outubro 20, 2025

DIA DO POETA - Joab Nascimento


Homenagem aos poetas da maçonaria 

I

Ser poeta é ter o dom

É cumprir missão Divina

É trazer no pensamento

Mensagem como doutrina 

É ter responsabilidade 

Na sua criatividade 

Com amor e disciplina 

II

O poeta vende sonhos,

Gravados como utopia,

Realiza os seus desejos,

Materializa fantasia,

Transforma todo impossível,

Naquilo que é possível,

Em forma de terapia.

III

Ele passa pro papel,

O que diz seu pensamento,

Verdades e ficções,

Criadas em seu intento,

Faz seu leitor viajar 

Sem sair de onde estar,

Vivencia seu sentimento.

IV

Todo poeta retrata,

A sua imaginação,

Põe palavras nas escritas,

Do fundo do coração,

Ele expõe seu sentimento,

A sua vida no momento,

Seu amor, sua emoção.

V

O poeta é mensageiro,

Das histórias de amor,

Alegria desilusões,

Ele expressa sem pudor,

Da vida cotidiana,

Com sabedoria explana,

Como mestre professor.

VI

A poesia é como filho 

Que nasce da sua vivência 

Vai crescendo devagar,

Adquirindo experiência,

Tem começo meio e fim,

Se transforma num jardim,

Espalhando sua essência.

VII

Como todo mensageiro,

Que divulga seus recados,

Vai expondo suas idéias,

Em poemas recitados,

Em todo e qualquer lugar,

O poeta sempre estar,

Com seus versos inspirados.

VIII

O poeta está presente,

Nas canções e melodias,

Nas histórias de amor,

Nos sonhos e fantasias,

Dos casais apaixonados,

Nos amores desprezados,

Nas tristezas e alegrias.

IX

Nos bares pelas cidades,

Ele sempre está presente,

Nas canções apaixonadas,

Nas cantorias e repente,

No aboio do aboiador,

No verso do trovador,

Com enredo envolvente.

X

Escrever seus pensamentos,

Em forma de poesia,

Tem que ter dádiva de Deus,

Como sol que irradia,

É uma luz que vem brilhar,

Na escuridão clarear,

Um mistério de magia.

XI

Nos corações machucados,

Pelo amor de certo alguém,

Ele sempre está presente,

Serve de bálsamo também,

Como antiinflamatório,

Tem efeito transitório,

Do jeito que lhe convém.

XII

Ele também pode ser,

Perito da medicina,

Pras dores do coração,

Ele serve de vacina,

Através de um poema,

Ele resolve o dilema,

Orienta e lhe ensina.

XIII

Uma poesia acalma,

Acalanta o coração,

Vai servir de companhia,

Afastando a solidão,

O poeta é companheiro,

Da relação é parceiro,

Faz curar a depressão.

XIV

O poeta voa distante,

Como voa um passarinho,

Pulando de galho em galho,

Para construir seu ninho,

Vai levando nas alturas,

Solidão e amarguras,

Qu'encontrou pelo caminho.

XV

O poeta escreve a lua,

As estrelas com o mar,

Versejando a natureza,

Faz o seu leitor sonhar,

Com orvalhos de amor,

O poeta é um emissor,

Tem o sol pra lhe guiar.

XVI

Ele narra as suas raízes,

Fala do sul e sudeste,

Do caboclo nordestino,

Que povoa todo agreste,

Das festas de vaquejadas,

Dos vaqueiros e boiadas,

Que existem no Nordeste.

XVII

O poeta escreve a aurora,

Canta o novo alvorecer,

Fala do tempo nublado,

O arco íris, descrever,

Fala da noite chegando,

Das aves se preparando,

Para um outro anoitecer.

XVIII

Poeta fala da seca,

Da dolorosa estiagem,

Fala do solo rachando,

Falta dágua na barragem,

Fala do gado com fome,

Só xique xique consome,

Pra poder criar coragem.

