outubro 08, 2025

...ESPARGINDO LUZ.... - Valter Cardoso Junior


Espalhando pólen no cultivo de milho e espargindo luz no mundo maçônico


Diariamente, de segunda a sexta feira, recebo via WhatsApp, de meu IR∴ M.M. Jorge lá de Tubarão, uma Cidade linda conhecida como a Cidade Azul, que fica no Sul de nosso Estado de Santa Catarina, o “Diário do Sul”, um Jornal nos moldes de nossos antigos jornais de circulação diária aqui por Florianópolis e acredito, por todo Brasil e, que com o tempo foi desaparecendo dando lugar aos instrumentos virtuais, que para mim não tem o mesmo brilho, o mesmo cheirinho do papel, o mesmo prazer que tínhamos do virar as páginas, todavia a alegria de saber que ainda existem em muitas cidades, nos faz sentir abençoados.  

 Melhor ainda em saber que existem Colunistas, que pesquisam e escrevem, com a razão e o coração, trazendo boas informações e textos para nossas reflexões e, o prazer de exercitar a necessária e boa leitura diária. 

 Trata-se de um Jornal bastante completo e prazeroso de ser lido e, em toda pagina onde encontramos a Coluna de Ramires Linhares, base desse meu texto, existe um cantinho denominado de “Frase solta, que deveria estar presa” e, neste número 8963 em especial, temos este fragmento “ Há galos que acham que o sol nasce porque eles cantam” e, confesso já seria um belo título para um bom texto, onde poderíamos fazer uma viagem no mundo profano e mais ainda no mundo maçônico.

 Profanamente muitos acreditam, que pelo galo cantar antes do pôr do sol, este evento natural, torna ele, a causa do evento, fazendo achar-se o ator principal desta passagem terrena, ignorando todos os outros fatores que os circundam, tornando-se como um galo, que limitado que é, não consegue entender o mundo além de sua própria experiência.

 Assim são como muitas pessoas, que se agarram em suas crenças, sem aceitar e respeitar outras opiniões, precisamos na verdade refletir, sobre o mundo que vivemos e, aproveitarmos o verdadeiro papel que temos neste roteiro da vida, para não cairmos nas armadilhas que o mundo simplista está a nos levar.

 Já, no pensamento Maçônico, nós enquanto recipiendários, já visualizamos nos primeiros momentos, na Câmara de Reflexões um galo com significado de autor da trilha sonora do nascer do sol, quando simboliza, o despertar da nova consciência que ali está a nascer, que deve manter-se vigilante sempre, para que possamos entender de que depois da escuridão noturna, aquele galo cantará, anunciando um novo dia, uma nova oportunidade, onde morremos para o mundo profano e renascemos para uma nova Luz, oferecida pelo Grande Arquiteto.

 Este momento é de suma importância para o aprendiz de maçom, quando ele já pode desfrutar do seu direito individual, de viajar ao seu templo interior e, começar a construir templos as virtudes e cavar masmorras aos vícios, para que o mais rapidamente possível, possa compreender as verdadeiras forças que moldam sua vida e o mundo em que vive. 

Opa, quase esqueci o verdadeiro foco deste meu escrito, o maçom que gosta de pesquisar, estudar e escrever, passa por isso, pois nossa maçonaria, como sempre tenho dito, é um verdadeiro manancial de conteúdos, que nos oferecem maravilhosas reflexões, principalmente para o maçom que busca respostas para seus questionamentos mais profundos sobre a grande Verdade, somos instigados a buscar o autoconhecimento, explorando cada vez mais as grandes questões da vida, do porquê nascemos, vivemos e um dia temos que partir para o O.E., sem jamais esquecer de que nada adiantará se não nos tornarmos multiplicadores destes conhecimentos.

Voltemos, ao Jornal “Diário do Sul” naquele dia 22.09.2025, na página 7, quando o bom colunista Ramires Linhares deixou seu coração falar mais alto sobre o tema “ESPALHAR”, interessante é que minha mente viajou no passado quando meu pai, assinante da Revista Seleções como chamávamos, que na verdade o nome era Revista Americana Reader´s Digest, numa versão brasileira, de excelente qualidade e conteúdo, que todos nós, pais e filhos, liamos de forma prazerosa e, lembrei que devo ter lido este texto utilizado pelo Ramires exatamente naquela revista e, já na época sentindo o mesmo valor filosófico ali contido.

O Colunista inicia seu texto dizendo: “ Mesmo com dificuldades, mesmo com barreiras pelo caminho, mesmo ás vezes nos falte esperança e até fé, é preciso que entendamos o valor de espalhar coisas boas por aí. ”, na sequencia deixa o conteúdo que foi base para seu texto:  


Isso lembra a história de John, um agricultor americano. Ano após ano, John ganhava o troféu “Milho Gigante” da feira da agricultura do seu município, por cultivar o melhor milho de todos. Numa dessas ocasiões, um repórter, ao abordá-lo após a colocação da faixa, ficou intrigado com a informação dada pelo entrevistado. O repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava a semente do seu milho gigante com os vizinhos. – Como pode o senhor dispor-se a compartilhar sua melhor semente com seus vizinhos quando eles estão competindo com o senhor aqui na feira? O fazendeiro respondeu: – Você deve saber que é o vento que apanha o pólen do milho maduro e o leva através do campo para os outros milharais, né? Se meus vizinhos cultivam milho inferior, a polinização degradará continuamente a qualidade do meu próprio milho. Se eu quiser cultivar milho bom, eu tenho que ajudar meus vizinhos a cultivar milho bom. 

