mestres das Obediências e dos Veneráveis Mestres das Lojas realiza-se a 24 de junho, ou em data bem próxima; e não se pode esquecer que a primeira Obediência maçônica do mundo, como já foi visto, foi fundada em 1717, no dia de São João Batista. 

Graças a isso, muitas corporações, embora houvesse um santo protetor para cada um desses grupos profissionais, acabaram adotando os dois São João como padroeiros, fazendo chegar esse hábito à moderna Maçonaria, onde existem, segundo a maioria dos ritos, as Lojas de São João, que abrem os seus trabalhos “à glória do Grande Arquiteto do Universo (Deus) e em honra a S. João, nosso padroeiro”, englobando, aí, os dois santos. 

No templo maçônico, essas datas solsticiais estão representadas num símbolo, que é o Círculo entre Paralelas Verticais e Tangenciais. Este significa que o Sol não transpõe os trópicos, o que sugere, ao maçom, que a consciência religiosa do Homem é inviolável; as paralelas representam os trópicos de Câncer e de Capricórnio e os dois S. João. 

Tradicionalmente, por meio da noção de porta estreita, como dificuldade de ingresso, o maçom evoca as portas solsticiais, estreitos meios de acesso ao conhecimento, simbolizados no círculo cósmico, no círculo da vida, no zodíaco, pelo eixo Capricórnio-Câncer, já que Capricórnio corresponde, ao solstício de inverno e Câncer ao de verão (no hemisfério Norte, com inversão para o Sul). A porta corresponde ao início, ou ao ponto ideal de partida, na elíptica do nosso planeta, nos calendários gregorianos e também em alguns pré-colombianos, dentro do itinerário sideral. 

O homem primitivo distinguia a diferença entre duas épocas, uma de frio e uma de calor, conceito que, inicialmente, lhe serviu de base para organizar o trabalho agrícola. Graças a isso é que surgiram os cultos solares, com o Sol sendo proclamado — como fonte de calor e de luz — o rei dos céus e o soberano do mundo, com influência marcante sobre todas as religiões e crenças posteriores da humanidade. E, desde a época das antigas civilizações, o homem imaginou os solstícios como aberturas opostas do céu, como portas, por onde o Sol entrava e saía, ao terminar o seu curso, em cada círculo tropical. 

A personificação de tal conceito, no panteão romano, foi o deus Janus, representado como divindade bifásica, graças à sua marcha pendular entre os trópicos; o seu próprio nome mostra essa implicação, já que deriva de janua, palavra latina que significa porta. Por isso, ele era, também, conhecido como Janitur, ou seja, porteiro, sendo representado com um molho de chaves na mão, como guardião das portas do céu. Posteriormente, essa alegoria passaria, através da tradição popular cristã, para São Pedro, mas sem qualquer relação com o solstício. 

Janus era um deus bicéfalo, com duas faces simetricamente opostas, cujo significado simbolizava a tradição de olhar, uma das faces, constantemente, para o passado, e a outra, para o futuro. Os Césares da Roma imperial, em suas celebrações e para dar ingresso ao Sol nos dois hemisférios celestes, antepunham o deus Janus, para presidir todos os começos de iniciação, por atribuir-lhe a guarda das chaves. 

Tradicionalmente, tanto para o mundo oriental, quanto para o ocidental, o solstício de Câncer, ou da Esperança, alusivo a São João Batista (verão no hemisfério Norte e inverno no hemisfério Sul), é a porta cruzada pelas almas mortais e, por isso, chamada de Porta dos Homens, enquanto que o solstício de Capricórnio, ou do Reconhecimento, alusivo a São João Evangelista (inverno no hemisfério Norte e verão no hemisfério Sul), é a porta cruzada pelas almas imortais e, por isso, denominada Porta dos Deuses. Para os antigos egípcios, o solstício de Câncer (Porta dos Homens) era consagrado ao deus Anúbis; os antigos gregos o consagravam ao deus Hermes. Anúbis e Hermes eram, na mitologia desses povos, os encarregados de conduzir as almas ao mundo extraterreno . 

A importância dessa representação das portas solsticiais pode ser encontrada com o auxílio do simbolismo cristão, pois, para o maçom, as festas dos solstícios são, em última análise, as festas de São João Batista e de São João Evangelista. São dois São João e há, aí, uma evidente relação com o deus romano Janus e suas duas faces: o futuro e o passado, o futuro que deve ser construído à luz do passado. Sob uma visão simbólica, os dois encontram-se num momento de transição, com o fim de um grande ano cósmico e o começo de um novo, que marca o nascimento de Jesus: um anuncia a sua vinda e o outro propaga a sua palavra. Foi a semelhança entre as palavras Janus e Joannes (João, que, em hebraico é Ieho-hannam = graça de Deus) que facilitou a troca do Janus pagão pelo João cristão, com a finalidade de extirpar uma tradição “pagã”, que se chocava com o cristianismo. E foi desta maneira que os dois São João foram associados aos solstícios e presidem às festas solsticiais. 