XIX

O poeta escreve o amor,

Dos casais de namorados,

Do elegante romantismo,

Quando estão apaixonados,

Dum alguém que foi traído,

Pelos bares, esquecido,

Com corações machucados.

XX

Poeta fala do corno,

Também fala da amante,

Do traído e traidor,

Daquele "amigo" farsante,

Que conquista sua mulher,

Faz amor quando quiser,

Bota chifre a todo instante.

XXI

Poeta fala de tudo,

Da política e economia,

Do esporte e da cultura,

Do espaço e astronomia,

Da vida do cidadão,

Que vive na contramão,

No sofrer do dia a dia.

XXII

Salve todos os poetas,

Cantadores repentistas,

Violeiros cantores,

Escritores e cronistas,

Salve os vates da cultura,

Berço da literatura,

Os poetas cordelistas. 


INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E MAÇONARIA - João B. M∴M∴ (e também o Sr ChatGPT)


IA e Maçonaria: uma nova ferramenta ou um atalho perigoso?

_“O que chamas de prompt engineering, eu chamo de preguiça mental.”

_“Se usares isso para fazer pranchas, deixas de pensar por ti.”

_“Isso do chatgpt, não é trabalho”

_“Vai dar cabo do espírito iniciático.”

Ouvi tudo isto, e mais alguma coisa, de Irmãos que respeito e admiro e percebo o seu ponto de vista. 

A Maçonaria é, acima de tudo, um caminho pessoal, é natural que, quando se introduz algo novo, especialmente algo que parece vir do mundo da superficialidade, surjam resistências. 

É humano e os Maçons, mesmo que super Humanos, não deixam de ser Humanos.

Mas também é humano evoluir.

Depois de algumas discussões em conversas, àgapes ou até em Loja, de trocas de ideias mais acesas, outras mais serenas, decidi partilhar o meu ponto de vista sobre o papão que é a Inteligência Artificial, principalmente na "pessoa" do Sr ChatGPT. 

Não tenho certezas, nem quero ter razão, mas talvez o meu percurso com a Inteligência Artificial, ajude a desmontar alguns receios e a abrir espaço para um debate mais honesto.

Comecei com desconfiança, como qualquer um, mesmo usando-a profissionalmente nunca imaginei passar a fronteira para a vida pessoal profana e para os caminhos que percorro no templo. 

A primeira vez que pedi ajuda ao ChatGPT para uma prancha, o que recebi foi muito fraco, lixo, um texto genérico, sem sal, sem ponta por onde se lhe pegue, foi directamente para o arquivo morto. 

Mas a experiência ensinou-me que a IA não substitui o esforço, só responde à pergunta. 

E se a pergunta for mal feita, a resposta também o será.

Com o tempo, aprendi a usá-la para aquilo em que é realmente boa, pesquisar referências, estruturar ideias, encontrar pontes entre temas improváveis. 

Um dos casos mais curiosos foi um texto neste blog que escrevi sobre o que une o futebol e a Maçonaria, sem IA, talvez nunca tivesse avançado com ele. 

Com IA, penso que consegui fazer uma travessia de conceitos, símbolos e vivências que me surpreendeu a mim próprio. 

A "prompt" (o texto que se dá à IA para gerar algo) foi mais longa que a prancha final, mas valeu a pena.

Com o uso percebi que não se pede à IA que escreva por nós, pedimos-lhe que penso conosco.

E tal como um Maçom usa o cinzel para desbastar a pedra bruta, eu uso a IA como ferramenta, não me tira o trabalho, mas ajuda-me a ver melhor onde cortar, onde polir, onde aprofundar.

Sim, há quem diga que isto tira autenticidade. 

Mas o que é mais autêntico? 

Um texto vazio, mas “feito à mão”, ou uma prancha onde cada frase foi revista, debatida, ajustada até que fizesse sentido, mesmo que com ajuda digital?