 E Ramires conclui filosofando, de que: 

John era atento às conectividades da vida. Assim é também em outras dimensões da nossa existência. Aqueles que escolhem estar em paz devem fazer com que seus semelhantes estejam em paz. Aqueles que querem viver bem têm que ajudar os outros a assim viver. Aqueles que querem ser felizes têm que ajudar os que com ele convivem a encontrarem a felicidade. Que todos consigamos ajudar nossos vizinhos a cultivar um milho cada vez melhor.

 No mundo em que hoje estamos inseridos, não podemos negar este entendimento, pois mais do que nunca, a vida com o outro, nosso semelhante, exige entender de que nossas ações afetam o meio em que vivemos, assim como sabemos que o meio com seus múltiplos procedimentos também nos afetam, mostrando que o sucesso de um depende em muito do sucesso do outro, compartilhar é necessário, não precisamos ver o outro que está ao nosso lado como um concorrente; aliando-se conseguem atingir objetivos de forma muito mais produtiva e que atenda de igual forma seus propósitos e necessidades, certamente prosperar vem de espalhar colaboração, uma necessidade que atinge a todas as áreas de nossas vidas.

COMO A MAÇONARIA ESTA INSERIDA NESTE SENTIDO

Sinceramente, depois que fui iniciado na Maçonaria, naquele feliz dia 07.08.2013, venho de forma constante verificando que ela tem me dado respostas a todas as minhas dúvidas, oferecendo-me oportunidades para entender minha vida e meus propósitos, inclusive neste sentido do ESPALHAR, na sua forma mais ampla, ela tem me oferecido uma base de sustentação filosófica e ética tão forte, que acabam me trazendo ensinamentos que se transformam guias para minha caminhada.

 Interessante que quando estamos lá fora ainda no mundo profano, pensamos maçonaria com fundamentos apenas alicerçados em seus rituais e símbolos, quando na verdade ao adentrarmos no grande portal que se abre ao recebermos a luz, vemos que tratam-se na verdade, de princípios universais que adentram ao nosso templo individual, tocam nossos corações, como num ressoar profundo que amplia nosso horizonte espiritual e preenche nossos sentidos do porquê vivemos, morremos e um dia partimos para o Oriente Eterno.

 Estes princípios fundamentais que acabei de citar, começam desde cedo, como ensinamentos de vida, entender de que Liberdade, com Igualdade e com Fraternidade, não espelhou apenas os aspectos da luta empreendida na Revolução Francesa, mais sim representam valores individuais, onde o livre pensar, a igualdade entre irmãos, em todos os sentidos e, a fraternidade a cada momento, criam o que pode ser chamado de a verdadeira cultura maçônica, sustentada por um ambiente harmonioso, onde se valoriza a dignidade, se compreende as emoções de cada irmão, onde estimulamos o dialogo fraterno, a tolerância e a cooperação mútua, auxiliando na construção do sonhado Edifício Social.

 É esse ESPALHAR como entendimento maçônico, que da base de sustentação para que cada membro da Ordem entenda sua responsabilidade, com sua própria evolução, fator que é inato e individual, o maçom absorve desde cedo que tem capacidade de agir conscientemente, assumindo erros, é como um sinal adquirido em nossa iniciação, que nos faz lembrar sempre de que no uso de nossas decisões , façamos com ética e moral, realidade que nos moldam a cada novo momento, tornando-nos mais experientes e maduros, aplicando-os em nossos Templos, em nossos lares, em nossos locais de trabalho, enfim, em todas as nossas relações humanas.

 Enquanto o (...) vento que apanha o pólen do milho maduro e o leva através do campo para outros milharais (...), como deixou dito John, a maçonaria entende este pólen como luz que o maçom ESPALHA, compartilhando sabedoria, agindo com bondade e assim, contribuindo para o bem de todos, tornando-nos sementes transformadoras, onde todos se beneficiam e, a qualidade do milho de John é a mesma qualidade da luz que espalhamos, onde tudo depende da saúde dos (milharais/luz) de nossos vizinhos.

 Facilmente vemos isso acontecer, de forma sistemática em nossa Arte Real, onde fica refletida a compreensão de que o sucesso de cada um de nós, pode ser levado a toda nossa comunidade, permitindo um ambiente mais saudável e próspero, num mundo mais justo e perfeito, lembrando sempre de que para cultivar um bom milho e, espargir a boa luz, , precisamos estar atentos, verificando se todos em nosso redor estão bem, se a paz, a justiça e o entendimento comum, estão existindo entre todos os seres, nossos parceiros de caminhada.

 Assim, este mesmo pólen que orbita e influência a história de John, é a mesma luz que amplia nossas estruturas evolutivas, quando estamos imbuídos nesta constante construção do Edifico Social com mais harmonia e prosperidade, onde todos de forma igualitária recebem a oportunidade de florescer, onde os bons frutos irão representar o esforço contínuo e consciente de todos.  