Continua, aí, a dualidade, princípio da vida: diante de Câncer, Capricórnio; diante dos dias mais longos, do verão, os dias mais curtos, do inverno; diante de São João “do inverno”, com as trevas, Capricórnio e a Porta de Deus, o São João “do verão”, com a luz, Câncer e a Porta dos Homens (vale recordar que, para os maçons, simbolicamente, as condições geográficas são, sempre, as do hemisférios Norte).

Dentro dessa mesma visão simbólica, podemos considerar a configuração da constelação de Câncer. Suas duas estrelas principais tomam o nome de Aselos (do latim Asellus, i = diminutivo de Asinus, ou seja: jumento, burrico). Na tradição hebraica, as duas estrelas são chamadas de Haiot Nakodish, ou seja, animais de santidade, designados pelas duas primeiras letras do alfabeto hebraico, Aleph e Beth, correspondentes ao asno e ao boi. Diante delas, há um pequeno conglomerado de estrelas, denominado, em latim, Praesepe, que significa presépio, estrebaria, curral, manjedoura, e que, em francês, é crèche, também com o significado de presépio, manjedoura, berço. Essa palavra créche já foi, inclusive, incorporada a idiomas latinos, com o significado de local onde crianças novas são acolhidas, temporariamente. 

Esse simbolismo dá sentido à observação material: Jesus nasceu a 25 de dezembro, sob o signo de Capricórnio, durante o solstício de inverno, sendo colocado em uma manjedoura, entre um asno e um boi. Essa data de nascimento, todavia, é puramente simbólica. Para os primeiros cristãos, Jesus nascera em julho, sob o signo de Câncer, quando os dias são mais longos no hemisfério Norte. O sentido cristão, no plano simbólico, abordaria, então, apenas a Porta dos Homens e, assim, só haveria a compreensão de Jesus, como ser, como homem. Mas Jesus é o ungido, o messias, o Cristo — segundo a teologia cristã — e o outro polo, obrigatoriamente complementar, é a Porta de Deus, sob o signo de Capricórnio, tornando a dualidade compreensível. 

Dois elementos, entretanto, um material e um religioso, viriam a influir na determinação da data de 25 de dezembro. O material refere-se aos hábitos dos antigos cristãos e o religioso, ao mitraismo da antiga Pérsia, adotado por Roma: 

Os primeiros cristãos do Império Romano, para escapar às perseguições, criaram o hábito de festejar o nascimento de Jesus durante as festas dedicadas ao deus Baco, quando os romanos, ocupados com os folguedos e orgias, os deixavam em paz. 

Mas a origem mitraica é a que é mais plausível para explicar essa data totalmente fictícia: os adeptos do mitraismo costumavam se reunir na noite de 24 para 25 de dezembro, a mais longa e mais fria do ano, numa festividade chamada — no mitraismo romano — de Natalis Invicti Solis (nascimento do Sol triunfante). Durante toda a fria noite, ficavam fazendo oferendas e preces propiciatórias, pela volta da luz e do calor do Sol, assimilado ao deus Mitra. O cristianismo, ao fixar essa data para o nascimento de Jesus, identificou-o com a luz do mundo, a luz que surge depois das prolongadas trevas.



EXTRATO BANCÁRIO HUMANO e FILOSÓFICO - Newton Agrella



Se o tempo é a única moeda que você gasta sem nunca saber o saldo, talvez esta seja uma rica e consistente alegoria ao chamado comprometimento cognitivo, cujos resutados registram inalienáveis problemas de memória e atenção, bem como de alterações comportamentais e cujo saldo desconhecemos.

Esta linha conceitual, acrescida da insistência desmedida, sem lastro de sensatez e juízo de valor fundamentado, é capaz de conduzir-nos a uma espécie de disrupção intelectual e a uma quebra de paradigmas, que a muito custo e trabalho a civiização humana conseguiu conquistar.

Na qualidade de uma engrenagem inteligente, compete ao maçom, empreender toda sua energia intelectual na busca pelo aprimoramento da consciência

Este sim, um processo longo e individual que reside numa jornada contínua e infindável de desenvolvimento moral, intelectual e espiritual, empreendida por meio da prática de virtudes, do estudo e da reflexão.

É dado e sabido que isso implica em cultivar a liberdade responsável, a igualdade compartilhada e a fraternidade humana.

A Maçonaria estimula o estudo, a reflexão e a busca pelo conhecimento.