A diferença está na intenção, e a IA, como qualquer ferramenta, pode tanto ser usada para empobrecer como para enriquecer. 

O problema não está nela. 

Está em nós, ou como se diz corriqueiramente o problema está sempre entre a cadeira e o teclado.

Usar o ChatGPT sem contexto ou reflexão é como chegar ao gabinete de um arquiteto e dizer “quero uma casa”. 

Qual seria o resultado? 

A IA, tal como o arquiteto, devolve algo verdadeiramente alinhado com a visão do autor/dono da casa. 

A casa continua a ser nossa, mesmo que tenha sido desenhada com apoio especializado do arquiteto. 

O mesmo se aplica a um texto, uma ideia ou uma prancha, a autoria reside na clareza da vontade e na qualidade da orientação, não apenas no instrumento usado.

Também já ouvi que “isto vai matar o espírito iniciático” e a verdade é que *a IA não tem espírito nenhum, o espírito vem de quem a usa.*

E, até ver, nenhum Maçom deixou de ser Maçom só por ter usado uma nova forma de estruturar pensamentos.

Aliás, talvez o maior valor desta nova tecnologia esteja precisamente aí. 

Ensinar-nos a fazer melhores perguntas e a estruturar melhor as nossas ideias. 

A Maçonaria, mais do que dar respostas, sempre foi a Arte de perguntar bem.

Como dizia Einstein: “O importante é não parar de questionar. A curiosidade tem sua própria razão de existir.”

No fundo, a IA pode ser mais um espelho. 

Tal como cada um vê algo diferente diante da pedra bruta, cada Maçom verá nesta nova ferramenta aquilo que traz dentro de si.

 Há que abraçar a mudança e a evolução com vontade.

"O maior inimigo da mudança é a ilusão de segurança.",  (John C. Maxwell) 




)

O COELHO DE ALICE - UM ARQUÉTIPO - @julianavitalp


  

        O Coelho de Alice no País das Maravilhas não é apenas um personagem curioso que corre apressado, olhando para o relógio; ele é um arquétipo, um símbolo que nos toca em profundidade. Ele representa a inquietação do tempo, a urgência que nunca se satisfaz, a lembrança constante de que há algo a ser feito, algo a não ser perdido.

      Quando Alice o segue, não é apenas uma perseguição a um animal de cartola, mas a decisão inconsciente de atravessar a fronteira do conhecido em direção ao mistério. O coelho abre a fenda no tecido da realidade: é o chamado do imprevisto, o convite para mergulhar na própria psique, onde nada é linear e onde cada símbolo pede decifração.

      A pressa do Coelho Branco é a mesma que sentimos diante da vida moderna, onde os ponteiros do relógio parecem ditar nossa existência. Mas, filosoficamente, ele nos lembra que essa pressa pode ser também o início de uma jornada: se não fosse a inquietação do coelho, Alice jamais teria descoberto a si mesma.

        Assim, o Coelho Branco não é só o guia da aventura, mas também o paradoxo: ele corre porque teme o atraso, mas é justamente esse atraso que abre o caminho para o despertar. É como se nos dissesse: siga o que te inquieta, porque é nesse desconforto que a realidade se abre em maravilhas.



outubro 19, 2025

SOM, LUZ E PERCEPÇÃO - Eleuterio Nicolau da Conceição

Em homenagem a um dos maçons mais cultos do país, Eleuterio Nicolau da Conceição, que se encontra recuperando sua saúde, para continuar a nos brindar com a sua inteligência.



NO LIVRO DA LEI A VERDADE - Adilson Zotovici


No livro da Lei a Verdade

Seja qual crença ou opção

Nas linhas religiosidade

Nas entrelinhas cognição


Que serve à nossa irmandade

Guia moral, ético e razão

De sabedoria e probidade

D’Arte Real base à perfeição


É o alicerce da construção

Seja qual a prioridade

Se Bíblia, Torá ou Alcorão


Há que se ter a convicção

Filosófica fraternidade

Jamais seita ou religião


ORGULHO E HUMILDADE - Elias Mansur


Você já percebeu como o orgulho pode ter duas faces bem diferentes?