 Sim, o maçom, espalhando está luz (pólen) vê em si próprio uma evolução constante, e arregimentando forças para enfrentamento das dificuldades apresentadas, vai a cada grau na escada de Jacó, celebrando suas conquistas ao longo da caminhada, precisamos ser continuamente um John plantador de milho, esforçando-nos pacientemente, para nos tornarmos auxiliares no cultivo da vida, onde cada processo deste plantio seja essencial para nossa própria colheita, que John o plantador de milho e, nós maçons espalhadores de luz sejamos iguais sempre, neste mesmo desejo de crescer e prosperar mesmo que os campos de plantio sejam diferentes.

 John o plantador, espalhador de pólen e, o maçom disseminador de luz, estão de certa forma intimamente ligados, nesta ideia que respeita a solidariedade e, engajados nesta tarefa prazerosa de semear e colher algo bem mais valioso em nossa existência, passamos a transmitir valores que atendam a todos em igualdade de condições, criando oportunidades para o autoconhecimento e a busca pela Verdade, lembrando que pólen e luz espalham-se em grandes velocidades, mais como disse o poeta, não por imposição mais sim por ressonância, tocando a todos aqueles que buscam sentido , sabedoria e fraternidade. 

Deixo meu Abraço fraterno a todos e, para reflexão final, este fragmento trazido pelo Ir. Bruno Linz de Arruda, da ARLS Rei Salomão 21 – GLOMEAL de Maceió, em Alagoas:

“Somos pedras em constante lapidação. Cada vício vencido, uma aresta retirada. Cada virtude conquistada, um traço definido. O maçom é escultor de si mesmo, obra sempre inacabada, em busca de luz”.



outubro 07, 2025

CIENTOLOGIA - Almir Sant’Anna Cruz

 



Talvez em função de diversas personalidades americanas, pessoas de muitas posses e artistas como John Travolta, Tom Cruise, Will Smith, Isaac Hayes, Chick Corea, e muitos outros terem aderido à Igreja da Cientologia, essa seita criada no século passado, vem sendo objeto ultimamente de grande curiosidade. 

Recorremos então a Dra. Eileen Barker, decana de Estudos Universitários da Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres in The Penguin Dictionary of Religions (Tradução Livre): 

Foi em 1950 que a dianética (forma de psicoterapia), apareceu pela primeira vez nos Estados Unidos. Como o seu fundador, L. Ron Hubbard, descobrisse que as pesquisas o conduziam da mente para o espírito, o movimento desenvolveu-se e resultou na Igreja da Cientologia, incorporando uma filosofia e um estilo de vida mais orientado para a religião, sobretudo para os membros mais “avançados” e engajados. 

A Cientologia tem um vocabulário próprio, complicado, e um instrumento especial para “auditar” (aconselhar), conhecido como o E-Meter. 

Oferecem-se cursos para ajudar o indivíduo a libertar-se de situações desnecessárias e nocivas de suas vidas, a presente e as passadas, e, desse modo, libertar o Eu essencial, espiritual, o Thetan. 

Há uma longa história de crítica das práticas da Cientologia feita tanto por órgãos governamentais quanto pelo Movimento Anticulto. 

Em 1968 o governo britânico impôs restrições aos estrangeiros que entrassem no Reino Unido com o propósito de estudar ou trabalhar para a Cientologia. 

Em 1979, onze líderes acusados de roubo praticado em departamentos do governo dos Estados Unidos, foram condenados. 

As citadas restrições foram levantadas em 1980, após investigação de uma comissão de inquérito oficial (Foster report).

A VELHICE NA MAÇONARIA - O CÉU NÃO PODE ESPERAR - Laurindo Roberto Gutierrez



Outrora, a velhice era uma dignidade; hoje, ela é um peso.

 "Francois Chateaubriand"


Quando fui iniciado, a vida para mim ganhou um novo sentido, pelas novas amizades e pelo ensinamento que recebia nas instruções de meus preceptores. 

A sessão maçônica era uma coisa extraordinariamente nova e reveladora. Sonhava em crescer na ordem e ser como aqueles irmãos mais antigos, pois via neles tanto conhecimento e amizade, meus sábios inspiradores.

Aqueles “velhinhos” eram a porta para meu ingresso no conhecimento e na filosofia da Arte Real.

Para mim, eles viviam num mundo de felicidade e que aquilo era uma herança, que levariam até os dias da velhice.

Esse sentimento inundava o meu espírito de paz e esperança.

Jamais poderia pensar que o caminhar dos anos trouxesse consigo mudanças tão importantes. Parece que a juventude não conhece o segredo para a transmutação e quando a idade avança, somos pegos por uma realidade surpreendente, às vezes desalentadora.

A ordem que servimos por décadas a fio, dispensando os maiores esforços, nos abandonara na idade senil. Justamente quando estamos mais carentes e fragilizados.

Na América do Norte, os maçons idosos vão para o albergue da ordem onde vivem em paz e dignamente.

Toco nesse assunto, levando em conta casos de irmãos que vivem no mais completo abandono maçônico. Vitimados por uma enfermidade não saem para lugar algum, aprisionados em suas casas.

Essa realidade é bem diferente dos templos aconchegantes e das amplas festas e Copos D'Água que um dia frequentaram. Aquela alegria barulhenta e os abraços fraternos deram lugar ao abandono, ao ostracismo involuntário e ao silêncio cósmico que arrasa seu moral. 

Se tivessem a mão amiga de um irmão, poderia ir à Loja, aos almoços e de novo serem felizes.