No âmbito do comprometimento cognitivo, a espiritualidade maçônica não se prende e nem se limita a dogmas religiosos, a discussões político-partidárias ou a todo e qualquer proselitismo doutrinário, mas sim, à busca por um sentido mais profundo da existência humana, em densa conexão com o universo. 

É este o tal "ponto de inflexão" em que a sensatez e a boa vontade possam contribuir conjuntamente em favor da pavimentação segura na construção de novas pontes.




agosto 14, 2025

ARLS XI DE AGOSTO DE ITANHAÉM n. 656


Uma sessão pública com a presença de familiares e um lauto jantar com direito a um bolo delicioso feito pela cunhada Marta, marcaram na noite de ontem o aniversário de 19 anos da ARLS XI de Agosto de Itanhaém, a comemoração do Dia dos Pais e dos aniversariantes do quadro.

As meninas do Arco Íris fizeram um jogral em homenagem aos pais e distribuíram lembranças a todos os presentes. Alguns irmãos e 
convidadas fizeram uso da palavra destacando as efemérides. A Loja também presenteou os presentes com chocolates.

O Venerável Mestre Anderson Moreira de Mattos me concedeu a honra de ocupar um cargo na sessão e conduziu os trabalhos com segurança e leveza e ao final todos os presentes compartilharam o delicioso jantar.




GIRA MUNDO - Newton Agrella


O mundo é bem isso.

Mudamos a cada dia.

Vamos nos transformando de acordo com o tempo.

Os valores se invertem.

Gênero agora é uma opção.

Escrever com lápis ou caneta é um árduo exercício físico e mental.

Alfabetizamo-nos pelo computador.

Nossas ligações afetivas tornaram-se online.

Vemo-nos e encontramo-nos por vídeo conferência.

A alimentação virou "express" e na hora de se reunir com a família em torno de uma mesa, cada um mergulha em seu próprio mundo com o smartphone em punho como se fosse uma espécie de prolongamento do próprio corpo.

Isso não é bom nem ruim.

Isso chama-se "flexão do tempo".

E nem vem com aquela conversa dizendo:

"...Ahhh no meu tempo era tudo diferente..."

Nada disso.

O "seu tempo" é esse. 

É esse que você respira, pensa, reflete e pondera.

É o tempo em que você se molda e se adapta às circunstâncias. 

Goste você ou não.

No fundo no fundo, tudo é uma "transição"...  

A cada segundo o seu corpo se perde e se regenera...  

E a única coisa que você consegue controlar, por conta de seu raciocínio é a capacidade de pensar.

O pensamento é sempre seu.  

Ele é único, indivisível e inteiro dentro de você..

Até que um dia ele possa começar a apresentar defeitos...

Aí, bem aí é outra história...porque até lá, você poderá continuar a sentir o mundo girando e você se surpreendendo com as transformações que o cercam...

O Tempo é senhor de sí mesmo.

E nós, somos meros filhos do Tempo...



OS CINCO ESTÁGIOS DA VIDA MAÇÔNICA - Armando Esteves Ferreira


Existem cinco estágios em uma vida maçônica. 

O primeiro estágio é aquele em que um profano é iniciado, e quase ninguém na potência e ou nas lojas irmãs sabe o nome dele.

No segundo estágio, o irmão começa a ficar conhecido dentro da(s) loja(s) e seu sobrenome passa a ser o nome da loja que pertence. Por exemplo, José Gripino, da Loja “Progresso”.

No terceiro estágio, o irmão passa a ser conhecido fora da loja e na sociedade maçônica, e o nome da Potência se transforma em sobrenome. Ex.: José Gripino, da G.'.L.'..

No quarto estágio, é acrescentado um título hierárquico ao nome dele. Ex...: José Gripino, Venerável da Loja Progresso, da G.'.L.'..

Finalmente, no quinto estágio, vem a distinção definitiva. Irmãos que mal conhecem o irmão José Gripino passam a se referir a ele como "o meu irmão José Gripino, Venerável da Loja Progresso, da G.'.L.'.".

Esse é o momento em que um irmão se torna, mesmo contra sua vontade, um "irmão profissional”.

Existem algumas diferenças entre um irmão que é irmão e um irmão profissional.

Irmãos que são irmãos trocam sentimentos. Irmãos profissionais trocam elogios.

Uma irmandade dura para sempre.. Uma irmandade profissional é uma relação de curto prazo e dura apenas enquanto um estiver sendo útil ao outro.

Irmãos de verdade perguntam se podem ajudar. Irmãos profissionais solicitam favores.

Irmãos de verdade estão no coração. Irmãos profissionais estão em uma planilha.

É bom ter uma penca de irmãos profissionais. É isso que, hoje, chamamos relacionamento, um círculo na irmandade puramente profissional.