Quando a vida corre bem, o orgulho sussurra:

"Você fez isso. Você merece ainda mais."

Quando a vida se complica, o orgulho muda de tom:

"Você falhou. Todos percebem."

De qualquer forma, o orgulho mantém o foco diretamente em si mesmo — nos exaltando no sucesso ou nos destruindo na luta.

Ele vincula o valor ao desempenho e nos cega para quem realmente somos.

A humildade atua na direção oposta.

Não é auto degradação ou insegurança.

A verdadeira humildade admite que não somos autossuficientes e, paradoxalmente, nos liberta da tarefa interminável de provar que somos "suficientes".

Quando você não está mais se ausentando para ser significativo, pode finalmente ver os outros com clareza e servir sem segundas intenções.

A Maçonaria, por exemplo, espera até suas últimas lições para lembrar ao candidato que o cargo mais alto e o assento mais humilde se encontram no mesmo Nível, e que toda ferramenta de trabalho perde precisão se quem a empunha for cativo do orgulho.

Portanto, da próxima vez que a conquista o tentar a flutuar acima de seus Irmãos, ou o fracasso o tentar a desabar sob eles, lembre-se do caminho do meio...

Escolha a força silenciosa.

Deixe a humildade fazer seu trabalho constante.

Você encontrará o prumo reto, o nível equilibrado e o esquadro correto.




outubro 18, 2025

ARLS ORLANDO ASSIS DA COSTA RANGEL 894



 
Estava em reunião com Grão Mestre Jorge Anysio Haddad e o Grande Secretário da Cultura da GLESP Ir. Roberto Hathner, quando lhes disse que eu precisava sair porque havia marcado uma visita a ARLS Orlando Assis da Costa Rangel n. 894. Pois ambos resolveram me acompanhar até a Loja, que funciona no segundo andar do Palácio Maçônico.

A Loja nunca havia recebido a visita de um Grão Mestre e o Venerável Mestre Sérgio Gomes Brandao e os demais irmãos do quadro ficaram muito felizes neste momento e com a afirmação do SGM de que as portas do seu gabinete estariam sempre abertas para a Loja. 

Na sessão, o Venerável Mestre cedeu a Ordem do Dia para que eu pudesse fazer uma apresentação sobre a história da Maçonaria Especulativa e respondesse a diversas questões dos irmãos. Também pude apresentar o trabalho que estou realizando na Biblioteca.

Foi uma excelente sessão e todos os presentes afirmaram que foi muito proveitosa.

PARABÉNS PELO DIA DOS MÉDICOS - Adilson Zotovici

 


Indaguei aos enciclopédicos,

Qual a maior referência

Buscando neles anuência

Para louvar “os médicos” 


Responderam com veemência

“ Hipócrates, Asclépio,...diversos 

Que pelo mundo dispersos

Quais merecem deferência “


Tema para ternos versos 

Pois profissão de bondade

Que sacerdócio em verdade !

Em momentos bons ou adversos 


Sem distinções na sociedade

Como Lucas, com zelo e amor,

Labutam com igualdade e penhor

A abrandar a dor da humanidade !


De imensurável valor

Cumprem sagrada missão

Tem nossa imensa gratidão

E a proteção ...do “ CRIADOR “ !



OS ESTATUTOS DE SCHAW

         


        Um marco fundamental para a história da Maçonaria ocorreu em 1598 e1599, com os Estatutos de Schaw. Esta diretriz obrigou as Lojas escocesas a contratarem um tabelião para registrar todas as transações importantes. Essa simples medida de organização fez com que as Lojas começassem a manter atas detalhadas, criando um acervo documental precioso. Graças a isso, hoje é possível rastrear com muito mais clareza o surgimento dos primeiros maçons "aceitos" (não-operativos) na Escócia, um fenômeno que na Inglaterra permanece envolto em mistério devido à falta de registros internos semelhantes.