A maçonaria, pródiga em ajudar os velhinhos dos asilos profanos, vira a cara para seus próprios membros que nem sempre precisam de apoio pecuniário, apenas de uma visita.

A tentativa de levar irmãos à casa de um enfermo sempre resulta em fracasso, pois ninguém se interessa. Os Veneráveis Mestres, esses, nunca vão.

O tempo corre célere e a vida escapa pelos dedos como o mercúrio.

Irmãos, ainda há tempo, embora curto, para amar o próximo, pois o Céu não pode esperar. 



outubro 06, 2025

O FERIADO JUDAICO DE SUCOT


A noite de segunda-feira, 6 de outubro de 2025, marca o início do feriado judaico de Sucot, conhecido como a Festa das Cabanas, que dura sete dias. Esta festividade celebra tanto a colheita de outono quanto o período de 40 anos em que os israelitas vagaram pelo deserto após o Êxodo do Egito, vivendo em abrigos temporários. Os judeus celebram construindo e habitando uma sucá (cabana) e utilizando as chamadas "Quatro Espécies" (Quatro Tipos de Vegetação). 

O que é Sucot?

Festa Agrícola e Histórica: É uma festa de colheita que, ao longo do tempo, também se tornou um memorial da proteção divina e da peregrinação dos israelitas no deserto, que viveram em cabanas temporárias. 

A Sucá: 

A  é construída com materiais vegetais e com um teto que permite a visão do céu, simbolizando a fragilidade da vida e a dependência de Deus para a proteção. 

As Quatro Espécies: 

Os judeus também reúnem um ramo de palmeira (lulav), três ramos de murta (hadassim), dois ramos de salgueiro (aravot) e um etrog (citrino), que são usados nas orações e rituais. 

Como é celebrado?

Construção da Sucá: 

A construção da cabana é central na celebração, sendo o local onde se come e se passa tempo, especialmente durante os dias mais festivos. 

Yom Tov: Os dois primeiros e os dois últimos dias de Sucot são considerados Yom Tov, dias sagrados em que o trabalho é proibido e costumes especiais são observados, como acender velas e fazer refeições festivas. 

Dias Intermediários (Chol Hamoed): Os dias intermediários são dias semi-feriados, onde o trabalho é permitido com algumas restrições. 

Datas da celebração (2025): 

Início: Pôr do sol de segunda-feira, 6 de outubro

Fim: Anoitecer de segunda-feira, 13 de outubro.

QUEM SÃO OS JUDEUS ?




Progressistas do mundo, parem de sujar suas mãos com produtos de Judeus, grande parte do que há de bom no mundo nós devemos a eles!

Falemos a verdade: qual é o único Estado realmente democrático, moderno, Ocidental, limpo, secular, laico em todo o Oriente Próximo e Oriente Médio?

Qual é o único país do mundo em que há hoje mais árvores que havia há cem anos?

Qual país tem a maior média de universitários por habitante no mundo?

Em que país se produz mais documentos científicos por habitante que qualquer outro país?

Qual foi a primeira nação do mundo a adotar o processo Kimberly, que é um padrão internacional que certifica os diamantes como “oriundos de zonas livres de conflito “?

Qual país desenvolveu a primeira Câmara de Vídeo ingerível, tão pequena que se cabe no interior de um comprimido e é usada para observar o intestino fino por dentro, e ajuda no diagnóstico de câncer e outros distúrbios digestivos?

Em que país foi desenvolvida a tecnologia de irrigação por gotejamento? E onde foi que Albert Einstein fundou uma Universidade?

Qual é o 2° país em leitura de livros por habitante?

Fonte: Google

CARTA ABERTA DA MAÇONARIA INGLESA

 

As principais organizações da maçonaria do Reino Unido publicaram uma
carta aberta  em resposta a um artigo publicado no "The Spectator" pela jornalista Melanie McDonagh, intitulado “There’s something vulgar about Freemasons” (“Há algo vulgar nos maçons”).

O texto tem um tom defensivo e institucional, buscando corrigir equívocos e reafirmar valores da Maçonaria. Eis os pontos principais:

1. Contestação ao artigo

A carta acusa o artigo de ser injusto, impreciso e ofensivo, destacando que a crítica a símbolos maçônicos foi feita de forma desrespeitosa.

2. Defesa do Freemasons’ Hall

O prédio é descrito como um memorial de guerra erguido em 1933 para homenagear maçons mortos na Primeira Guerra Mundial.

A carta afirma que considerá-lo “vulgar” é desrespeitar a memória desses homens.

Ressalta o vínculo histórico da Maçonaria com as Forças Armadas.

3. Inclusão religiosa

Rejeita a afirmação de que católicos não podem ser maçons, chamando isso de “completa falsidade”.

Destaca a diversidade religiosa: cristãos, muçulmanos, judeus, hindus, sikhs etc. convivem em harmonia nas Lojas.

4. Ética e conduta

A Maçonaria proíbe ganhos financeiros ou profissionais decorrentes da condição de membro.

Quem descumpre essa regra pode ser punido ou expulso.

5. Trabalho filantrópico

Em 2023/24, a Maçonaria britânica arrecadou £26,3 milhões para caridade (R$ 190 milhões)

Seus membros realizaram 18 milhões de horas de voluntariado, incluindo ajuda durante a pandemia (centros de vacinação, apoio a idosos etc.).