Mas é bom não confundir uma coisa com a outra.

Irmãos profissionais são necessários. Irmãos de verdade, indispensáveis.

Algum dia, e esse dia chega rápido, os únicos irmãos com quem poderemos contar serão aqueles poucos que nos aceitaram ou que aceitamos quando a irmandade era coisa de início e ainda não éramos conhecidos pelo nome, somente como um amigo que se tornou irmão... 

"Quando você ajuda alguém a subir a montanha, alcança o topo também."


agosto 13, 2025

UM TRIBUTO ÀS ARTES - Bruno Bezerra de Macedo


A arte é uma manifestação humana que envolve criatividade e expressão. Ela pode ser definida como a produção de obras, formas ou objetos com o objetivo de expressar ideias, sentimentos, ou ideais de beleza, harmonia e subjetividade. Não existe uma definição única e universalmente aceita, e o conceito de arte varia ao longo da história e entre culturas. 

Desde a arte rupestre, que data de cerca de 40.000 a 100.000 anos atrás, sendo encontrada em diversos locais ao redor do mundo, incluindo cavernas na França, Espanha e Indonésia, até nossos dias, a arte é uma forma de o ser humano expressar seus sentimentos, pensamentos e emoções, refletindo a cultura, a história e os valores de uma sociedade.  

Lembremos, sempre, que a arte sobre rocha (ars rupes) ou a Arte Rupestre é o primeiro sistema de representação visual da linguagem que permitiu à jovem humanidade guardar informações e comunicar-se com o futuro. Inaugura, pois, a escrita, que é uma forma de fixar a fala e o pensamento, permitindo a transmissão de mensagens ao longo do tempo e do espaço.

A origem do teatro é, também, decorrência dos rituais de dança e oferendas presentes na arte rupestre, que é a expressão artística mais antiga da humanidade, que consiste em pinturas e gravuras realizadas em rochas e paredes de cavernas. Filho da improvisação, a Grécia Antiga o adota e o lega ao futuro, chamando-o theatron, que significa "lugar para ver": histórias ou atividades por meio de atores, gestos, sons, música e cenografia.

A arte se manifesta em diversas formas, como: pintura, música, dança, literatura, escultura, etc., cumprindo destacar que a escultura rupestre mais antiga conhecida é uma representação de um javali selvagem medindo quase 1,4 metros de comprimento, datada de 45.500 anos, encontrada na ilha de Sulawesi, Indonésia. E a Vênus de Hohle Fels, datada de 35.000 a 40.000 anos atrás, encontrada em Schelklingen, na Alemanha.

A descoberta de flautas de osso, como a "Flauta de Neandertal" na Eslovênia, datada de mais de 40.000 anos, demonstra a antiguidade da criação musical e o uso de instrumentos de sopro. E de Pinturas e gravuras rupestres em cavernas, como as de Lascaux e Altamira, datadas do período Paleolítico Superior, que retratam figuras humanas dançando e tocando instrumentos, vê-se a importância da música e da dança na vida pré-histórica. 

Evoco a arquitetura, que efloresceu no período Neolítico, com o desenvolvimento de abrigos e monumentos megalíticos como Stonehenge. Cumprindo dizer que a arquitetura acompanha a evolução da sociedade e suas necessidades, desde a busca por abrigo até a criação de espaços urbanos e monumentos que refletem a cultura e os valores de cada época. Envolve a criação de ambientes que influenciam o comportamento e a percepção do espaço pelo indivíduo.

Arquitetura do grego "arkhitékton", que significa: "construtor principal" é uma forma de expressão artística, onde o arquiteto utiliza o espaço, a luz, as cores e os materiais para transmitir emoções e ideias, desempenhando um papel fundamental na preservação da história e cultura de um povo, através de edifícios históricos e monumentos, contribuindo para a identidade de um lugar e de seus habitantes. 

As artes são essenciais para a humanidade, pois, nos permitem expressar, comunicar, transformar e enriquecer nossas vidas de inúmeras maneiras. Ao entrar em contato com obras de arte que retratam diferentes perspectivas e experiências, as pessoas podem desenvolver maior empatia e compreensão em relação aos outros. As artes são terapêuticas, proporcionando momentos de escape, relaxamento e autoconhecimento. 

Ferramentas poderosas para a humanização, as artes nos permitem expressar nossa humanidade, conectar-nos com os outros, refletir sobre o mundo e buscar a transformação social. As artes são um catalisador para a construção de comunidades mais fortes e coesas, dando-lhes uma plataforma para compartilhar suas histórias, experiências, promover a inclusão e o respeito à diversidade e celebrar a cultura e o diálogo. 