        A primeira admissão registrada de maçons não-operativos ocorreu a 3 de julho de 1634, na Lodge of Edinburgh (Mary's Chapel) No. 1. Foram iniciados Sir Anthony Alexander — Mestre Principal de Obras do Rei —, o seu irmão Lord Alexander e Sir Alexander Strachan de Thornton. A presença de Sir Anthony, uma figura poderosa responsável pelas Lojas da Escócia, sugere uma entrada estratégica, embora as razões exatas para a iniciação do seu irmão e amigo permaneçam pouco claras.

        As razões exatas para esta transição de uma Maçonaria Operativa para Especulativa continuam a ser debatidas. É provável que arquitetos, que foram assumindo a responsabilidade pelo projeto no século XVI, tenham começado a juntar-se às Lojas dos pedreiros. Outra teoria aponta que as Lojas operativas poderiam ter começado a cobrar entradas à nobreza, inspiradas por outras corporações, como uma forma de angariar fundos. Ou talvez tenham recrutado deliberadamente figuras influentes na esperança de melhorar os seus salários e condições de trabalho. O mistério persiste, mas os registos escoceses são a chave para esta investigação.

Fonte: curiosidadesdamaconaria #curiosidadesmaconicas #Maçonaria

ORIGEM DA PALAVRA RESTAURANTE

        


        Em 1765, um estalajadeiro chamado Dossier Boulanger abriu um restaurante em Paris e pendurou na porta a seguinte placa: "Come ad me vos qui Stomach laboratis et ego restaurabo vos".  Não havia muitos parisienses que no ano 1765 sabiam ler francês, muito menos latim, mas quem sabia, entendeu o que Boulanger, o proprietário, disse: "Venham para minha casa, homens de estômago cansado, e eu os restaurarei." A frase fez tanto sucesso que, desde então, todos os restaurantes do mundo são chamados de “restaurantes”.

         Além da deliciosa gastronomia que se tornou famosa em toda a França, Boulanger encantou seus comensais com deliciosas sobremesas preparadas por ele mesmo e devido à fama de seus doces Boulanger é também o “culpado” que na França as padarias são chamadas de “boulangeries”.

         A palavra restaurante logo se consolidou e os mais conceituados chefs que até então trabalhavam apenas para famílias privadas, reis e ministros também abriram seus próprios negócios ou foram contratados por um novo grupo de pequenos empresários: os donos de restaurantes.

     O termo “restaurante” chegou aos Estados Unidos em 1794, trazido pelo refugiado francês da revolução Jean Baptiste Gilbert Paypalt, que fundou o que seria o primeiro restaurante francês nos Estados Unidos denominado Julien's Restorator.

Fonte: Facebook

outubro 17, 2025

Resposta à Homenagem da Loja Maçônica Sete de Setembro número 01 - Jorge Gonçalves


Da esquerda para a direita: Jorge Gonçalves (Venerável da Loja Sete de Setembro nº 01), Jorge Antônio Vieira Gonçalves (Venerável Mestre da Loja Constâncio Vieira nº 3300) e o Irmão José Genival de Andrade (Sereníssimo Grão-Mestre

Meus Irmãos,

Existem momentos em que as palavras se tornam pequenas diante da emoção. Foi o que aconteceu na noite de ontem, 16/10/2025, durante o discurso do extraordinário Irmão Orador (veja em anexo).

Na noite anterior, 15/10/2025, Dia do Professor, apresentei uma palestra na Loja Unidos da Serra número 3, em Itabaiana, onde o estimado Irmão Léo Andrade recebeu a justa homenagem com o título de Membro Honorário.

Fui à Sete naquela noite para agradecer aos Irmãos que participaram da Campanha Fraternidade em Ação, Dia das Crianças 2025. Já estava com as palavras memorizadas, quando, de repente, ainda na Ordem do Dia, o Venerável, também Jorge Gonçalves, me convidou a ficar entre colunas. Tomei um susto e confesso que o coração acelerou.