6. Transparência e privacidade

Os maçons são incentivados a falar abertamente sobre sua condição.

Porém, a carta critica a ideia de obrigar membros a se identificar publicamente, considerando isso um ataque à privacidade e à liberdade de associação.

7. Valores e permanência

A mensagem encerra reafirmando os princípios centrais da Maçonaria:

integridade, amizade e serviço, vigentes há mais de 300 anos.

Reforça que a instituição continuará oferecendo camaradagem, tradição e união a homens e mulheres.

8. Assinaturas

A carta é assinada por:

United Grand Lodge of England

The Order of Women Freemasons

The Grand Lodge of Scotland

The Honourable Fraternity of Ancient Freemasons

 Em resumo: a carta responde às críticas da jornalista defendendo a memória dos maçons caídos em guerra, reafirmando a diversidade religiosa, destacando a ética e a filantropia da instituição, e reafirmando que a Maçonaria segue firme em seus princípios históricos.

CAMPANHA DA FRATERNIDADE - Jorge Gonçalves


 *Campanha Fraternidade em Ação – Dia das Crianças 2025*

Agradecimento

O domingo amanheceu cinzento, com um tempo chuvoso incomum para Aracaju, onde o sol costuma reinar quase o ano inteiro. Chegamos cedo e descobrimos que um imprevisto havia acontecido: o irmão Daniel Heleno, um dos idealizadores da campanha, foi convocado para o trabalho. Ficamos desfalcados, mas o irmão Glauber, também militar e sempre pronto para a missão, assumiu o comando e colocou tudo em ordem.

Pouco a pouco, os irmãos chegaram, e o apoio da Loja Sete de Setembro nº 01 mostrou mais uma vez seu lema: “A sete é a sete”. Quando a Sete é chamada, todos comparecem.

Por volta das nove da manhã, as crianças começaram a chegar, vestidas de verde, cheias de alegria e expectativa.

O ponto alto do evento foi a chegada do irmão e piloto Argollo, com o helicóptero que encantou crianças e adultos. O brilho nos olhos delas, os sorrisos e a frase que ainda ecoa — “Oh tio, não queria ir embora” — mostraram que havíamos feito mais do que doar brinquedos: criamos lembranças que ficarão para sempre.

E o destino ainda nos presenteou com uma coincidência especial. No Aeroclube acontecia a gravação de um filme com atores conhecidos, e o talentoso Daniel de Oliveira decidiu deixar o almoço com a sua  equipe de filmagem para se juntar a nós no churrasco.

A todos os irmãos da Constâncio Vieira nº 3300, à Loja Sete de Setembro nº 01 e a todos que doaram tempo, contribuições, trabalho e coração, meu mais profundo agradecimento.

Porque, quando a fraternidade se une à vontade, até um domingo chuvoso se transforma em um dia de sol. E, por ironia do destino, o irmão Daniel Heleno não pôde estar presente, mas o ator Daniel de Oliveira apareceu para substituí-lo.


outubro 05, 2025

ARLS LEAIS PAULISTANOS 633 - São Paulo


    No final deste mês de novembro a ARLS Leais Paulistanos n. 633 completa 20 anos de existência. É um Loja relativamente recente, e pequena, mas de grande qualidade. Visitei a Loja na sexta feira passada, para assistir a uma sessão de companheiro maçom. Fui muito cordialmente recebido pelo simpático Venerável Mestre Maurício Tadeu Nicoletti e pelos irmãos do quadro.

    A sessão consistiu de uma instrução e de um trabalho, apresentado de maneira emocionante por um irmão, que falou sobre o tema "o que é a vida", relembrando que em curto espaço de tempo sofreu uma grande perda, com o falecimento de seu pai, e uma grande alegria, com o nascimento de seu filho. Pude notar que alguns irmãos disfarçaram lágrimas.

   Os comentários à instrução e ao trabalho apresentado, feitos pelos irmãos Segundo Vigilante Carlos Roberto Barbeiro Lima e pelo Orador Rubens Costa Ferreira foram excepcionais, demonstrando que estes mestres internalizaram os ensinamentos maçônicos e puderam transmiti-los enriquecendo sobremaneira os trabalhos. 

    Pude fazer uma breve exposição sobre a Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras, que tenho a honra de presidir e sobre o trabalho que pretendo realizar como Grande Bibliotecário da GLESP.

   Enfim, foi uma sessão notável pelo aprendizado.

VERBO, PRINCÍPIO... - Adilson Zotovici


Prescrito ao irmão aprendiz

Desse Rito Antigo e Aceito

De nome Escocês sujeito

Ao francês, qual digo a matriz


Do Evangelho insuspeito

“João Um” sua diretriz

De “ um a cinco ” que bendiz

Das trevas à Luz que o preito


Qual precedeu Salmo que diz

Da união fraterna, o preceito

Por David, ternas odes, sutis


Ao Aprendiz quão perfeito

Vez que em ambos a raiz

Se ao “Verbo e Princípio” afeito !!





AUDE SAPERE" -EXPRESSÃO LATINA - Newton Agrella


Esta inquietante expressão filosófica, originalmente atribuída ao poeta romano HORÁCIO, pode ser traduzida para o Português como: "Ouse saber" ou "Atreva-se a conhecer".