Por sua magnificência, hoje, dia 12 de agosto, a ACADEMIA INTERNANCIONAL DE MAÇONS IMORTAIS festeja o Dia Nacional das Artes. Escolheram esta data por conta da fundação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, em 1816, hoje a Escola de Belas Artes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). A data foi criada em celebração a todas as formas com que a arte possa encantar nossas vidas: circo, dança, teatro, música, artes visuais e artes integradas.


AS QUATRO VIRTUDES CARDEAIS NA VISÃO MAÇÔNICA - José de Sá



A origem histórica das Virtudes Cardeais surgiu com Platão (427 a.C. – 347 a.C.) no seu Livro “República”, ao reportar sobre as qualidades da cidade, descreveu as quatro virtudes que uma cidade devia possuir.

Para ele, as virtudes fundamentais eram:

Sabedoria ou Prudência

Fortaleza ou Coragem

Temperança

Justiça

Posteriormente, convencionou-se chamar estas virtudes de Cardeais, ou fundamentais, aquelas pelas quais tudo o mais devia girar.

Podemos observar que Platão desenvolveu, primeiramente, as virtudes da cidade, somente depois é que as vinculou à conduta humana, tendo em vista que achava que a conduta citadina, ou pessoal, não tinha diferença alguma.

Sabemos que VIRTUDES são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem.

As Virtudes Cardeais são frequentemente representadas por diversas figuras, geralmente do sexo feminino.

São denominadas Essenciais, através das quais todas as outras decorrem e funcionam como dobradiça, pois estas virtudes devem girar ao seu redor, isto decorre da palavra Cardeal, que é oriunda de cardo = gonzo = dobradiça.

Assim, historicamente podemos observar que a Maçonaria não é a fonte original destas virtudes, as quais remontam à época dos filósofos gregos, no tempo de Sócrates, Platão, Aristóteles.

Até pelos menos o ano de 1750, nenhum dos manuscritos maçónicos ou exposições ritualísticas continham qualquer referência às “Quatro Virtudes Cardeais”, as quais possuem um valor intrínseco para os maçons, sendo por isso mesmo valores empregados na prática da vida.

Estas Virtudes podem estar dentro dos rituais maçónicos sem qualquer conexão directa com a experiência iniciática ou ao simbolismo maçónico.

Elas podem ser assim enunciadas:

Sabedoria ou Prudência

Tem sede na parte racional da alma.

É o conhecimento justo da razão.

Aquela que nos guia, ensinando-nos a regular as nossas vidas e ações, consoantes os ditames da razão, possibilitando-nos a oportunidade de julgarmos, sabiamente, todas as coisas referentes aos nossos atos praticados no presente, para que venhamos preparar a nossa felicidade futura.

Esta Virtude deve ser a característica peculiar de todo Maçom, não somente para o seu comportamento enquanto na Loja, mas também, nas suas atividades no mundo profano.

No seu sentido mais abrangente, a Sabedoria ou Prudência, não proclama somente cautela, mas também a capacidade de julgar antecipadamente as prováveis consequências das nossas acções, na conduta das suas actividades, tanto da mente como da alma, de onde se originam o pensamento, o estudo e o discernimento.

Em consequência, podemos concluir que a sabedoria ou prudência, é, sem dúvida alguma, a Virtude que nos guia.

Fortaleza ou Coragem

Para o Maçom é ela que nos sustenta no nobre e constante propósito da mente, segundo o qual somos capacitados a não sofrer mais nenhuma dor, perigo ou risco.

Ela não apenas simboliza a coragem física como a moral.

Devemos ter a capacidade de tomar uma decisão baseada nas nossas próprias convicções de moralidade e cumpri-la, independentemente das consequências, e sempre apresentar, constantemente, os mais elevados dogmas de decência e ética nas nossas vidas, principalmente se a sociedade se mostrar desfavorável a estes preceitos de moral e ética.

Temperança

Esta virtude é a que nos purifica isto por que ela é a moderação sobre os nossos desejos e paixões, que tornam o corpo domesticado e governável, libertando a mente das tentações do vício.

A Temperança deve ser a prática de todos os maçons uma vez que devemos aprender a evitar os excessos ou qualquer hábito tendencioso.

Ela traduz a qualidade de todos aqueles que possuem moderação sendo por isso, parcimoniosos.

Justiça

É o padrão ou o limite daquilo que seja correto.

Ela é, por assim dizer, o guia de todas as nossas acções que nos permite dar a cada um o seu justo e devido valor, sem qualquer tipo de distinção.

Esta virtude não é apenas consistente com as leis divinas e humanas, mas é também, o alicerce de apoio da sociedade civil com a justiça e constitui o homem verdadeiro, e deve ser a prática invariável de cada ser humano.