Receber o título de Membro Honorário da Loja Sete de Setembro número 01 é muito simbólico para mim. Foi nesta mesma Oficina, ainda como Aprendiz, que realizei minha primeira palestra sobre astronomia na Maçonaria, uma das experiências mais marcantes da minha jornada.

Por isso, esta honraria representa mais do que um título. É um alerta para que nossa Obra continue, mesmo diante das perseguições, a mesma Obra iniciada há séculos, quando nossos Irmãos livres-pensadores decidiram erguer templos à virtude.

A relação entre Maçonaria e astronomia é uma lembrança de que somos parte do universo e de que, quanto mais compreendemos os símbolos e as alegorias da Maçonaria, mais percebemos que a beleza do mistério está na mente de quem as contempla.

A Loja Sete de Setembro, com sua tradição e força, demonstra que a Maçonaria permanece viva e continua a inspirar.

A cada um dos Irmãos que compõem esta Oficina, deixo o meu mais profundo agradecimento. O nome da Loja Sete de Setembro número 01 estará sempre comigo, com respeito, estima e admiração, lembrando sempre que a honra não está nos títulos de papel, mas na responsabilidade de tornar o mundo um pouco melhor.

Meu eterno agradecimento à Loja Sete de Setembro número 01.


Jorge Antônio Vieira Gonçalves


(Anexo)

Homenagem ao Irmão Jorge Antônio Vieira Gonçalves

Por ocasião da outorga do Título de Membro Honorário da Loja Maçônica 7 de Setembro nº 01 – GLMESE

Meus Irmãos,

Nesta noite iluminada pela Luz do Grande Arquiteto do Universo, a Loja Maçônica 7 de Setembro nº 01 se reveste de júbilo para render justa e sincera homenagem a um Irmão cujo nome já está gravado entre os pilares da sabedoria e da fraternidade: o Irmão Jorge Antônio Vieira Gonçalves, Venerável Mestre da Loja Constâncio Vieira nº 3300, jurisdicionada ao GOB.

Homem de ciência e de fé, de razão e de humildade, o Irmão Jorge é graduado em Física Pura, doutor em Engenharia de Materiais e professor da Universidade Federal de Sergipe. No entanto, jamais se deixou aprisionar pelos títulos ou pelas distinções do mundo profano. Sua grandeza está na forma serena e despretensiosa com que compartilha o conhecimento, não como quem ensina, mas como quem desperta consciências.

Por onde passa, leva Luz. E essa Luz brilha de forma ainda mais intensa através de sua consagrada palestra “Filhos das Estrelas”, apresentada em diversos rincões do Brasil. Com maestria e sensibilidade, ele nos conduz a uma reflexão profunda sobre a origem cósmica do ser humano, revelando que somos, de fato, filhos da mesma centelha divina que brilha no firmamento.

É uma mensagem que transcende a ciência e alcança o espírito, aproximando o saber acadêmico do ideal maçônico: o de unir o Céu e a Terra na busca pela Verdade.

Hoje, ao outorgar-lhe o título de Membro Honorário desta Oficina, reconhecemos não apenas o mestre e o estudioso, mas o Maçom de coração puro, o Irmão fraterno, o homem de bem que, com simplicidade e sabedoria, tem contribuído para a construção de uma Maçonaria mais iluminada, progressista e humana.

Que este título simbolize o nosso mais profundo respeito e admiração, e que o Irmão Jorge continue a inspirar a todos nós, Maçons e profanos, com seu exemplo de vida, de humildade e de dedicação ao conhecimento e à fraternidade universal.

Em nome da Loja Maçônica 7 de Setembro nº 01, receba esta homenagem como o reflexo do nosso apreço e da certeza de que sua presença enriquece a história e o coração desta Oficina.