Cabe no entanto, registrar que esta expressão ganhou maior notoriedade e tornou-se mais popular, através do célebre  filósofo alemão Immanuel Kant, como uma espécie de lema do Iluminismo.

E é exatamente neste período da história da nossa civilização e da cultura humanística, que a Maçonaria, passou a ganhar um caráter eminentemente Filosófico Especulativo.

A frase AUDE SAPERE constitui-se num convite à autonomia intelectual, incentivando as pessoas a usarem sua própria razão e a pensarem por si mesmas, libertando-se do jugo da ignorância e dos preconceitos. 

A expressão pode ser legítimamente interpretada como um chamado à coragem para questionar, buscar conhecimento e desenvolver o pensamento crítico. 

Ou seja, tudo aquilo que a Maçonaria propõe, através do contínuo exercício especulativo com o objetivo de

questionar e buscar a Verdade, leia-se o  Conhecimento - e a privilegiar a autonomia intelectual, como fonte para o aprimoramento da consciência.

A locução verbal AUDE SAPERE aparece na segunda carta do Livro I das Epístolas de Horácio (por volta de 20 a.C.), onde ele incentiva e estimula o leitor a iniciar um processo de autoconhecimento e a enfrentar e buscar a superação diante das dificuldades que a vida impõe.

Encerrando profundo significado, a expressão estimula o homem a se desvencilhar da dependência de ideias e  dogmas estabelecidos, incitando-o a trabalhar na sua própria capacidade de raciocínio. 

Ainda que revestida de reconhecidas e justificáveis influências históricas, lendárias e espirituais, bem como dotada de uma relevante dose de esoterismo e de uma instigante aura de segredos e de augustos mistérios, a Maçonaria é, e sempre será uma instituição "iniciática" de inequívoco caráter filosófico, que a tornam perene e diferenciada de toda e qualquer outra instituição.



outubro 04, 2025

DIA DE S. FRANCISCO DE ASSIS - Adilson Zotovici


Homem comum em verdade

Que infringia do PAI sua Lei

Giovanni, de Assis a cidade

Que por sua Fé torna Frei


Por religiosidade bem sei

Renunciou a toda riqueza

Como o conforto dum rei

Na sua humildade a nobreza


Fez seus votos de pobreza

Serviu seus iguais com mestria

Protegeu animais, natureza,

Com amor, com alegria


Missionário de grande valia

Que lá dos céus oriundo

Relicário de sabedoria

Que do seu ser tão fecundo


Disse “Dante” em tom profundo

Assertivo a ele, sem sofismo,

“Luz que brilhou sobre o mundo”

Referência do Cristianismo


Seráfico, no catolicismo,

Francisco de Assis, o Frade

Do SENHOR, por altruísmo,

Recebeu sua Santidade!



_“ Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado..._

_Resignação para aceitar o que não pode ser mudado..._

_E sabedoria para distinguir uma coisa da outra !”._

( do Estoico)  *São Francisco de Assis*

OS BONS COSTUMES NA MAÇONARIA



Ao pensarmos em Maçonaria, o que vem à nossa mente, quase de imediato, é a figura do Maçom. Esta imagem é projetada na nossa sociedade atual, pela postura dos nossos antecessores, que consolidaram o seu caráter, hábitos e costumes irrepreensíveis junto as mais diversas questões políticas e sociais das quais fizeram parte.

Neste sentido, o nosso objetivo é o de reforçar o quanto os bons costumes que são indissociáveis da Maçonaria, pois, através deles, o Maçom consolida-se como paradigma da sociedade a que pertence.

Assim, é importante destacar que entendemos costume como o hábito ou a prática reiterada associada à moralidade, geralmente observada pela sociedade, ou seja, procedimentos ou comportamentos que são prescritos do ponto de vista moral. São atitudes ou valores sociais consagrados pela tradição. “Costume é a regra aceita como obrigatória pela tradição ou consequência do povo, sem que o poder público a tenha estabelecido”.

Vale a pena lembrar que, a retidão, a honestidade, a lealdade, o respeito, a tolerância e a justiça são imprescindíveis ao Maçom, uma vez que é visto como paradigma da sociedade, significando que ele é possuidor de bons costumes e reputação ilibada.

Na Maçonaria, os bons costumes são entendidos como valores morais indispensáveis ao Maçom, os quais representam o somatório das suas ações e comportamentos do passado e do presente.

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Nesta esteira, a Maçonaria pode ser entendida como um centro de união fraternal, onde a retidão, a responsabilidade, a honestidade, a bondade, a tolerância, a justiça, a busca pela verdade e pelo aperfeiçoamento devem ser permanentes. Além disto, defende e propaga o respeito e a prática da ética e da moral.

Os bons costumes referem-se, portanto, como foi dito acima, tanto ao passado quanto ao presente, isto é, correspondem ao somatório dos dois. Quando a conduta, o comportamento, a postura e as atitudes positivas são reconhecidas pelos que estão mais próximos ou pela sociedade em geral, podemos dizer que se trata de alguém de bons costumes e, consequentemente, de reputação ilibada.

Desta forma, podemos dizer que o objecto principal deste trabalho é despertar no Maçom o interesse pelo verdadeiro significado daquilo que nós chamamos de “Bons Costumes”. Entretanto, há aqueles que acreditam que “os bons costumes” se referem tão somente ao estado atual de uma pessoa, o que não corresponde à verdade, esse entendimento é equivocado, uma vez que, os “bons costumes” podem ser compreendidos como a prática reiterada de boas ações, abrangendo passado e presente.