Ela também simboliza a igualdade para os maçons, pela qual deve reger as suas próprias acções e conduta, empreendendo-as, porque é seu desejo e não por ser forçado a fazê-lo.

Em corolário, podemos observar que todas as Virtudes têm o seu grande mérito, isto porque elas são indícios de progresso no caminho do bem.

Há virtude sempre que existe resistência voluntária ao arrastamento das tendências.

Todavia, a sublimidade da virtude consiste no sacrifício do interesse pessoal para o bem do próximo, sem qualquer segunda intenção.

Por mais que lutemos contra os vícios, não chegaremos a extirpá-los enquanto não os atacarmos pela raiz, enquanto não destruirmos a sua causa.

Que todos os nossos esforços tendam para esse fim, porque nele se encontra a verdadeira chaga da Humanidade.

Que o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, nos ilumine cada vez mais para que possamos praticar, corretamente, o que nos preceitua o nosso Ritual, que assim estabelece:

“Devemos edificar templos às virtudes e cavar masmorras aos vícios”, isto porque: Esta é a nossa grande missão.

REAA - DIFERENÇAS ENTRE AS POTÊNCIAS - Pedro Juk



O Respeitável Irmão Giovanni José Mondini, sem declinar o nome da Loja e Oriente, Grande Loja de Santa Catarina, apresenta a seguinte questão:

*Você tem algum texto que fale sobre o R.´.E.´.A.´.A.´., porém que aborde as origens, semelhanças, diferenças entre o Rito aplicado no GOB, GOSC e GLSC. É que participei de uma sessão quinta-feira passada, na Palmeira da Paz do GOB em Blumenau, e tem muitas diferenças em relação ao da GLSC aplicada em minha Loja. Segundo meu tio, César de Souza, da Palmeira da Paz, a forma que eles estão aplicando, esta bem próxima do rito original. Que por exemplo os capuzes usados nas iniciações, foram acrescentados depois, não fazem parte do rito original. Outra questão também, eles acendem uma só vela, no grau de aprendiz e nós acendemos as três, e muitas outras diferenças.*

CONSIDERAÇÕES:

1 - Quanto às diferenças do Rito Escocês Antigo e Aceito em relação às Obediências, não existe um texto específico, todavia a melhor maneira é fazer confrontação dos respectivos rituais e se debruçar em profunda pesquisa orientada pelo método acadêmico.

Isso envolve discernimento e astúcia na busca das raízes e vertentes do Rito desde os meados do Século XVII.

Não há como se dissertar a História se baseando apenas nos rituais editados do Brasil, pois a particularidade e essência desse sistema não são originárias do solo brasileiro.

Particularmente no Brasil, o Rito Escocês é uma verdadeira colcha de retalhos devida primeira à miscelânea de ritos conforme a publicação de rituais de outrora.

A prática maçônica regular no Brasil (1.801) começaria com dois ritos específicos, o Moderno, ou Francês e o Adonhiramita.

Como o aparecimento no Brasil do Rito Escocês Antigo e Aceito oficialmente em 1.832 através de Francisco Gê Acayaba de Montezuma, o Visconde de Jequitinhonha, o rito tomou grande profusão, provavelmente pelo oferecimento dos chamados “altos graus”.

Sem um ritual específico para o simbolismo naquela oportunidade, não tardaria o aparecimento das misturas ao gosto do que “era bonito”, cujo resultado desaguaria em práticas sumariamente enxertadas.

Assim, seguem alguns exemplos: a prova da Taça Sagrada (Adonhiramita); inversão das Colunas B e J (Moderno e Adonhiramita); a prova teatral do perjuro (Adonhiramita); formação do pálio com espadas (Adonhiramita); acendimento das Luzes (Adonhiramita), etc.

Muitos desses costumes quase que se tornariam normas consuetudinárias no escocesismo, digamos brasileiro, ficando assim longe da realidade doutrinária proposta pelo Rito em questão que embora de nome “escocês” é de origem francesa. 

O curioso é que mesmo dentro do próprio sistema “escocês”, também as Lojas Capitulares deixariam sua influência no simbolismo - a grade divisória do Oriente e o desnível entre este e o Ocidente.

Outro aspecto viria com a cisão de 1.927 no Grande Oriente do Brasil que resultaria na criação das Grandes Lojas Estaduais. Por esse feitio outras anomalias se instalariam no já desfigurado rito devido à busca de reconhecimento para a nova Obediência nas Grandes Lojas Americanas, cuja prática era (e é até hoje) do Rito de York (americano). 