Parabéns, Irmão Jorge Antônio Vieira Gonçalves.

Que o Grande Arquiteto do Universo continue a guiá-lo em sua luminosa jornada entre as estrelas.

ARLS MEMÓRIA E TRADIÇÃO 486 - Uma Loja judaica - São Paulo



    
    Na noite de ontem visitei a ARLS Memória e Tradição n. 486, da GLESP, fundada em maio de 1996, por um grupo de irmãos judeus e que até hoje mantem as tradições. Ela utiliza um templo especial no Palácio Francisco Rorato para o seu Rito de Emulação.

     Os irmãos usam o kipá, (o solidéu), durante a sessão, os salmos de abertura e encerramento são cantados em hebraico e o Livro da Lei é a Torah. A maior parte dos irmãos são judeus.
 
    Ontem foi uma sessão de instrução sobre o "tracing board", a tábua de delinear, que equivale ao painel de grau no REAA. A tábua de delinear, um quadro que contém os principais símbolos maçônicos, é uma parte importante nas cerimônias deste rito, utilizada para explicar as histórias e o simbolismo para os novos irmãos.

    Fui gentilmente recebido pelo Venerável Mestre Luiz Henrique Prestes, por um dos dois fundadores remanescentes da Loja, Milton Birman, e para minha grata surpresa encontrei um amigo e vizinho de Sorocaba de nossa juventude há 60 anos, Jacques Kann, que está na foto acima. Não nos víamos desde aquela época. 

    Foi uma noite agradabilíssima onde pude participar ativamente fazendo uma mini palestra a respeito da história da maçonaria e também do meu trabalho como Grande Bibilotecário da GLESP.
    
    

TRIGONOMETRIA BABILÔNICA - Chris Matheka


Um matemático australiano decifrou o código de uma famosa tábua de argila babilônica de 3.700 anos, revelando que eles estavam fazendo trigonometria mais precisa quase 1.500 anos antes dos gregos

Em 2017, o matemático australiano Dr. Daniel Mansfield da Universidade de New South Wales decodificou uma tábua de argila babilônica de 3.700 anos conhecida como Plimpton 322. A tábua, que foi descoberta originalmente no início do século XX no sul do Iraque, contém uma série de números dispostos em quatro colunas e 15 linhas. Por muito tempo, o propósito desses números permaneceu um mistério.

O Dr. Mansfield e sua equipe descobriram que Plimpton 322 é uma tabela trigonométrica. Ao contrário da trigonometria grega, que é baseada em ângulos e círculos, a trigonometria babilônica usava proporções de lados de triângulos retângulos e um sistema numérico de base 60 (sexagesimal).  Este sistema, descobriram os pesquisadores, permitiu que os babilônios criassem uma tabela trigonométrica mais precisa do que o método grego, pois evita números irracionais e fornece proporções exatas.

OS PRINCIPAIS PONTOS SOBRE ESTA DESCOBERTA INCLUEM:

1. Plimpton 322 antecede matemáticos gregos como Hiparco, que é frequentemente creditado como fundador da trigonometria, em mais de um milênio.

2. O uso de um sistema numérico de base 60 pelos babilônios permitiu que eles fizessem cálculos complexos com grande precisão. Seu método é particularmente vantajoso para algumas aplicações práticas, como topografia e arquitetura.

3. A tábua mostra que os babilônios tinham uma compreensão sofisticada de triângulos retângulos e podiam resolver problemas relacionados aos seus lados com precisão excepcional.

4. Esta descoberta sugere que a história da matemática é mais rica e complexa do que se pensava anteriormente, com práticas matemáticas avançadas surgindo em diferentes culturas de forma independente.

 A descoberta do verdadeiro propósito de Plimpton 322 remodelou nossa compreensão do conhecimento matemático antigo e destaca as capacidades avançadas dos estudiosos babilônicos muito antes de conceitos semelhantes serem documentados na matemática grega.


Fonte: Daily Factfinder