A Maçonaria é uma sociedade que, acertadamente, só admite no seu quadro, homens retos, de bons costumes e possuidores de comportamento ético, moral e humanístico compatíveis com a sua finalidade, isto é, que vise alcançar o ápice do aperfeiçoamento humano, razão pela qual, para ingressar nos seus quadros exige-se o preenchimento de requisitos que contemplem a retidão do seu pretendente.

Deve ser ressaltado que, a Constituição do Grande Oriente do Brasil, logo no seu artigo 1º corrobora o objetivo deste trabalho, dando balizamento para várias situações. Diz o dispositivo legal que, a Maçonaria é uma instituição essencialmente iniciática, filosófica, filantrópica, progressista e evolucionista, proclamando a prevalência do espírito sobre a matéria. Além disto, estabelece que os seus fins supremos são a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, pugnando pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade. Assim, acreditamos que, a possibilidade de alcançarmos o aperfeiçoamento humano deve ser precedido pelos bons costumes.

Desta forma, a Maçonaria, através da observância dos seus princípios e valores, acima enumerados, aliado à prática da beneficência e do cumprimento inflexível dos deveres e responsabilidades, quer parecer-nos que, por si só, poderia justificar a repulsa que os maçons devem sentir em face da corrupção, ao mesmo tempo em que defende e propaga o respeito e a prática da ética, da moral e dos bons costumes.

Por outro lado, quer parecer-nos ainda que, a Maçonaria deseja, em primeiro lugar, proporcionar o encontro do Homem Maçom consigo mesmo, transformando-o no seu próprio paradigma. Assim sendo, faz-se necessário que, o Maçom esteja sempre atento à aprendizagem e à prática correta dos princípios maçónicos, ao mesmo tempo em que procura evitar que um Irmão desavisado seja levado a praticar o que chamamos de “Heresia Maçónica”, desviando-se do verdadeiro objetivo da Ordem, que é a busca pela evolução maçónica.

O Maçom ao ser iniciado ingressa num “sistema”, no qual se exige que os seus membros devem, necessariamente, percorrer o que podemos chamar de “Via Mística”, com vista a conduzi-lo a um determinado lugar, geralmente, oculto para os não iniciados, mas podendo ser visível ao verdadeiro Maçom.

Este entendimento, leva-nos a acreditar que a Maçonaria é um sistema de conhecimento extremamente importante e eficiente, uma vez que tem como meta principal o aperfeiçoamento do homem no Mundo Espiritual, mas ao mesmo tempo não abandona e nem ignora o Mundo Material. A justificativa talvez seja que a saúde material se faz necessária, sobretudo quando da prática da filantropia ou beneficência, uma das ações básicas da Ordem.

Como já foi dito anteriormente, a filantropia é, também, dentre tantas, uma das finalidades da Maçonaria. A sua terminologia pode ser traduzida como a “Mão da Maçonaria” estendida aos necessitados, Irmãos ou não, mas “dando com a mão direita sem que a esquerda saiba”. Todavia, modernamente, a solidariedade deve, a nosso ver e com razão, sobrepor-se à filantropia, uma vez que esta, simplesmente, “dá o peixe”, ao passo que aquela, “ensina a pescá-lo”, ou seja, numa delas a fome é saciada por um dia, já na outra, a fome pode ser afastada não por um dia apenas, mas para sempre.

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Vale a pena lembrar que, o progresso que a Maçonaria admite como essencial, pode ser definido como melhoramento da humanidade, calcado no aperfeiçoamento ético, moral, intelectual e social dos seus membros. Além do mais, ela tem como alguns dos seus símbolos o Cinzel e o Malho que, juntos, servem de instrumentos para desbastar a Pedra Bruta que somos e, ao mesmo tempo, construir o nosso Edifício Moral ou Espiritual. Esta é a verdadeira evolução humana, mesmo porque o Maçom deve, necessariamente, buscar a perfeição humana, até se tornar um Mestre de facto, não se deixando confundir com um profano de avental.

É bem possível que, para muitas pessoas, ser livre significa não ter limites. Contudo, para o Maçom, a liberdade deve consistir numa via de mão dupla, ou seja, a liberdade exigirá sempre uma correlata responsabilidade. Isto porque a liberdade não exclui a disciplina, nem pode sobrepor-se à liberdade de outrem.

Assim sendo, “ser livre e de bons costumes”, tem um significado extremamente importante para a Maçonaria, uma vez que se presume que todo homem que preencha tais requisitos estaria, em princípio, em condições de ser iniciado na Arte Real e poderia, até mesmo, transformar-se num bom Maçom, observador atento das tradições da Ordem. Entretanto, para melhor compreender a frase acima, faz-se necessário entender que ela seja interpretada à luz da ética e da moral.

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A terminologia “Livre” expressa o momento presente e diz respeito ao cidadão em pleno gozo dos seus direitos civis, os quais guardam limites ao direito alheio. Já a expressão “Bons Costumes”, refere-se não só ao presente, mas também ao passado, por tratar-se de um somatório de condutas, alcançando até os dias de hoje, ou seja, comportamentos e atitudes positivas reconhecidas pelos que estão próximos e pela sociedade em geral.