Seguem assim outros exemplos: a cor azul do avental (vermelho no Rito Escocês), muito embora o GOB também usasse aventais azuis, porém no Rito Moderno e Adonhiramita (certo); Altar dos Juramentos no centro do Ocidente (York); leitura do Salmo 133 (York); o uso de bastões pelos Diáconos (York); o cruzamento de bastões que foi reforçado por um terceiro do Mestre de Cerimônias e inventou-se um pálio com bastões (inexistente no Rito Escocês), etc.

Assim, por um longo tempo essas práticas se misturaram e enxertaram completamente o Rito Escocês Antigo e Aceito.

A base mais aceita para o original do rito está no Ritual de 1.804 do Grande Oriente da França que tem por apoio a origem dos antigos e posteriormente adaptado à Maçonaria de vertente latina. Assim, o verdadeiro Rito Escocês Antigo e Aceito no seu simbolismo possui aventais vermelhos (Conselho de Lausane – 1.875), Diáconos não portam bastão; não existe pálio, prova da Taça e alegoria do perjuro; Coluna B à esquerda de quem entra e J à direita; Altar dos Juramentos próximo e em frente ao Altar ocupado pelo Venerável Mestre; Primeiro Vigilante no Norte e Segundo no Sul; não existe cerimonial de acendimento de Luzes nem o de incensar a Sala da Loja; a Cadeia de União é apenas para a transmissão da Palavra Semestral; o amargo e o doce ficam na Câmara de Reflexão para observação e meditação do Candidato, etc.

Dentre outras práticas é original no Rito Escocês a transmissão da Palavra Sagrada (referência aos antigos); as Colunas Zodiacais; a decoração da Abóbada Celeste; o Pavimento Mosaico de forma oblíqua em toda a extensão, inclusive no átrio; a leitura do Livro da Lei em João, capítulo 1, vs. 1 - 5 (Grau de Aprendiz).

2 – Quanto à visita e a Loja onde o Irmão presenciou o uso de capuz na Iniciação posse lhe afirmar que isso não está previsto no Ritual do Grande Oriente do Brasil no Rito Escocês Antigo e Aceito.

O que está previsto sim é o uso do capuz pelo Experto nos trabalhos junto à Câmara de Reflexão com o Candidato, cuja intenção é de que simbolicamente o mesmo não conheça o seu guia. Esse procedimento é reservado apenas no momento específico pelo qual o Candidato não esteja vendado e nunca dentro do Templo na Cerimônia de Iniciação. Nesse sentido o procedimento é tradicional no Rito.

Quanto ao acendimento de uma só vela (luz) se a referência é feita às Luzes acesas sobre o Altar ocupado pelo Venerável Mestre e nas respectivas mesas dos Vigilantes, também posse lhe afirmar que no Ritual de Aprendiz do GOB está previsto que três Luzes estarão acesas, não apenas uma. Se estiverem acendendo uma só Luz, é puro descumprimento do Ritual – só existem Luzes litúrgicas acesas junto às Três Luzes da Loja – Venerável, Primeiro e Segundo Vigilantes.

Finalizando, ficam aqui colocadas algumas questões que acabam por diferenciar práticas de um único Rito de acordo com as Obediências brasileiras e os seus respectivos rituais. O Grande Oriente do Brasil fez uma significativa revisão dos mesmos por volta dos anos de 1.997 e 1.998, buscando dar uma roupagem mais próxima da originalidade, embora muitas questões ainda mereçam melhor atenção, o que significa que ainda resta um bom caminho para percorrer.



agosto 12, 2025

ARLS ADOLPHO MARKENZON 203 - São Paulo




Na noite desta sexta-feira estive em visita a ARLS Adolpho Markenzon 203 da GLESP.

Recepção extremamente simpática dos irmãos e do novo Venerável Mestre Fábio Primon que ao final disse estar se sentando na cadeira pela segunda vez, mas conduziu com a segurança de um veterano Venerável.

Um dos irmãos apresentou um excelente trabalho sobre O Dilúvio, mostrando as diferentes versões do mesmo fato em diferentes civilizações ao longo da história. Uma pesquisa muito bem feita que impressionou pela erudição.

Me contaram que a Loja foi fundada há quase 50 anos por maçons judeus. Embora não haja mais nenhum no quadro, talvez explique  a cultura de estudo e pesquisa como foi demonstrado na sessão de ontem 

OS JUDEUS, GÊNIO, CULTURA HUMANISMO E PROGRESSO



O discurso da Embaixadora de Israel na ONU, Miriam Novak, na sessão de emergência da Assembleia Geral da ONU em Nova York, convocada a pedido da União Europeia e da nova Liga Árabe:

Senhoras e senhores,

Como sabem, vivemos entre vocês há dois mil anos.

Trouxemos nosso conhecimento, nossas descobertas, nossas invenções.

Há oitenta anos, a Europa – liderada pela Alemanha – realizou uma limpeza étnica: quase todos os judeus da Europa foram exterminados. Franceses, belgas, holandeses, noruegueses, húngaros, eslovacos, poloneses, lituanos, ucranianos – todos ajudaram os fascistas.

Vocês assassinaram pelo menos seis milhões de judeus, incluindo bebês.

Cada um deles poderia ter tido filhos, netos, bisnetos. Então multipliquem esse número por quatro ou cinco.

E hoje – quando judeus estão sendo novamente roubados, espancados e assassinados em seus países, e seus tribunais estão absolvendo os agressores – vocês nos dizem que não temos o direito de nos defender?

Que não temos o direito de avisar nossos inimigos de que responderemos com mais força a qualquer nova tentativa de limpeza étnica?

Dê-me o nome de outro povo cuja destruição é tão esperada e desejada pela comunidade internacional – liderada pelo Irã. Por quê?

Vivemos entre vocês e lhes demos o alfabeto, a Bíblia, Maria, Jesus, os apóstolos, Spinoza, Disraeli, Colombo, Newton, Nostradamus, Heine, Mendelssohn, Einstein, Freud, Kafka, Chagall, Mahler, Menuhin, Bernstein, Spielberg, Zuckerberg, Page, Lloyd Weber – e milhares mais.

Imaginem quantos outros gênios teriam nascido dos milhões de judeus que vocês assassinaram – de seus filhos, netos, bisnetos.

Os gênios que nunca nasceram – desapareceram para sempre – nos fornos, nas sinagogas incendiadas, nas valas comuns.

Vocês realmente acreditam que com suas decisões, seus boicotes e suas sanções nos levarão de volta às câmaras de gás?

Não, senhoras e senhores!

Tivemos que entendê-los para sobreviver:

Na Pérsia – sem traição.

Na Espanha – sem crueldade.

Na Alemanha – sem obediência cega.

Na França – sem ganância.

Na Polônia – sem arrogância.

Na Rússia – sem humilhação pelo establishment. (Risos na plateia)

Sim, não somos anjos. Também tivemos bandidos, criminosos e até pedófilos entre nós.

Mas nunca tivemos um Hitler, um Stalin, um Mengele ou um Eischmann judeu.

Nunca fizemos sabão com gordura humana, transformamos pele humana em lâmpadas, comemos carne humana ou assassinamos crianças em câmaras de gás.

Em vez disso: inventamos a irrigação por gotejamento, a dessalinização da água do mar, o disco em uma chave, minúsculos computadores baseados em DNA, exoesqueletos, o Google Glass para cegos, o radar que penetra paredes, as maravilhas da inteligência artificial.

Somos 0,2% da população mundial – mas ganhamos 32% dos Prêmios Nobel.

E não – nunca usamos sangue cristão para fazer matzá.

Isso foi provado falso no julgamento de Bayliss em 1913.

O Papa Bento XVI disse: "Um cristão não pode ser antissemita."

O Papa Francisco disse: "Sem judaísmo, não há cristianismo verdadeiro."

Em 2020, o Rev. John Hagee disse:

"Se um cristão diz que odeia os judeus, sua fé é falsa."

"Deus abençoa aqueles que abençoam Israel – e amaldiçoa aqueles que o amaldiçoam."

Então eu pergunto a vocês, representantes da Europa:

Quem são vocês? Cristãos – ou não?

Quando você reza para Jesus, você reza para um judeu.

Quando você diz que ele vive em seu coração, um judeu vive em sua alma.

Mesmo que você seja ateu, seus ancestrais eram cristãos.

O judaísmo corre em suas veias, quer você goste ou não.

Então, se você quer um boicote internacional a Israel porque nos odeia e quer nos destruir, comece por você mesmo.

Faça um boicote, será uma limpeza étnica consistente.

E agora, como dizem nos Estados Unidos, tenho uma notícia para você:

Agora é a vez dos muçulmanos se libertarem do antissemitismo.

Será difícil, mas com a ajuda de Deus, como com as pestes, a cólera ou o coronavírus, isso acontecerá.

Por que Deus nos trouxe de volta ao nosso país, forçando você a desistir de seus planos de destruição?

Porque cada nação tem uma missão:

Os franceses, a arte da culinária.

Os britânicos e os russos, a literatura.

Os italianos, a arte e a música.

Os alemães – soldados e filósofos.

Os judeus – gênio, cultura, humanismo e progresso.

Esta é a nossa missão. Por 2000 anos.

Se temos bombas atômicas, armas cósmicas ou qualquer outra coisa – não é da sua conta.

Zeev Jabotinsky disse:

"Gostem de nós ou não, não nos importamos.

Estávamos aqui antes de vocês.

E estaremos aqui depois de vocês."