Neste sentido, anda bem a nossa Ordem ao exigir que, para se iniciar nos seus mistérios,  deve ser levado em conta o presente e o passado do candidato, de tal maneira que, seja visto e analisado como um todo indivisível. Só assim, será ele considerado apto ou não, isto é, livre e de bons costumes para receber permissão de ingresso na Ordem.

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Na verdade, homens de bons costumes são aqueles que têm valor social reconhecido ou consagrado, que se orientam pelas coisas justas, pela ética, pela moral, pela honestidade, pelas ideias mais elevadas, pela disciplina e pelo respeito. Eles não participam de grupos que sejam desprovidos de moral ou honestidade, além do mais, devem desfrutar de boa reputação e ter conduta irrepreensível em todos os seus aspectos.

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Portanto, podemos dizer que, o homem livre é aquele isento de preconceitos, de maledicências, ou seja, deve, necessariamente, ter a consciência livre e que não tome o mal pelo bem. Além disto, deve ser desprovido de quaisquer vícios. Isto permite-nos inferir que, a corrupção e a ausência de bons costumes afastam toda e qualquer evolução ou progresso moral do Maçom, enquanto que a observância à ética, à moral e aos bons costumes o aproxima da sua evolução e progresso, especialmente, no campo espiritual.

Finalmente, concluímos convidando a todos os maçons a buscarem atitudes compatíveis com os bons costumes, sobretudo, que sejam comprometidos com a moral, a ética e a evolução maçónica, pois, só assim conseguiremos ascender ao patamar de Mestre Maçom de fato.


Adaptado de texto escrito por Aildo Carolino https://www.freemason.pt/os-bons-costumes-na-maconaria/

EM PRIMEIRO LUGAR - Heitor Rodrigues Freire


O dom da vida é o bem mais precioso de que Deus nos dotou. Esse dom não se esgota no tempo e no espaço. Pelo contrário, é ad aeternum, para toda a eternidade, e é também a mais clara demonstração do amor que Ele tem por todas as suas criaturas.

O dom da vida não se manifesta por acaso. Ao nos conceder a vida, Ele também nos conferiu uma individualidade que nos representa por toda a eternidade.

Ao entender essa condição única, cada um de nós dentro da sua idiossincrasia deve manifestar a sua mais profunda gratidão. Somos únicos. A nossa existência se realiza por fases, em que nascemos e renascemos infinitamente.

Mas é indispensável que saibamos agir coerentemente com os ensinamentos que recebemos. O que mais importa? Sem dúvida, no meu entendimento, em primeiro lugar o essencial é buscar o reino de Deus. E onde estará esse reino misterioso e enigmático?

Há um preceito bíblico, registrado em Lucas 17:21, que diz o seguinte: 

“*Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós*”. No livro de Deuteronômio, 30, 11-14, Deus diz a Moisés que colocou seu mandamento no coração e na palavra do homem. O que de certa forma, corrobora o ensinamento acima, proferido por Jesus Cristo.

Isso significa que o reino de Deus é um estado interior de progresso moral e espiritual que se constrói a partir do próprio indivíduo, de dentro pra fora, através do aprimoramento de si mesmo e da prática dos ensinamentos de Jesus, culminando numa felicidade íntima e na manifestação de qualidades divinas como amor, justiça e caridade. 

Na visão kardecista, o reino de Deus é um estado interior, uma realidade espiritual que existe dentro de cada um de nós aguardando para ser desenvolvida e que se manifesta quando há um alinhamento com o amor. E é também a edificação da lei divina que se realiza por meio da fé – atributo intrínseco de cada ser, que não é crença, é fidelidade. A fé liberta, a crença fixa, prende. Outro atributo da fé é que ela é pessoal, individual. A fé revitaliza o ser humano e se fortalece pelo uso correto do livre-arbítrio.

Na mitologia grega há uma lenda interessante sobre este assunto: 

Conta-se que no Olimpo os deuses se reuniram sob a regência de Zeus para discutir onde esconder a sabedoria, porque se tornava cada vez mais patente que o homem logo a encontraria e seria o fim do reinado dos deuses. Urano propôs que se colocasse a sabedoria no local mais profundo da Terra, e alguns concordaram com ele. Mas logo outros argumentaram que o homem criaria uma escavadeira e chegaria até lá. Poseidon, deus dos oceanos, propôs então que se colocasse a sabedoria no ponto mais profundo do mar. Essa opção foi inicialmente aceita, mas logo rejeitada porque alguém comentou que o homem criaria um submarino e também chegaria até lá. A deusa Atena acompanhava a discussão em silêncio – ela estava sempre acompanhada por uma coruja, o símbolo da sabedoria – e propôs então que se colocasse a sabedoria num local onde o homem jamais procuraria: dentro de si mesmo, guardada em seu coração. E assim foi feito.

Daí o ensinamento esotérico consubstanciado no acróstico V.·.I.·.T.·.R.·.I.·.O.·.L.·. que significa *Visita Interiore Terrae Retificandote Invenies Ocultum Lapidem*, ou seja, visite o interior da Terra, e retificando-te, encontrarás a pedra oculta, ou seja, o reino de Deus.

O que, *mutatis mutandi*, ou em outras palavras, é a mesma coisa.